Creatinina: o que é e por que medir?

Você sabe o que é creatinina e como ela funciona dentro do seu corpo? Sabe se ela é importante e por quê?   

Bom, essas são perguntas que nosso texto vai te responder.  

Já ouviu o ditado “quem avisa, amigo é”? Pois bem, vamos mudar essa frase para “o sintoma, um sinal é”. Apesar de não gerar realmente um sintoma, mas gerar um aviso, o aumento da creatinina é um alerta para mudanças na sua função renal. 

Creatina  

A creatina é um dos aminoácidos do nosso organismo. Está localizada, em maior parte, nos músculos do seu corpo e no cérebro. Nosso corpo pode produzir cerca de 1g de creatinina por dia a partir do fígado, pâncreas e os rins. 

Apesar de produzida por esses órgãos, ela fica armazenada como fosfocreatina nos músculos, usada para gerar energia, mas também é encontrada na carne vermelha, frutos do mar e suplementos. 

Creatinina  

A creatinina é derivada, quase totalmente, da creatina presente no tecido muscular. Como ela fica armazenada em forma de fosfocreatina para gerar energia no músculo, a sua degradação para a creatinina ocorre de maneira constante, cerca de 2% da creatina diária. 

A concentração dela no sangue é proporcional a massa muscular de cada pessoa, por isso, o atrofiamento muscular pode impactar nos seus índices. 

A creatinina é eliminada do corpo pelos rins e o organismo não reaproveita nada dela, assim, seus níveis refletem nas taxas de filtração renal e é por esse motivo que os exames precisam ser feitos frequentemente, já que o alto nível de creatinina pode indicar uma deficiência na funcionalidade renal. 

São várias as causas do aumento de creatinina no sangue por problemas renais, tais como: hipotensão, obstrução urinária, desidratação excessiva e doença renal crônica, diabetes ou pressão alta por exemplo. Assim como ela pode aumentar, também pode cair, os fatores que levam a essa queda da creatinina no sangue são: insuficiência hepática, hidratação excessiva e doenças musculares. 

Os índices de creatinina e sua relação com os rins 

Os rins são responsáveis por filtrar as toxinas do nosso organismo, por isso, se eles trabalham de forma inadequada, a filtragem do sangue fica afetada. Se eles não estão conseguindo filtrar a creatinina, provavelmente não estão conseguindo filtrar outras substâncias e toxinas também. 

Bom, é por isso que as taxas de creatinina elevadas podem significar uma doença renal aguda ou crônica, que são silenciosas. Quanto mais alto o nível da creatinina, mais grave a doença renal, por isso, dosar a creatinina nos exames de rotina são fundamentais para um diagnóstico precoce e evitar as complicações de uma possível patologia. 

ATENÇÃO: se você tem risco de desenvolver uma doença renal, o teste de creatinina é ainda mais importante. Pessoas com hipertensão, diabetes, algum outro problema renal, infecção urinária de repetição e sangramento pela urina devem fazer esse exame de rotina com mais frequência, sempre consultando um médico. 

O exame de creatinina  

Esse exame mede a quantidade de creatinina pelo sangue ou pela urina, mas para avaliação da função renal, o exame de sangue é o mais indicado. 

Ele é geralmente pedido para: 

  • Diagnosticar doenças renais; 
  • Monitorar o tratamento ou progressão de doença renal; 
  • Monitorar os efeitos colaterais de medicamentos que podem danificar os rins; 
  • Monitorar a função renal de um rim transplantado.  

Preparo  

Não tomar nenhum suplemento de creatina e, talvez, seu médico possa pedir para que você evite alguns alimentos antes do teste, mas converse sempre com ele sobre esse assunto e siga suas orientações.

Para o exame de sangue pode ser necessário, ou não, o jejum durante a noite anterior ao teste e o de urina é uma coleta de 24h na sua própria casa.

Resultados  

O resultado do exame vai mostrar vários índices: 

  • Nível de creatinina sérica; 
  • Taxa de filtração glomerular; 

Assim que receber os resultados, retorne ao médico. Não tente decifrá-los sozinho e com pesquisas na internet, apenas seu médico pode interpretá-lo de forma correta para o seu caso e histórico clínico.  

FONTE: Blog Programa FazBem