Azia, gastrite e refluxo: qual a diferença?

Para muitas pessoas, azia, gastrite e refluxo parecem apenas palavras diferentes para representar a mesma condição.

Mas, na realidade, cada um desses problemas têm suas particularidades e um deles nem mesmo é considerado uma doença.1,2

Não sabia desse detalhe? Então, faça suas apostas sobre qual desses três casos diz respeito a essa curiosidade e descubra se acertou até o final do texto! 

O que é o refluxo? 

O refluxo acontece quando a válvula que serve como barreira entre o esôfago e o estômago acaba se enfraquecendo e o conteúdo que deveria ser digerido acaba retornando.1

A volta de substâncias do estômago até o esôfago, apesar de pouco comum, é possível de acontecer. Mas a frequência e continuidade desse processo é o que caracteriza a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).²

Nesse caso, o material que seria digerido pode atingir até mesmo a garganta e a boca, levando ao vômito.1

Os principais sintomas do refluxo gastroesofágico são:1,2

O refluxo pode levar a queimaduras na parte interna dos órgãos, problemas pulmonares, sangramentos e, até mesmo, anemia. Porém, apesar de não haver cura, o tratamento correto permite alívio da condição e melhora na qualidade de vida. Algumas das recomendações podem ser:1

Mas, lembre-se: o acompanhamento médico é indispensável para o melhor direcionamento para cada caso!

O que é a gastrite?

A gastrite se trata de uma inflamação que ocorre na parte interna do estômago, seja por uso prolongado de anti-inflamatórios, tabagismo, excesso de bebidas alcoólicas, problemas relacionados ao sistema imunológico ou, no caso da gastrite nervosa, estresse.3

Dentre os sintomas da gastrite, pode-se observar:3

O acompanhamento médico segue sendo indispensável, principalmente pelo fato do tratamento ser direcionado a partir do motivo que levou à gastrite.3

Confira também: Exames de rotina para pacientes com gastrite

E a azia? O que é?

No início do texto, você apostou que a condição que não era considerada uma doença se tratava da azia? Se sim, acertou em cheio!

A azia, na verdade, é um sintoma que surge em decorrência de doenças como o refluxo gastroesofágico. Trata-se de uma sensação de queimação que leva a um gosto amargo ou ácido até a boca.4

Por isso, caso perceba esse problema, procure um médico para ter o devido diagnóstico e tratamento.

Quer acompanhar mais curiosidades e dicas de saúde? Acesse os diversos conteúdos do blog FazBem!

Referências:

  1. Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva

(Disponível em: <https://cbcd.org.br/biblioteca-para-o-publico/refluxo-gastroesofagico/>. Último acesso em: 17 ago. 2023)

  1. Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva

(Disponível em: <https://cbcd.org.br/biblioteca-para-o-publico/doenca-do-refluxo-gastroesofagico-drge-como-tratar/>. Último acesso em: 17 ago. 2023)

  1. Ministério da Saúde

(Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/gastrite/>. Último acesso em: 17 ago. 2023)

  1. Conselho Federal de Farmácia

(Disponível em: <https://www.cff.org.br/userfiles/Guia%20-%20AZIA(1).pdf>. Último acesso em: 17 ago. 2023)

FONTE: Blog FazBem

Saúde renal: quando é a hora de se preocupar?

O funcionamento do nosso corpo é resultado da soma de todas as reações e funções desempenhadas por cada um dos órgãos. Por isso, até falhas nas mais pequenas estruturas podem afetar nosso organismo de diversas maneiras.

Um exemplo disso é a insuficiência renal, que ocorre quando os rins perdem a capacidade de cumprir seu principal papel – filtrar o sangue -, levando a consequências graves.1 

Mas, assim como em outras condições, o corpo costuma dar sinais de que algo pode estar errado. Quer saber quais? Falaremos mais sobre o assunto a seguir! 

Qual a importância dos rins?

Antes de mais nada, é importante reforçar a importância dos rins, órgãos essenciais para o bom funcionamento do nosso organismo. São eles os responsáveis por funções como:2,

Como já havia sido dito, a falha nas funções acima podem levar à insuficiência renal, que pode ocorrer de forma repentina e passageira – insuficiência renal aguda – ou progressivamente, de forma irreversível – insuficiência renal crônica.3

Mas como identificar que algum desses problemas pode estar prestes a acontecer?

Veja também: Saúde dos rins: como está a sua?

Sinais de alerta para prestar atenção

No caso da insuficiência renal, os principais sinais que podem indicar algo de errado são:3

Vale lembrar que a insuficiência renal aguda nem sempre provoca sintomas, sendo comumente detectada por testes laboratoriais feitos por razões diversas. Por isso, é importante estar em dia com a saúde de seus rins.

Como cuidar da saúde renal?

Quando falamos em saúde renal, é importante ter em mente que algumas condições podem agir como fator de risco, como diabetes e hipertensão1. Nesses casos, o primeiro passo é seguir o tratamento e as demais recomendações médicas corretamente. 

Veja mais: Hipertensão e diabetes: inimigos silenciosos dos rins 

Mas, de modo geral, além de manter acompanhamento médico frequente, algumas dicas podem fazer a diferença no cuidado com a saúde dos rins. Confira algumas:3

E aí, tudo pronto para incorporar essas dicas no seu dia a dia?

Os bons hábitos são essenciais para a prevenção de doenças e a busca por mais qualidade de vida. 

Veja outros conteúdos no blog do FazBem para seguir o caminho rumo a uma vida mais saudável!

Referências:

  1. Sociedade Brasileira de Nefrologia

(Disponível em: <https://www.sbn.org.br/orientacoes-e-tratamentos/doencas-comuns/insuficiencia-renal/>. Último acesso em: 26 set. 2023)

  1. Sociedade Brasileira de Nefrologia

(Disponível em: <https://www.sbn.org.br/o-que-e-nefrologia/compreendendo-os-rins/>. Último acesso em: 26 set. 2023)

  1. Biblioteca Virtual em Saúde

(Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/insuficiencia-renal-cronica/>. Último acesso em: 26 set. 2023)

FONTE: Blog Programa FazBem

O risco de misturar bebidas alcóolicas com energético

O final de ano costuma ser um período repleto de comemorações, reunião com o pessoal do trabalho, com familiares e amigos em festas e confraternizações. O que é excelente, a não ser pelo fato de que algumas pessoas acabam colocando a saúde de seu coração em risco sem ao menos saber. É o que acontece ao misturar bebidas alcóolicas, principalmente, quando essa mistura também inclui energéticos. ¹

Nas festas, essa mistura é popular porque muitos alegam que o energético anula os efeitos depressivos do álcool, como sono e reflexos lentos. Porém isso não é verdade e misturar bebida alcóolica com energético apenas potencializa o risco de arritmias, além de ser desencadeador de problemas cardiológicos maiores no futuro. ¹

Continue lendo para entender o que a mistura de bebidas alcoólicas com energéticos pode causar para a saúde do coração e como se prevenir nas festas de fim de ano.

Efeitos do álcool no coração

O álcool em quantidade excessiva e consumo constante, provoca uma série de malefícios a saúde, direta e indiretamente. De forma indireta, o álcool é fator de risco adicional para o Infarto Agudo do Miocárdio e hipertensão arterial, principalmente em pacientes que têm diabetes e colesterol elevado. ²

Diretamente, provoca o enfraquecimento do músculo cardíaco e pode levar ao desenvolvimento da cardiomiopatia alcoólica (CMA) e, ao longo do tempo, ela evolui para insuficiência cardíaca, caracterizada por falta de ar, fraqueza, cansaço e inchaço no corpo. Pode evoluir, também, para arritmias cardíacas, que têm como sintoma palpitações, tonturas e desmaios. Juntas, essas duas doenças somam 10% de mortalidade anual. ²

Consumo do álcool, o que é considerado prejudicial ao coração?

  • Consumo moderado: esse tipo de consumo corresponde a, no máximo, duas doses diárias para homens e uma dose para mulheres saudáveis, ou seja, sem qualquer doença pré-existente que seja fator de risco para acidentes cardiovasculares (uma pessoa livre de hipertensão, diabetes e colesterol, por exemplo). ²
  • Consumo excessivo: esse tipo de consumo se caracteriza pelo consumo diário de quatro doses ou mais ingeridas. ²

O que é considerado uma dose?

Uma dose corresponde a 14g de etanol, ou então, a 350 mL de cerveja, 150 mL de vinho ou 45 mL de destilados como cachaça e vodka. ²

Sobre energéticos e saúde do coração

O consumo de energéticos não se restringe apenas a baladas e festas de fim de ano. Pelo contrário, seu uso no dia a dia, principalmente entre os jovens, tem se tornado cada vez mais comum. Isso devido a sua promessa de aliviar a fadiga e cansaço, melhorar o desempenho físico e mental, em atividades como estudar, malhar, trabalhar e claro, devido a sua capacidade de estender a energia em períodos de diversão em festas. ³

Os energéticos atuam de forma que desregulam o sistema endócrino, por isso, afetam as batidas do coração e podem ter consequências graves quando são consumidos de forma inadequada. Até mesmo o consumo regular, em quantidades moderadas, pode levar a síndrome da morte súbita por arritmia. ³

Cafeína e os riscos para o coração

A alta quantidade de cafeína presente nos energéticos aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial, aumentando significativamente o risco de arritmia, ataques cardíacos, aumento da pressão arterial. O metabolismo constantemente acelerado cria um cenário de estresse que propicia cada vez mais arritmias e ataques cardíacos. ³

Muitas vezes, a cafeína está no rotulo do produto como “guaranine”, “ginseng” e “taurina”. O guaranine, extraído do guaraná, tem concentração duas vezes maior que o café. Por isso, é importante analisar também os rótulos. A quantidade de cafeína indicada por não incluir essas outras substâncias que são ricas em cafeína. ³

Misturar bebida alcoólica com energético

O problema de misturar bebidas alcóolicas como whisky e vodka com o energético é que essas bebidas, com alto teor alcoólico, provocam irritação no músculo do coração devido a intoxicação por cafeína. O resultado disso é ansiedade, insônia, dor estomacal, tremores, taquicardia, agitação e até mesmo a morte súbita, quando a dose é muito acima do que o corpo está habituado.  1,3

O energético, ao deixar o usuário em alerta e com o metabolismo acelerado, faz com que ele beba ainda mais álcool. Esse excesso potencializa os efeitos da cafeína, ou seja, intensifica o potencial de causar danos ao coração que essa substância naturalmente tem se consumida em doses elevadas. ³

O perigo está justamente no efeito “mascarador” que o energético tem nos sintomas da embriaguez e faz com que o usuário não se sinta tão embriagado quanto realmente está. A toxicidade do álcool também tem seu efeito potencializado pelo energético, aumentando a pressão arterial e ocasionando um possível acidente vascular cerebral (AVC) 3,4

Como se cuidar no fim do ano e não correr risco?

Apesar do uso do álcool e do energético serem lícitos, é mais do que claro que seu uso em excesso, especialmente quando combinados, trazem sérias consequências para seus usuários.  Principalmente para aqueles com doenças pré-existentes que são fatores de riscos para doenças do coração. 5

Portanto, pessoas com colesterol, pressão arterial alta e diabetes devem evitar o consumo do álcool, bem como o consumo e mistura com energéticos devem estar fora de cogitação. É importante que uma conversa franca seja estabelecida com seu médico sobre o assunto.

Possivelmente, ele abra uma pequena exceção para períodos de festas como o fim de ano, em uma quantidade segura para sua saúde. Porém, isso vai variar de caso a caso. Existem também as possibilidades de cervejas sem teor alcoólico, que devem ser consideradas. 5

A comemoração de fim de ano deve ser saudável e não trazer problemas, concorda? Converse com seu médico e veja quais são suas possibilidades, não coloque a saúde do seu coração em risco. Boas festas!

Referências

1 – ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DA REGIÃO METROPOLITANA DE FLORIANÓPOLIS. MISTURA DE ENERGÁTICO COM ÁLCOOL É UM PERIGO PARA O CORAÇÃO. DISPONÍVEL EM: https://www.aemflo-cdlsj.org.br/noticias/mistura-de-energetico-com-alcool-e-um-perigo-para-o-coracao ACESSO EM 28/11/22

2 – CENTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE SAÚDE E ÁLCOOL. COMO O ÁLCOOL INTEREFE NA SAÚDE DO SEU CORAÇÃO? DISPONÍVEL EM: https://cisa.org.br/sua-saude/entrevistas/artigo/item/305-como-o-alcool-interfere-na-saude-do-seu-coracao ACESSO EM 28/11/22

3 – SOCIEDADE MINEIRA DE TERAPIA INTENSIVA. CONSUMO DE ENERGÉTICOS PODE LEVAR À SÍNDROME DA MORTE SÚBITA POR ARRITMIA. DISPONÍVEL EM: https://www.somiti.org.br/visualizacao-de-noticias/ler/59/consumo-de-energeticos-pode-levar-a-sindrome-da-morte-subita-por-arritmia ACESSO EM 28/11/22

4 – REDE BRASIL AVC. MISTURA DE ÁLCOOL COM ENERGÉTICO PODE LEVAR A UM AVC. DISPONÍVEL EM: https://redebrasilavc.org.br/mistura-de-alcool-com-energetico-pode-levar-a-um-avc/ ACESSO EM 29/22/22

5 –  FERREIRA, SIONALDO. MELLO, MARCO.  FORMIGONI, MARIA. O CONSUMO DO ÁLCOOL E AS DOENÇAS CARDIOVASCULARES – UMA ANÁLISE SOB O OLHAR DA ENFERMAGEM. DISPONÍVEL EM: https://www.scielo.br/j/ean/a/CL9N7ymK3S9RJTLSQdPyW7C/?format=pdf&lang=pt ACESSO EM 29/11/22

FONTE: Blog FazBem

Asma e qualidade do ar: entenda a relação e veja como se proteger

A asma, por si só, provoca uma série de sintomas respiratórios, como tosse, chiado e dificuldade para respirar.1 Quando há algum aspecto que interfere na qualidade do ar, é possível que o paciente que lida com a doença apresente crises de asma ou piora dos sintomas.2

Isso acontece porque a doença, que é causada pela inflamação das vias aéreas, piora com a exposição a diferentes fatores. Entre eles, estão:1

Além disso, agentes considerados irritantes também podem desencadear uma crise de asma, como perfumes com essências fortes, materiais de limpeza e resíduos industriais.3

Sinais de que a qualidade do ar está piorando a asma

É possível perceber o impacto da qualidade do ar na saúde ao observar alguns detalhes. Ao apresentar os sintomas de asma ou uma crise da doença, entenda se houve exposição a algum fator irritante ou contato com o ar livre poluído.

Caso a piora nos sintomas ocorra até um dia após a exposição, pode significar que existe uma sensibilidade à poluição do ar – o que pede para que alguns cuidados específicos sejam tomados.4

Para te ajudar a lidar com isso, confira algumas dicas que podem auxiliar na diminuição dos impactos causados pela má qualidade do ar.

Como se proteger de gatilhos para a asma


Cuidado ao se exercitar ao ar livre: em dias que apresentam uma qualidade menor do ar, evite praticar atividades físicas ao ar livre. Isso ajuda a reduzir a quantidade de poluição respirada.4

De olho nos sinais: caso perceba que os sintomas de asma estão piorando, evite fazer atividades mais intensas e que exijam esforço, como correr.4

Mantenha a higiene: estar em um ambiente limpo e adequadamente higienizado diminui as chances de contato com gatilhos de asma, como o pó.3

Siga a orientação médica: o tratamento da asma é individualizado, o que significa que cada paciente segue um plano de tratamento personalizado. Dessa forma, é importante conversar com o seu médico para entender qual é o remédio ideal para você e, se necessário, quais medicamentos é preciso ter em mãos.1

Mantenha-se informado: atente-se a relatórios sobre a qualidade do ar indicados em notícias sobre a previsão do tempo. Caso haja a indicação de tempo seco ou neblina, se possível, permaneça em casa.4

Confira mais dicas de como cuidar da sua saúde e bem-estar acessando os conteúdos  do Blog FazBem!

Referências:

  1. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia

(Disponível em: <https://sbpt.org.br/portal/espaco-saude-respiratoria-asma/>. Último acesso em: 03 ago. 2023)

  1. Núcleo de Pesquisa em Qualidade do Ar – Universidade Federal do Espírito Santo

(Disponível em: <https://qualidadedoar.ufes.br/asmavix>. Último acesso em: 03 ago. 2023)

  1. Associação Brasileira de Alergia e Imunologia

(Disponível em: <https://asbai.org.br/secao.asp/?s=81&id=310>. Último acesso em: 03 ago. 2023)

  1. Agência para a Proteção do Meio Ambiente

(Disponível em: <https://www.cdc.gov/asthma/pdfs/asthma_outdoor_air_pollution_pt.pdf>. Último acesso em: 03 ago. 2023)

BR-17332. Material destinado ao público geral. Agosto/2023

FONTE: Blog FazBem

Fatos interessantes sobre os rins

Seus rins são responsáveis por diversas funções para manter seu organismo saudável. Com isso, no mês em que comemoramos o dia Mundial do Rim, preparamos para vocês fatos interessantes para mostrar o quanto o trabalho desses órgãos vitais é essencial para mantê-lo sadio!

A maioria das pessoas tem dois rins

Com formato semelhante ao de um feijão, cada rim pesa cerca de 150g e apresenta o tamanho de um punho fechado. Embora a maioria das pessoas tenha dois rins, se você tem apenas um rim ou um rim funcionando, você pode ter uma vida saudável com apenas um rim, com a necessidade de seguir cuidados mais rigorosos ao cuidar de sua saúde renal.

Eles são os órgãos que mais trabalham no seu corpo

Seus rins podem ser pequenos, mas trabalham bastante! Os rins são responsáveis por remover resíduos e excesso de líquido do corpo, filtrando-os do sangue. Seus rins filtram cerca de 180 litros de sangue durante um determinado dia!

Eles regulam o teor de sal do seu corpo

Além de filtrar os resíduos do sangue, os rins também ajudam a regular os níveis de sódio do seu organismo. É importante ter em mente que, embora o sal seja essencial para o bom funcionamento do seu corpo, quantidades excessivas podem ser prejudiciais ao seu corpo, levando a doenças cardíacas, derrames e até insuficiência renal.

Os rins produzem hormônios que promovem a produção de glóbulos vermelhos

Eles ajudam a produzir os glóbulos vermelhos, conhecidas também como hemácias, que são responsáveis pelo transporte de oxigênio pelo corpo.

Os néfrons são as unidades de filtragem do rim

Cada rim é composto por cerca de 1 milhão de néfrons e cada néfron é uma unidade de filtragem do rim. Esticados de ponta a ponta, eles têm cerca de 8 quilômetros de comprimento. Ao atingir os 40 anos de idade, 1% dos néfrons começam a degenerar a cada ano.

Beber água em excesso pode ser ruim para os rins

Manter-se hidratado ajuda a manter os rins em bom funcionamento, por outro lado, o excesso de água pode ser ruim para os rins. Isso pode causar uma condição chamada hiponatremia, que ocorre quando o sódio no sangue se dilui porque os rins não conseguem eliminar o líquido com rapidez suficiente. Essa condição é incomum, mas pode ocorrer entre atletas que se esforçam demais e bebem água extra para compensar.

Este material é destinado para fins informativos e não substitui o aconselhamento ou tratamento médico. Consulte o seu médico sobre o seu diagnóstico específico, tratamento, dieta e questões de saúde.

Autores: Paula Felicio e Cinthia Montenegro.

Referência:

FONTE: Blog FazBem

Entenda como funciona e para que serve a endoscopia

A Endoscopia Digestiva Alta, ou só endoscopia, como é conhecida, é um exame laboratorial realizado com um fino tubo que transmite as imagens do esôfago para uma tela, onde o especialista consegue, por meio dessas imagens, detectar áreas inflamadas, alterações na válvula e até presença de hérnia.¹

É um exame importante para a detecção de diversas doenças no trato intestinal, inclusive alguns tipos de câncer. ¹

Preparamos esse texto exclusivo para que você consiga entender melhor sobre a endoscopia.  

O que é Endoscopia Digestiva Alta? 

É um exame que ajuda no diagnóstico de doenças na parte superior do tubo digestivo, como esôfago, estômago e porção inicial do intestino delgado. ²

Com ele, é possível que o endoscopista consiga encontrar lesões ou alterações dentro desses órgãos. É um exame realizado com um aparelho flexível, fino, com uma microcâmera e iluminação na ponta de um tubo.²,³

Caso o endoscopista ache necessário e perceba alguma alteração, ou esteja no pedido do exame, é feito o pedido para a realização de biópsia. Em algumas situações ocorre uma investigação que busca a bactéria H. Pilory pelo método de urease.³

Como esse exame é realizado? 

Como dito antes, é feito por um aparelho que é introduzido através da boca do paciente. Nesse aparelho tem uma luz que iluminará todo o caminho que precisa ser examinado dentro desses órgãos e as imagens são projetadas em um monitor para análise.²

Para esse exame, é necessário estar sedado, por isso, existem duas opções de sedação:²

  • Anestesia tópica, usando um spray anestésico na garganta; 
  • Sedação endovenosa, administrada por uma veia para fazê-lo adormecer. 

O exame é indolor e, geralmente, é feito com a sedação endovenosa. Apenas pessoas com algum tipo de condição que impeça esse uso, usará a anestesia tópica.²

Na presença de lesões elevadas, dependendo do caso, o médico já pode solicitar a retirada da lesão durante o exame.²

A duração média desse exame é de no máximo 20 minutos, mas pode mudar caso precise de outros procedimentos naquele momento.²

Quais os motivos para o pedido de uma endoscopia?  

Se você se queixar de dor ou desconforto em áreas citadas anteriormente, o seu médico gastroenterologista, provavelmente, pedirá esse exame para você. Então caso você sinta e queixe-se de:³

  • Alguma alteração de hábito intestinal; 
  • Presença de sangue nas fezes; 
  • Dor abdominal; 
  • Azia; 
  • Queimação no estômago e no esôfago; 
  • Falta de apetite; 
  • Sensação de estufamento; 
  • Perda de peso; 
  • Refluxo; 
  • Sangramento digestivo alto: evacuar sangue escuro ou vomitar sangue; 
  • Sensação de parada de alimentos no esôfago; 
  • Dor ao engolir; 
  • Histórico familiar de tumores na região do intestino. 

A endoscopia pode diagnosticar as seguintes doenças:³

  • Gastrite; 
  • Hérnias; 
  • Tumores; 
  • Estenoses; 
  • Infecções 
  • Pólipos. 

E várias outras patologias.  

Como proceder após o exame? 

Após o exame, a recomendação e os próximos passos vão depender muito da sua reação ao sedativo após acordar. Primeiro você permanecerá na sala de repouso de 10 a 30 minutos, até os efeitos de sonolência passarem.²

Esse exame só é realizado quando o paciente comparece ao laboratório acompanhado de uma pessoa maior de 18 anos porque a medicação utilizada para o adormecimento pode afetar:²

  • Capacidade de raciocínio; 
  • Tomada de decisões; 
  • Reflexos. 

Além disso, é importante que você vá com uma pessoa que consiga guiá-lo ou dirigir, porque, além dos sintomas citados, também é proibido dirigir ou pilotar qualquer automóvel e não é recomendado voltar na garupa de uma moto.²

Caso seja necessário, o médico irá fornecer um atestado para interromper suas atividades daquele dia, como escola ou trabalho. As atividades voltam normalmente no dia seguinte.²

Como prevenir os problemas identificados em uma endoscopia?  

O acompanhamento médico anual é a melhor forma de cuidar da sua saúde e prevenir doenças, por isso, sempre esteja em dia com as consultas.4

Além disso, a demanda pela realização de exames endoscópicos para diagnóstico é grande e deve ser realizada por profissionais devidamente habilitados. Há intervenções que parecem procedimentos simples, mas podem causar danos permanentes se forem mal indicadas, ou realizadas por pessoas não capacitadas. 

Tenha atenção na sua escolha. O diagnóstico preciso, precoce e correto de doenças e problemas no aparelho digestivo deve ser feito por um endoscopista qualificado e capaz de atuar nos procedimentos de baixa complexidade e de alta complexidade.

Nunca deixe de realizar seus exames solicitados pelo seu médico e não deixe de retornar às suas consultas de rotina para entender com um profissional os resultados que esses exames geraram. Além disso, sempre conte com o FazBem na sua jornada de paciente, mas não substitua nenhuma consulta ou exame e nem deixe de seguir as orientações do seu médico. 

Referências: 

  1. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA. Doença de Refluxo Gastroesofágico. Disponível em: https://www.sobed.org.br/geral/doencas-benignas/doenca-de-refluxo-gastroesofagico/. Acesso em: 12 abr. 2023. 
  2. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA. Endoscopia Digestiva Alta. Disponível em: https://www.sobed.org.br/geral/orientacao-ao-paciente/o-que-e-especialista/. Acesso em: 12 abr. 2023. 
  3. A. C. CAMARGO CANCER CENTER. Tudo sobre endoscopia. Disponível em: https://accamargo.org.br/sobre-o-cancer/medicina-diagnostica/tudo-sobre-endoscopia. Acesso em: 12 abr. 2023. 
  4. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA. O que é Especialista?. Disponível em: https://www.sobed.org.br/geral/orientacao-ao-paciente/o-que-e-especialista/. Acesso em: 12 abr. 2023. 

FONTE: Blog FazBem

Arritmia Cardíaca: sintomas, tipos, diagnóstico e tratamento

O coração é o motor que nos move e nos mantém vivos, porém, quando ele começa a bater de forma irregular, é preciso ficar atento. Se você já sentiu palpitações, tonturas ou falta de ar, pode ser que esteja sofrendo de Arritmia Cardíaca.

Mas não se preocupe, estamos aqui para ajudá-lo a entender os sintomas, tipos, diagnóstico e tratamento.

Continue lendo para ter informações valiosas sobre os diferentes tipos de arritmia, como é feito o diagnóstico e as opções de tratamento disponíveis.

O que é arritmia cardíaca?

O coração é como uma orquestra, em que cada batida segue um ritmo bem definido. Porém, a arritmia cardíaca pode desafinar essa melodia, provocando alterações no ritmo do coração. Quando isso acontece, o coração pode não bombear o sangue de forma eficiente.

A arritmia pode ser assintomática, mas algumas pessoas podem sentir sintomas como palpitações, tontura, falta de ar ou desmaio. Existem vários tipos de arritmia cardíaca, cada um com suas próprias causas e fatores de risco. O tratamento depende do tipo de arritmia e da gravidade dos sintomas.

Tipos de arritmia cardíaca

Existem vários tipos de arritmia cardíaca, cada um com suas próprias características e sintomas. Entre os tipos mais comuns, podemos destacar:

  • Taquicardia: quando o coração bate mais rápido;
  • Fibrilação atrial: é a forma mais comum de arritmia e ocorre quando os átrios (câmaras superiores do coração) batem de forma descoordenada e rápida;
  • Flutter atrial: semelhante à fibrilação atrial, mas os batimentos cardíacos são mais organizados e mais rápidos;
  • Taquicardia ventricular: é quando os ventrículos (câmaras inferiores do coração) batem mais rápido do que o normal;
  • Braquicardia: quando o coração bate mais lentamente;
  • Bradicardia sinusal: é quando o coração bate mais devagar do que o normal;
  • Bloqueio cardíaco: é quando o sinal elétrico que faz o coração bater é bloqueado ou atrasado em seu caminho através do coração.

Para entender melhor: saiba como é o funcionamento ideal do coração.

O coração é uma bomba que tem 4 cavidades e impulsiona o sangue para os pulmões e para os órgãos do corpo. Ele tem um sistema elétrico que regula o ritmo e a sincronização dos batimentos cardíacos, composto pelo nó sinoatrial e por nervos que espalham o estímulo elétrico pelo músculo do coração.

O ritmo cardíaco adequado é regular e compassado, com frequência que varia de acordo com a atividade realizada e é medida em batimentos por minuto (BPM). Em repouso, a frequência normal é entre 60 e 100 BPM, mas pode ser maior durante exercícios físicos intensos. Em repouso, a frequência pode ser menor do que 60 BPM e isso é considerado normal.

Qual é a causa da arritmia? Conheça os fatores de risco

A arritmia cardíaca pode surgir em qualquer pessoa, independentemente da idade, sexo ou histórico médico. No entanto, existem fatores que aumentam o risco de desenvolver a condição, como:

Idade avançada: A idade é um fator de risco para a arritmia, pois com o tempo, o coração pode sofrer desgastes naturais que podem afetar o ritmo cardíaco. É importante destacar que a arritmia também pode afetar pessoas mais jovens, por isso é fundamental ter um acompanhamento médico regular, especialmente após os 30 anos.

Pressão alta: A hipertensão arterial pode causar alterações no coração, aumentando o risco de arritmias. Por isso, é importante controlar a pressão arterial por meio de mudanças no estilo de vida, como uma dieta saudável e a prática de exercícios físicos, e, se necessário, com medicamentos prescritos pelo médico.

Diabetes: A diabetes pode levar a complicações cardiovasculares, incluindo a arritmia. Manter um controle adequado dos níveis de açúcar no sangue é essencial para prevenir essas complicações.

Doenças cardíacas: As doenças cardíacas, como a doença arterial coronariana e a insuficiência cardíaca, aumentam significativamente o risco de arritmia. É importante tratar essas condições adequadamente e fazer um acompanhamento médico regular.

Histórico familiar: Se houver familiares de primeiro grau com histórico de arritmia, o risco de desenvolver a condição pode ser maior. É importante informar o médico sobre o histórico familiar e realizar exames preventivos.

Obesidade: O excesso de peso pode levar a alterações no coração que podem aumentar o risco de arritmia. A perda de peso por meio de uma dieta saudável e exercícios físicos pode ajudar a reduzir esse risco.

Falta de atividade física: A falta de atividade física pode levar ao sedentarismo, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares e, consequentemente, de arritmia. Praticar exercícios físicos regularmente é uma das formas de prevenir a arritmia.

Consumo de álcool: O consumo excessivo de álcool pode levar a alterações no ritmo cardíaco, aumentando o risco de arritmia. É importante beber com moderação ou evitar o consumo de álcool, se necessário.

Estresse: O estresse crônico pode afetar o coração, causando alterações no ritmo cardíaco. É importante encontrar maneiras de gerenciar o estresse, como a prática de atividades relaxantes, como ioga ou meditação.

Proteína C reativa e homocisteína: Essas substâncias estão relacionadas a um maior risco de doenças cardiovasculares, incluindo arritmia. Controlar os níveis dessas substâncias por meio de exames preventivos e mudanças no estilo de vida pode ajudar a prevenir a condição.

Sintomas da arritmia cardíaca

Os sintomas da arritmia cardíaca podem variar de pessoa para pessoa e dependem do tipo de arritmia que está ocorrendo. Alguns dos sintomas mais comuns:

  • Palpitação ou “batedeira” no peito: Sensação de que o coração está batendo rápido, forte ou irregular.
  • Suor frio: Sudorese excessiva, muitas vezes acompanhada de sensação de frio e tremores.
  • Tontura: Sensação de que o ambiente está girando ou de perda de equilíbrio.
  • Dor no peito: Desconforto ou pressão no peito, muitas vezes confundido com um ataque cardíaco.
  • Falta de ar: Dificuldade em respirar ou sensação de que o ar não está entrando nos pulmões.
  • Desmaios: Perda temporária da consciência, muitas vezes acompanhada de queda ou colapso.

É importante procurar atendimento médico se você estiver experimentando algum desses sintomas, especialmente se eles forem graves ou durarem por um longo período.

Diagnóstico da arritmia cardíaca

Para diagnosticar a arritmia cardíaca, o médico geralmente começa investigando o histórico do paciente e realizando um exame físico. Em seguida, ele pode solicitar alguns exames, como:

  • Ecocardiograma: exame de ultrassom do coração para avaliar a estrutura e o funcionamento do órgão.
  • Holter de 24h: um dispositivo que monitora a atividade cardíaca por 24 horas, permitindo a identificação de arritmias que ocorrem durante as atividades cotidianas do paciente.
  • Teste Ergométrico: avaliação do desempenho do coração durante o esforço físico em uma esteira.
  • Monitor de Eventos: um dispositivo que é usado pelo paciente em casa e registra a atividade cardíaca quando há sintomas de arritmia.
  • Ressonância Magnética do Coração: exame que utiliza ondas magnéticas para criar imagens do coração e detectar alterações.
  • Estudo Eletrofisiológico Intracardíaco: um procedimento em que um cateter é inserido nas veias e conduzido até o coração para avaliar o sistema elétrico do órgão e identificar a fonte da arritmia.

Tratamento da arritmia cardíaca

A forma de tratamento da arritmia cardíaca varia de acordo com o tipo e gravidade da condição, bem como as causas subjacentes. Em geral, o tratamento da arritmia tem como objetivo controlar ou restaurar o ritmo cardíaco normal, aliviar os sintomas e reduzir o risco de complicações. Os principais tipos de tratamento para a arritmia incluem:

  • Medicação: os medicamentos para arritmia ajudam a controlar o ritmo cardíaco e a prevenir a ocorrência de novos episódios de arritmia.
  • Cardioversão elétrica: um procedimento em que um choque elétrico é aplicado no coração para restaurar o ritmo cardíaco normal.
  • Ablação por cateter: um procedimento em que um cateter é inserido nas veias e conduzido até o coração, onde é utilizado para destruir as células responsáveis pela arritmia.
  • Dispositivos implantáveis: como marca-passos ou desfibriladores, que ajudam a controlar o ritmo cardíaco e prevenir arritmias.
  • O tratamento da arritmia cardíaca também pode incluir:
    • Mudanças no estilo de vida
    • Evitar substâncias que possam desencadear arritmias
    • Manter uma alimentação saudável e equilibrada
    • Praticar exercícios físicos com regularidade e controlar o estresse
    • Em casos mais graves, a cirurgia pode ser necessária para tratar a arritmia
    • O tratamento adequado da arritmia é importante para prevenir complicações graves, como insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral e morte súbita.

É importante lembrar que o tratamento da arritmia deve ser individualizado e feito em conjunto com um médico cardiologista. Com informação e acompanhamento médico, sua saúde e qualidade de vida se tornam cada vez melhores.

FONTE: Blog FazBem

Câncer de ovário: uma doença silenciosa que pode ser curada

O câncer de ovário é uma das formas mais letais de câncer feminino, por ser uma doença silenciosa e muito grave¹. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são diagnosticados cerca de 6,5 mil novos casos de câncer de ovário por ano¹, o que representa cerca de 3% de câncer diagnosticados em mulheres. Por isso, vamos falar mais como se prevenir e entender melhor os sintomas desta doença silenciosa.

O que é o câncer de ovário? 

Para entender este tipo de câncer, precisamos explicar como é anatomia dos ovários. O órgão é responsável pela produção de óvulos e dos hormônios femininos estrogênio e progesterona². Ele é formado por três tipos básicos de células²:

  • Epiteliais: que revestem a superfície;
  • Germinativas: que dão origem aos óvulos;
  • Teca-granulosa ou estromais: que produzem os hormônios femininos.

O câncer de ovário começa nas células epiteliais, que fazem parte dos blocos de construção do tecido epitelial, em que as células cancerígenas se multiplicam rapidamente, transformando-se em tumores que podem se espalhar para outras partes do corpo¹. Existem algumas classificações histopatológicas de câncer de ovário, sendo a mais comum o tumor epitelial (90%), que são tumores malignos que se originam nos tecidos epiteliais. Outros tipos histológicos são³:

  • Mucinoso;
  • Endometrióide;
  • Células claras;
  • Transicional;
  • Misto;
  • Tumores indiferenciados.

Como é o diagnóstico? 

Esta doença tem uma grande representação na taxa de mortalidade por neoplasias ginecológicas no mundo, representando 5,95 casos para cada 100.000 mulheres3. A alta taxa se dá pelo fato de a doença ser assintomática nos estágios iniciais, apresentando sintomas conforme a evolução do quadro. Os sintomas não são específicos do câncer de ovário, mas geralmente, as pacientes apresentam dor ou desconforto abdominal, outros distúrbios gastrointestinais e até mesmo geniturinários, que podem passar desapercebidos3.

É preciso lembrar que não há um exame específico para o rastreamento e detecção precoce¹, por isso as consultas de rotina são necessárias, para acompanhar o surgimento ou crescimento de tumores no ovário¹.

Quais são os fatores de risco? 

Apesar de não ter nenhuma causa evidente, existem alguns fatores de risco que são identificáveis³:

  • História Familiar: quando a mãe, irmã ou filha de uma paciente desenvolve o câncer de ovário ou de mama, o risco é maior. O risco aumenta quanto mais jovem a paciente for;
  • Obesidade: representa um risco até 50% maior de desenvolver câncer de ovário.
  • Reposição hormonal: durante a menopausa, o risco de desenvolver tumores malignos é maior por conta da exposição ao estrógeno por um longo período;
  • Infertilidade; 
  • Tabagismo;
  • Nuliparidade (não teve filho) ou primiparidade (teve apenas um filho) após os 35 anos; 
  • Síndromes genéticas: existe associação com mutações genéticas, sendo as mais comuns relacionadas às mutações que impedem os genes BRCA1 e BRCA2 exercerem suas funções adequadamente

Como é feito a prevenção?

Como ainda não existe nenhuma forma de rastreamento específico, é ideal que a paciente conheça os históricos familiar de doenças para auxiliar o tratamento em alguns casos². A paciente que apresentar algum dos fatores de risco precisa manter uma rotina com²:

     Atividades físicas; 

     Evitar ou reduzir o consumo de bebidas alcoólicas; 

     Abolir o hábito tabagista; 

     Fazer a manutenção do peso corporal adequado².  

O diagnóstico precoce é difícil, porém pode acontecer durante os exames de rotina, como o exame pélvico e a ultrassonografia transvaginal, que podem ajudar a detectar a doença em estágios iniciais³. No entanto, o diagnóstico definitivo geralmente é feito por meio de uma biópsia, que envolve a remoção de uma amostra de tecido para análise em laboratório3.

Quais são os tratamentos? 

O tratamento pode ser feito com quimioterapia, cirurgia, e também inibidores da enzima Poli Adenosina difosfato Ribose| Polimerase (IPARP), que funciona como uma quimioterapia oral. Em alguns casos, o tratamento envolve a retirada do tumor cirurgicamente, além da quimioterapia ou radioterapia³. O médico prescreverá o melhor tratamento, de acordo com as características e quadro clínico do caso.

Com o câncer de ovário a paciente pode engravidar? 

Se o tratamento do câncer de ovário não necessitar a retirada do órgão reprodutivo, é possível manter a possibilidade de engravidar³. Como a maioria dos casos de câncer de ovário ocorrem após o começo da menopausa, é preciso conversar com o seu médico para entender as chances de uma gestação após o tratamento.

Onde conseguir informações seguras sobre o tratamento de câncer? 

O câncer de ovário é uma doença perigosa que pode ser difícil de detectar precocemente. Por isso, é importante estar atenta a quaisquer mudanças no corpo e realizar exames de rotina regularmente. Manter um estilo de vida saudável e conversar com seu médico sobre qualquer histórico familiar de câncer de ovário também pode ajudar na prevenção. Além disso, você pode se manter informada sobre assuntos de oncologia no blog do Programa FazBem.

Referências
1- FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE INSTITUIÇÕES FILANTRÓPICAS DE APOIO À SAÚDE DA MAMA (Porto Alegre, RS). O que você precisa saber sobre o câncer de ovário.?Notícias FEMAMA, [S. l.], p. 01, 28 maio 2022. Disponível em: https://femama.org.br/site/sem-categoria/o-que-voce-precisa-saber-sobre-o-cancer-de-ovario/?gclid=CjwKCAjw3POhBhBQEiwAqTCuBqJRpvO6wh6KTgvTA-6xXtEXO7ae8oyIKJv5_kycaYRfM9cXpZTjPRoCIJwQAvD_BwE. Acesso em: 17 abr. 2023.
2- INSTITUTO DO CÂNCER DE RIO PRETO (Rio Preto, SP). INTRODUÇÃO AO CÂNCER DE OVÁRIO. Disponível em: https://incariopreto.com.br/cancer-de-ovario/. Acesso em: 17 abr. 2023.
3- MACHADO, Camila Correia; BRANDÃO, Caroline Anderson; DA ROSA, Katiana Murieli; LEMIESZEK, Marina Bianchi; ANSCHAU, Fernando. Câncer de Ovário.?Acta méd. (Porto Alegre), [S. l.], p. 01, 7 jul. 2017. Disponível em: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/05/883250/ca-de-ovario-finalb_rev.pdf. Acesso em: 17 abr. 2023.

FONTE: Blog FazBem

Quimioterapia e queda de cabelo

A queda de cabelo durante a quimioterapia é um dos efeitos colaterais mais indesejados. O tratamento para o câncer envolve o uso de medicamentos que destroem as células cancerosas, mas acaba trazendo consequências na qualidade de vida, na aparência e também na autoestima do paciente.

Os medicamentos da quimioterapia se misturam com o sangue e são levados para todas as partes do corpo, destruindo as células doentes que estão formando o tumor e impedindo, também, que elas se espalhem. A queda do cabelo pode ser total ou parcial e pode acontecer entre 14 a 21 dias.¹

A quimioterapia é indicada após a consulta médica e a liberação dos exames laboratoriais. O paciente agenda a aplicação da medicação com a equipe responsável e precisa seguir as orientações conforme a prescrição médica.

Por que a quimioterapia causa queda de cabelo? 

A quimioterapia provoca a queda do cabelo, porque danifica os folículos pilosos, responsáveis pelo crescimento dos pelos. Esse efeito colateral dependerá do medicamento utilizado.

Geralmente a perda de cabelo não é imediata e ocorre, geralmente, após as primeiras semanas ou ciclos de quimioterapia e tende a aumentar com a continuidade do tratamento. Com o término da quimioterapia o cabelo volta a crescer renovado.

Existem casos em que a perda de cabelo não tem como ser evitada. Nessas situações, a recomendação é que o paciente se prepare para essa mudança na aparência. Recorrer à terapia, ou buscar apoio de amigos, familiares ou pessoas que já passaram por experiência semelhante, pode trazer algum conforto. A recomendação é que você fale sobre os seus sentimentos com alguém que te ajude a lidar com a situação. ²

Algumas pessoas preferem cortar o cabelo mais curto antes do início do tratamento, tornando a perda menos traumática.²

Cuidados com o cabelo e couro cabeludo 

Como aprender a lidar com o inevitável é uma das premissas para viver bem durante o tratamento da doença. Recomenda-se também que o paciente descubra nas atividades do cotidiano, uma motivação ou algum motivo para manter-se com uma boa saúde mental.

Ter uma rotina de autocuidado pode contribuir para uma melhora na autoestima. Confira, a seguir, algumas dicas: ²

  • Escolha um xampu suave para limpar o cabelo e o couro cabeludo.
  • Utilize uma escova de cabelo macia para arrumar o cabelo remanescente.
  • Use protetor solar no couro cabeludo quando estiver ao ar livre.
  • Cubra a cabeça durante os meses mais frios para evitar perda de calor do corpo.
  • Evite secar o cabelo com altas temperaturas.
  • Evite o uso de produtos químicos.
  • Evite fazer permanente.
  • Utilize fronhas com tecidos macios.

Como evitar a queda de cabelo durante a quimioterapia? 

A queda de cabelo é um efeito colateral comum em pacientes. Isso acontece devido à atuação da medicação, que foi desenvolvida para atacar células que se multiplicam rapidamente, reduzindo os tumores e aumentando a chance de cura após a cirurgia.

O problema disso é que existem células normais do corpo que também se multiplicam rapidamente, como as células do sistema imunológico, e também as células responsáveis pelo crescimento do cabelo.³

Existem, porém, um tratamento que pode reduzir o volume da queda de cabelo, conhecido como a Touca Inglesa.  É um equipamento que resfria o couro cabeludo do paciente para evitar a queda de cabelo típica da quimioterapia. Embora o seu uso seja mais difundido na rede privada, o tratamento também é oferecido no Instituto Nacional de Câncer (IncaNCA), no Rio de Janeiro. Com a utilização dessa espécie de capacete foi observado que é possível preservar entre 50 e 60% dos fios. 4

Como é a utilização da Touca Inglesa?  

A Touca Inglesa é utilizada meia hora antes do início da quimioterapia e até uma hora e meia depois da sessão. Ela resfria o couro cabeludo gradualmente. A diminuição da temperatura, que fica na casa dos 18 °C, reduz o fluxo sanguíneo local. Assim, o quimioterápico não alcança as células do couro cabeludo. Essa tática auxilia na preservação dos fios.

Outra sugestão é cortar o cabelo para diminuir seu peso e evitar esfregar o couro nas lavagens. Vale lembrar que, essa opção não impede a queda, mesmo que passageira.4

Cuidados durante a quimioterapia 

A queda de cabelo e de pelêlos do corpo são apenas alguns dos efeitos provocados pela medicação da quimioterapia. Caso você precise passar por esse tipo de tratamento, informe-se com o seu médico sobre outros possíveis sintomas que podem aparecer.

Além da alopecia, o paciente pode apresentar outras reações adversas, como enjoo, náuseas, prisão de ventre ou diarreia, feridas na boca, hiperpigmentação, anemia, leucopênia e trombocitopenia.

É importante lembrar que esse efeito é temporário e reversível. O cabelo voltará a crescer após o término da quimioterapia. Além disso, o INCA possui serviço de voluntariado que empresta perucas durante o tratamento. Ao sentir-se angustiado, converse com o médico e/ou enfermeiro sobre seus sentimentos e, se necessário, procure o serviço de psicologia.¹

Referência:

¹ Quimioterapia. Instituto Nacional de Câncer – INCA. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tratamento/quimioterapia. Acesso em 16 de abril de 2023.

² Alopecia. Oncoguia. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/alopecia/194/109/. Acesso em 16 de abril de 2023.

³ Toda quimioterapia faz cair o cabelo?. Oncologia Em Destaque. Disponível em: https://www.einstein.br/especialidades/oncologia/oncologia-em-destaque/edicao-102/toda-quimioterapia-faz-cair-cabelo. Acesso em 16 de abril de 2023.

4 Para o cabelo não cair na quimioterapia. Oncoguia. DIsponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/para-o-cabelo-nao-cair-na-quimioterapia/14383/7/. Acesso em 16 de abril de 2023.

FONTE: Blog FazBem

Qual a diferença entre Doença Renal Crônica e a Injúria Renal Aguda?

Você sabia que, além das doenças renais, também existe a injúria renal?

Os rins têm um importante papel dentro do nosso organismo. Eles devem ser cuidados com muito carinho e atenção para que não sejam prejudicados ao longo da sua vida.

Eles são peças-chave na hora de eliminar as toxinas do seu corpo e deixar tudo em ordem aí dentro, mas, assim como todo órgão, eles requerem alguns cuidados. Isso porque existem diversas doenças que podem afetá-los, bem como injúria renal.

Você sabe a diferença entre eles? Se não souber, vai ficar sabendo agora!

O que é injúria renal aguda?

A injúria renal aguda é uma agressão inesperada e repentina aos rins. Geralmente, é uma agressão temporária, mas que, em alguns casos, pode levar à doença renal crônica. Já conseguiu entender por que estamos falando dos dois no mesmo texto, né?

É uma síndrome caracterizada pela piora na capacidade do rim em excretar as toxinas, aumentando a creatinina e os compostos nitrogenados, como a ureia no sangue.

O nome “injúria” começou a ser usado depois de muito tempo, já que antes era conhecida como insuficiência renal aguda. A mudança ocorreu porque o nome atual representa muito melhor o quadro de agressão dos rins.

Causas da injúria renal aguda

Existem diversos fatores que podem causar a injúria renal aguda, entre eles, temos a redução do fluxo de sangue nos rins, podendo ser resultado de uma grande cirurgia, desidratação severa e ataques cardíacos.

Também temos a injúria no tecido renal causada diretamente, que pode ser resultado de um acidente, intoxicação, infecção grave ou substância radioativa. Outros pontos que podem causar a injúria renal são obstruções na saída da urina, causada, por exemplo, por pedras nos rins.

Sintomas da injúria renal aguda

Como ela pode acontecer em questão de dias, os sintomas podem aparecer de diferentes formas:

  • Redução do volume de urina;
  • Retenção de líquido;
  • Alteração na cor da urina;
  • Redução do volume normal da urina;
  • Cansaço;
  • Falta de concentração;
  • Falta de apetite e vômito.

Apesar disso, em alguns casos, pode não aparecer nenhum sintoma.

Diagnóstico da injúria renal aguda

Para descobrir o diagnóstico da injúria renal, os exames laboratoriais são as melhores opções. Só assim o médico vai conseguir entender melhor a evolução da sua função renal.

Um exame de urina também costuma ser pedido pelo médico, já que ajuda a identificar uma injúria renal inicial e com grande chance de ser reversível. A injúria renal aguda é confirmada pela análise do sangue, avaliando os níveis de creatinina e/ou pela quantidade de urina excretada no tempo de observação.

Diferença entre doença renal e injúria renal

As doenças renais causam alterações que afetam a função renal. Elas podem ser causadas por diversos fatores de risco. Além disso, um paciente com doença renal pode ter a sua função renal perdida definitivamente, coisa que pode acontecer no caso de injúria renal, se ela não for tratada corretamente.

Os sintomas também mudam, sendo os de doença renal crônica:

  • Dificuldade em controlar a pressão arterial;
  • Inchaço;
  • Perda de peso;
  • Falta de apetite;
  • Mudanças na urina;
  • Vômitos e náuseas.

Sendo os últimos cinco, iguais ao da injúria renal.

A importância de cuidar de uma injúria renal é exatamente evitar que ela se torne uma doença renal crônica, prejudicando muito mais a sua função renal e, automaticamente, prejudicando a sua saúde. 4

Tratamento da injúria renal

Depois do tratamento de injúria renal, é comum que a função dos seus rins vá se recuperando e voltando ao normal com o tempo.

As formas de tratamento mais recomendadas para isso são:

  • Verificar fatores que possam causar ou contribuir com a evolução da função renal, como algumas doenças crônicas, por exemplo;
  • Seguir todas as orientações médicas;
  • Ter suporte nutricional para manter uma dieta equilibrada;
  • Tomar os medicamentos recomendados pelo seu médico nas doses corretas.

O FazBem está aqui para ajudar você a entender melhor a importância dos seus rins e como cuidar deles para que nada comprometa a sua função renal.

Além disso, no blog está cheio de conteúdos exclusivos sobre rins, doenças renais e tratamentos. Uma forma de você ficar por dentro de tudo e ter uma jornada de paciente e uma adesão ao tratamento muito mais tranquila e eficiente.

Retorne às consultas e siga as orientações do seu médico. Essa é parte fundamental da sua jornada!

FONTE: Blog Programa Faz Bem