Oswaldo Cruz enfrentou três epidemias simultâneas

A Revolta da Vacina é um assunto que faz parte do currículo escolar, mas um detalhe que nem sempre é lembrado é que as transformações sanitárias que ocorriam no Rio de Janeiro do início do Século XX eram lideradas por um jovem Oswaldo Cruz de pouco mais de 30 anos. Nesta sexta-feira (5), dia que marca 150 anos de seu nascimento, a Agência Brasil relembra como esse audacioso sanitarista assumiu o principal órgão de saúde pública do país, em 1903, com a promessa de derrotar três epidemias simultâneas que assolavam a capital federal: a peste bubônica, varíola e febre amarela.

Recém saído do Império, o Brasil queria mostrar ao mundo uma imagem moderna e promissora, mas trazer visitantes e imigrantes ao Rio de Janeiro, sua capital, era uma tarefa difícil, já que a cidade tinha fama de ser “túmulo dos estrangeiros”. O motivo eram as doenças infecciosas que assolavam a população carioca, que vivia em péssimas condições de higiene e saneamento, com cortiços e ruelas que cresciam em uma urbanização acelerada e desordenada.

O presidente da República da época, Rodrigues Alves, nomeou o engenheiro Pereira Passos prefeito do Rio de Janeiro para que realizasse uma ampla reforma urbana que abrisse largas avenidas e permitisse a melhoria do saneamento básico e da ventilação. Em uma frente complementar, coube à Oswaldo Cruz a elaboração das estratégias para enfrentar as doenças infecciosas, e o jovem médico foi nomeado diretor-geral de saúde pública, cargo que, na época, poderia ser comparado ao que hoje é o ministro da Saúde.

O historiador Bruno Mussa, do Museu da Vida da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), explica que, apesar de novo, Oswaldo Cruz teve uma formação sólida, tendo sido o primeiro brasileiro a estudar no Instituto Pasteur, centro de pesquisa de Paris que era a maior referência da época no Ocidente sobre microbiologia e saúde. Ao retornar ao Brasil, em 1899, ele participou de uma missão científica que identificou um surto de peste bubônica no Porto de Santos. Esse trabalho fez com que ganhasse notoriedade para assumir a diretoria técnica e depois a chefia do Instituto Soroterápico Federal, embrião do que seria a Fiocruz. O passo seguinte foi acumular o cargo com a diretoria em que se tornou célebre pelas políticas implantadas no país.

“A partir dali, a Diretoria-Geral de Saúde Pública vai assumir um espaço cada vez maior e mais significativo, e a saúde pública vai se tornar um ponto cada vez mais relevante no Brasil”, avalia o historiador. “Em tudo que ele planejava, ele pensava na implementação de um projeto de trabalho duradouro. Se a Fundação Oswaldo Cruz hoje em dia é uma instituição estratégica, é uma consequência da visão de futuro desse personagem”.

Febre Amarela

Maior problema de saúde pública da cidade, a febre amarela foi o primeiro foco de Oswaldo Cruz como diretor de saúde pública. Sob desconfiança da classe médica da época, o sanitarista trouxe para o Rio de Janeiro a ideia de que a doença era transmitida por mosquitos, enquanto a tese mais aceita no Brasil era de que o contágio seria a partir de pessoas já doentes.

Oswaldo Cruz criou brigadas sanitárias que percorriam a cidade com inseticidas, em busca de locais onde houvesse larvas de mosquitos, incluindo casas, cujos donos podiam ser intimados a realizar reformas ou até demolições se fossem consideradas insalubres.

A estratégia teve sucesso, e a doença que matava cerca de mil pessoas por ano em 1902 já não era mais uma epidemia em 1907, o que rendeu ao sanitarista o prêmio principal do 14º Congresso de Higiene e Demografia de Berlim, realizado na Alemanha naquele ano.

“Esse reconhecimento internacional foi importantíssimo para produzir essa chancela que o Oswaldo Cruz passou a ter a partir de então”, destaca Mussa. “Ele passa a ser reconhecido no Brasil depois do reconhecimento que ele teve no exterior”.

Uma das maiores provas desse reconhecimento foi a mudança do nome do instituto que ele dirigia para Instituto Oswaldo Cruz (IOC), que existe até hoje como parte da Fundação Oswaldo Cruz. O pesquisador também se tornou um imortal da Academia Brasileira de Letras, em 1913.

Peste Bubônica

Organizado o combate à febre amarela, Oswaldo Cruz e sua diretoria de saúde pública se voltaram, em 1903, contra a peste bubônica, doença transmitida pelas pulgas de ratos contaminados.

Mussa explica que, além de estar presente na memória coletiva pela trágica epidemia que matou milhões na Europa, a doença também tem um forte impacto impacto econômico, já que a disseminação se dá muitas vezes por ratos em navios, de porto em porto, o que chega a obrigar o fechamento de uma cidade com contaminações.

“A peste bubônica não chegou a ser um problema gigantesco no Rio de Janeiro, mas o diagnóstico gera uma série de ações para que ela não prosperasse”. afirma. “Era uma doença que veio de fora e poderia gerar um impacto muito grande na economia”.

Mais uma vez, Oswaldo Cruz adotou a estratégia de combate aos vetores, com uma caçada aos ratos do Rio de Janeiro. Funcionários da diretoria de saúde pública receberam a meta de apresentar pelo menos 150 ratos por mês, sob ameaça de demissão, e o governo passou a comprar ratos de qualquer pessoa que os matasse.

Além da desratização, o sanitarista promoveu a vacinação da população nas áreas mais afetadas da cidade e o Instituto Soroterápico Federal produziu o soro para o tratamento dos doentes, cujos casos passaram a ter notificação compulsória. Esse conjunto de ações impactou fortemente a mortalidade por peste bubônica na cidade, que caiu mais de 20 vezes entre 1903 e 1909, segundo a Fiocruz.

Varíola

As remoções da população pobre forçadas pela reforma urbana, a truculência das brigadas sanitárias e as tensões políticas da república recém proclamada criaram um clima de tensão crescente na capital federal no governo Rodrigues Alves. Em meio a esse cenário, a varíola teve um pico de casos em 1904, e cerca de 3,5 mil pessoas morreram no Rio de Janeiro.

A tragédia levou Oswaldo Cruz à drástica proposta de fazer cumprir a vacinação obrigatória, com exigência de comprovação até mesmo para a realização de casamentos. Além disso, a lei aprovada no Congresso, apelidada pelos opositores de “Código de Torturas”, previa que serviços sanitários poderiam entrar nas residências para vacinar os moradores.

O historiador explica que esse foi o estopim para o caldeirão de insatisfação explodir, e a Revolta da Vacina durou 10 dias, nos quais houve protestos nas ruas e insurreição de militares. O resultado foram 30 mortos, 110 feridos e 945 presos, sendo quase a metade exilada no Acre, onde foram submetidos a trabalhos forçados.

Apesar de ter retomado o controle da capital, o governo decidiu suspender a vacinação obrigatória, o que representou uma derrota para a prevenção da varíola e possibilitou uma epidemia ainda mais mortal em 1906, com mais de 6 mil vítimas.

Mussa destaca que mesmo que a vacina da varíola já fosse utilizada mundo afora e fosse comprovadamente eficaz, o clima de tensão foi aproveitado pela oposição ao governo enquanto o analfabetismo generalizado e a escassez de canais de comunicação dificultaram uma campanha de conscientização.

“Esse processo todo apresenta na história do Brasil o momento em que se demonstra a relevância de se fazer uma boa comunicação pública da ciência e um bom desenvolvimento dos debates científicos com a sociedade, porque foi a ausência disso e muita aplicação de determinações por decreto e pela força que contribuiu muito para a animosidade e para a revolta que aconteceu”.

Legado

Assim como seus grandes feitos, a morte chegou cedo para Oswaldo Cruz, que morreu aos 44 anos, em 1917. O sanitarista foi vítima de insuficiência renal, causada por uma nefrite, mesma doença que vitimou seu pai.

Para a diretora do Instituto Oswaldo Cruz, Tania Araújo-Jorge, o maior legado do sanitarista foi incluir a pesquisa como elemento fundamental na política de saúde pública. Ela lembra que, anos depois de assumir o Instituto Soroterápico Federal, o médico o transformou em um instituto de patologia experimental, dedicado à pesquisa médica voltada à saúde coletiva.

“A saúde pública tem um antes e um depois de Oswaldo Cruz. Sem pesquisa, você não consegue fazer um bom enfrentamento de qualquer desafio de saúde”, afirma ela. “Não só a gente do Instituto Oswaldo Cruz, mas todo pesquisador brasileiro se sente inspirado pela visão dele de que você tem que fazer formação, tem que fazer pesquisa e que isso tem que estar comprometido com a melhoria da saúde do povo brasileiro”.

Tania avalia que, diante dos desafios na Diretoria-Geral de Saúde Pública, o jovem Oswaldo Cruz teve energia para fazer os enfrentamentos da época, e à frente do instituto de pesquisa, colaborou para a transmissão do conhecimento que ocorre até hoje na fundação.

“O fato de ele implantar a pesquisa e a formação de novos pesquisadores foi muito importante. Todos eles morriam muito jovens, e você tinha que passar o legado adiante. Quem teve que enfrentar a epidemia de gripe espanhola no Brasil? Já não foi Oswaldo, ele morreu em 1917, e a epidemia começou em 1918. Foi Carlos Chagas, que tinha aprendido tudo com ele. O Carlos Chagas foi aluno do Oswaldo Cruz, e ele foi formando uma geração de cientistas, e a gente tem 122 anos de formação de cientistas”.

FONTE: Agência Brasil

Como saber que estou tendo um infarto?

Você sabia que existem sintomas de alerta que ajudam você a perceber que está tendo um infarto e ser socorrido mais rápido?

O infarto acontece por conta de um bloqueio do sangue quando ele está a caminho do coração, o que pode causar danos ao músculo cardíaco. É muito importante que você entenda os sintomas do infarto para que possa ser socorrido ou chamar o socorro.

Além disso, nesse texto, vamos mostrar várias maneiras de prevenir que você sofra um infarto e cuide melhor da sua saúde e do seu coração.

Continue lendo o texto para saber melhor sobre o assunto.

O que é o infarto?

O infarto, ou ataque cardíaco, acontece quando o fluxo do sangue que está indo para o coração é bloqueado. Esse bloqueio acontece com mais frequência por acúmulos de gordura, colesterol ou outras substâncias que acabam formando placas nas artérias responsáveis por levar o sangue até o coração, chamadas de artérias coronárias.

Existe a possibilidade dessa placa se romper e formar um coágulo, dificultando ainda mais o fluxo sanguíneo.

O tratamento para o infarto melhorou muito ao longo os anos, mas ainda é algo grave que deve ser prevenido e que, quando ocorre, o paciente precisa ser socorrido com rapidez.

Alguns infartos podem acontecer repentinamente, mas é comum que muitas pessoas apresentem sinais de alerta e alguns sintomas com dias e até semanas antes de realmente terem o infarto.

Os sintomas e a gravidade podem variar de acordo com cada organismo e hábitos de cada pessoa, também há casos em que as pessoas não apresentam sintomas.

De acordo com um estudo da American Heart Association, 20% dos infartos são silenciosos e descobertos somente depois, quando o paciente realiza exames de rotina.

Sintomas de infarto

Como dito antes, o infarto pode gerar alguns avisos dias e até semanas antes ou pode aparecer de forma repentina.

Assim como, em uma música, você precisa da melodia junto com a letra para conseguir identificá-la, no infarto saber os sintomas e conhecer o seu corpo pode te ajudar a percebê-lo e a tomar providencias o mais rápido que conseguir.

Alguns sinais de alerta podem ser:

  • Pressão, aperto ou dor no peito e nos braços que podem se espalhar pelo pescoço, mandíbula e costas;
  • Náuseas e vômitos;
  • Indigestão;
  • Azia;
  • Dor abdominal;
  • Falta de ar;
  • Suor frio;
  • Fadiga;
  • Tontura;
  • Formigamento no braço esquerdo e pescoço;

Alguns sinais podem variar de homem para mulher, fique atento:

Infarto em homens

A dor do infarto nos homens é, geralmente, percebida como uma pressão no peito, podendo ser acompanhada de suor sem estar sentindo calor, o famoso suor frio. Além disso, os homens também podem sentir dor nos braços, dor na boca do estômago e até na mandíbula. Tonturas e desmaios durante a dor também podem acontecer.

Infarto em mulheres

Nas mulheres, os sinais de infarto acabam variando mais. Elas também sentem dores, mas as descrevem como um tipo de queimação ou sensação de pontadas na região do peito.

Como agir se sentir esses sintomas?

Se você sentir esses sintomas ou presenciar alguém sentindo, é importante agir imediatamente. Algumas pessoas esperam muito tempo porque não reconhecem os sinais e sintomas importantes, por isso, fique sempre atento e ligue para ajuda médica de emergência.

ATENÇÃO: não dirija sozinho, apenas se não houver outras opções, você pode acabar colocando pessoas e a si próprio em risco.

Fatores de risco para o infarto

Os fatores de risco para o infarto podem variar muito de pessoa para pessoa, mas no geral eles estão relacionados a:

  • Idade: homens com 45 anos ou mais e mulheres com 55 anos ou mais;
  • Tabaco;
  • Pressão alta;
  • Níveis elevados de colesterol ou triglicérides;
  • Obesidade;
  • Diabetes;
  • Síndrome metabólica;
  • Histórico familiar;
  • Sedentarismo;
  • Estresse constante.

Como prevenir o infarto?

Prevenir o infarto é a parte fundamental para não ter complicações futuras, por isso, temos algumas informações para melhorar seu estilo de vida e ajudar você a cuidar melhor do seu coração, prevenindo não só o infarto, mas também outras doenças no músculo cardíaco.

Manter consultas regulares ao cardiologista, ter um peso saudável para seu corpo, fazer atividade física com frequência e manter uma alimentação balanceada são atitudes que ajudam a preservar toda a sua saúde e prevenir diversas doenças.

Se você já toma algum medicamento para reduzir o risco de infarto e ajudar a melhorar o funcionamento do coração e, só por isso, acredita que está livre de fazer atividades físicas e manter uma alimentação saudável, está enganado. O medicamento controla o problema, mas sozinho tem sua eficácia reduzida.

Além disso, outras formas de prevenir o infarto é não fumar, controlar o estresse, controlar doenças crônicas como pressão alta, diabetes e o colesterol.

Essas são mudanças de hábitos simples que podem ajudar você a evitar que a saúde do coração fique prejudicada e gere problemas futuros. Nesse mês, no dia 29/09, é o Dia Mundial do Coração e, por isso, esse mês é representado com a cor vermelha.

Aqui no FazBem queremos ajudar você a melhorar a saúde do seu coração e entender a importância que esse músculo tem para a sua saúde e o funcionamento de todo o seu organismo.

Pensando nisso, estamos aproveitando o Setembro Vermelho e realizando uma campanha para ajudar você com todo esse processo de cuidado com esse órgão tão importante.

Saiba mais sobre essa campanha em nosso site!

CTA: Conheça a campanha!

 

Referências:
BR-13435. Material destinado a pacientes. Out/2021

Não telefone para a sua mãe: faça uma ligação por vídeo


Conversas de vídeo com a família podem ajudar a reduzir o risco de depressão em adultos mais velhos

Claro, você envia textos para seus pais, responde aos e-mails deles e talvez até mesmo seja “amigo” deles no Facebook ou Instagram para que eles possam ver a sua vida em fotos.

Mas com freqüência você comunica com eles por Skype, WhatApp ou Facetime?

Enquanto todos os tipos de interação social podem ajudar pessoas mais velhas a permanecerem conectadas a familiares e amigos, um novo estudo de pesquisadores da
Oregon Health & Science University e da University of California Davis descobriu que participar de bate-papos de vídeo reduz a probabilidade pela metade de desenvolver síntomas depressivos, comparado com outras formas de comunicação.

Os investigadores compararam os dados por meio de questionários realizados em 2012 com dados de acompanhamento de 2 anos.

Em 2014, com mais de 1400 participantes do
Health and Retirement Study (HRS), a pesquisa de acompanhamento incluiu dados sobre sintomas depressivos.

Eles descobriram que, mais que outras tecnologias de comunicação, como e-mail, redes sociais e mensagens instantâneas, os chats de vídeo têm o potencial de prevenir ou retardar os sintomas da depressão.

Na verdade, a pesquisa descobriu que as outras tecnologias como e-mail e mensagens de textos não têm qualquer influência no risco de depressão.

As mulheres e homens que utilizam esses meios (texto) tiveram o mesmo índice de depressão do que as pessoas que não usam nenhuma das tecnologias de comunicação.

As publicações mostram que mais e mais idosos usam a internet.

E até casas de repouso e outras residências para o dia-a-dia estão começando a oferecer acesso à internet para os residentes.

Os estudos mais recentes sobre os chats de vídeo com com a família duram mais do que conversas por telefone.

E, embora não sejam cientificamente comprovados, sugerem que conversas cara a cara (mesmo que por vídeo) podem ajudar a reduzir os sintomas de agitação e explosões verbais em paciêntes com demência.

O que é melhor do que um bate-papo por vídeo?

Interação face a face regular e real, é claro.

Mas em um mundo onde isso não é possível para tantas pessoas, o vídeo de bate-papo parece ajudar a superar melhor a tristeza do idoso do que qualquer outra tecnologia disponível.

Referências

Teo AR, Markwardt S, Hinton L. Using Skype to Beat the Blues: Longitudinal Data from a National Representative Sample. The American Journal of Geriatric Psychiatry. Published online 29 Oct 2018.

Van der Ploeg ES, Epingstall B, O’Connor DW. Internet Video Chat (Skype) Family Conversations as a treatment of Agitation in Nursing Home Residents with Dementia. International Psychogeriatrics. April 2016; 28(4):697-698.

Esse post foi escrito originalmente por Susan McQuillan MS., 2018, todos os direitos reservados.

O texto foi postado no site Psychology Today, em dezembro de 2018.

O conteúdo foi traduzido e adaptado pelo Blog 50+ SAÚDE com objetivo de clareza.

(Re)Encontrando a alegria do romance após a meia-idade

O novo (ou primeiro) amor pode despertar sentimentos e experiências estimulantes

A gerontologista Amanda Smith Barusch observou em 2008 que, o amor romântico nos ‘últimos anos’ (em oposição aos primeiros anos) é:

“Uma força para a mudança: as experiências românticas definem o caráter de maneiras sutis; amor abre portas para os nossos potenciais, forma o que nos tornamos”.

No entanto, representações de amor perpetuam “o mito de que apenas os jovens e os que não tem rugas podem gostar de romance”.

E, pior, que “romance de fim de vida é cômico ou repugnante”.

Na verdade, namoro numa idade mais avançada é uma tendência crescente, provavelmente relacionada ao crescente número de solteiros mais velhos.

Por exemplo, de acordo com dados de 2012, um terço dos baby boomers (nascidos entre 1946 e 1964) nos Estados Unidos eram solteiros.

Histórias de amor nesta fase da vida não são apenas possíveis, mas são comuns.

Em uma amostra nacional de idosos – entre 57 e 85 anos – foram relatadas as seguintes estatísticas entre os estadounidenses:

  • Aproximadamente 14% dos adultos mais velhos que não estavam casados ​​estavam em relacionamentos de namoro;
  • Mais homens mais velhos estavam namorando (quase 25%) do que mulheres mais velhas (10%);
  • Namorados mais velhos que tinham mais recursos econômicos, estavam em melhor estado de saúde;
  • Homens e mulheres com maiores laços sociais são mais propensos a namorar.

Os Eus Possíveis

O romance nesta fase representa oportunidades de crescimento, não apenas para os baby boomers, em seus cinquenta a setenta anos, mas também para os que estão em seus 80 anos ou mais.

Os romances posteriores da vida, ao contrário do amor da juventude, têm uma base de experiência – amores passados ​​que podem ajudar na navegação bem-sucedida do amor atual.

Este romance oferece uma oportunidade para perceber o que Markus e Nurius (1986) definiram como “eus possíveis“.

Os eus possíveis abrangem as idéias de si mesmos e são dirigidos por duas questões centrais: O que eu gostaria de ser?O que tenho medo de me tornar?”

No final da meia-idade e em diante, diferentemente do início da idade adulta, um processo de revisão de vida e auto-reflexão através das questões de possíveis eus pode se tornar mais premente.

O tempo é, afinal de contas, curto. E essa percepção de envelhecimento pode ser um grande ímpeto para a mudança.

Os romances do passado

Quando se examina os romances passados ​​através das lentes dos possíveis eus, a auto-reflexão pode revelar muito sobre como alguém escolheu e manteve relacionamentos românticos passados.

Suas experiências românticas anteriores podem ter sido positivas, como um cônjuge que era uma alma gêmea; ou, negativas, como uniões íntimas que terminaram mal, em amargura ou traição.

Esses relacionamentos podem ter sido dirigidos consciente ou inconscientemente por versões juvenis idealizadas do parceiro.

Alguns exemplos de romances idealizados são:

  • Alma gêmea (Romeu e Julieta);
  • Herói romântico (cavaleiro de armadura);
  • Heroína vulnerável (donzela em perigo);
  • Um desejo de intimidade e amor incondicional que não estava presente na infância (figuras de pai ou mãe);
  • Status social (casar por riqueza / prestígio social).
A sacada de Julieta (aquela) – Créditos: Samuele Schirò/Pixabay

Além disso, eles podem ter sido promovidos por impulsos de desenvolvimento psíquico; tal como o desejo de uma família (relógio biológico) ou um desejo de ser como os outros no grupo etário (casado com filhos).

Esses impulsos podem ter levado a escolhas românticas baseadas em possíveis eus daquilo que se tem medo de se tornar (sozinho, sem filhos, fora de sintonia com nossos pares).

Os romances nas fases mais madura ou idosa permitem um “reajuste” de possíveis eus guiados pelo que alguém gostaria de se tornar, e não movido pelo medo, mas pela possibilidade.

Ao contrário dos romances na juventude, é pouco provável que as necessidades idealizadas tenham potência.

Isso pode dar novos olhares para si mesmo.

Os possíveis problemas de um romance posterior

Mas esse tipo de relacionamento na fase mais madura ou avançada da vida também pode trazer problemas ou desconfortos:

  • Sair de uma zona de conforto que perturba rotinas e amizades. Por exemplo, estilo de vida estabelecido como divorciado e morando sozinho;
  • Complicações com filhos adultos, que podem não concordar com o envolvimento romântico de seus pais. Por exemplo, por razões financeiras; fidelidade ao pai ou mãe, se vivo, ou em memória se falecido;
  • Culpa. Por exemplo, que o amor na viuvez desrespeita a memória do cônjuge falecido;
  • Vergonha em relação à intimidade sexual. Por exemplo, relacionado a estereótipos e mitos negativos que promovem a dormência sexual como o que é “normal” para pessoas mais velhas.

Por outro lado, tais romances podem fomentar o autocrescimento positivo através de um despertar de sentimentos e/ou experiências que são novos e estimulantes.

Assim como na juventude, o amor romântico na vida adulta pode ser intenso; embora, também possa ser mais emocionalmente complexo e sutil em suas notas.

Os sonhos invernais dos romances da velhice podem oferecer a oportunidade de se conectar com outra pessoa de maneira gratificante e amorosa.

Romances posteriores da vida podem levar alguém a olhar para dentro e perguntar: “Como posso crescer com essa pessoa?

O romance da vida posterior pode, muito bem, despertar o melhor eu possível.


Esse post foi escrito originalmente por Shoba Sreenivasan e Linda E. Weinberger, ambas Ph.Ds em Nutrição Emocional, e postado no site Psychology Today, em dezembro de 2018.

O conteúdo foi traduzido e adaptado pelo Blog 50+ SAÚDE com objetivo de clareza.

Velhices e Outras Coisas – o delicioso livro de Ana Cristina Passarella Brêtas

À primeira vista, Ana Cristina Passarella Brêtas parece uma pessoa extremamente simpática e doce.

Quando fomos entrevistá-la no lançamento do livro Velhices e Outras Coisas, da editora Scortecci, e primeiro trabalho de ficção, já sabíamos que ela era referência em diversas áreas.

Afinal, ela é graduada em enfermagem, sociologia, mestre em educação, doutora em enfermagem, professora e agora, claro, escritora de ficção.

Eita!

Livro de Contos Lançado em dezembro de 2018


Mas nenhum dos adjetivos que demos aqui, alcança a doçura da pessoa que Ana Cristina é.

No lançamento com outros autores, ocorrido em dezembro passado no Espaço Scortecci, em São Paulo, a maior fila, de longe, era dela.

Ela abraçava com carinho a todos os que foram comprar seu livro, distribuía sorrisos, tirava fotos, dava autógrafos. Todos pareciam amigos e no olhar de todos dava pra sentir a admiração pela autora.

Já no auge dos seus 57 anos e com vasta experiência em gerontologia e em cuidar de idosos, parece natural que o assunto do seu primeiro livro fosse o envelhecimento.

E é mesmo!

O Velhices e Outras Coisas, “velhices, assim mesmo no plural” – como ela faz questão de destacar -, é um compilado de 15 contos ficcionais, mas sempre baseadas na realidade e na experiência.

Ou seja, a arte imita a vida. E vice versa.

Ana Cristina começou como escritora de ficção depois do 50 anos. Uma inspiração!

E o seu primeiro livro… Ah, o seu primeiro livro de contos! Que delícia de ler!

Mesmo em poucas páginas (são 72), em cada conto você sente a dor, a alegria e, principalmente, a vida de cada personagem principal.

E foi para falar do lançamento do livro – e de velhices, assim mesmo, no plural – que Ana Cristina foi solícita (e doce, como sempre) em nos conceder essa entrevista exclusiva.


Como começou a sua carreira literária?

Eu venho da vida acadêmica. Trabalhei 28 anos na universidade. Então textos acadêmicos, para mim, já faziam parte da minha vida profissional. Agora, ficção eu comecei em 2015.

Participei de cursos livres e oficinas de criação literária; cursei especialização em Formação de Escritores no Instituto Vera Cruz. Tenho lido bastante. Pedi licença para entrar na área da Literatura me preparando para aprender a escrever.

E você tinha quantos anos quando resolveu virar escritora de ficção?

Isso foi em 2015. Hoje tenho 57 anos, então eu tinha por volta de 54 anos. Realmente já tinha 50+ mesmo (risos).


E como foi o processo de criação dos seus contos?

A ideia principal é desdramatizar a questão da velhice. A velhice faz parte da vida e eu acho que ficar velho deve ser um objetivo de vida, uma meta. Quem não fica velho é porque morreu antes.

Então esse livro são velhos que me inspiram no dia a dia. Histórias que às vezes eu escuto no metrô e eu ficciono em cima. De gente que eu escuto na rua, de gente que eu escutei profissionalmente…

Tudo acabou virando ficção.

Ana Cristina Passarella Brêtas durante entrevista para o Blog 50+ SAÚDE


Como é ter mais de 50 anos pra você?

(pensando) Olha… Eu estou falando como mulher, de classe média, que habita um determinado local no mundo, com liberdade e condição  para fazer coisas que me dão prazer.

Enfim… Foram 30 anos de trabalho nas áreas da Educação e da Saúde bem vividos e agora estou aproveitando para aprender uma nova profissão.


E qual é a diferença entre ser um idoso de classe média, como você falou, e um idoso pobre, por exemplo?

Não só o idoso, né? A desigualdade social no Brasil é horrorosa. Quando a gente pensa na desigualdade de saúde, na desigualdade de habitação, na desigualdade de transporte… Isso bate na desigualdade da vida. E pode ser que você não consiga envelhecer bem. Por isso que o livro está no plural: “velhices”. Porque dependendo do local que você está no mundo, é o impacto que você vai ter da velhice.

Um dos contos, “As sombras da cidade”, é uma pessoa em situação de rua. E sem dramatizar a rua, a ideia não é essa. A ideia é mostrar que a pobreza está aí. E que a gente é responsável. Ou na literatura, ou nos textos acadêmicos. E não mascarar isso.


Como socióloga e enfermeira que trabalhou muito tempo também com idosos: Como você vê as políticas públicas para os idosos hoje? Onde começar a melhorar?

Eu começaria trabalhando com a questão da equidade social mesmo. Mas no atual cenário, eu não saberia nem dizer por onde começar. Tem muita coisa a se fazer.

Acessibilidade nas vias, por exemplo, é uma das urgências. Da mesma forma que a saúde é urgente, que a moradia é urgente. Que a velhice LGBT+ é urgente. Que a velhice em situação de rua é urgente…

As nossas urgências estão aí. Às vezes é a gente que não quer enxergar.


A solidão é um dos problemas pessoais dos idosos hoje?

Por isso que é velhices no plural. Eu não seria taxativa. De alguns idosos sim, de outros não.


O que é Envelhecimento Ativo pra você?

Envelhecer é um ajuntamento da vida. Eu me sinto no processo de envelhecimento ativo.


Num processo como o de começar a escrever ficção depois do 50 anos?

Sim, sim! Com certeza! A idade não é barreira. E também não é desculpa. E nem é privilégio.

Então fala um pouco do Velhices e Outras Coisas pra gente.

Esse livro tem 15 contos. Em cada um deles os personagens são idosos ou idosas, protagonistas ou não.

Ele fala sobre o cotidiano, fala basicamente da gente. De pessoas que envelhecem, de pessoas jovens que convivem com pessoas da minha faixa etária e com gente mais velha do que eu.

Mas nem todos os personagens são bonzinhos. Por quê?

Não é porque você é velho que você fica legal. Você é a somatória daquilo que você é na vida.

Quando eu trago o velho assediador ou o alcoolista, por exemplo, eu trago nesse contexto. São pessoas, com suas dores, vícios, problemas e felicidades.

Serviço

Livro: Velhices e Outras Coisas

Autora: Ana Cristina Passarella Brêtas

Editora: Scortecci

ISBN: 9788536657677

Número de Páginas: 72

Sinopse: VELHICES E OUTRAS COISAS não é um livro sobre velhice, versa sobre gentes que envelhecem na cidade, muitas vezes sem perceber que isso lhes acontece. Em todos os contos, velhos e/ou velhas em sua humanidade, sem as máscaras da representação social ou da sub-representação, desfilam uma velhice plural e construída. O corpo na experiência da existência tem destaque na obra; a escrita torna visível corpos em envelhecimento e posiciona-os em cena. A cada texto, uma nova voz e um novo argumento se apresentam, as histórias oscilam entre a realidade e a memória, entre a verdade e a mentira. Os personagens criados coexistem no imaginário coletivo. Pode ser que o leitor se reconheça, contudo, a autora adverte: o real foi recortado, reinventado, habita o mundo da ficção.

Onde comprar: no site Asabeça

3 Dicas Muito Fáceis para Manter a Saúde no Ano Novo

Muitos preparativos envolvem as festas de final de ano!

Afinal, queremos presentear amigos e família, planejar uma viagem, e decidir o local onde vamos celebrar o Natal e o Ano Novo.

Naturalmente, junto com estes preparativos, começamos a pensar e planejar todos os objetivos que queremos alcançar no próximo ano.

Manter boa saúde, sem dúvidas, é um desejo de todos.

Além disso, é uma condição essencial para viabilizar cada um dos nossos novos projetos.

Por isso, vamos apresentar 3 dicas simples e fáceis, para manter a saúde no Ano Novo:

1. Praticar alguma atividade física

Não precisa de muito: escolha uma atividade física e pratique.

O movimento é fundamental para manter as funções do nosso corpo. Por outro lado, o sedentarismo é considerado uma doença pela Organização Mundial de Saúde.

Estudos mostram que pessoas que não praticam atividade física tem chance maior de desenvolver doenças como Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus (DM), Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Acidente Vascular Cerebral e alguns tipos de Câncer.

Por isso, mexa-se

Portanto, comece a caminhar, andar de bicicleta, fazer musculação, exercícios aeróbicos, subir e descer escadas ou nadar…

Você pode participar de algum grupo que faz exercícios em um parque ou em um condomínio, por exemplo.

Geralmente, estes grupos são orientados por um profissional de Educação Física, o que, certamente vai te ajudar a fazer os exercícios corretamente.

Estas diferentes opções podem te ajudar a abandonar o sedentarismo e incluir a atividade física no seu dia-a-dia.

A boa notícia é que toda movimentação ajuda, e você pode escolher a que é mais adequada à sua rotina de vida.

2. Acrescentar frutas, verduras e legumes na sua alimentação diária

Claro que alimentação é MUITO importante na nossa saúde!

Já aprendemos que aumentar a ingestão de frutas, verduras e legumes está entre as principais recomendações para adotar hábitos de vida saudáveis.
Na teoria, tudo ok. O difícil é praticar.

Muitas pessoas têm dificuldades em incorporar estes alimentos em suas refeições, algumas vezes porque não gosta, ou porque não está acostumado.

Mas é importante lembrar que estes alimentos contém vitaminas e minerais que vão contribuir para sua saúde.

Uma dica é adquirir os produtos da época, ou seja, no período de safra, quando a colheita é bem maior.

Estes alimentos estão em seu melhor estado nutricional, por ter vitaminas e minerais em maiores proporções, portanto, melhor resultado para sua saúde.

Além disso, os produtos da época são mais baratos e contribuem também para a sua saúde financeira!

Procure fazer receitas fáceis e rápidas com os legumes e verduras e introduza gradativamente estes alimentos nas suas refeições.

Algumas frutas, como a maçã ou a banana, podem ser incluídas como o lanche entre as refeições.

Lembre-se sempre, que optar por alimentos saudáveis, também auxilia na prevenção de doenças crônicas como Diabetes e Hipertensão.

3. Beber líquidos durante o dia

A água pode ser pura, aromatizada ou mesmo substituida por chá e sucos (mas água é melhor!)

A água traz inúmeros benefícios para a saúde. Afinal, a água é o meio nobre onde as células vivem e realizam suas funções.

Você sabia que a maior parte do peso de uma pessoa corresponde à água? No nosso corpo, ela fica distribuída em dois grandes compartimentos: o intracelular, ou seja, dentro das células, e o extracelular.

A água que fica no interior das células, corresponde a cerca de 40% do total do peso de um adulto, enquanto a água do líquido que fica entre as células, líquido extracelular, representa 20% do peso.

Portanto, com esta participação predominante no nosso corpo, fica fácil entender porque precisamos de água diariamente.

Quando falta água em nosso organismo, uma das principais consequências para nossa saúde é a desidratação. Mas, como perdemos água?

Nosso corpo perde água diariamente por meio da transpiração, da urina e das fezes, e também em algumas formas que não percebemos, como durante a respiração.

Por isso, precisamos repor a água diariamente.

Portanto, para manter a saúde, é importante que você beba líquidos com frequência. Os especialistas recomendam que os adultos bebam cerca de 2 litros de líquidos por dia.

Inclua na sua rotina a ingestão de água e se quiser variar, pode algumas vezes substituir por chá, como o chá de camomila ou erva-doce.

A água também pode ser aromatizada: para isso, você pode utilizar folhas de hortelã, ou rodelas de laranja, limão ou morangos.

O suco de frutas também pode ser incluído nesta ingestão diária de líquidos. É saboroso e nutritivo.

Percebeu como estas dicas são possíveis de ser praticadas?

Portanto, 1, 2, 3 e programe-se:

Mais atividade física, mais frutas, verduras e legumes no cardápio e mais água diariamente.

Feliz Ano Novo com mais Saúde.

O imperador do Japão continua publicando artigos científicos aos 84 anos

No dia 30 de abril de 2019, Akihito – sua majestade o imperador japonês – vai abdicar do trono em favor de seu filho, Naruhito.

E provavelmente vai usar de sua aposentadoria para continuar o que faz desde 1989:

Continuar publicando artigos científicos.

Sua Majestade o imperador (Imperial Household Agency)

Na prática, o imperador tem um papel ilustrativo. Desde a constituição japonesa de 1947, pós segunda guerra, os monarcas são, portanto, apenas cerimoniais. 

Por isso Akihito, que aliás sempre é chamado de sua majestade o imperador, deve dar seguimento ao seu hobby: pesquisar e publicar artigos científicos sobre gobis.

Os gobis são um tipo de peixe, encontrado em águas salobras em regiões do Pacífico. 

Mas não apenas isso!

Em 2009, por exemplo, ele publicou um artigo na revista Nature – uma das revistas mais conceituadas do mundo científico -, intitulado “Linnaeus e a Taxonomia no Japão”

Neste artigo ele fala sobre a importância de Linnaeus, um botânico sueco, considerado o pai da taxinomia moderna do país asiático.

A taxinomia é uma disciplina biológica que define os grupos de organismos biológicos com base em características comuns.

Gobis (da família Gobiidae)


Pterogobius elapoides (Wikipedia)

Em 2016, no entanto, ele publicou como primeiro autor um estudo sobre os seu assunto favorito: os Gobis.

Mais especificamente os Pterogobius elapoides e os Pterogobius zonoleucus.

Não entendemos muito bem disso – a nossa paixão é qualidade de vida e envelhecimento ativo -, ou mesmo o porquê da paixão do imperador.

Mas as fotos estão acima e abaixo, caso você seja um biólogo marinho ou entusiasta de peixes. 🙂


Pterogobius zonoleucus (Wikipedia)

Akihito, o pesquisador

Os trabalhos cientifícos do imperador japonês já renderam a ele diversos prêmios e títulos de membro honorário de sociedades importantes como: 

E agora, aos 84 anos, ainda continua suas pesquisas e publicando artigos científicos. 

Isso nos lembra que não há um limite de idade para você exercer a sua paixão.

Mesmo que você não seja um imperador japonês.