Qual a relação entre insuficiência renal e cansaço?

Depois de um dia cheio de esforço físico ou concentração mental, é normal se sentir cansado.¹ 

Esse é, inclusive, um jeito do organismo estabelecer limites e avisar quando é o momento de recuperar as energias. E aí uma boa noite de sono costuma resolver o problema.¹ 

Mas, para algumas pessoas, essa exaustão permanece no dia seguinte. E, mesmo antes de começar a se movimentar, o corpo parece dizer que precisa de descanso.

As causas para isso são variadas – e apenas um profissional de saúde pode diagnosticar. É possível, por exemplo, que esse cansaço seja sintoma de algum outro problema, como a insuficiência renal.² E é sobre ela que falaremos neste artigo.

O que é insuficiência renal?

Insuficiência renal é quando os rins não conseguem mais realizar funções básicas. A principal e mais famosa delas é excretar toxinas e o excesso de água do corpo, mas esse órgão possui ainda mais atribuições.³ Veja: 

  • Eliminar produtos finais de diversos metabolismos;4
  • Produzir hormônios;4
  • Regular a pressão sanguínea.4

As diferenças entre insuficiência renal aguda e crônica

A insuficiência renal pode ser divida em duas categorias: a aguda e a crônica. A principal diferença entre elas é como a enfermidade se manifesta no corpo e a possibilidade de reverter o quadro.³

No caso da condição aguda, os rins perdem suas funções de forma súbita. Ela é mais comum em pacientes que já estão hospitalizados, tratando alguma outra doença, e, quando ocorre, pode se desenvolver em questão de horas ou em alguns poucos dias.²

Em geral, é possível reverter essa insuficiência com alguns tratamentos intensivos.²

Já a insuficiência renal crônica se desenvolve de maneira lenta e progressiva, porém de forma irreversível.³ E entre os principais fatores de risco dessa categoria estão o diabetes e a hipertensão arterial.4

Caso seja feito o controle dessas condições, a necessidade de realizar diálise no futuro pode ser reduzida ou até anulada.5

Quais são os sintomas de insuficiência renal?

Tanto a insuficiência renal aguda quanto a crônica podem se desenvolver sem qualquer tipo de sintoma até que já esteja avançada

Mas, em alguns casos, sinais podem ser percebidos – e um deles é o cansaço. Confira a lista abaixo dos sintomas comuns aos dois quadros:2,3

  • Cansaço;
  • Fadiga;
  • Falta de apetite;
  • Alteração na produção de urina;
  • Inchaço nos pés e tornozelos.

No caso do cansaço, é possível ter mais de uma explicação para essa sensação. Uma delas é a consequência direta da função renal alterada.

Entretanto, é possível também que essa fadiga e sonolência ao longo do dia sejam relacionadas à dificuldade em dormir.7  

Isso porque aproximadamente 80% dos pacientes com doença renal crônica possuem queixas relacionadas à distúrbios do sono.

A importância de hábitos saudáveis

Prevenir a insuficiência renal inclui alguns hábitos importantes, como evitar alterar doses ou tomar medicamentos sem instruções médicas.2,3 

Outro ponto muito importante é, se for possível, prevenir os fatores de risco ou manter o tratamento de condições como diabetes e hipertensão arterial.2,3

Faça também consultas periódicas com especialistas de saúde e mantenha uma dieta equilibrada, com pouco álcool e sem cigarro.2,3

Esses cuidados vão não só fazer bem para os seus ruins, como para o seu corpo todo – e, quem sabe, ajudar a diminuir a sensação de cansaço, mesmo que a causa desse sintoma não seja renal.

Lembre-se também que apenas um especialista em saúde pode identificar os motivos que levam nosso corpo à fadiga e, a partir disso, indicar tratamentos se for necessário.

Referência bibliográfica:

1.VEJA SAÚDE. Epidemia de cansaço: o mundo está sem energia. Disponível em: https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/o-mundo-esta-cansado. Acesso em: 05 dez 2023.
2.SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. Insuficiência renal. Disponível em: https://sbn.org.br/publico/doencas-comuns/insuficiencia-renal/. Acesso em: 05 dez 2023.
3.MINISTÉRIO DA SAÚDE. Insuficiência renal crônica. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/insuficiencia-renal-cronica/. Acesso em: 05 dez 2023.
4.MINISTÉRIO DA SAÚDE. Doenças Renais Crônicas. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/drc. Acesso em: 05 dez 2023.
5.hEERSPINK ET AL N Engl J, Med. 2020 Oct. 8;383(15):1436-1446. Acesso em: 17 jan 2024.
6.ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE INSUFICIÊNCIAS RENAIS. Sintomas Comuns da Doença Renal e Opções de Tratamento. Disponível em: https://www.apir.org.pt/wp-content/uploads/2017/04/Sintomas-comuns-da-doen%C3%A7a-renal.pdf. Acesso em: 06 dez 2023.
7.FONSECA, Nina Teixeira, et al. Scielo. Brasil. Sonolência excessiva diurna em pacientes com doença renal crônica submetidos a hemodiálise. Disponível em: https://www.scielo.br/j/fm/a/PsVVPtrvhnMgqPYYfmFPqzF/abstract/?lang=pt#. Acesso em: 06 dez 2023.

FONTE: Blog FazBem

Comer e correr para o banheiro: a dor de barriga inesperada

Você é daquelas pessoas que, assim que acaba de comer, já sente vontade de ir ao banheiro? Apesar de ser algo comum, isso pode ser algo muito incômodo e, em alguns casos, ser um sinal de alerta para algum problema.

Primeiro de tudo é importante saber que cada um tem uma resposta diferente à ingestão de alimentos. Acontece que, para as pessoas com respostas mais exacerbadas, a vontade de evacuar se manifesta várias vezes após comer e pode acontecer, inclusive, com diarreia associada. 

Quem nunca passou um sufoco com uma dor de barriga inesperada e teve que correr para o banheiro mais próximo que atire a primeira pedra!

Agora, se essas idas ao banheiro estão impactando a sua qualidade de vida e trazendo desconforto para sua rotina como deixar de se alimentar por receio de precisar evacuar em ambiente público, ou se estiver acompanhada de uma dor abdominal, talvez você deva ficar mais atento. 1

Possíveis causas da dor de barriga

A dor de barriga pode ser causada por problemas mais simples, como uma má digestão ou excesso de gases, mas também pode ser um sinal de alerta para disfunções no estômago, intestino, fígado, vesícula, bexiga, útero e ovários. 2

Essa dor pode ser desencadeada ou estar associada a fatores como comer, realizar determinados movimentos, manter uma postura inadequada e até mesmo carregar peso. Além disso, é muito comum que a dor de barriga venha acompanhada de náuseas, vômito, diarreia e febre. 2

Algumas condições e tratamentos podem contribuir para que as fezes fiquem no intestino grosso por menos tempo. Entre eles estão o hipertireoidismo; remoção cirúrgica de parte do estômago, intestino delgado ou grosso; derivação cirúrgica de parte do intestino; doença inflamatória intestinal (por exemplo, colite ulcerativa); remoção cirúrgica da vesícula biliar e o uso de medicamentos como, por exemplo, antiácidos contendo magnésio, laxantes, prostaglandinas, serotonina e até mesmo cafeína. 3

Além disso, alguns alimentos também podem influenciar a velocidade com que seu intestino funciona. Alimentos ácidos ou com quantidade muito alta de açúcar, podem aumentar a taxa de trânsito. Em alguns casos, como nos intolerantes à lactose, as pessoas não toleram alimentos específicos e desenvolvem diarreia depois de consumi-los. 3

Outro fator muito importante também é a sua saúde emocional. Pois é! Por incrível que pareça, o estresse e a ansiedade também são causas comuns da diarreia. 3

Quando procurar um médico?

Quando a dor de barriga está relacionada a um problema simples, costuma desaparecer sem necessidade de tratamento, mas em casos de dores súbitas, intensas e frequentes, é importante buscar a ajuda de um médico para identificar a causa e receber o tratamento adequado. 2

Alguns sinais de alerta levantam a suspeita de uma causa mais séria da dor de barriga: 3

  • Sangue ou pus nas fezes
  • Febre
  • Sinais de desidratação (como micção reduzida, letargia ou apatia, sede extrema e boca seca)
  • Diarreia crônica
  • Diarreia noturna
  • Perda de peso

Algumas pessoas podem precisar de exames e tratamento imediatos e, às vezes, de hospitalização. Dependendo dos outros sintomas, da sua idade e histórico clínico, o médico pode recomendar que você faça exames ou indique alguns tratamentos. 3

Fique atento aos sinais de alerta e, em caso de dúvidas, marque uma consulta com um clínico geral ou gastroenterologista para entender melhor sobre o funcionamento do seu intestino e se você tem algum problema que precisa ser cuidado.

Só não vale continuar passando aperto, né?

Referências:

  1. https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/08/10/ir-ao-banheiro-logo-apos-comer-e-ruim-ou-sinal-que-o-metabolismo-e-rapido.htm
  2. https://www.bp.org.br/artigo/dor-abdominal
  3. https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/sintomas-de-dist%C3%BArbios-digestivos/diarreia-em-adultos

BR-18728. Material destinado a todos os públicos. Jul/2022

FONTE: Blog FazBem

Neurofibromatose: descubra qual médico procurar para o tratamento

Apesar de ser um conjunto de doenças pouco conhecido pelas pessoas em geral, a neurofibromatose (NF), em qualquer de suas formas, merece nossa atenção, pois pode comprometer pele, olhos, ossos, sistema nervoso e outros órgãos internos.

Causada por desordens genéticas ou hereditárias, a neurofibromatose não tem cura, mas é tratável. Sua forma mais comum de manifestação é a NF Tipo 1, que aparece, geralmente, já nos primeiros anos de vida. Há impactos tanto funcionais quanto estéticos na vida do paciente.

Se você ou alguém de sua família foi diagnosticado com neurofibromatose e ainda não sabe muito bem o que fazer daqui para frente, fique tranquilo. Vamos contar para você o que fazer após o diagnóstico de neurofibromatose para ter mais qualidade de vida.

O que fazer após o diagnóstico de Neurofibromatose?

É normal que muitas dúvidas surjam depois de receber o diagnóstico de uma doença pouco conhecida, mas o primeiro (e mais importante) passo daqui para frente é buscar a orientação de um médico especialista em neurofibromatose.

Por meio do acompanhamento adequado, é possível conviver bem com a doença e ter uma boa qualidade de vida. Agora, a dúvida que não quer calar: qual médico procurar após o diagnóstico da doença?

A verdade é que o tratamento das neurofibromatoses pode requerer especialistas de várias áreas médicas, principalmente em casos de pacientes com NF Tipo 2 e Schwannomatose.

Por se tratar de uma doença genética que atinge diversas partes do organismo, entre eles o sistema nervoso central, é indicado procurar médicos neurologistas, neurocirurgiões e geneticistas, que cuidam especificamente das principais manifestações da doença.

É claro que cada pessoa é única e, a depender dos sintomas e implicações da doença na saúde do paciente, é indicado procurar ainda por médicos dermatologistas, oftalmologistas, psiquiatras e oncologistas, que realizarão os tratamentos mais adequados para cada caso.

Segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), o tratamento da pessoa com neurofibromatose ocorre através do cuidado multiprofissional e integrativo, o que significa que haverá uma verdadeira equipe de profissionais empenhada em realizar um tratamento satisfatório da doença.

Como é o tratamento da neurofibromatose?

Felizmente, existem diversos tratamentos capazes de solucionar as principais queixas dos pacientes com neurofibromatose. Apesar de não ter cura, é possível controlar os sintomas e ter mais qualidade de vida.

Dentre os tratamentos aplicáveis para a neurofibromatose, estão as intervenções cirúrgicas, quimioterapia ou radioterapia. Em alguns casos, o tratamento poderá acontecer apenas por meio do acompanhamento de exames, sem necessidade de intervenções cirúrgicas.

A escolha dos tratamentos dependerá do tipo de neurofibromatose, dos seus sintomas e ainda das particularidades de cada paciente. Por isso, buscando orientação profissional especializada, o melhor tratamento será indicado para o seu caso.

Fontes:

  1. Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica:

https://sbop.com.br/neurofibromatose/

  1. Acta Cirúrgica Brasileira:

https://www.scielo.br/j/acb/a/7HMfd9rMb4ZFyKGJZC94k3g/?lang=pt#:~:text=A%20ocorr%C3%AAncia%20da%20neurofibromatose%20%C3%A9,ou%20monossintom%C3%A1ticas)4%2C5.

  1. Associação Mineira de Apoio às Pessoas com Neurofibromatoses:

https://amanf.org.br/2015/06/entrevista-do-dr-nikolas-mata-machado-sobre-as-neurofibromatoses/

  1. Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica – Webinar:

https://www.youtube.com/watch?v=UFiQF8Yn_hs

BR-17323. Material destinado a todos os públicos. Jun/2022

FONTE: Blog FazBem

O que é diabetes insulinodependente?

O diabetes tipo 1 (DM1), antigamente, era chamada de diabetes melito insulinodependente (DMID). Essa forma de diabetes atinge de 10 a 20% dos casos. Os outros 80 a 90%, correspondem ao que hoje chamamos de diabetes tipo 2 (DM2) e que antes era chamado de diabetes melito não-insulino – dependente (DMNID).¹ 

Sobre o diabetes 

Diabetes é uma doença na qual o nível de glicose (açúcar) se encontra alto no sangue, o que chamamos de hiperglicemia. ² 

A glicose serve como combustível para o funcionamento das células de nosso corpo, mas para ser absorvida, precisa ser quebrada pelo hormônio chamado insulina ² 

Quando, por algum motivo, a insulina não consegue fazer esse trabalho, os níveis de glicose aumentam no sangue, o que pode levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. ² 

Diabetes tipo 1 

O tipo 1 é mais comum de ser diagnosticado na infância e adolescência e corresponde a menor quantidade de pacientes com diabetes³ 

Nesse tipo, o organismo não consegue produzir insulina devido a destruição das células do pâncreas (órgão que produz a insulina) por um mecanismo autoimune (o sistema imunológico enxerga erroneamente uma substância como nociva e a ataca). ³ 

O sistema imunológico ataca as células do pâncreas (órgão no qual a insulina é produzida) e a produção de insulina fica comprometida. ³ 

Quem tem parentes com diabetes tipo 1 têm maiores chances de desenvolver a doença. ³  

Sintomas do diabetes tipo 1 

  • Fome frequente ² 
  • Sede constante ² 
  • Vontade de urinar diversas vezes ao dia ² 
  • Perda de peso ² 
  • Fraqueza ² 
  • Fadiga ² 
  • Mudanças de humor ² 
  • Náusea e vômito ² 

Tratamento  

Para manter a glicose no sangue em valores adequados, as pessoas com diabetes tipo 1 precisam de injeções diárias de insulina, por isso esse tipo era conhecido como diabetes insulino-depedente. ² 

A medição do nível de glicose é feita por um aparelho chamado glicosímetro. A insulina é aplicada em forma de injeção em locais como a barriga, coxa, braço, região da cintura ou glúteo (regiões com gordura). ² 

cuidado com a alimentação também é essencial, evitando alimentos ultra processados e com grande quantidade de açúcar.  

Diabetes tipo 2  

O tipo 2 pode ocorrer por dois motivos: 

  • O organismo não produz quantidade suficiente de insulina ou  
  • As células do organismo não absorvem a quantidade certa de insulina (resistência à insulina). ³  

Esse tipo é mais comum de ser diagnosticado na fase adulta, devido ao acúmulo de maus hábitos alimentares, mas também se verifica que existe a maior chance de desenvolvimento de diabetes tipo 2 em quem têm pais ou irmãos com a doença. ³  

Sintomas do diabetes tipo 2 

  • Fome frequente ² 
  • Sede constante ² 
  • Formigamento nos pés e mãos ² 
  • Vontade de urinar diversas vezes ² 
  • Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele ² 
  • Feridas que demoram para cicatrizar ² 
  • Visão embaçada ² 

Atenção aos Hábitos 

Cerca de 80% das pessoas que desenvolvem resistência à glicose estão com excesso de gordura corporal e são sedentárias. Nas pessoas que estão acima do peso ou obesas, as células do organismo respondem menos à ação da insulina. ³ 

Tratamento  

De acordo com a condição clínica de cada paciente, pode ser utilizado determinado medicamento para tratamento. ² 

Por este motivo, esse tipo era chamado de não-insulino-dependente. ² Somente seu 

médico saberá a melhor abordagem para seu tratamento.  

Existem 3 abordagens de tratamento: 

  • Uso de inibidores da alfa-glicosidase:  impedem a digestão e absorção de carboidratos no intestino² 
  • Uso de sulfonilureias ou glinidas: que estimulam a produção pancreática de insulina pelas células. ² 
  • Uso de insulina (caneta ou injeção): regula o nível alto de glicose no sangue (hiperglicemia) ² 

Essas três abordagens são acompanhadas de reeducação alimentar e outras recomendações, caso a diabetes esteja associada a outras doenças como hipertensão e sobrepeso, por exemplo. ² 

Procurando ajuda  

Ao ser diagnosticado com diabetes tipo 1 ou 2, é importante manter o tratamento com o médico e não parar de tomar as medicações por conta própria ao sentir os sintomas diminuindo. ² 

Hoje, é super possível conviver com os dois tipos de diabetes, mas os cuidados precisam ser tomados para evitar complicações. ² 

Referências: 

1 – DA SILVA LUCENA, Joana Bezerra. DIABETES MELLITUS TIPO 1 E TIPO 2. Arquivo FMU, 2022.  Disponível em https://arquivo.fmu.br/prodisc/farmacia/jbsl.pdf Acesso em 27/07/22 

2 – PARANÁ SECRETARIA DE SAÚDE. DIABETES MELLITUS. PARANÁ SECRETARIA DE SAÚDE. Disponível em: https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Diabetes-diabetes-mellitus#:~:text=A%20causa%20do%20diabetes%20tipo%202%20est%C3%A1%20diretamente%20relacionado%20ao Acesso em 27/07/22  

3 – BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE. COMO OCORRE O DESENVOLVIMENTO DE DIABETES TIPO 1 E 2 NO ORGANISMO HUMANO?. BIBLIIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE. DISPONÍVEL EM: https://aps-repo.bvs.br/aps/gostaria-de-saber-mais-informacoes-sobre-como-ocorre-o-desenvolvimento-de-diabetes-tipo-1-e-2-no-organismo-humano/ ACESSO EM 27/07/07 

BR-18919. Material destinado a todos os públicos. 2022

FONTE: Blog FazBem

Cólica renal: como surge e quais cuidados tomar

Causada pelo deslocamento de pedras no trato urinário, a cólica renal é um sintoma típico da presença de pedras nos rins ou cálculos renais e é conhecida como uma condição bastante dolorosa(1)

Veja como prevenir a formação de cálculos e como agir, no caso de cólicas renais.  

Formação do cálculo renal

O cálculo renal é formado por minerais presentes na urina que se cristalizam e se unem, formando as estruturas que conhecemos popularmente como pedras nos rins(2, 3)

Em geral, essas pedras se formam quando a urina fica muito concentrada, o que permite que os minerais presentes na urina se cristalizem(3)

Pedra nos rins: fatores de risco

Vários fatores podem estar associados ao desenvolvimento dos cálculos renais, incluindo(2)

  • Hereditariedade
  • Obesidade
  • Sedentarismo
  • Dieta rica em proteínas e sal
  • Baixa ingestão de líquidos.

Fatores ambientais, como temperaturas muito quentes, também podem elevar a incidência das pedras nos rins, uma vez que o aumento da transpiração, aliado a uma hidratação inadequada, tende a favorecer o acúmulo de cristais na urina(4)

Quais os sintomas da cólica renal?

A cólica renal costuma aparecer de repente e pode estar localizada inicialmente na região lombar e irradiar para um dos flancos(2). À medida que a pedra se desloca pelo trato urinário, a intensidade da dor pode diminuir ou aumentar(3)

A cólica renal também pode vir acompanhada de outros sintomas(2, 3) como: 

  • Náusea e vômito
  • Febre e calafrios
  • Mudança na coloração da urina
  • Redução do fluxo urinário
  • Necessidade de urinar com frequência
  • Sensação permanente de bexiga cheia

Depois que o cálculo sai do ureter e entra na bexiga, a cólica renal diminui quase que imediatamente. A partir daí, a pedra é expelida pelo corpo por meio da urina(5)

A eliminação da pedra pela urina pode ou não ser dolorosa, dependendo do tamanho do cálculo (3). 

Por isso, é importante fazer uma avaliação médica. Em alguns casos, pode ser necessário realizar a remoção cirúrgica do cálculo(3)

Como aliviar a cólica renal? 

A cólica renal acontece enquanto o cálculo se desloca pelo trato urinário e é preciso lidar com o desconforto da dor desde o seu surgimento até a eliminação das pedras(5)

Durante as crises agudas de cólica renal, é importante evitar o consumo excessivo de água, uma vez que o acúmulo da urina nos rins pode aumentar a pressão sobre o órgão e intensificar a dor(1)

Além disso, busque atendimento médico se houver cólica renal.

Guia de cuidados

A melhor maneira de evitar as cólicas de uma vez por todas é prevenir a formação dos cálculos renais e pequenas mudanças no estilo de vida têm um papel fundamental na prevenção(6).

 Veja as dicas:  

Beba líquido ao longo do dia

É importante manter-se hidratado por meio da ingestão de água e de sucos cítricos, que possuem uma substância que ajuda a bloquear a formação de cálculos(4,5)

Reduza o consumo de sal e de proteína animal

Opte por uma dieta pobre em sal. É possível substituir o sal por outros condimentos e temperos naturais, por exemplo(4,6).

Limite também a ingestão diária de carnes, pois o consumo excessivo da proteína animal favorece a formação dos cálculos(5)

Diminua a ingestão de alimentos ricos em oxalato

Alguns alimentos são ricos em oxalatos, que podem favorecer a formação de cálculos(6). Confira a lista dos alimentos que devem ser consumidos com moderação(6):

  • Beterraba
  • Quiabo
  • Espinafre
  • Acelga
  • Batata-doce
  • Nozes
  •  Chás
  • Chocolate
  • Pimenta-preta
  • Produtos à base de soja

Lembre-se de que as cólicas renais são passageiras e a melhor maneira de evitar que elas surjam é por meio da mudança de alguns hábitos!

Saúde renal e diabetes

Se você sofre com diabetes, precisa redobrar os cuidados com a saúde dos rins(7). A doença pode causar problemas renais que levam à necessidade de diálise(8).

Conheça a calculadora de risco renal para avaliar a saúde dos seus rins e prevenir o surgimento de complicações. Mas lembre-se que essa calculadora não é uma ferramenta de diagnóstico e não substitui o aconselhamento com um profissional de saúde.

Referências

1) Drauzio Varella. Pedra nos rins (Cálculo renal). Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/pedra-nos-rins-calculo-renal/. Último acesso em: 27.09.2023.
2) Sociedade Brasileira de Urologia. Pedra nos rins. Disponível em: https://portaldaurologia.org.br/publico/doencas/pedra-nos-rins/. Último acesso em: 27.09.2023.
3) Mayo Clinic. Kidney stones – Symptoms and Causes. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/kidney-stones/symptoms-causes/syc-20355755. Último acesso em: 27.09.2023.
4) Sociedade Brasileira de Urologia. Verão: incidência de pedras nos rins aumenta 30%. Disponível em: https://portaldaurologia.org.br/publico/release/verao-incidencia-de-pedras-nos-rins-aumenta-30/. Último acesso em: 27.09.2023.
5) Harvard Health Publishing. How to pass a kidney stone & 5 tips to prevent them. Disponível em: https://www.health.harvard.edu/blog/5-things-can-help-take-pass-kidney-stones-2018030813363. Último acesso em: 27.09.2023.
6) Mayo Clinic. Kidney stones – Diagnosis and treatment. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/kidney-stones/diagnosis-treatment/drc-20355759. Último acesso em: 27.09.2023.
7) Sociedade Brasileira de Nefrologia. O que você precisa saber sobre diabetes? Disponível em: https://www.sbn.org.br/orientacoes-e-tratamentos/doencas-comuns/diabetes-mellitus-diabetes/. Último acesso em: 27.09.2023.
8) Sociedade Brasileira de Diabetes. Doença renal do diabetes. Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/doenca-renal-do-diabetes/. Último acesso em: 27.09.2023.

BR-27158. Material destinado a todos os públicos. Nov/2023.

Asma: Por que é importante tratar?

Um dos fatores mais relevantes para o controle da asma é a regularidade no tratamento. Por isso, é importante o acompanhamento de um médico especialista. Em casos de asma alérgica, leve e/ou facilmente controlada com medicação, este acompanhamento pode ser feito por um médico não especialista, mas em casos com gravidade moderada e grave, com difícil controle de crises, é necessário a consulta e assistência de um pneumologista ou alergista. 

Como a asma pode ser uma condição dinâmica, consultas regulares ajudam a avaliar a resposta do tratamento, e a manutenção ou não de medicamentos ou terapias. O acompanhamento com equipe médica também auxilia a esclarecer dúvidas, e assegurar o uso correto do medicamento, que geralmente é administrado por inalação. 

Infelizmente, é comum que muitas pessoas deixem de usar a medicação, por conta própria e sem conhecimento do médico, quando sentem a melhora dos sintomas. No entanto, os sintomas melhoram exatamente por conta da medicação. Para muitas pessoas com asma, ou pais e responsáveis por crianças com asma, aceitar e acatar a importância de utilizar a medicação prescrita corretamente e nos horários determinados, pelo tempo necessário, é uma dificuldade inicial a ser vencida. Especialmente nos casos de asma moderada e grave, que demandam uso recorrente e contínuo dos medicamentos. No entanto, é um passo importante, visto que a medicação é a melhor forma de prevenir crises recorrentes, além do efeito emergencial de resgate para a falta de ar.

O tratamento, no entanto, não envolve somente a medicação, mas passa por mudanças de comportamento, ambientais e prática de exercício. É importante também manter um ambiente limpo e arejado, evitando o possível acúmulo de poeira e ácaros, bem como a superexposição a outros elementos que podem ser gatilhos para uma crise (como poluição, mofo, pelos de animais etc.). Evitar o tabagismo, incluindo a exposição passiva à fumaça de cigarro e assemelhados é de extrema relevância para a pessoa que vive com asma, o que mostra também a importância do engajamento familiar no tratamento da doença.

Outro fator relevante para a qualidade de vida e bem estar da pessoa com asma é a prática de exercícios físicos, especialmente aeróbicos, pelo estímulo à parte respiratória. Durante muito tempo, a natação foi indicada como o “principal exercício para quem tem asma”, porém, existem diversas opções, que podem ser mais indicadas, mais práticas ou mesmo mais ao  gosto do indivíduo, como ciclismo, corrida ou caminhada e outros. É importante, contudo, a consulta com um médico antes de iniciar uma atividade física, e ter orientações de um profissional de fisioterapia ou educação física, para evitar riscos desnecessários.

FONTE: Blog FazBem

Protetor solar: tudo o que você precisa saber

O câncer de pele corresponde a 33% de todos os diagnósticos de câncer do Brasil – e, a cada ano, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) diagnostica aproximadamente 185 mil novos casos¹. Os números são altos, mas o protetor solar pode ser uma das melhores respostas para mudar esse cenário.¹

Por isso, neste artigo, você vai aprender como se proteger usando filtro solar e entender por que esse cuidado é tão importante todos os dias.

Protetor solar deve ser usado diariamente

Usar protetor solar durante o verão, principalmente nas idas às praias, piscinas e cachoeiras, é essencial, mas não o suficiente. Isso porque os dias de calor e céu azul não são raridades no Brasil.²

Mesmo fora dos períodos mais quentes do ano, a exposição solar ainda é frequente para a população que cumpre compromissos comuns do dia a dia.² Por isso, é preciso que o protetor solar esteja presente nesses cenários também – incluindo os dias nublados e de chuva!²

Vale dizer ainda que esse cuidado vai além do skincare e da aplicação no rosto. É preciso aplicar o filtro solar no corpo inteiro!²

Como usar protetor solar da maneira correta?

O filtro solar deve ser o primeiro produto a ser aplicado no corpo, antes mesmo de hidratantes ou repelentes, por exemplo. O ideal, inclusive, é aguardar que o protetor fique seco e tenha sido completamente absorvido pela pele antes de aplicar outro creme.²

Se for se expor diretamente ao sol, é preciso que o filtro solar tenha sido aplicado 15 minutos antes. Além disso, a reaplicação deve acontecer a cada 2 horas ou sempre que tiver contato com a água.²

Qual a quantidade certa de protetor solar no rosto e no corpo?

A eficiência de proteção do filtro solar está diretamente ligada à quantidade de produto que é aplicada na pele.² Para facilitar, a Sociedade Brasileira de Dermatologia indica usar a medida de colher de chá. Veja o infográfico abaixo.

Rosto, cabeça e pescoço²

1 colher de chá

Tronco, frente e atrás²

2 colheres de chá

Braços e antebraços²

1 colher de chá do lado direito e 1 do lado esquerdo

Coxas e pernas²

2 colheres de chá do lado direito e 2 do lado esquerdo

Como escolher o protetor solar correto?

Para escolher o filtro solar é preciso conversar com o dermatologista, mas algumas dicas gerais já ajudam:

  • O Fator de Proteção ao Sol (FPS) de número 30 é o mínimo recomendado, mas pessoas de pele clara – que estão expostas a maior risco de desenvolver câncer de pele – devem usar um número maior;²

  • As opções com cor protegem mais que as incolores;²

  • Pessoas que suam muito devem evitar os modelos em gel, já que esses saem facilmente da pele.²

Condições especiais no uso de protetor solar

Crianças, gestantes e pessoas com déficit de vitamina C possuem particularidades que não isentam a necessidade do produto, mas que podem pedir cuidados especiais.

Por isso, o ideal é, o quanto antes, conversar com um especialista para saber como se proteger da melhor maneira.

Protetor solar não resolve o problema sozinho

É inegável a importância do filtro solar na proteção contra o câncer de pele¹, mas resumir todos os cuidados a isso não é a melhor escolha. Evitar se expor ao sol entre 10h e 16h também faz diferença. Além disso, usar barreiras físicas, como óculos, chapéu e roupas com proteção UV é uma excelente ideia.¹

Fique atento também aos sinais no corpo. Feridas que não cicatrizam, coçam e que mudam de cor, por exemplo, devem receber atenção. Mas esses não são os únicos sinais, por isso, é essencial que todos mantenham o acompanhamento dermatológico para receber orientações de proteção ao sol e analisar a saúde da pele.¹

Referências:

1.SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA. Câncer de pele. Disponível em: https://www.sbd.org.br/doencas/cancer-da-pele/. Acesso em: 14 nov 2023. 
2.SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA. Sob o sol com saúde e bem-estar. Guia de Fotoproteção da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Disponível em: https://www.sbd.org.br/publicacoes/fotoprotecao/. Acesso em: 14 nov 2023.

FONTE: Blog FazBem

Sente tontura ao andar de carro? Conheça a cinetose!

A cinetose é caracterizada por um conjunto de sintomas, como enjoos e tontura, ligados ao movimento(1)

Por isso, a condição se manifesta frequentemente em viagens de carro, barco, trem ou outros tipos de transporte. Mas não é apenas nessas condições: ela também pode ocorrer durante a exibição de filmes ou diante das telas de videogames, dependendo das imagens transmitidas(1,2)

Quais as causas da cinetose?

As causas da cinetose, também chamada de doença do movimento, não são totalmente conhecidas, mas sabe-se que ela ocorre devido a uma confusão sensorial envolvendo os sentidos da visão e do equilíbrio do corpo(1,2)

A confusão sensorial ocorre quando o movimento percebido é incompatível com o observado pelos olhos(1). Por exemplo, em um carro em deslocamento, o corpo permanece estático, mas os olhos detectam a movimentação do entorno e enviam mensagens distintas para o cérebro. 

Enquanto um sentido registra o movimento, o outro registra o inverso.  

Por causa da incompatibilidade das informações recebidas, o cérebro interpreta que está sofrendo uma alucinação. E vai além, ele conclui que a alucinação resulta da ingestão de veneno e passa a enviar sinais para induzir o corpo ao vômito, gerando mal-estar(1).

Sintomas da cinetose

Além de enjoo e tontura, outros sintomas também surgem na cinetose. São eles(2)

Diagnóstico e tratamento da cinetose

Alguns medicamentos podem ser usados para amenizar os sintomas da cinetose(1)

Além disso, o uso de técnicas de reabilitação vestibular, que são exercícios repetitivos de olhos, cabeça e corpo para recuperar o equilíbrio, pode ser recomendado para melhorar a percepção de movimento(2)

O ideal é buscar a ajuda de um médico otoneurologista, que atua em uma especialidade da otorrinolaringologia e otologia dedicada às doenças que afetam o equilíbrio corporal e o sistema auditivo(3). Esse é o profissional mais indicado para tratar a doença do movimento. 

Como prevenir a cinetose(4)

Algumas dicas podem ajudar você a aliviar o mal-estar da cinetose em veículos. Confira:

  • Ao viajar de carro, olhe pela janela da frente em vez das janelas laterais. Prefira também viajar no banco da frente ou sente-se no meio do banco de trás para poder olhar pela janela frontal do veículo;
  • Quando viajar de ônibus, escolha os assentos próximos da janela frontal e tente olhar para a frente;
  • Evite ler ou ficar diante de telas, como telefones e tablets, enquanto estiver se deslocando em veículos (carros, trens, aviões ou barcos);
  • Mantenha as janelas abertas quando possível para deixar o ar fresco entrar;
  • Evite o consumo de bebidas alcoólicas e de alimentos picantes e gordurosos. 

Você sente tontura ou vertigem? 

Tanto a tontura quanto a vertigem são sintomas e não doenças, mas é importante diferenciá-las porque elas são sintomas de doenças diferentes (5)

A tontura pode ocorrer oriunda de diversas condições, como desidratação, hiper ou hipoglicemia, pressão alta ou baixa, ansiedade, depressão, doenças cardíacas, pulmonares ou endócrinas, entre outras afecções. 

Ela está associada a mal-estar, fraqueza, embaçamento ou escurecimento visual, sensação de queda iminente ou desmaio(5).

Já a vertigem é a sensação de que as coisas estão girando ao seu redor ou de que o próprio corpo está rodando e pode estar associada à doença no labirinto(5)

Se você sente enjoo, tontura ou vertigem, procure um médico especialista para ajudar você a tratar do problema.

Gostou da leitura? Confira outros assuntos como esse no blog do FazBem!

Referências

1. JOURNAL OF BIOTECHNOLOGY SCIENCE RESEARCH. Kinetosis: All You Need To Know. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/299839813_Kinetosis_All_you_need_to_know. Acesso em: 29 set 2023.
2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA CÉRVICO-FACIAL. Cinetose. Disponível em: https://aborlccf.org.br/wp-content/uploads/2023/01/cinetose.pdf. Acesso em: 29 set 2023.
3. E-DISCIPLINAS DA USP. Introdução a Otoneurologia. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2443704/mod_resource/content/1/INTRODUC%CC%A7A%CC%83O%20OTN%20TERCEIRO%20ANO.pdf. Acesso em: 29 set 2023.
4. MAYO CLINIC. Four words drivers dread: ‘Ugh, I feel sick’. Disponível em: https://www.mayoclinichealthsystem.org/hometown-health/speaking-of-health/4-words-drivers-dread-ugh-i-feel-sick. Acesso em: 29 set 2023.
5. SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO MS. Tontura e vertigem: a importância de identificar e diferenciar os sintomas. Disponível em: https://www.saude.ms.gov.br/tontura-e-vertigem-a-importancia-de-identificar-e-diferenciar-os-sintomas/. Acesso em: 29 set 2023.

BR-27443. Material destinado ao público geral. Out/2023

FONTE: Blog FazBem

Dicas para cuidar da saúde mental no trabalho

Saúde mental e trabalho estão intrinsecamente ligados. Enquanto boas condições laborais podem afetar de forma positiva o bem-estar da mente, as jornadas exaustivas combinadas com metas abusivas, conflitos com colegas e falta de reconhecimento e autonomia têm impactos negativos sobre a saúde(1,2).

Entre os principais problemas associados ao trabalho, os mais comuns são síndrome de burnout, depressão e ansiedade.

Nessas situações, é comum sentir o coração acelerar ao ter que lidar com colegas ou situações rotineiras e experimentar ansiedade e pânico na hora de sair para trabalhar(2).


A síndrome de burnout é marcada por estresse, exaustão extrema e sensação de esgotamento físico desencadeada justamente pelo excesso de trabalho(3).

Os sintomas associados ao burnout surgem de forma leve, mas pioram com o tempo e podem vir acompanhados de fadiga, insônia, desesperança, mudanças repentinas de humor e alterações nos batimentos cardíacos(3).

O burnout é tratado com psicoterapia e mudanças no estilo de vida. Principalmente para incluir a prática regular de atividade física e exercícios de relaxamento para aliviar o estresse e controlar os sintomas da doença(3).

O que fazer para melhorar sua saúde mental?

Cuidar da saúde mental envolve a implementação de estratégias que aliviem o estresse no trabalho e as pressões da vida cotidiana. Aqui estão algumas dessas estratégias(3):

  • Considere discutir com seus superiores sobre a possibilidade de flexibilizar as horas de trabalho para que você consiga administrar todas as suas atividades ou adaptar as suas tarefas para diminuir o nível de estresse(1);

  • Busque conselhos de alguém que você considera resiliente sobre as dificuldades que está enfrentando. Pode ser um colega de trabalho, um amigo ou mesmo um membro da família. Se não se sentir à vontade para pedir conselhos, tente perceber como essa pessoa responde às situações desafiadoras da vida(4);

  • Em vez de definir um objetivo ambicioso, estabeleça pequenas metas que conduzam sua vida profissional e pessoal a um objetivo maior(3);

  • Mantenha distância de pessoas negativas, especialmente daquelas que frequentemente se queixam do trabalho(3);

  • Reserve tempo para cuidar do seu bem-estar físico. Isso inclui ter uma quantidade de sono adequada e o envolvimento em atividades de controle do estresse (como ioga ou meditação) (4);

  • Pratique exercícios físicos regularmente. Durante a atividade o corpo libera hormônios que ajudam a reduzir os níveis de estresse e aumentam a sensação de bem-estar(4);

  • Invista em momentos de lazer e procure ter um espaço na agenda para estar junto de amigos e familiares(3);

  • Dedique-se a atividades que quebrem a sua rotina diária, como passeios, jantares em restaurantes ou idas ao cinema(3).

Cuidar da saúde mental no local de trabalho é fundamental para assegurar uma boa qualidade de vida, já que dedicamos uma parte significativa do nosso tempo à nossa atividade profissional.

Acompanhe o blog do FazBem para conhecer outras dicas de saúde e bem-estar!

Referências bibliográficas:

1. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Mental health at work. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/mental-health-at-work. Acesso em: 06 out 2023. 

2. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE MEDICINA DO TRABALHO. Disponível em: https://www.anamt.org.br/portal/2019/04/22/transtornos-mentais-estao-entre-as-maiores-causas-de-afastamento-do-trabalho/. Acesso em: 06 out 2023. 

3. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Síndrome de Burnout. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/sindrome-de-burnout. Acesso em: 06 out 2023. 

4. MAYO CLINIC. Strengthening your mental fitness. Disponível em: https://mentalhealthandwellbeing.mayo.edu/understanding-mental-health/strengthening-your-mental-fitness/. Acesso em: 06 out 2023. 

BR-26996. Material destinado ao público geral. Nov/2023

FONTE: Blog FazBem

O que perguntar para o cardiologista na primeira consulta?

Você é do time que está sempre com exames para fazer, se preocupa com prevenção de doenças ou é do time dos quem sempre deixam para pisar em um hospital ou clínica quando está “quase morrendo”? ¹ 

Se tratando da saúde do seu coração, você já parou para pensar se existe um momento certo para ir a um cardiologista pela primeira vez? A maioria das doenças cardiovasculares podem ser evitadas com uma rotina básica de cuidados preventivos. ¹ 

Como você deve saber, os famosos check-ups periódicos ou exames de rotina são essenciais para a saúde, continue lendo para entender quando devemos procurar um especialista e quais perguntas fazer para tirar maior proveito de uma primeira consulta com o cardiologista. ¹ 

A saúde do coração e o estresse  

O ritmo que a maioria das pessoas vive hoje, principalmente em grandes cidades, é muito acelerado, com diversas demandas e compromissos, o que pode desencadear alto nível de estresse. ¹ 

Por isso, fica no passado a ideia de que apenas pessoas acima de 50 anos precisam se preocupar com a saúde do coração. ¹ 

O estresse tem sintomas como desânimo, alta irritabilidade, fadiga constante, dificuldade em se concentrar. Além disso, a longo prazo, pode desencadear transtorno de ansiedade e depressão. ² 

A grande questão é que alguns sintomas da ansiedade são facilmente confundidos com o do infarto, como falta de ar e dor no peito. ² 

Doenças cardiovasculares  

Doenças cardiovasculares são aquelas que comprometem os vasos sanguíneos. Algumas delas são:  

  • Doença coronária: afeta os vasos sanguíneos que irrigam o músculo cardíaco. ³ 
  • Doença cerebrovascular: afeta os vasos sanguíneos que irrigam o cérebro. ³ 
  • Doença arterial periférica: afeta os vasos sanguíneos que irrigam os membros inferiores e superiores do corpo. ³ 
  • Doença cardíaca reumática: o músculo e as válvulas do coração são afetados devido a febre reumática. ³ 
  • Doença congênita: presente desde o nascimento, é uma má formação na estrutura do coração. ³ 
  • Trombose venosa profunda ou embolia pulmonar: coágulos se formam nas veias das pernas e, ao se desprender e chegar no coração, causam acidente vasculares cerebral (AVC). Ao caminhar para os pulmões, causa embolia pulmonar. ³ 

Exceto a doença congênita, as demais compartilham dos mesmos fatores de risco, que podem ser preveníveis.   

Fatores de risco para doenças cardiovasculares  

Alguns fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares são:  

  • Histórico familiar; ¹ 
  • Hábitos pessoais, como alimentação e exercícios físicos; ¹ 
  • Tabagismo; ¹ 
  • Consumo de álcool; ¹ 
  • Doenças crônicas como diabetes, hipertensão e colesterol; ¹ 
  • Realização de cirurgias no geral. ¹ 

Sinais e sintomas de problemas cardiovasculares  

As doenças cardiovasculares podem não apresentar sintomas. Muitas vezes, um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral é o que anuncia um problema. ³ 

Porém existem alguns sinais e sintomas que podem despertar um alerta para que você marque uma consulta ou vá à emergência verificar do que se trata: ³ 

  • Dor ou desconforto no peito ou tórax; ³ 
  • Dor ou desconforto nos membros superiores como ombros, braços, mandíbulas ou costas. ³ 
  • Falta de ar; ³ 
  • Tontura; ³ 
  • Cansaço constante; ³ 
  • Palidez; ³ 
  • Desmaios; ³ 
  • Enjoo; ³ 
  • Vômito. ³ 

Com qual idade procurar um cardiologista? 

Se houver histórico familiar, o mais recomendado é que se procure um cardiologista para a realização dos primeiros exames a partir dos 30 anos (caso ocorra indícios antes dos 30, é preciso antecipar essa consulta). Já para quem não tem fatores de risco, o recomendável é que se agende a primeira consulta com 35 anos¹ 

Importante lembrar que a realização de procedimentos cirúrgicos requer um check-up cardiológico (independentemente da idade). Gestantes também, independentemente da idade, precisam acompanhar sua saúde cardiovascular com exames. 4 

O primeiro contato com o cardiologista pode trazer algumas dúvidas sobre o que perguntar e o que esperar, continue lendo para saber o que esperar de uma primeira consulta.  

Dúvidas frequentes sobre a primeira consulta 

Geralmente, na primeira consulta com o cardiologista, ele ou ela irá começar perguntando sobre alguns sintomas cardiorrespiratórios, como falta de ar, dor no peito ou desmaios. ² 

Além disso, vai perguntar sobre seus antecedentes cirúrgicos, medicações que você toma, alergias que tem e histórico de doença em geral. ² 

O cardiologista irá, então, solicitar exames que vão investigar qualquer tipo de alteração em seus vasos sanguíneos. Com exames clínicos simples, como o ecocardiograma, é possível identificar sopro ou problemas com a válvula do coração. ¹   

Fazer uma lista de perguntas ou preocupações para compartilhar com o cardiologista sobre a condição do seu coração pode ser uma maneira de aproveitar melhor sua consulta. Veja algumas sugestões do que perguntar ao seu cardiologista na primeira consulta: 5 

  • Como meu histórico familiar afeta a saúde do meu coração? 
  • Minha pressão arterial está normal? 
  • Qual é o meu nível de colesterol e como isso afeta meu coração 
  • ]Estou tendo um sintoma cardíaco devido à minha idade, sexo ou peso? 
  • Os meus sintomas indicam um ataque cardíaco? 
  • Meus hábitos alimentares estão causando meus sintomas cardíacos?  
  • Meus hábitos de exercício estão causando meus sintomas cardíacos? 
  • Meu nível de estresse/ansiedade está aumentando meu risco de complicações cardíacas? 
  • Quais são minhas opções de tratamento para os sintomas cardíacos que estou tendo? 
  • O que devo fazer se meus sintomas persistirem? 

De quanto em quanto tempo voltar ao cardiologista?  

O tempo que você deverá marcar suas consultas com o cardiologista vai variar de acordo com os exames iniciais que fizer. Se você preenche vários dos fatores de risco, provavelmente a frequência com que terá que voltar a fazer check-up será maior do que a de uma pessoa que mantém um estilo de vida mais saudável, com alimentação balanceada e exercícios físicos. ¹ 

A depender da doença cardiovascular e de sua gravidade, o acompanhamento com o médico pode ser semanal até a regularização dos riscos para a saúde. ¹ 

Pacientes diagnosticados com qualquer doença cardiovascular, costumam ter encontro com o cardiologista semestralmente, de 6 em 6 meses. Pacientes com insuficiência cardíaca grave tende a ser um período de 3 meses entre as consultas. Isso são estimativas, cada caso irá depender do estado individual do paciente. ¹ 

Quem preenche algum dos fatores de risco, não apresenta sintomas e tem acima de 35 anos, o recomendável é que esse encontro com o especialista do coração seja feito pelo menos uma vez por ano ¹ 

Cuidando do coração com pequenas mudanças no cotidiano  

O acompanhamento médico é sempre importante para a prevenção de doenças e para descobrir doenças em seus estágios iniciais. De mesma importância, é manter um estilo de vida saudável, com exercícios e alimentação nutritiva.  

Referências 

1 – INSTITUTO DE LONGEVIDADE MAG. QUAL FOI SUA ÚLTIMA VISITA AO CARDIOLOGISTA, 2022. DISPONÍVEL EM https://institutodelongevidademag.org/longevidade-e-saude/saude-fisica/visita-ao-cardiologista  ACESSO EM 18/10/22  

2 – HOSPITAL DO CORAÇÃO. CARDIOLOGISTA DO HCOR ALERTA: ESTRESSE PODE LEVAR AO INFARTO. DISPONÍVEL EM: https://www.hcor.com.br/imprensa/noticias/estresse-leva-infarto-aponta-pesquisa-de-harvard/#:~:text=Em%20situa%C3%A7%C3%B5es%20de%20estresse%2C%20a,press%C3%A3o%20e%20da%20frequ%C3%AAncia%20card%C3%ADaca.  ACESSO EM 19/10/22  

3 – ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. DOENÇAS CARDIOVASCULARES. FOLHA INFORMATIVA. DISPONÍVEL EM: https://www.paho.org/pt/topicos/doencas-cardiovasculares ACESSO EM 19/10/22  

4 – MEGDA. PRISCILA. HOSPITAL DO CÂNCER UOPECCAN. VOCÊ SABE O QUE É A AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA, 2017. DISPONÍVEL EM https://www.uopeccan.org.br/noticias/voce-sabe-o-que-e-avaliacao-cardiologica-pre-operatoria/ ACESSO EM 19/10/22  

5 – University of Iowa Healthcare. Ten questions to ask your cardiologist. Disponível em: https://uihc.org/health-topics/ten-questions-ask-your-cardiologist. Acesso em 19/10/2022. 

FONTE: Blog FazBem