Dia Mundial da Conscientização sobre Incontinência Urinária

Dia 14 de março é oficialmente o Dia Mundial da Conscientização sobre Incontinência Urinária. A
data foi oficializada no Brasil como o Dia Nacional da Incontinência Urinária no ano passado junto
com a Semana Nacional para Prevenção e Tratamento da Incontinência Urinária.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 300 milhões de pessoas sofrem de incontinência
urinária no mundo. No Brasil, são cerca de 10 milhões de pessoas afetadas pela condição, de acordo
com estimativas da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Isso quer dizer que 1 a cada 25 brasileiros
apresenta algum grau de incontinência.

A condição pode variar de pessoa para pessoa: de uma pequena perda de urina ao espirrar ou tossir
até uma incapacidade total de controlar a bexiga. Apesar de ser caracterizada pela perda
involuntária de urina, esse não é o único sintoma que indica uma possível incontinência. Acordar
muitas vezes à noite para ir ao banheiro ou vontade súbita de urinar, mesmo quando não existe um
volume grande de urina, dificuldade em esvaziar completamente a bexiga e até infecções urinárias
muito frequentes também podem ser sinais que podem estar associados a um quadro de
incontinência.

Dependendo da ocorrência ou gravidade do quadro, a incontinência urinária pode ser distinguida em
até quatro tipos: a incontinência urinária de esforço descreve casos nos quais a perda de urina é
provocada por tosses, espirros ou exercícios físicos. Quando a pessoa é acometida por uma vontade
súbita de urinar e perde urina antes de chegar ao banheiro falamos em incontinência de urgência. Por incontinência mista entende-se um quadro caracterizado pelas duas situações descritas acima. Estes tipos são mais comuns nos adultos e idosos. Nas crianças, a enurese noturna é a situação mais
comum, que é a incontinência que ocorre durante o sono: o famoso xixi na cama.

Um fator importante que leva à incontinência urinária é a fraqueza nos músculos pélvicos ou dos
esfíncteres causada pela idade ou durante o processo de parto e gestações, o que ajuda a explicar
por que a maior parte dos afetados são pessoas idosas e mulheres. Contudo, infecções, alguns
medicamentos, tumores e crescimento da próstata, além de obesidade ou mesmo problemas
neurológicos podem estar associados com a incontinência. Por isso, sempre é importante procurar
um médico caso esteja com os sintomas descritos acima.

Vivendo com Incontinência Urinária

Além dos problemas óbvios, um quadro de incontinência urinária também pode acarretar em
problemas emocionais devido à vergonha e ao estigma que muitas das pessoas que lidam com a
condição podem vir a sentir. Em 2019, um estudo brasileiro realizado com mulheres com
incontinência publicado na Revista De Salud Pública identificou sintomas de ansiedade em metade
das entrevistadas, enquanto 45% delas também apresentavam sintomas depressivos.

Felizmente, existem muitas soluções no mercado para quem sofre com esse tipo de problema. Para
casos mais leves, absorventes especiais são desenvolvidos para manter a pele seca e inibir odores,
além de serem bastante discretos. Os absorventes masculinos, desenvolvidos para se adaptar
melhor à anatomia masculina, também são uma opção. Para casos moderados, roupas íntimas
absorventes, que são vestidas como calcinhas e cuecas, permitem mobilidade e discrição.

Casos mais severos, podem requerer o uso de fraldas para adultos e idosos, que, apesar do estigma,
são ideais para pessoas acamadas, porque, além de proporcionar mais conforto e segurança, evitam
vazamentos e odor no ambiente. Nesses casos, no banho, após a higiene local com água e sabonete
líquido, a aplicação dos chamados creme barreira fornece uma camada protetora à pele, prevenindo
irritações.

Para ajudar pessoas que lidam com a condição no seu dia-a-dia, estamos com uma promoção de
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Tratamento

Por mais que possa parecer uma condição constrangedora, a incontinência urinária pode ser tratada
e melhoras dos sintomas ou até mesmo a cura são possíveis para algumas pessoas. Eles podem vir
desde exercícios para o fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, medicamentos e até
intervenção cirúrgica, dependendo da situação do paciente.

Por isso, novamente, se você ou alguém que você conhece apresenta algum sintoma ou queixa de
incontinência urinária, oriente-o para procurar um médico para avaliar o seu quadro e buscar a
melhor forma de tratamento para garantir mais qualidade de vida e mais saúde.

Incontinência urinária, hábitos saudáveis previnem, diz especialista

Hábitos saudáveis, exercícios físicos e controle do peso podem prevenir a incontinência urinária – sintoma caracterizado pela perda involuntária da urina, problema que acomete cerca de 20 milhões de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

De acordo com o doutor em urologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e diretor da SBU, Carlos Sacomani, a incontinência, quando moderada ou grave, pode afetar a vida sexual, profissional e o convívio pessoal do paciente. “Em termos de comprometimento da qualidade de vida, pode ser bastante importante se a intensidade for de moderada a grave”, destaca.

Segundo o médico, quando ocorre em mulheres, as causas principais estão ligadas ao esforço, em pacientes que sofreram um enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvico. “Quando elas tossem, espirram ou fazem esforço físico, alguma atividade física, escapa urina”, explica. De acordo com ele, a musculatura do assoalho pélvico pode ser sobrecarregada em caso de mulheres com muitos partos, gravidez de gêmeos ou de crianças muito pesadas.

As pacientes também podem ter incontinência devido a um quadro de bexiga hiperativa, explica o médico, quadro que pode ser acentuado pelo consumo de café e chá preto. “São mulheres que têm alteração na bexiga, elas têm vontade de urinar e se elas não forem rapidamente ao banheiro, perdem urina”.

Nos homens, o quadro de bexiga hiperativa ocorre também, mas é mais comum nos pacientes  idosos. A incontinência urinária ainda ocorre em homens como sintoma secundário à cirurgia de próstata. “Há pacientes que fizeram cirurgia de próstata, principalmente por câncer, e que evoluem com perda urinária depois da cirurgia. A causa é a própria cirurgia”, ressalta Sacomani.

O tratamento da incontinência pode começar pela mudança do estilo de vida e fisioterapia do assoalho pélvico. Nos casos de bexiga hiperativa, há a possibilidade da utilização de medicamentos e até o implante de um marca-passo da bexiga. Nos pacientes com perda de urina associada ao esforço, pode-se também fazer o tratamento cirúrgico.

A prevenção passa por hábitos saudáveis, segundo o médico. “São aqueles hábitos de sempre, entre eles praticar atividade física adequada e evitar obesidade, que está diretamente relacionada à incontinência urinária – quanto maior o sobrepeso, maior a chance de incontinência urinária”.

FONTE: Agência Brasil

Tire as suas dúvidas sobre Infecção Urinária na Mulher

Você sabia que metade das mulheres poderá ter, pelo menos, um episódio de Infecção Urinária em algum momento da vida?  

Entre as principais causas, está a anatomia feminina: a uretra feminina é reta e mais curta que a uretra masculina, facilitando a entrada e migração de bactérias para a bexiga urinária.

Além disso, a uretra – canal que leva a urina da bexiga até o meio externo, na mulher, é exteriorizada na região da vulva, próximo à vagina e ao ânus.

A curta distância entre a uretra e o ânus, facilita que bactérias entrem pela uretra e se instalem na bexiga.  

A bactéria mais comum da Infecção Urinária na Mulher é a Escherichia coli, que é um microrganismo comum no intestino, mas que, quando se instala na bexiga, produz a Infecção Urinária.    

O que é Infecção Urinária?

A Infecção Urinária, também chamada de Infecção do Trato Urinário – ITU, é um quadro infeccioso que pode ocorrer nos órgãos do trato urinário, principalmente bexiga e rins.

Quando a bexiga é afetada, o que ocorre com mais frequência, a infecção urinária é chamada de Cistite, e quando os rins também são afetados, ocorre a Pielonefrite, que é um tipo de infecção urinária mais grave.

Como posso saber se estou com infecção urinária?

Existem alguns sinais e sintomas que podem alertar a mulher sobre a possibilidade de estar com uma infecção urinária.

Sinais e sintomas mais frequentes da infecção urinária:

dor ou ardência ao urinar;

– sensação de urgência para urinar;

– aumento do número de vezes que vai ao banheiro urinar;

– urina escura;

– urina com odor forte;

– dor no “pé da barriga”;

– incontinência urinária.

Vale ressaltar que, no caso da Pielonefrite, surgem também outros sintomas como dor lombar, febre, calafrios, náuseas e vômitos.  

Como são o diagnóstico e o tratamento da Infecção Urinária?

Caso ocorram algum destes sinais e sintomas, você deve procurar imediatamente um serviço de saúde para o correto diagnóstico e tratamento.

O diagnóstico médico consiste na avaliação dos sinais e sintomas, e dos exames laboratoriais como exame de urina e sangue, que podem confirmar a presença de uma infecção.

Destaque para a Uretra


Além disso, um exame de imagem como Tomografia ou Ultrassonografia pode ser solicitado, para identificar possíveis anormalidades no Sistema Urinário.

No tratamento da Cistite, antibióticos, analgésicos e hidratação, frequentemente resolvem o quadro.

O médico vai indicar qual o antibiótico adequado para cada caso.

Quando o diagnóstico for de Pielonefrite, o tratamento é mais prolongado e pode ser necessário a internação hospitalar.

É possível prevenir a Infecção Urinária?

Sim, é possível prevenir a Infecção Urinária na mulher. Você pode começar com:

1) Hidratação

Beba água com frequência, contribui para a saúde como um todo.

Além disso, faz com que a mulher urine com mais frequência, o que ajuda a expelir bactérias que possam ter alcançado a bexiga.

2)    Não segurar o xixi:

Muitas mulheres têm o hábito de segurar a urina.

Ou seja, demorar para ir ao banheiro urinar, mesmo que esteja com a bexiga cheia.

Este hábito deve ser evitado, porque o xixi parado por muito tempo na bexiga facilita a proliferação de bactérias.

Por outro lado, urinar funciona como uma lavagem da bexiga, e auxilia na eliminação das bactérias.

3)    Higiene íntima:

Lembre-se sempre que a higiene da mulher, após urinar ou evacuar, deve ser feita de frente para trás, ou seja, iniciar a limpeza na região da vulva e terminar na região do ânus, nunca o contrário.

Esta medida evita que, durante a higiene, bactérias do intestino sejam “carregadas” para a região da uretra feminina, o que poderia facilitar a infecção urinária.

Portanto, comece agora!

Beber água, não segurar a urina e fazer higiene íntima no sentido correto, são algumas medidas simples que podem ser incluídas no seu dia-a-dia.

É normal urinar várias vezes ao dia?

Quantas vezes você já viveu uma situação como esta?

Está com seus amigos, está trabalhando ou caminhando pelas ruas da cidade, quando percebe que a vontade de urinar é realmente forte e você precisa chegar ao banheiro…

Certamente, esta sensação é natural, pois há uma comunicação entre a bexiga urinária e o cérebro.

O cérebro interpreta que a bexiga está cheia e que, portanto, precisamos esvaziá-la.

Em condições habituais, esvaziamos a bexiga entre 5 a 8 vezes em 24h. Ou seja, urinar, ou fazer xixi, é uma função orgânica essencial no nosso dia-a-dia.

Como funciona o Sistema Urinário

Vamos entender melhor como ocorre este processo. 

Os órgãos do sistema urinário compreendem os rins, os ureteres, a bexiga e a uretra.

Em resumo, os rins produzem a urina, que é transportada para a bexiga pelos ductos chamados ureteres.

Os ureteres são uma espécie de tubos que ligam os rins à bexiga.

A bexiga armazena a urina e periodicamente a expele para fora do organismo pela uretra. 

A uretra é um ducto que comunica a bexiga com o meio externo.  

A urina é produzida pelos rins, como resultado da filtração do sangue.

Este processo acontece nos néfrons – unidade funcional dos rins – e envolve diferentes etapas que garantem a eliminação dos produtos indesejáveis para o organismo.

A bexiga urinária é responsável pelo armazenamento e pela eliminação da urina. É um órgão oco e flexível, e suas paredes são formadas pelo músculo detrusor.

O músculo detrusor permanece relaxado durante o enchimento da bexiga.

Por outro lado, para eliminar a urina da bexiga, o músculo detrusor realiza uma contração e a urina é conduzida para fora, pela uretra. 

Na parte inferior da bexiga, chamada de colo vesical e na extremidade da uretra ligada à bexiga, encontram-se os músculos que formam o esfíncter urinário, estrutura muscular que controla a saída da urina.

Sistema Urinário

Durante o enchimento da bexiga o esfíncter urinário permanece contraído, o que impede a saída da urina. Durante a micção, ou seja, no ato de urinar, o esfíncter urinário relaxa, permitindo a passagem da urina.

E na prática, como funciona?

Em resumo, enquanto a bexiga armazena a urina, o músculo detrusor está relaxado e o esfíncter urinário está contraído.

Para que possamos urinar, o músculo detrusor contrai e o esfíncter urinário relaxa. 

Este movimento coordenado permite a passagem da urina pela uretra e, consequente esvaziamento da bexiga.

Como controlamos o ato de urinar?

Ufa! Parecia simples, mas deu para perceber que o simples ato de urinar envolve estruturas de funcionamento complexo.

Mas afinal, como controlamos o ato de urinar e o número de vezes que vamos ao banheiro?

É importante ressaltar que os bebês não têm nenhum controle sobre quando fazem xixi e, portanto, urinam por um reflexo.

Portanto, quando a bexiga do bebê se enche até um volume específico, o músculo da bexiga contrai e o esfíncter urinário relaxa automaticamente para esvaziar a bexiga.

Ainda bem que existem as fraldas!! 😀

No entanto, na infância, o sistema nervoso amadurece.

Nesta fase, adquirimos a capacidade de reconhecer o armazenamento de urina na bexiga e a capacidade de controlar a micção.

Isso envolve interação entre o Trato Urinário Inferior (bexiga e uretra) e o Sistema Nervoso Central

Estão envolvidos nesta interação, não apenas a bexiga e o esfíncter urinário, como também a medula espinhal e o cérebro.

Em síntese, os nervos existentes na bexiga, enviam informações ao cérebro, através da medula espinhal, sobre a necessidade de urinar.

Mas, e se não tiver um banheiro por perto?

Se não pudermos ir até o banheiro neste momento, o cérebro envia mensagens para inibir a micção, ou seja, mensagens que evitam que urinemos naquele momento.

Conforme aumenta o volume de urina armazenado na bexiga, são enviados mais sinais ao cérebro e o desejo de urinar se intensifica.

Quando chegamos ao banheiro e estamos prontos para urinar, o cérebro envia sinais simultâneos ao músculo da bexiga para que haja a contração detrusora e ao esfíncter urinário para o relaxamento esfincteriano. 

Finalmente, podemos urinar e ficamos aliviados!

Portanto, nosso organismo tem a capacidade de reconhecer o desejo de urinar e de inibir o ato de urinar, caso socialmente não possamos esvaziar a bexiga naquele momento.

Por outro lado, quando já estamos em um local adequado para urinar, de preferência com assento sanitário limpinho e pronto para nos receber, nosso cérebro pode emitir o comando adequado para o esvaziamento da bexiga.

Como já registramos no início deste texto, em condições habituais, esvaziamos a bexiga entre 5 a 8 vezes em 24h.  

Porém, algumas pessoas precisam urinar 10, 15 ou mais de 20 vezes ao dia!! 

As pessoas que vivem esta condição, sentem vontade urgente de fazer xixi, mesmo que não estejam com a bexiga cheia, e algumas vezes, tem escapes de urina.

Para saber mais sobre estas situações, acompanhe nossos textos sobre bexiga hiperativa e incontinência urinária, que publicaremos em breve aqui no Blog 50+ SAÚDE.