Inca retoma Terapia Assistida por Animais com a cadela Hope

Pacientes e funcionários da Seção de Pediatria do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) comemoraram a volta ao trabalho de uma de suas terapeutas. Hope, a cadelinha que ajuda a promover a Terapia Assistida por Animais no instituto, retomou as atividades este mês, após quase dois anos afastada, devido aos cuidados com a segurança hospitalar durante a pandemia de covid-19. Hope fará atendimento semanal às crianças e adolescentes que estão em tratamento oncológico, depois da autorização da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Inca.

Joana Katelin Silva de Souza, mãe do pequeno Levi Emanuel, contou que ele conheceu a cadelinha em 2019, quando se internou no Inca pela primeira vez, com um ano e três meses de idade, para se tratar de uma má formação linfática. “Ele ficou apaixonado pela Hope e eu acredito que seja assim com todas as crianças. Ela traz um benefício maravilhoso para as crianças em tratamento; eu acredito nisso. Traz alegria para o hospital. Ela é maravilhosa, é linda. Encanta todo mundo, não só os pacientes, como os pais também. A vinda dela, o retorno, vai ajudar as crianças que estão aqui, que permanecem e precisam de todo esse carinho, de todo esse suporte”, afirmou Joana.

A Terapia Assistida por Animais foi implementada na Seção de Pediatria do instituto em abril de 2019 e, desde então, vem sendo importante auxílio no desenvolvimento emocional dos pacientes e na promoção do bem-estar. Hope é da raça Golden Retrivier e tem três anos.

Ações essenciais

A médica oncopediatra Bianca Santana, tutora e responsável pelo trabalho do animal no Inca, informou que,  durante o período em que ficou longe das atividades, a cadela continuou cumprindo ações essenciais para manter a rotina saudável, entre as quais passeios e aulas de adestramento diários e sessões de fisioterapia na hidroesteira, uma vez por semana.

“Além de muito dócil, Hope recebe adestramento específico para o trabalho desde os primeiros meses de vida. Tanto empenho e cuidado na criação é recompensado quando observamos que a presença dela ajuda a aliviar o estresse e traz mais leveza para o ambiente do hospital”, disse Bianca.

As visitas de Hope seguem rigorosas normas de higiene, como vacinação e vermifugação em dia, consultas periódicas ao veterinário. Além disso, antes de ir ao hospital, a cadelinha toma banho, faz limpeza das patas e escova os dentes. O adestrador André Donza, que acompanha o animal, também cumpre regras sanitárias como apresentar comprovante da vacina contra a covid-19, usar máscara N95 e, o mais importante, evitar o contato físico com os pacientes e os funcionários.

A chefe da Seção de Pediatria, Sima Ferman, afirmou que o projeto de pet terapia é um trabalho bem elaborado e com todos os cuidados necessários. “A visita da Hope é uma experiência enriquecedora e importante dentro da estratégia de atendimento integral aos pacientes”, afirmou.

Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

FONTE: Agência Brasil

OFERTA: R$ 25,00! COMPRAR

Estudo revela desigualdades no acesso a tratamento do câncer de mama

Estudo realizado pela Fundação do Câncer revela desigualdades encontradas pelas mulheres no acesso ao tratamento do câncer de mama, tanto em hospitais públicos quanto privados. Com base em dados dos Registros Hospitalares de Câncer do Brasil (RHC) disponibilizados pelo Ministério da Saúde e consolidados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), o levantamento abrange um período de 13 anos, compreendidos entre 2006 e 2018. Suas conclusões foram divulgadas hoje (15), no Rio de Janeiro.

Os registros mostram que a origem do encaminhamento da mulher ao hospital para o tratamento do câncer de mama é classificada como SUS (Sistema Único de Saúde) e não SUS. Em geral, os registros têm defasagem de cerca de dois anos do ano-calendário, disse a bióloga epidemiologista da Fundação do Câncer Rejane Reis, uma das responsáveis pelo estudo.

Segundo o epidemiologista Alfredo Scaff, consultor médico da Fundação do Câncer, foram analisadas as variáveis relativas ao estadiamento do câncer de mama ao diagnóstico, o tempo decorrido entre o diagnóstico e o tratamento e a escolaridade das pacientes. “Dessa forma, evidenciamos que o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento está longe do ideal para os dois grupos estudados. Ainda assim, as pacientes que vieram pelo SUS levaram mais tempo do que as pacientes encaminhadas pelo setor privado”. Cerca de 34% das pacientes de origem SUS iniciaram o tratamento antes dos 60 dias, contra 48% do setor privado.

Não  não há como dizer por que isso ocorre, afirmou Scaff. A hipótese é que, ao procurar o hospital do SUS para o tratamento, muitas vezes novos exames são solicitados. “E quem dispõe de algum recurso consegue fazer os exames de forma particular e, aí, inicia o tratamento, como cirurgia ou quimioterapia, mais rapidamente, mais oportunamente.”

Para Scaff, o processo de acesso ao tratamento não é oportuno e, como consequência provável, a sobrevida das pacientes de origem SUS deverá ser menor. “Quando a origem é via plano de saúde, ou particular, o diagnóstico acaba sendo mais rápido. É a iniquidade que perdura.”

Os melhores produtos para a sua Saúde, você encontra na Cuidado e Nutrição! Acesse e confira!

Estádios

O estádio, ou estágio, do câncer é uma classificação do grau de comprometimento da doença na paciente. Estádios menores, como 0 ou 1, indicam doença inicial localizada, enquanto os maiores, como 3 e 4, indicam doença avançada e metastática. Metástese é quando o câncer se espalha para outros órgãos do corpo.

De acordo com o estudo, as pacientes do SUS chegam ao tratamento em estádios mais avançados do que as pacientes do setor privado. “Essa diferença é tamanha que somente 19% das pacientes SUS chegam ao tratamento em estádios iniciais 0 ou 1, contra 31% das pacientes não SUS”, informou Scaff.

O ideal é que a maioria dos casos chegue em estágios precoces (0 e 1) porque, dessa forma, o tratamento é mais efetivo, o prognóstico é muito melhor e a sobrevida, muito maior, com melhores resultados, afirmou Rejane Reis.

“O que fica claro é que o tempo entre a suspeita diagnóstica e o início do tratamento é crucial: tem relação com o agravamento da doença e, consequentemente, com o tratamento necessário. Quanto maior o tempo, mais agressivo será o tratamento; câncer é uma doença tempo-dependente”, complementou Scaff.

Os melhores produtos para a sua Saúde, você encontra na Cuidado e Nutrição! Acesse e confira!

Escolaridade

Em termos de escolaridade, Alfredo Scaff apontou uma diferença significativa. Entre as mulheres encaminhadas pelo SUS, 51% não têm ensino fundamental completo, contra 29% das pacientes que chegam para tratamento de forma particular. “Essas diferenças evidenciam a iniquidade ao acesso oportuno ao tratamento do câncer de mama. As pacientes encaminhadas para tratamento nos hospitais do SUS, a partir de serviços privados de saúde, apresentam maior escolaridade, iniciam mais rapidamente o tratamento e em estádios mais precoces, em comparação às pacientes diagnosticadas e encaminhadas pelo SUS”.

Scaff disse que a correção dessas disparidades passa pela organização da Rede SUS para diagnóstico precoce. Para ele, é fundamental também a implementação de um sistema de navegação que acelere o atendimento para essas mulheres com diagnóstico de câncer. Tal sistema acompanharia a paciente desde o diagnóstico, ajudando a acelerar o atendimento, considerando o estadiamento da doença, impedindo atrasos, burocracias e a falta de orientação.

O diretor executivo da Fundação do Câncer, cirurgião oncológico Luiz Augusto Maltoni, destacou que mulheres com menos acesso aos estudos estão entre as que mais vêm da Rede SUS. “É o retrato de uma saúde desigual, com acesso diferenciado, que reforça a necessidade do investimento social maciço em educação e saúde e ações atreladas nessas duas áreas.”

Os melhores produtos para a sua Saúde, você encontra na Cuidado e Nutrição! Acesse e confira!

Fonte: Agência Brasil

Publicado em 15/12/2021 – 16:39 Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Conselho lança site com orientações sobre cuidado com a visão

O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) lançou um site voltado à população brasileira defendendo a importância de procurar profissionais qualificados em caso da necessidade de ajuda ou suspeitas associados à visão.

O site https://www.defesadaoftalmologia.com.br/ traz alertas sobre informações falsas ou distorcidas que circulam na internet, em redes sociais ou em sites e destaca a necessidade de buscar orientações sobre o tema com profissionais formados e fontes seguras.

A página ressalta que o cuidado dos olhos só pode ser feito por médicos oftalmologistas, profissionais formados em medicina e que se especializaram nessa área.

As informações ponderam que óticas muitas vezes oferecem procedimentos popularmente conhecidos como “exames de vista”, mas isso em geral ocorre de forma vinculada à compra de óculos no estabelecimento.

Este tipo de “venda casada”, ressalta o conselho, é ilegal e deve ser denunciada. O site institucional do CBO. As óticas também não podem vender lentes de grau sem prescrição de um médico.

Quando pessoas e estabelecimentos comerciais assumem condutas que só podem ser feitas por lei por um médico se dá uma prática denominada “exercício ilegal da medicina”, um crime previsto no Código Penal.

Isso vale também, informa o site, para o caso dos optometristas. Estes profissionais possuem formação superior, mas não são médicos e não podem assumir a condição ou atuar como um sob pena de exercício ilegal da profissão.

Optometristas podem detectar distúrbios de visão ou doenças oculares e receitar óculos e lentes, mas não pode tratar e operar doenças relacionadas aos olhos. Eles atuam como apoio aos médicos oftalmologistas, no atendimento primário.

Os melhores produtos para a sua Saúde, você encontra na Cuidado e Nutrição! Acesse e confira!

FONTE: Agência Brasil

Especialista dá dicas de como dormir melhor no verão

Com a chegada do verão as noites começam a ficar mais quentes e a dificuldade para dormir passa a ser comum. Conforme um estudo da Universidade de Seul, na Coreia do Sul, publicado em maio de 2021 na revista oficial da Sociedade de Pesquisa do Sono, nos Estados Unidos, o aumento do consumo de remédios indutores do sono está associado à elevação da temperatura, fato que mostra que a ciência já comprovou a dificuldade para dormir nesta época do ano.

De acordo com o Instituto do Sono, quatro anos atrás, outro estudo havia apontado a ligação entre a insuficiência de sono e as noites do verão norte-americano. Em 2016, pesquisadores holandeses revelaram que os distúrbios de sono cresceram 11% à medida que os termômetros subiram 1°C em áreas externas. Este porcentual chegou a 24% nos ambientes internos.

Um estudo holandês verificou que 1°C na temperatura ambiente foi associado ao aumento de 11% nos distúrbios do sono, mostrando que quando se está em ambiente com temperatura elevada há maior dificuldade para chegar à temperatura sinérgica que combina com o início do sono.

Segundo a médica e pesquisadora do Instituto do Sono, Sandra Doria, o sono é um dos ritmos que respeitam o período de 24 horas para ocorrer novamente. Concomitante com esse ritmo existe o da temperatura corporal e a combinação entre esses dois, faz o sono ocorrer mais ou menos facilmente. “Para que o sono ocorra de forma adequada precisamos ter a temperatura corporal diminuindo no início do sono. No calor quando há aumento da temperatura externa do corpo há a dificuldade maior em equilibrar a temperatura interna para que seja ideal para o sono”.

Ela explicou ainda que o ciclo vigília-sono está vinculado ao sistema de regulação de temperatura corporal, que é influenciado pela temperatura externa. Para o sono começar, o organismo precisa dissipar o calor. “No verão, o corpo tem de fazer um esforço redobrado para realizar esta tarefa. Assim é mais difícil adormecer. Além disso, o tempo de sono profundo e o tempo total de sono podem ficar mais reduzidos”, explicou.

Os melhores produtos para a sua Saúde, você encontra na Cuidado e Nutrição! Acesse e confira!

Além disso, no Brasil, o período se soma à quebra da rotina devido às confraternizações, festas, férias e viagens. Como o sono requer regularidade, se há uma mudança de rotina, é preciso se adaptar aos novos horários para não haver dificuldade de conciliar o sono. “Pior que a alteração de rotina, é dormir e acordar cada dia em um horário diferente, o que prejudica a qualidade de sono”, disse Sandra.

Com a falta de regularidade no horário de dormir e descansar, parte da população utiliza recursos para ficar desperta durante o dia, como café, chás e energéticos. À noite, o excesso de consumo desses produtos pode levar à insônia e então muitos ingerem bebidas alcoólicas para reverter o processo.

“Embora facilite o ato de adormecer, o álcool proporciona uma qualidade de sono ruim. A pessoa acorda cansada e, para melhorar o rendimento, toma uma bebida estimulante, entrando assim num círculo vicioso perigoso”, afirmou a especialista.

Dicas para dormir bem no verão

Segundo a médica, uma boa ducha antes de dormir pode ajudar a reduzir a temperatura do corpo, fazendo com que o indivíduo sinta menos calor antes de pegar no sono. É indicado ainda que se mantenha as janelas abertas para facilitar a ventilação e usar o ar-condicionado ou ventilador para diminuir o calor no ambiente. Além disso é imprescindível manter-se hidratado no verão e beber água fria antes de se deitar para aumentar a sensação de frescor.

Os pernilongos também podem se transformar em fragmentadores do sono por causa do ruído que fazem. Para evitar isso, o indicado é colocar telas nas janelas ou usar mosquiteiros para evitar a entrada desses insetos no quarto.

Sandra também não indica os exercícios físicos durante o período da noite, embora exista a tentação de aproveitar as noites quentes para a prática de esportes, corrida e atividades físicas poucas horas antes de ir para cama. Segundo ela, o ideal é fazer algo relaxante como meditar, ler ou ouvir música.

“É importante ainda evitar a exposição à luz azul que é a que existe no led, preferindo as luzes amareladas, alaranjadas e avermelhadas que são feixes que inibem menos a produção de melatonina. As luzes azuis são aquelas emitidas pelo celular, tablets, televisores, computadores”, disse.

Os melhores produtos para a sua Saúde, você encontra na Cuidado e Nutrição! Acesse e confira!

Fonte: Agência Brasil

Não telefone para a sua mãe: faça uma ligação por vídeo


Conversas de vídeo com a família podem ajudar a reduzir o risco de depressão em adultos mais velhos

Claro, você envia textos para seus pais, responde aos e-mails deles e talvez até mesmo seja “amigo” deles no Facebook ou Instagram para que eles possam ver a sua vida em fotos.

Mas com freqüência você comunica com eles por Skype, WhatApp ou Facetime?

Enquanto todos os tipos de interação social podem ajudar pessoas mais velhas a permanecerem conectadas a familiares e amigos, um novo estudo de pesquisadores da
Oregon Health & Science University e da University of California Davis descobriu que participar de bate-papos de vídeo reduz a probabilidade pela metade de desenvolver síntomas depressivos, comparado com outras formas de comunicação.

Os investigadores compararam os dados por meio de questionários realizados em 2012 com dados de acompanhamento de 2 anos.

Em 2014, com mais de 1400 participantes do
Health and Retirement Study (HRS), a pesquisa de acompanhamento incluiu dados sobre sintomas depressivos.

Eles descobriram que, mais que outras tecnologias de comunicação, como e-mail, redes sociais e mensagens instantâneas, os chats de vídeo têm o potencial de prevenir ou retardar os sintomas da depressão.

Na verdade, a pesquisa descobriu que as outras tecnologias como e-mail e mensagens de textos não têm qualquer influência no risco de depressão.

As mulheres e homens que utilizam esses meios (texto) tiveram o mesmo índice de depressão do que as pessoas que não usam nenhuma das tecnologias de comunicação.

As publicações mostram que mais e mais idosos usam a internet.

E até casas de repouso e outras residências para o dia-a-dia estão começando a oferecer acesso à internet para os residentes.

Os estudos mais recentes sobre os chats de vídeo com com a família duram mais do que conversas por telefone.

E, embora não sejam cientificamente comprovados, sugerem que conversas cara a cara (mesmo que por vídeo) podem ajudar a reduzir os sintomas de agitação e explosões verbais em paciêntes com demência.

O que é melhor do que um bate-papo por vídeo?

Interação face a face regular e real, é claro.

Mas em um mundo onde isso não é possível para tantas pessoas, o vídeo de bate-papo parece ajudar a superar melhor a tristeza do idoso do que qualquer outra tecnologia disponível.

Referências

Teo AR, Markwardt S, Hinton L. Using Skype to Beat the Blues: Longitudinal Data from a National Representative Sample. The American Journal of Geriatric Psychiatry. Published online 29 Oct 2018.

Van der Ploeg ES, Epingstall B, O’Connor DW. Internet Video Chat (Skype) Family Conversations as a treatment of Agitation in Nursing Home Residents with Dementia. International Psychogeriatrics. April 2016; 28(4):697-698.

Esse post foi escrito originalmente por Susan McQuillan MS., 2018, todos os direitos reservados.

O texto foi postado no site Psychology Today, em dezembro de 2018.

O conteúdo foi traduzido e adaptado pelo Blog 50+ SAÚDE com objetivo de clareza.

8 dicas para se comunicar com pessoas com demência

Princípios simples para estar com aqueles que têm comprometimento cognitivo

Aqui estão alguns princípios de comunicação, ação e compreensão que aprendi com meus pacientes.

Espero que sejam úteis para você e seus entes queridos.

1. A verdade é relativa e devemos considerá-la a partir da perspectiva do indivíduo

Pense em um homem idoso modesto com doença de Alzheimer de moderada a grave.

De acordo com a ABRAz – Associação Brasileira de Alzheimer:

“A demência é uma doença mental caracterizada por prejuízo cognitivo que pode incluir alterações de memória, desorientação em relação ao tempo e ao espaço, raciocínio, concentração, aprendizado, realização de tarefas complexas, julgamento, linguagem e habilidades visuais-espaciais. Essas alterações podem ser acompanhadas por mudanças no comportamento ou na personalidade. Entre as várias causas conhecidas, a Doença de Alzheimer é a mais frequente”.

Sua família contratou um auxiliar de saúde em casa para ajudar nos cuidados pessoais.

Ele fica agitado toda vez que ela tenta dar-lhe um banho.

Considere sua perspectiva.

Por causa de sua perda de memória , ele não se lembra de que ela esteve lá toda semana no último ano.

Ele só acha que há uma mulher estranha que ele nunca conheceu que está pedindo para ele tirar a roupa.

2. Devemos estar calmos, relaxados e reconfortantes

Aqueles com demência, muitas vezes, absorvem o nosso humor, percebendo inconscientemente a nossa linguagem corporal e tom de voz.

Assim, podemos inadvertidamente criar agitação se ficarmos irritados quando uma pergunta for feita pela 34ª vez ou ficarmos chateados quando o açucareiro cair acidentalmente no chão.

3. A distração pode ser uma ferramenta útil

Álbum de fotos pode ser uma boa maneira de distrair
Crédito: Klimkin – Pixabay

A maioria de nós aprendeu que não ajuda a tentar raciocinar ou argumentar quando um indivíduo com demência diz às oito horas da noite que eles precisam sair de casa para “ir para casa”.

O que normalmente funciona, é os distrair com uma atividade que eles gostam como:

Olhar para álbuns de fotos, ouvir música, assistir a um filme favorito, fazer um lanche ou simplesmente dar um passeio.

4. É importante estar ocupado

Ninguém realmente deseja ficar ocioso.

O que pode ser difícil é encontrar uma atividade que o indivíduo possa fazer e gostar.

Aqui simplesmente encorajamos você a pensar fora da caixa.

Por exemplo, um colecionador de moedas pode não ser mais capaz de detectar as variedades raras e moedas especiais que ele já fez, mas ele pode passar duas horas felizmente arrumando um pote de moedas em centavos, centavos e moedas.

O que você pode fazer no dia seguinte?

Misture-os de volta e deixe-o fazer de novo.

Da mesma forma, se sua mãe gosta de dobrar a roupa, deixe-a dobrá-la. Ela já terminou? Agite e deixe-a dobrar novamente.

5. Envolva familiares e amigos

Mohamed Hassan – Pixabay

A demência acaba se tornando um esporte de equipe.

Muitos cônjuges sentem que devem ser capazes de cuidar de sua esposa ou marido sozinhos, mas cuidar de pessoas com demência é mais do que qualquer pessoa pode fazer sozinha.

6. Viva no momento

Aqueles com perda significativa de memória podem não ser capazes de discutir ou apreciar políticas, eventos atuais, esportes ou até mesmo o clima.

Mas muitos ainda podem desfrutar de coisas que estão diretamente na frente deles.

Tente passear por uma galeria em um museu, uma exposição em um zoológico ou um caminho em um jardim.

7. Aceite que algumas coisas não podem ser consertadas

Há muitas mudanças e perdas na demência que devem ser aceitas.

Além de perder a capacidade de trabalhar, dirigir ou dedicar-se a hobbies, há também a perda do relacionamento – pelo menos como costumava ser – entre marido e mulher, pai e filho.

A demência está sempre mudando e, portanto, a aceitação deve se tornar uma atividade recorrente.

8. Busque alegria

Procure atividades que tragam alegria
Crédito: Alterio Felines – Pixabay

Procure atividades apropriadas que tragam alegria para as pessoas que você ama.

Dê um passeio em um parque.

Visite com a família e amigos.

Jogar um jogo.

Ou, talvez, apenas dê as mãos.

Pois sem alegria, a vida – com ou sem demência – dificilmente valeria a pena.

Esse post foi escrito originalmente por Andrew E. Budson, MD, 2018, todos os direitos reservados.

Andrew é professor de neurologia na Universidade de Boston e na Harvard Medical School. Você pode saber mais sobre o seu trabalho no seu último livro, Seven Steps to Managing Your Memory: What’s normal, what’s not, and what to do about it (em inglês), e no livro Perda da Memória, Doença de Alzheimer e Demência (em português).

O texto foi postado no site Psychology Today, em novembro de 2018.

O conteúdo foi traduzido e adaptado pelo Blog 50+ SAÚDE com objetivo de clareza.

(Re)Encontrando a alegria do romance após a meia-idade

O novo (ou primeiro) amor pode despertar sentimentos e experiências estimulantes

A gerontologista Amanda Smith Barusch observou em 2008 que, o amor romântico nos ‘últimos anos’ (em oposição aos primeiros anos) é:

“Uma força para a mudança: as experiências românticas definem o caráter de maneiras sutis; amor abre portas para os nossos potenciais, forma o que nos tornamos”.

No entanto, representações de amor perpetuam “o mito de que apenas os jovens e os que não tem rugas podem gostar de romance”.

E, pior, que “romance de fim de vida é cômico ou repugnante”.

Na verdade, namoro numa idade mais avançada é uma tendência crescente, provavelmente relacionada ao crescente número de solteiros mais velhos.

Por exemplo, de acordo com dados de 2012, um terço dos baby boomers (nascidos entre 1946 e 1964) nos Estados Unidos eram solteiros.

Histórias de amor nesta fase da vida não são apenas possíveis, mas são comuns.

Em uma amostra nacional de idosos – entre 57 e 85 anos – foram relatadas as seguintes estatísticas entre os estadounidenses:

  • Aproximadamente 14% dos adultos mais velhos que não estavam casados ​​estavam em relacionamentos de namoro;
  • Mais homens mais velhos estavam namorando (quase 25%) do que mulheres mais velhas (10%);
  • Namorados mais velhos que tinham mais recursos econômicos, estavam em melhor estado de saúde;
  • Homens e mulheres com maiores laços sociais são mais propensos a namorar.

Os Eus Possíveis

O romance nesta fase representa oportunidades de crescimento, não apenas para os baby boomers, em seus cinquenta a setenta anos, mas também para os que estão em seus 80 anos ou mais.

Os romances posteriores da vida, ao contrário do amor da juventude, têm uma base de experiência – amores passados ​​que podem ajudar na navegação bem-sucedida do amor atual.

Este romance oferece uma oportunidade para perceber o que Markus e Nurius (1986) definiram como “eus possíveis“.

Os eus possíveis abrangem as idéias de si mesmos e são dirigidos por duas questões centrais: O que eu gostaria de ser?O que tenho medo de me tornar?”

No final da meia-idade e em diante, diferentemente do início da idade adulta, um processo de revisão de vida e auto-reflexão através das questões de possíveis eus pode se tornar mais premente.

O tempo é, afinal de contas, curto. E essa percepção de envelhecimento pode ser um grande ímpeto para a mudança.

Os romances do passado

Quando se examina os romances passados ​​através das lentes dos possíveis eus, a auto-reflexão pode revelar muito sobre como alguém escolheu e manteve relacionamentos românticos passados.

Suas experiências românticas anteriores podem ter sido positivas, como um cônjuge que era uma alma gêmea; ou, negativas, como uniões íntimas que terminaram mal, em amargura ou traição.

Esses relacionamentos podem ter sido dirigidos consciente ou inconscientemente por versões juvenis idealizadas do parceiro.

Alguns exemplos de romances idealizados são:

  • Alma gêmea (Romeu e Julieta);
  • Herói romântico (cavaleiro de armadura);
  • Heroína vulnerável (donzela em perigo);
  • Um desejo de intimidade e amor incondicional que não estava presente na infância (figuras de pai ou mãe);
  • Status social (casar por riqueza / prestígio social).
A sacada de Julieta (aquela) – Créditos: Samuele Schirò/Pixabay

Além disso, eles podem ter sido promovidos por impulsos de desenvolvimento psíquico; tal como o desejo de uma família (relógio biológico) ou um desejo de ser como os outros no grupo etário (casado com filhos).

Esses impulsos podem ter levado a escolhas românticas baseadas em possíveis eus daquilo que se tem medo de se tornar (sozinho, sem filhos, fora de sintonia com nossos pares).

Os romances nas fases mais madura ou idosa permitem um “reajuste” de possíveis eus guiados pelo que alguém gostaria de se tornar, e não movido pelo medo, mas pela possibilidade.

Ao contrário dos romances na juventude, é pouco provável que as necessidades idealizadas tenham potência.

Isso pode dar novos olhares para si mesmo.

Os possíveis problemas de um romance posterior

Mas esse tipo de relacionamento na fase mais madura ou avançada da vida também pode trazer problemas ou desconfortos:

  • Sair de uma zona de conforto que perturba rotinas e amizades. Por exemplo, estilo de vida estabelecido como divorciado e morando sozinho;
  • Complicações com filhos adultos, que podem não concordar com o envolvimento romântico de seus pais. Por exemplo, por razões financeiras; fidelidade ao pai ou mãe, se vivo, ou em memória se falecido;
  • Culpa. Por exemplo, que o amor na viuvez desrespeita a memória do cônjuge falecido;
  • Vergonha em relação à intimidade sexual. Por exemplo, relacionado a estereótipos e mitos negativos que promovem a dormência sexual como o que é “normal” para pessoas mais velhas.

Por outro lado, tais romances podem fomentar o autocrescimento positivo através de um despertar de sentimentos e/ou experiências que são novos e estimulantes.

Assim como na juventude, o amor romântico na vida adulta pode ser intenso; embora, também possa ser mais emocionalmente complexo e sutil em suas notas.

Os sonhos invernais dos romances da velhice podem oferecer a oportunidade de se conectar com outra pessoa de maneira gratificante e amorosa.

Romances posteriores da vida podem levar alguém a olhar para dentro e perguntar: “Como posso crescer com essa pessoa?

O romance da vida posterior pode, muito bem, despertar o melhor eu possível.


Esse post foi escrito originalmente por Shoba Sreenivasan e Linda E. Weinberger, ambas Ph.Ds em Nutrição Emocional, e postado no site Psychology Today, em dezembro de 2018.

O conteúdo foi traduzido e adaptado pelo Blog 50+ SAÚDE com objetivo de clareza.

II Jornada Interdisciplinar em Envelhecimento

Evento foi realizado no último dia 30 de março, em São Paulo

Que a população está envelhecendo e que o tempo, esperamos, passa para todo mundo, você já sabe.

Mas quais são e serão os desafios que vamos enfrentar para envelhecermos bem como sociedade, em família e pessoalmente?

O que fazer e como olhar para um futuro que todos vamos viver (e cada vez mais anos)?

É para isso que a InterAção – Projeto e Consultoria organizou a II Jornada Interdisciplinar em Envelhecimento no último dia 30 de março, em São Paulo.

Com o tema “Longevidade: Novos Olhares?” o evento trouxe uma gama diversa e capacitada de especialistas em envelhecimento, cidadania e cuidados para que possamos discutir e aprender como viver mais e melhor.

Confira alguns dos destaques da II Jornada Interdisciplinar em Envelhecimento:


O Futuro da Longevidade

A primeira palestra do dia começou em grande estilo com o Dr. Marcelo Valente, geriatra da Santa Casa e presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do Estado de São Paulo (SBGG-SP).


Dr. Marcelo Valente, geriatra da Santa Casa e presidente da SBGG-SP

Ele falou sobre as diferenças de expectativa de vida durante as décadas no Brasil, tanto regionalmente como nacionalmente, e em outros países.

Disse ainda que até 2040 – ou seja, daqui a 20 anos -, de 13% da população, a porcentagem de idosos projeta um aumento para 23% da população no Brasil.

Dr. Marcelo destacou também as projeções para as idades médias e proporções populacionais até 2100, garantindo que a expectativa de vida no Brasil atingirá 88 anos até lá.

E encerrou falando dos hábitos que fazem das Blue Zones, ou Zonas Azuis – regiões do mundo onde há maior concentração de centenários vivos -, e como podemos adaptar às nossas rotinas para vivermos mais e com melhor qualidade de vida.

Conversa de Sofá – Longevidade: novos olhares?

Um bate papo animado e divertido com três convidados e intermediado por Lilian Lang, jornalista da Revista Aptare.

Debate animado sobre envelhecimento intermediado pela jornalista Lilian Lang (à direita)

Os convidados foram a Profª Marli Feitosa – presidente do grande conselho municipal do idoso, a senhora Vera Caovilla – membro fundadora da ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer) e o Dr. Helio Nogueira – Urologista e ex-reitor da UNIFESP.

Em uma roda de amigos, os três debateram como o idoso é ou não respeitado na sociedade pelos parentes, amigos, médicos e políticos.

Dr. Helio destacou: “Os médicos também têm que lembrar que do outro lado existe um ser humano”, arrancando aplausos da platéia.

A autocrítica também não ficou de lado: “Nós temos que aprender a mexer com as novas tecnologias, nos celulares, mandar coraçõezinhos para as nossas amigas no WhatsApp”, disse Marli.

Além disso, o preconceito e a falta de paciência entre as pessoas mais velhas também foi lembrado.

O debate ainda falou de políticas públicas como forma de evitar o isolamento e criar atividades para idosos, especialmente os já aposentados.


Estereótipos: até quando?

Já a Profª Dra. Valmari C Aranha  – docente do Centro Universitário São Camilo e especialista em gerontologia – trouxe uma grande reflexão sobre os problemas que os estereótipos trazem ao envelhecer.

Ótimas reflexões trazidas pela Profª Dra. Valmari Aranha sobre esteriótipos no envelhecimento

Começou analisando o que sustenta um clichê direcionado aos idosos:

  • Medos, doenças, fragilidade, perda, mudanças físicas e sociais;
  • Solidão e carência
  • Negação
  • Fragilidade
  • Descuido e Negligência
  • Rigidez e Não adaptação

Também falou sobre a diferença entre o Ageism – processo de estereotipagem e discriminação sistemáticos contra as pessoas devido à sua idade (Butler, 1969) – e o Velhicismo – conjunto de atitudes negativas, socialmente estereotipadas, que trazem prejuízo:

O Ageism é, portanto, algo contra o envelhecimento do corpo, quase um inimigo (“não se combate o que é natural”). Já o Velhicismo é quando os idosos têm comportamentos que prejudicam os outros, não sendo necessário (furar fila, ser mal educado etc).

Antigamente o idoso era visto como sábio, experiente, professor, guardião das tradições, da história de da cultura do seu povo.

A professora Valmari destaca que um dos motivos pelos quais o estereótipo ainda existe é porque não temos conhecimento complexo, flexível e crítico do envelhecimento.

Para finalizar, a professora aconselha para a nova geração de velhos:

  • Se sentir confortável no mundo e se faz ouvir
  • Reinventando a forma de viver e perceber a velhice
  • Saber que é um processo individual e com múltiplas oportunidades
  • Resiliência
  • Autocuidado
  • Um envelhecimento ativo e atuante (além das aparências)

E ainda dá exemplos: Xuxa (56 anos) e Paul McCartney (76 anos).


Outros destaques da II Jornada

A Dra. Cláudia M. Beré, promotora de justiça, deu a palestra “O Futuro da Políticas Públicas” e deu alguns bons exemplos dos desafios na esfera pública para idosos. Ela contou casos, a burocracia que os projetos de lei enfrentam para se tornarem realidade e deu dicas sobre direitos dos idosos.


Dra. Myrian Najas falando sobre a importância da nutrição no envelhecer

No Painel “Longevidade bem-sucedida”, a nutricionista e coordenadora do InterAção apresentou as palestras:

  • Qual a influência da atividade física – apresentada por Neide Alessandra S. P. Nascimento, profissional de Educação Física da Gerência de Estudos e Programas Sociais (GEPROS) do SESC de São Paulo
  • Como a Nutrição pode contribuir – da Dra. Myrian Najas, nutricionista da UNIFESP e especialista em gerontologia.

Também foi destaque a palestra “Longevidade e as Promessas de vida eterna”, da geriatra da UNIFESP, Dra. Maisa Kairalla, falando sobre os possíveis avanços na medicina e até quando o ser humano pode viver.  

Além disso, o Painel: “Novas Perspectivas para o Futuro”, coordenada pela Dra. Monica Rodrigues Perracini (fisioterapeuta e especialista em gerontologia) e com as especialistas Jullyanne Marques (gerontóloga), falando sobre qualidade de vida, e a Dra. Naira Lemos (assistente social da UNIFESP – SBGG) dando mais dicas sobre o cuidado com os idosos.

A 50+ SAÚDE estava presente apresentando a empresa e produtos para qualidade de vida



Como a Medicina Integrativa pode melhorar sua saúde e qualidade de vida

Você sabe o que é Medicina Integrativa?

Medicina Integrativa é uma especialidade que visa estudar o metabolismo de cada indivíduo como um todo, para que a saúde seja a melhor possível e doenças sejam evitadas.

Quando já instaladas, o tratamento pode ajudar a reduzir a quantidade de medicações, uma vez que a causa dos problemas está sendo investigada, não apenas a consequência final.

“Ela propõe um resgate das práticas mais antigas sem negar os avanços da medicina convencional”, define o médico Paulo de Tarso Lima, coordenador do Grupo de Medicina Integrativa do Hospital Israelita Albert Einstein.

“A medicina integrativa é um tratamento além da doença. Tratamos o paciente como um todo, desde o seu estilo de vida, até a forma como ele se relaciona com o ambiente. A interação com o paciente é muito importante. Vemos hoje muitos médicos que sequer olham nos olhos de seus pacientes. Acredito que se conseguirmos agir preventivamente, antes da doença levar a pessoa ao hospital, então teríamos mais o que fazer para melhorar a medicina”, disse o Prof. Dr. Chin An Lin, chefe do Ambulatório Geral Didático do HCMFUSP.

A Dra. Paula Bandeira de Mello fez um vídeo (transcrito abaixo) para mostrar a importância da ciência na vida das pessoas.

Confira a explicação e preencha o formulário para verificar como a Medicina Integrativa pode ajudar você a ter mais energia:

Veja o vídeo da Dra. Paula Bandeira de Mello sobre Medicina Integrativa

Oi, tudo bem com você?

Tô aqui para falar um pouco sobre Medicina Integrativa e de que forma e ela pode ajudar você a melhorar a sua saúde.

A Medicina Integrativa é uma abordagem médica que visa deixar o seu metabolismo em níveis ideais.

O melhor que o seu metabolismo pode ser por você:

Com os nutrientes adequados, com os hormônios em níveis ótimos, para que sua saúde seja a melhor possível e você consiga até prevenir doenças para quais a sua genética não te deixava favorável.

Vamos ver como é isso?

Prevenção

O primeiro conceito da Medicina Integrativa é que a prevenção é melhor do que a cura.

E a gente vê hoje em dia algumas doenças sendo tratadas para todo o sempre, certo?

Medicação diária, de uso contínuo, para sempre.

Será que não existe uma outra forma de tratar isso?

Será que a gente não consegue dar ao organismo aquilo que ele realmente precisa?

O nutriente que o organismo precisa para que aquela doença seja curada (ou nem apareça) e tratada na sua causa?

Melhore o terreno

O outro conceito é: melhorar o seu terreno.

Cuidar do corpo como se cuida da terra: nutrir e hidratar

Nosso organismo precisa estar bem nutrido, bem hidratado, precisamos pensar no que a gente está comendo para que seja algo funcional.

Precisamos que a alimentação dê os nutrientes que a gente precisa para construir os hormônios, os neurotransmissores e substâncias essenciais para a nossa saúde.

Não adianta a gente esperar que em um terreno seco e sem nutrientes, por exemplo, surjam frutos e flores, certo?

Você precisa adubar, expor ao sol e regar para que as coisas aconteçam.

Melhorar o metabolismo

A etapa seguinte é otimizar o seu metabolismo.

Não adianta você ver só a glicose (no sangue) ano após ano.

Às vezes a pessoa já está até acima do peso ideal, sabe disso, mas apenas dosa a glicemia e isso não é o suficiente para você se manter saudável.

Exemplo de medidas de glicose

Como na imagem, apenas um resultado de glicemia saiu do considerado normal.

Será que isso quer dizer que o corpo está funcionando tranquilamente?

Ou será que a insulina dessa mesma pessoa, que o laboratório diz que está dentro dos níveis normais, quer dizer que a pessoa está dentro da saúde ideal?

Esses níveis da imagem abaixo, são todos níveis de pré-diabetes.

Niveis de Insulina durante 2016 e 2017

Apenas o “Resultado atual” que não, já que teve uma melhora na alimentação.

Então será que a gente não tem uma forma melhor de cuidar da gente do que só esperar o diagnóstico de doença?

A melhor solução

Como a gente pode fazer isso?

Nutrindo o organismo.

Dando para a tireóide os nutrientes que ela precisa para fazer o hormônio;

Dando para os rins: ÁGUA.

Água não é chá, não é suco, não é refrigerante.

Água!

Tomar de duas em duas horas.

Não beba dois litros de uma vez que vai tudo para o xixi. Você tem que se hidratar ao longo do dia

Você também precisa de magnésio para não ser hipertenso.

Então será que antes de tomar um remédio para pressão, que tal emagrecer e fazer uma suplementação de magnésio com um profissional capacitado?

Antes de tomar um antidepressivo, será que não é melhor deixar o seu intestino apto a captar os nutrientes que você precisa para fazer o que o seu cérebro necessita para não entrar em depressão?

A importância dos hormônios

Qual hormônio, por exemplo, que ajudaria você a ter uma boa saúde sexual, boa saúde óssea – tanto nos dentes como prevenindo Osteopenia e Osteoporose?

Você é capaz de fazer exercício para ganhar e manter massa magra, prevenir câncer de próstata (no caso dos homens), prevenção de depressão

Afinal, que hormônio é esse?

Aqui foram listados apenas alguns dos benefícios da testosterona.

Ela não é um hormônio apenas de homem.

A testosterona é importante para todo mundo. É preciso que a testosterona esteja em níveis ideais para prevenir tudo isso.

É importante também para a saúde cardiovascular (coração).

E é por isso que homens, a partir dos 50 anos, tem mais chance de infarto. Porque a testosterona cai de uma forma mais relevante.

Não precisa ter medo de hormônios.

Se forem orientados por um profissional capacitado e não forem usados derivados intéticos, que realmente trazem riscos para a saúde, você estará previnindo problemas que o avançar da idade naturalmente lhe trariam.

A gente realmente precisa de hormônios, vitaminas e nutrientes para alcançar a melhor saúde possível.

Você precisa apenas de um profissional capacitado para te ajudar a chegar nesse nível.

Hábitos para evitar doenças

Então eu convido você a melhorar os seus hábitos para “descontruir” doenças:

  • Respeitar o horário de sono;
  • Escolher com carinho o que comer – não pense apenas em não ter fome, pense em nutrir o seu corpo;
  • Praticar exercícios físicos.

Os dois primeiros são essenciais para que você seja capaz e possa nutrir o seu corpo para o terceiro: fazer exercícios físicos.

Com tudo isso – e eu não disse que ia ser fácil -, você pode ter um caminho para uma nova vida e um novo estilo de vida.

Saiba mais sobre a sua saúde

Eu formulei um questionário para que você possa entender um pouco mais da sua saúde e saber por onde começar a melhorar.

Entre no formulário, responda as perguntas e comece a mudar a sua saúde e a sua vida.

Dra. Paula Bandeira de Mello

Dra. Paula Bandeira de Mello, médica pós-graduada pela Escola Paulista de Medicina, em Nutrologia e Estética Avançada. Atende atualmente em São Paulo.

Você pode saber mais sobre Medicina Integrativa e sobre a Dra. Paula Bandeira de Mello em sua página no Facebook ou no Instagram.

Ou ainda pelos telefones: (11) 96747-7777 e (11) 3865-0200

Porque o exercício físico é bom para o seu cérebro

A atividade física tem benefícios duradouros para o corpo e para a mente

A conversa em torno dos cuidados de saúde torna-se clara e evidente a cada dia, à medida que os especialistas analisam as suas previsões para as grandes tendências do próximo ano.

Um dos principais tópicos: Será este o ano em que finalmente veremos um medicamento de sucesso para a doença de Alzheimer?

Mas, em vez de jogar um jogo de adivinhação, por que não olhamos para o que sabemos que realmente impede a demência, como o Alzheimer – melhorando o seu estilo de vida?

Corpo Saudável, Mente Saudável

O Governo Federal Estadunidense publicou pela primeira vez as Diretrizes de Atividade Física para Americanos em 2008.

Usando orientações científicas, essas diretrizes fornecem uma visão geral de quanto exercício físico os americanos (e brasileiros) devem realizar a cada semana.

Ou seja, pelo menos dois dias de atividade de fortalecimento muscular combinada com pelo menos 150 minutos de exercício de intensidade moderada ou 75 minutos de exercício de intensidade vigorosa.

Essas diretrizes abordam indivíduos saudáveis e aqueles com risco aumentado de doença crônica, enfatizando como o exercício pode prevenir os efeitos de certas doenças crônicas, como Diabetes Mellitus,  Hipertensão Arterial e inclusive, as chamadas demências, como a Doença de Alzheimer.

Uma edição atualizada das Diretrizes de Atividade Física foi lançada no final de 2018. A principal atualização foi uma seção dedicada à relação entre atividade física e saúde do cérebro.

Infográfico baseado nas Diretrizes de Atividade Física do site do governo estadunidense Health.gov

Esta seção explica os benefícios da atividade física para cognição, sono, depressão, ansiedade e qualidade de vida geral.

O reconhecimento do governo sobre a saúde do cérebro finalmente divulga seu papel integral na saúde geral e destaca como o exercício físico beneficia não apenas seu corpo, mas também sua mente.

Como o exercício melhora a saúde do cérebro

Há muitas maneiras pelas quais o exercício físico melhora a saúde cognitiva.

O exercício aeróbico (também conhecido como cardio) aumenta a frequência cardíaca e aumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro. Sua frequência cardíaca aumentada é acompanhada por respiração mais forte e rápida, dependendo da intensidade do seu treino.

À medida que sua respiração aumentada bombeia mais oxigênio para a corrente sanguínea, mais oxigênio é liberado para o cérebro.

Isso leva à neurogênese – ou à produção de neurônios – em certas partes do cérebro que controlam a memória e o pensamento.

A neurogênese aumenta o volume cerebral, e acredita-se que essa reserva cognitiva ajude a amortecer os efeitos da demência.

Outro fator que media a ligação entre a cognição e o exercício são as neurotrofinas, proteínas que auxiliam a sobrevivência e a função dos neurônios.

Observou-se que o exercício promove a produção de neurotrofinas, levando a uma maior plasticidade cerebral e, portanto, melhor memória e aprendizado.

Além delas, o exercício também resulta em um aumento de neurotransmissores no cérebro, especificamente serotonina e norepinefrina, que aumentam o processamento da informação e o humor.

O que é atividade física moderada?

Efeitos duradouros do exercício na cognição

Em 2017, o Lancet lançou sua comissão de pesquisa sobre prevenção, intervenção e cuidados de demência que demonstrou que 35% dos fatores de risco para o desenvolvimento de demência podem ser atribuídos a traços de estilo de vida modificáveis.

Um componente significativo: exercício físico.

Em um estudo longitudinal realizado pelo Dr. Zhu, da Universidade de Minnesota, testes foram administrados a um grupo de participantes para determinar seus níveis de aptidão física e cognitiva.

Estas pessoas foram acompanhadas e reavaliadas após 25 anos:

Aqueles que eram os mais ativos em 1985 tiveram também o melhor desempenho em testes físicos e cognitivos décadas mais tarde.

Além disso, o exercício dá esperança a pessoas com uma mutação genética rara que as programa para o início precoce da doença de Alzheimer.

Embora o exercício não possa neutralizar completamente sua predisposição genética, as pessoas que se exercitaram por pelo menos 150 minutos por semana tiveram melhores resultados cognitivos em comparação com aqueles que não o fizeram.

Incrivelmente, o exercício poderia atrasar o início da demência em até 15 anos.

O tipo de treino é importante?

Tanto o tipo de treino como o método de manter-se em forma são importantes para ter ou não benefícios cognitivos.

Não basta apenas contar calorias para ficar magro, você ainda precisa se exercitar.

Na verdade, há um termo (em inglês) na medicina para pessoas que não são saudáveis em geral, mas conseguem ficar magras: TOFI (Thin Outside Fat Inside).

Traduzindo para o português: Magro por Fora, Gordo por Dentro.

Em vez de exibirem gordura externamente e parecerem acima do peso, esses indivíduos carregam peso visceralmente, em torno de seus órgãos internos.

Isso é prejudicial para a saúde geral – incluindo a saúde do cérebro.

Entre três grupos de pessoas – indivíduos que perderam peso por meio da alimentação restritiva, pessoas que perderam peso através de exercícios e um grupo que usou uma combinação dos dois – apenas os grupos que fizeram exercícios como parte de seu regime de perda de peso notaram uma melhora na cognição.

Tai Chi aumenta significativamente a cognição.

É mais importante concentrar-se no tipo de exercício que você realiza se seu objetivo é maximizar sua saúde cognitiva.

Uma rotina de múltiplos componentes focada em equilíbrio, flexibilidade e condicionamento aeróbico é melhor do que focar apenas em um tipo de exercício.

Por exemplo, o tai chi foi anunciado como uma forma de uma rotina de exercícios abrangente que aumenta significativamente a cognição.

Uma meta-análise da pesquisa sobre tai chi e cognição descobriu que o exercício exibiu um efeito maior sobre a função cognitiva do que outros tipos de exercício.

No entanto, qualquer exercício é melhor para o cérebro do que nenhum.

Então, escolha o seu exercício!

Vá andando, correndo, nadando, caminhando ou andando de bicicleta.

Aproveite o ar fresco. Entre em contato com a natureza. E colha os muitos benefícios para a saúde do exercício físico e mental.

Esse post foi escrito originalmente por Mylea Charvat, Ph.D., psicóloga clínica, neurocientista translacional e CEO e fundadora da empresa de avaliação cognitiva digital Savonix, na Califórnia, nos Estados Unidos.

O texto foi e postado no site Psychology Today, em janeiro de 2019.

O conteúdo foi traduzido e adaptado pelo Blog 50+ SAÚDE com objetivo de clareza.