Saúde renal: quando é a hora de se preocupar?

O funcionamento do nosso corpo é resultado da soma de todas as reações e funções desempenhadas por cada um dos órgãos. Por isso, até falhas nas mais pequenas estruturas podem afetar nosso organismo de diversas maneiras.

Um exemplo disso é a insuficiência renal, que ocorre quando os rins perdem a capacidade de cumprir seu principal papel – filtrar o sangue -, levando a consequências graves.1 

Mas, assim como em outras condições, o corpo costuma dar sinais de que algo pode estar errado. Quer saber quais? Falaremos mais sobre o assunto a seguir! 

Qual a importância dos rins?

Antes de mais nada, é importante reforçar a importância dos rins, órgãos essenciais para o bom funcionamento do nosso organismo. São eles os responsáveis por funções como:2,

Como já havia sido dito, a falha nas funções acima podem levar à insuficiência renal, que pode ocorrer de forma repentina e passageira – insuficiência renal aguda – ou progressivamente, de forma irreversível – insuficiência renal crônica.3

Mas como identificar que algum desses problemas pode estar prestes a acontecer?

Veja também: Saúde dos rins: como está a sua?

Sinais de alerta para prestar atenção

No caso da insuficiência renal, os principais sinais que podem indicar algo de errado são:3

Vale lembrar que a insuficiência renal aguda nem sempre provoca sintomas, sendo comumente detectada por testes laboratoriais feitos por razões diversas. Por isso, é importante estar em dia com a saúde de seus rins.

Como cuidar da saúde renal?

Quando falamos em saúde renal, é importante ter em mente que algumas condições podem agir como fator de risco, como diabetes e hipertensão1. Nesses casos, o primeiro passo é seguir o tratamento e as demais recomendações médicas corretamente. 

Veja mais: Hipertensão e diabetes: inimigos silenciosos dos rins 

Mas, de modo geral, além de manter acompanhamento médico frequente, algumas dicas podem fazer a diferença no cuidado com a saúde dos rins. Confira algumas:3

E aí, tudo pronto para incorporar essas dicas no seu dia a dia?

Os bons hábitos são essenciais para a prevenção de doenças e a busca por mais qualidade de vida. 

Veja outros conteúdos no blog do FazBem para seguir o caminho rumo a uma vida mais saudável!

Referências:

  1. Sociedade Brasileira de Nefrologia

(Disponível em: <https://www.sbn.org.br/orientacoes-e-tratamentos/doencas-comuns/insuficiencia-renal/>. Último acesso em: 26 set. 2023)

  1. Sociedade Brasileira de Nefrologia

(Disponível em: <https://www.sbn.org.br/o-que-e-nefrologia/compreendendo-os-rins/>. Último acesso em: 26 set. 2023)

  1. Biblioteca Virtual em Saúde

(Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/insuficiencia-renal-cronica/>. Último acesso em: 26 set. 2023)

FONTE: Blog Programa FazBem

Fatos interessantes sobre os rins

Seus rins são responsáveis por diversas funções para manter seu organismo saudável. Com isso, no mês em que comemoramos o dia Mundial do Rim, preparamos para vocês fatos interessantes para mostrar o quanto o trabalho desses órgãos vitais é essencial para mantê-lo sadio!

A maioria das pessoas tem dois rins

Com formato semelhante ao de um feijão, cada rim pesa cerca de 150g e apresenta o tamanho de um punho fechado. Embora a maioria das pessoas tenha dois rins, se você tem apenas um rim ou um rim funcionando, você pode ter uma vida saudável com apenas um rim, com a necessidade de seguir cuidados mais rigorosos ao cuidar de sua saúde renal.

Eles são os órgãos que mais trabalham no seu corpo

Seus rins podem ser pequenos, mas trabalham bastante! Os rins são responsáveis por remover resíduos e excesso de líquido do corpo, filtrando-os do sangue. Seus rins filtram cerca de 180 litros de sangue durante um determinado dia!

Eles regulam o teor de sal do seu corpo

Além de filtrar os resíduos do sangue, os rins também ajudam a regular os níveis de sódio do seu organismo. É importante ter em mente que, embora o sal seja essencial para o bom funcionamento do seu corpo, quantidades excessivas podem ser prejudiciais ao seu corpo, levando a doenças cardíacas, derrames e até insuficiência renal.

Os rins produzem hormônios que promovem a produção de glóbulos vermelhos

Eles ajudam a produzir os glóbulos vermelhos, conhecidas também como hemácias, que são responsáveis pelo transporte de oxigênio pelo corpo.

Os néfrons são as unidades de filtragem do rim

Cada rim é composto por cerca de 1 milhão de néfrons e cada néfron é uma unidade de filtragem do rim. Esticados de ponta a ponta, eles têm cerca de 8 quilômetros de comprimento. Ao atingir os 40 anos de idade, 1% dos néfrons começam a degenerar a cada ano.

Beber água em excesso pode ser ruim para os rins

Manter-se hidratado ajuda a manter os rins em bom funcionamento, por outro lado, o excesso de água pode ser ruim para os rins. Isso pode causar uma condição chamada hiponatremia, que ocorre quando o sódio no sangue se dilui porque os rins não conseguem eliminar o líquido com rapidez suficiente. Essa condição é incomum, mas pode ocorrer entre atletas que se esforçam demais e bebem água extra para compensar.

Este material é destinado para fins informativos e não substitui o aconselhamento ou tratamento médico. Consulte o seu médico sobre o seu diagnóstico específico, tratamento, dieta e questões de saúde.

Autores: Paula Felicio e Cinthia Montenegro.

Referência:

FONTE: Blog FazBem

Creatinina: o que é e por que medir?

Você sabe o que é creatinina e como ela funciona dentro do seu corpo? Sabe se ela é importante e por quê?   

Bom, essas são perguntas que nosso texto vai te responder.  

Já ouviu o ditado “quem avisa, amigo é”? Pois bem, vamos mudar essa frase para “o sintoma, um sinal é”. Apesar de não gerar realmente um sintoma, mas gerar um aviso, o aumento da creatinina é um alerta para mudanças na sua função renal. 

Creatina  

A creatina é um dos aminoácidos do nosso organismo. Está localizada, em maior parte, nos músculos do seu corpo e no cérebro. Nosso corpo pode produzir cerca de 1g de creatinina por dia a partir do fígado, pâncreas e os rins. 

Apesar de produzida por esses órgãos, ela fica armazenada como fosfocreatina nos músculos, usada para gerar energia, mas também é encontrada na carne vermelha, frutos do mar e suplementos. 

Creatinina  

A creatinina é derivada, quase totalmente, da creatina presente no tecido muscular. Como ela fica armazenada em forma de fosfocreatina para gerar energia no músculo, a sua degradação para a creatinina ocorre de maneira constante, cerca de 2% da creatina diária. 

A concentração dela no sangue é proporcional a massa muscular de cada pessoa, por isso, o atrofiamento muscular pode impactar nos seus índices. 

A creatinina é eliminada do corpo pelos rins e o organismo não reaproveita nada dela, assim, seus níveis refletem nas taxas de filtração renal e é por esse motivo que os exames precisam ser feitos frequentemente, já que o alto nível de creatinina pode indicar uma deficiência na funcionalidade renal. 

São várias as causas do aumento de creatinina no sangue por problemas renais, tais como: hipotensão, obstrução urinária, desidratação excessiva e doença renal crônica, diabetes ou pressão alta por exemplo. Assim como ela pode aumentar, também pode cair, os fatores que levam a essa queda da creatinina no sangue são: insuficiência hepática, hidratação excessiva e doenças musculares. 

Os índices de creatinina e sua relação com os rins 

Os rins são responsáveis por filtrar as toxinas do nosso organismo, por isso, se eles trabalham de forma inadequada, a filtragem do sangue fica afetada. Se eles não estão conseguindo filtrar a creatinina, provavelmente não estão conseguindo filtrar outras substâncias e toxinas também. 

Bom, é por isso que as taxas de creatinina elevadas podem significar uma doença renal aguda ou crônica, que são silenciosas. Quanto mais alto o nível da creatinina, mais grave a doença renal, por isso, dosar a creatinina nos exames de rotina são fundamentais para um diagnóstico precoce e evitar as complicações de uma possível patologia. 

ATENÇÃO: se você tem risco de desenvolver uma doença renal, o teste de creatinina é ainda mais importante. Pessoas com hipertensão, diabetes, algum outro problema renal, infecção urinária de repetição e sangramento pela urina devem fazer esse exame de rotina com mais frequência, sempre consultando um médico. 

O exame de creatinina  

Esse exame mede a quantidade de creatinina pelo sangue ou pela urina, mas para avaliação da função renal, o exame de sangue é o mais indicado. 

Ele é geralmente pedido para: 

  • Diagnosticar doenças renais; 
  • Monitorar o tratamento ou progressão de doença renal; 
  • Monitorar os efeitos colaterais de medicamentos que podem danificar os rins; 
  • Monitorar a função renal de um rim transplantado.  

Preparo  

Não tomar nenhum suplemento de creatina e, talvez, seu médico possa pedir para que você evite alguns alimentos antes do teste, mas converse sempre com ele sobre esse assunto e siga suas orientações.

Para o exame de sangue pode ser necessário, ou não, o jejum durante a noite anterior ao teste e o de urina é uma coleta de 24h na sua própria casa.

Resultados  

O resultado do exame vai mostrar vários índices: 

  • Nível de creatinina sérica; 
  • Taxa de filtração glomerular; 

Assim que receber os resultados, retorne ao médico. Não tente decifrá-los sozinho e com pesquisas na internet, apenas seu médico pode interpretá-lo de forma correta para o seu caso e histórico clínico.  

FONTE: Blog Programa FazBem

 

Saúde dos rins e envelhecimento

Com o avanço da idade da população em diversos países, a saúde dos rins precisa ganhar visibilidade para que as pessoas consigam saber sobre o que se trata, como são causadas, quais são sintomas e o tratamento.  

Um exemplo é a Doença Renal Crônica, a qual o risco de desenvolvimento varia entre 30% e 50% para pessoas com mais de 65 anos. No Brasil, atinge 10% da população. Existe muito trabalho de conscientização a ser feito, principalmente para que o diagnóstico aconteça nos primeiros estágios e que a doença seja controlada. 

O envelhecimento aumenta as chances de alguma doença renal se desenvolver e evoluir para Insuficiência Renal Crônica (IRC). Porém, existem atitudes simples que podem prevenir essas doenças e/ou mantê-las controladas. 

Esse texto vai abordar exatamente quais são essas atitudes e como implementá-las no seu dia a dia, vamos lá?  

O que é Doença Renal?  

A doença renal crônica (DRC) se caracteriza por alterações que afetam a função dos rins. As causas e fatores são diversos e o processo de progressão é lento, o que faz com que os pacientes sintam os sintomas apenas quando a doença e está em estágio avançado. 

A função dos rins  

Os rins têm a função de filtrar o sangue e eliminar substâncias que nosso corpo produz como resultado da atividade celular (como ácido úrico, creatinina e ureia), sendo assim, ele tem uma função reguladora que contribui para a manutenção de água e sais minerais no sangue. 

Os fatores que mais estão associados à manifestação da doença renal, são a hipertensão, a diabetes e a idade avançada.  Juntos, esses três fatores trazem grande risco de problemas nos rins. 

O tratamento dessas doenças bases é essencial para a prevenção de problemas nos rins e o desenvolvimento de doença renal crônica. Principalmente porque essas duas doenças têm uma incidência maior conforme a idade avança

A doença renal tem cinco estágios, são eles:   

Estágio 1: a filtração e a taxa de filtração glomerular (TFG), um importante indicador na avaliação e detecção de DRC, permanece com taxas normais, entre 90 ou mais. Existe risco de evolução caso os fatores de risco não sejam tratados.
Estágio 2: nesse estágio, os rins começam a ter um leve comprometimento na função (que pode estar associado ao envelhecimento), mas ainda não há sintomas e esse leve. Existe uma leve queda na TFG, ficando entre 60 e 89.
Estágio 3: os primeiros sintomas aparecem, como anemia e doença óssea leve. O tratamento geralmente se inicia nesse estágio e objetivo dele é controlar fatores de risco para que não se perca totalmente a função renal. A taxa de TFG fica em torno de 30 a 59.
Estágio 4: esse estágio é chamado de pré-dialítico, o tratamento deve ser mantido, ao passo que a substituição renal deve ser preparada. A taxa TFG fica entre 15 e 29 nesse estágio.
Estágio 5: no estágio final, a insuficiência renal está estabelecida. Os sintomas são náuseas, vômitos e perda de peso do paciente. A anemia se intensifica, assim como o acúmulo de líquido. É nesse estágio que a substituição renal ocorre, quando a taxa de TFG está entre 15 ou menos.

Sintomas da Doença Renal Crônica  

  • Perda de apetite
  • Perda de peso
  • Inchaço
  • Descontrole da pressão arterial
  • Mudanças na urina
  • Vômitos e náuseas

Prevenção  

A prevenção de doenças nos rins pode ser feita através de atitudes no estilo de vida, como redução do consumo de açúcar, sal, parar de fumar, realizar atividades físicas regularmente, realizar o controle de diabetes e hipertensão. Além disso, aumentar a ingestão de água ao longo do dia. 

Estar com os exames em dia é essencial. Exames como de urina, de sangue, de glicemia e de creatinina, que podem detectar a doença renal em seus estágios iniciais, que não apresentam sintomas! 

Tratamento  

É inegável que a população está envelhecendo na maioria dos países, graças ao avanço de tratamento para doenças que antes eram vistas como fatais. É inegável também que a doença renal crônica está associada ao envelhecimento, conforme vimos ao longo do texto. 

Por isso, a detecção precoce ajuda que o tratamento adequado seja iniciado o mais rápido possível para que as complicações e mortalidade sejam reduzidas. 

O chamado Tratamento Conservador é realizado quando a doença é encontrada na fase inicial. Em fases mais avançadas, em que a insuficiência renal é total ou parcial, o tratamento é feito por diálise (hemodiálise ou diálise peritoneal), no qual ocorre um filtro feito por uma máquina (que faz o papel do rim). Ou então, feito com o transplante renal. 

Na hemodiálise, o paciente comparece cerca de três vezes na semana para a realização do procedimento. A diálise peritoneal é realizada em domicílio. Junto ao médico nefrologista, que cuida da saúde dos rins, o melhor tratamento será escolhido, de acordo com a fase que o paciente está. 

FONTE: Blog Programa FazBem