Qual a diferença entre Doença Renal Crônica e a Injúria Renal Aguda?

Você sabia que, além das doenças renais, também existe a injúria renal?

Os rins têm um importante papel dentro do nosso organismo. Eles devem ser cuidados com muito carinho e atenção para que não sejam prejudicados ao longo da sua vida.

Eles são peças-chave na hora de eliminar as toxinas do seu corpo e deixar tudo em ordem aí dentro, mas, assim como todo órgão, eles requerem alguns cuidados. Isso porque existem diversas doenças que podem afetá-los, bem como injúria renal.

Você sabe a diferença entre eles? Se não souber, vai ficar sabendo agora!

O que é injúria renal aguda?

A injúria renal aguda é uma agressão inesperada e repentina aos rins. Geralmente, é uma agressão temporária, mas que, em alguns casos, pode levar à doença renal crônica. Já conseguiu entender por que estamos falando dos dois no mesmo texto, né?

É uma síndrome caracterizada pela piora na capacidade do rim em excretar as toxinas, aumentando a creatinina e os compostos nitrogenados, como a ureia no sangue.

O nome “injúria” começou a ser usado depois de muito tempo, já que antes era conhecida como insuficiência renal aguda. A mudança ocorreu porque o nome atual representa muito melhor o quadro de agressão dos rins.

Causas da injúria renal aguda

Existem diversos fatores que podem causar a injúria renal aguda, entre eles, temos a redução do fluxo de sangue nos rins, podendo ser resultado de uma grande cirurgia, desidratação severa e ataques cardíacos.

Também temos a injúria no tecido renal causada diretamente, que pode ser resultado de um acidente, intoxicação, infecção grave ou substância radioativa. Outros pontos que podem causar a injúria renal são obstruções na saída da urina, causada, por exemplo, por pedras nos rins.

Sintomas da injúria renal aguda

Como ela pode acontecer em questão de dias, os sintomas podem aparecer de diferentes formas:

  • Redução do volume de urina;
  • Retenção de líquido;
  • Alteração na cor da urina;
  • Redução do volume normal da urina;
  • Cansaço;
  • Falta de concentração;
  • Falta de apetite e vômito.

Apesar disso, em alguns casos, pode não aparecer nenhum sintoma.

Diagnóstico da injúria renal aguda

Para descobrir o diagnóstico da injúria renal, os exames laboratoriais são as melhores opções. Só assim o médico vai conseguir entender melhor a evolução da sua função renal.

Um exame de urina também costuma ser pedido pelo médico, já que ajuda a identificar uma injúria renal inicial e com grande chance de ser reversível. A injúria renal aguda é confirmada pela análise do sangue, avaliando os níveis de creatinina e/ou pela quantidade de urina excretada no tempo de observação.

Diferença entre doença renal e injúria renal

As doenças renais causam alterações que afetam a função renal. Elas podem ser causadas por diversos fatores de risco. Além disso, um paciente com doença renal pode ter a sua função renal perdida definitivamente, coisa que pode acontecer no caso de injúria renal, se ela não for tratada corretamente.

Os sintomas também mudam, sendo os de doença renal crônica:

  • Dificuldade em controlar a pressão arterial;
  • Inchaço;
  • Perda de peso;
  • Falta de apetite;
  • Mudanças na urina;
  • Vômitos e náuseas.

Sendo os últimos cinco, iguais ao da injúria renal.

A importância de cuidar de uma injúria renal é exatamente evitar que ela se torne uma doença renal crônica, prejudicando muito mais a sua função renal e, automaticamente, prejudicando a sua saúde. 4

Tratamento da injúria renal

Depois do tratamento de injúria renal, é comum que a função dos seus rins vá se recuperando e voltando ao normal com o tempo.

As formas de tratamento mais recomendadas para isso são:

  • Verificar fatores que possam causar ou contribuir com a evolução da função renal, como algumas doenças crônicas, por exemplo;
  • Seguir todas as orientações médicas;
  • Ter suporte nutricional para manter uma dieta equilibrada;
  • Tomar os medicamentos recomendados pelo seu médico nas doses corretas.

O FazBem está aqui para ajudar você a entender melhor a importância dos seus rins e como cuidar deles para que nada comprometa a sua função renal.

Além disso, no blog está cheio de conteúdos exclusivos sobre rins, doenças renais e tratamentos. Uma forma de você ficar por dentro de tudo e ter uma jornada de paciente e uma adesão ao tratamento muito mais tranquila e eficiente.

Retorne às consultas e siga as orientações do seu médico. Essa é parte fundamental da sua jornada!

FONTE: Blog Programa Faz Bem

Por que ureia alta é ruim?

Assim como a creatinina, a ureia também é uma substância presente na corrente sanguínea e suas taxas são medidas pelo exame de sangue, principalmente quando é preciso fazer uma avaliação da função renal.

Você já ouviu falar de ureia antes? Tinha alguma ideia de que ela está associada à sua função renal? Pois é, no texto de hoje vamos falar um pouco mais sobre isso e sobre o teste de ureia e porque é importante realizá-lo.

A ureia e a importância da sua dosagem

Bom, como dito antes, a ureia é uma substância que quando identificada em níveis elevados pode significar alterações na sua função renal. Quando os rins começam a funcionar inadequadamente e não filtram o sangue da maneira correta, a concentração de ureia no sangue acaba se elevando. Quanto mais elevada, mais grave pode ser a doença renal.

A ureia compõe um metabólito nitrogenado derivado da desintegração de proteínas do organismo, 90% disso é eliminado pelos rins e o resto é eliminado pelo trato gastrointestinal e pela pele.

O ciclo para eliminar a ureia é:

É muito importante realizar a dosagem de ureia, uma vez que elevações nos níveis sanguíneos são um sinal de mau funcionamento dos rins. O método mais eficiente para se diagnosticar precocemente as doenças do rim é através da dosagem da creatinina

Além disso, algumas doenças podem ser um fator de risco para o desenvolvimento de problemas renais:

  • Hipertensão;
  • Diabetes;
  • Doença policística renal;
  • Glomerulonefrites;
  • Infecção urinária de repetição;
  • Cálculos renais de repetição.

Um aviso importante: não é porque você não sente dor nos rins e urina bem que você não possa desenvolver uma doença renal.

As doenças renais nem sempre causam sintomas antes da sua fase avançada. A dor nos rins, por exemplo, pode estar relacionada apenas a algumas doenças. Assim como os sintomas, o fato de urinar bem não te garante uma boa saúde renal. Mesmo sem conseguir filtrar as toxinas, os rins ainda podem manter o controle de água corporal, eliminando a água sem nenhum problema.

Mais uma vez, a diminuição do fluxo urinário já pode ser um sinal tardio de que existe algo de errado com os seus rins.

Teste de ureia e seu preparo

O teste de ureia ou teste de nitrogênio ureico no sangue, é um exame de sangue comum para medir os níveis da ureia e entender melhor a sua função renal.

Esse nitrogênio é o responsável por indicar quando existe algo errado com os rins, se ele estiver acima dos níveis normais, fique em alerta. 

Por que o teste é pedido?

  • Quando se suspeita de uma doença renal não específica;
  • Para verificar como os rins estão funcionando.

Independentemente da idade, é possível fazer esse teste.

FONTE: Blog Programa FazBem

O que é pé diabético?

Quando não tratado de forma adequada, o diabetes é responsável por diversas complicações, como retinopatia (lesões na retina do olho), nefropatia (perda do funcionamento dos rins), neuropatia (quando os nervos se tornam incapazes de emitir e receber mensagens do cérebro), infarto do miocárdio, derrame e até mesmo danos ao sistema imunológico, torna o paciente mais susceptível a infecções. 

Podem ocorrer na boca, gengiva, pulmões, pele, genitais e locais que houve incisão cirúrgica. Entre essas infecções, a desenvolvida nos pés dos pacientes costuma ser a mais frequente nos pacientes que tem o diagnóstico de pé diabético. Porém, também pode ser evitada. 

Entenda como o pé diabético se desenvolve, os sintomas, como prevenir e as formas de tratamento. 

Como o pé diabético se desenvolve  

Pessoas com diabetes não controlado, com níveis de glicose no sangue altos por muitos anos, pode causar lesões nos nervos e vasos sanguíneos dos pés. Além disso podem apresentar feridas nos pés que infeccionam e demoram mais para curar. Em casos graves, a amputação do membro pode ser necessária. 

Isso ocorre devido ao alto índice de açúcar no sangue, que provoca queda na atividade dos glóbulos brancos (células de defesa de nosso corpo), deixando o organismo mais suscetível a ataques de fungos, vírus e bactérias. Por isso, quando o diabetes não está controlado, existe uma grande brecha de infecções podem se estabelecer. 

Ou seja, uma ferida que se curaria rapidamente no pé de uma pessoa saudável, em um paciente com diabetes não controlada, essa ferida infecciona com mais facilidade. 

Sintomas 

O pé diabético tem 3 formas de se manifestar: forma neuropática (alteração nos nervos dos pés), forma vascular (alteração nos vasos sanguíneos dos pés) e mista.  

Na forma neuropática, o paciente perde progressivamente a sensibilidade do pé, tem sintomas como formigamentos e sensação de queimação. 

Geralmente, o paciente nota essa perda de sensibilidade quando sofre alguma pancada no pé e não sente, quando perde um calçado sem perceber ou quando nota calosidades evidenciadas. 

Quando é na forma vascular, o principal sintoma é dor ao elevar o pé, bem como, pé com temperatura fria e aparência pálida. Nesse caso, a presença de calosidade não é presente. 

Na forma mista, os sintomas e sinais se misturam. 

Fatores de risco para desenvolvimento de úlceras (feridas) e amputações  

Os fatores que facilitam o desenvolvimento de úlceras e amputações podem ser identificados em anamnese e com exame físico. Alguns fatores são: 

  • Visão alterada 
  • Deformidade pré-existentes dos pés 
  • Tabagismo ² 
  • Controle da glicemia insatisfatório 

Autocuidado para prevenir feridas  

Alguns dos cuidados para prevenir essa complicação do diabetes são comuns às boas práticas gerais que todo paciente com diabetes deve seguir, como manter uma boa alimentação, se exercitar, acompanhar de perto os índices de glicemia e manter o tratamento em dia. 

  1. Fique atento à cor de suas pernas e pés. Se enxergar inchaço, calor, vermelhidão ou dor, procure o médico; 
  2. Faça a higiene com sabonete neutro e água; 
  3. Corte suas unhas em linha reta, mas não corte demais;
  4. Lave e seque bem os pés, especialmente entre os dedos; 
  5. Hidrate todos os dias, em especial os calcanhares a planta dos pés;
  6. Troque de meias todos os dias; 
  7. Use sapatos confortáveis e do tamanho certo para você; 
  8. Evite saltos; 
  9. Não ande descalço; 
  10. Evite banhos quentes; 
  11. Evite ficar sentado por muito tempo; 

Procurando assistência médica  

Estimativas apontam que em 2025 haverá 463 milhões de pacientes com diabetes no mundo, um sinal vermelho que não pode ser ignorado, principalmente quando pensamos nas complicações que o diabetes não tratado traz. 

O cuidado com alguém diagnosticado com diabetes devem ir bem além do que o cuidado com os pés. Por exemplo, é indispensável a avaliação anual da função renal para rastreamento da nefropatia diabética, bem como a avaliação anual do fundo de olho, que rastreia a retinopatia e a avaliação trimestral que avalia o controle glicêmico. 

Na presença de um ou mais sintomas, procure ajuda profissional.  

Tratamento  

A partir dos sintomas identificados, o tratamento, acompanhamento e aconselhamento de cada caso será individualizado a partir do tipo de pé diabético, se neuropático ou vascular. O tratamento vai ter como objetivo a restauração do local ferido, evitar a proliferação da infecção e prevenir novas lesões

Melhorar sua alimentação é uma ótima forma de evitar complicações que podem surgir quando a diabetes não está controlada.  

FONTE: Blog Programa FazBem

Diabetes e visão: o que a glicemia alta provoca

O diabetes é muito conhecido pela população no geral. Isso porque atinge um alto número de pessoas no Brasil e no mundo. Apesar de muito conhecida, nem todo mundo que convive com essa doença crônica conhece as complicações que ela causa, como insuficiência renal, má circulação e danos à visão.

Quando o diabetes não está controlado, pode contribuir para problemas como glaucoma e catarata, além de causar retinopatia diabética. Todos esses problemas de visão podem ser diagnosticados precocemente. No entanto, a visão é uma área da saúde que os brasileiros costumam negligenciar. Cerca de um terço da população do país com mais de 16 anos nunca foi à uma consulta com o oftalmologista.

Continue lendo para entender como controlar a glicemia e evitar tais problemas nas vistas. Saiba também quais são os exames preventivos que você deve fazer para se certificar de que a saúde de seus olhos está em dia.

Diabetes

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), no Brasil, existem mais de 13 milhões de pessoas que vivem com diabetes. Contudo, mais da metade desse número de pessoas não sabem que possuem a doença. O que representa grande risco no desenvolvimento de complicações por falta de tratamento.

O diabetes se caracteriza pelo alto nível de açúcar no sangue, e existem dois tipos:

Diabetes tipo 1

No tipo 1, a insulina, hormônio produzido pelo pâncreas com função de fazer a glicose (açúcar) ser absorvida pelas células, é produzida de forma insuficiente devido a uma resposta autoimune. Com isso, é preciso que a pessoa receba insulina para controlar a taxa de glicemia no sangue. É comum em crianças e adolescentes.

Diabetes tipo 2

No tipo 2, o organismo produz a insulina, mas ela não é utilizada de forma adequada em decorrência da resistência criada pelo organismo devido a fatores como uma dieta rica em alimentos ultra processados, sedentarismo, obesidade e hereditariedade. Esse tipo corresponde a 90% dos casos da doença. É comum em pessoas adultas.

Só esse tipo pode ser evitado com mudanças no estilo de vida.

É estimado que 40% das pessoas com diabetes venham a sofrer com complicações na visão. Para se ter ideia, a Retinopatia Diabética e o Edema Macular Diabético são os maiores responsáveis por causar a cegueira em adultos com idade ativa.

Retinopatia Diabética (RD)

Quando a glicemia não está controlada, ou seja, o nível de açúcar no sangue está elevado, as chances de os vasos sanguíneos da retina sofrerem danos é grande, o que caracteriza a retinopatia diabética.

O papel da retina em nossos olhos é detectar a luz e converter em sinais que são enviados pelo nervo ótico até o cérebro. A retinopatia diabética causa danos aos vasos sanguíneos, fazendo com que eles vazem na retina (causando hemorragia) e anulem a visão. Existem quatro estágios de retinopatia, são eles: 

  • Retinopatia proliferativa leve: micro aneurismas que podem vazar fluido na retina.
  • Retinopatia proliferativa moderada: os vasos da retina incham, se distorcem e perdem a capacidade de transportar sangue.
  • Retinopatia proliferativa grave: a maioria dos vasos sanguíneos estão bloqueados, o sangue não chega as áreas da retina, o que provoca uma reação automática na rotina de desenvolver novos vasos sanguíneos. 
  • Retinopatia diabética proliferativa (PDR): os novos vasos sanguíneos são mais propensos a vazar e sangrar, existe o alto risco de descolamento da retina, o que leva a perda permanente da visão.

Edema Macular Diabético (EMD) ou Maculopatia Diabética

EMD é a causa mais comum de perda de visão em pessoas com retinopatia diabética. É provocada pelo acúmulo de líquidos, conhecido como edema, em uma região da retina chamada mácula. Essa região da retina é usada para atividades como ler, reconhecer rostos e dirigir. Cerca de 5% dos portadores de diabetes irão desenvolver DME. 3

Sinais e sintomas

Nos estágios iniciais, geralmente, não há sintomas. Conforme a doença avança de modo silencioso, o sangramento que caracteriza o estágio avançado se traduz em forma de machas “flutuantes” na visão da pessoa. Sem o devido tratamento, essas machas progridem para a perda total da visão. Com a ocorrência do EMD, a visão se torna turva e distorcida até se perder totalmente.

Exames de vista

Os exames para detectar a Retinopatia Diabética e a EMD são:

  • Testes que verificam a precisão visual: avalia a capacidade da pessoa de enxergar em diferentes distâncias. 
  • Tonometria: avalia a pressão dentro do olho. 
  • Dilatação da pupila: um colírio é usado para dilatar a pupila para o médico poder examinar a retina através dos exames Oftalmoscopia indireta, Retinografia e Angiofluoresceinografia. 
  • Tomografia de coerência ótica (OCT): semelhante a um ultrassom, esse exame utiliza ondas de luz para capturar imagens de tecidos do olho.

Como se prevenir?

Devido retinopatia diabética e as outras doenças visuais como o glaucoma e a catarata serem silenciosas no começo, é extremamente necessário que o paciente com diabetes mantenha os níveis de glicose no sangue (glicemia) controlados e consulte-se com um profissional oftalmologista, pelo menos uma vez por ano.

Você deve saber que, para controlar o diabetes, é preciso mais do que só seguir o tratamento medicamentoso. É necessária uma mudança no estilo de vida, como a melhora na alimentação e inclusão de exercícios físicos diariamente.

FONTE: Jornal da USP

Creatinina: o que é e por que medir?

Você sabe o que é creatinina e como ela funciona dentro do seu corpo? Sabe se ela é importante e por quê?   

Bom, essas são perguntas que nosso texto vai te responder.  

Já ouviu o ditado “quem avisa, amigo é”? Pois bem, vamos mudar essa frase para “o sintoma, um sinal é”. Apesar de não gerar realmente um sintoma, mas gerar um aviso, o aumento da creatinina é um alerta para mudanças na sua função renal. 

Creatina  

A creatina é um dos aminoácidos do nosso organismo. Está localizada, em maior parte, nos músculos do seu corpo e no cérebro. Nosso corpo pode produzir cerca de 1g de creatinina por dia a partir do fígado, pâncreas e os rins. 

Apesar de produzida por esses órgãos, ela fica armazenada como fosfocreatina nos músculos, usada para gerar energia, mas também é encontrada na carne vermelha, frutos do mar e suplementos. 

Creatinina  

A creatinina é derivada, quase totalmente, da creatina presente no tecido muscular. Como ela fica armazenada em forma de fosfocreatina para gerar energia no músculo, a sua degradação para a creatinina ocorre de maneira constante, cerca de 2% da creatina diária. 

A concentração dela no sangue é proporcional a massa muscular de cada pessoa, por isso, o atrofiamento muscular pode impactar nos seus índices. 

A creatinina é eliminada do corpo pelos rins e o organismo não reaproveita nada dela, assim, seus níveis refletem nas taxas de filtração renal e é por esse motivo que os exames precisam ser feitos frequentemente, já que o alto nível de creatinina pode indicar uma deficiência na funcionalidade renal. 

São várias as causas do aumento de creatinina no sangue por problemas renais, tais como: hipotensão, obstrução urinária, desidratação excessiva e doença renal crônica, diabetes ou pressão alta por exemplo. Assim como ela pode aumentar, também pode cair, os fatores que levam a essa queda da creatinina no sangue são: insuficiência hepática, hidratação excessiva e doenças musculares. 

Os índices de creatinina e sua relação com os rins 

Os rins são responsáveis por filtrar as toxinas do nosso organismo, por isso, se eles trabalham de forma inadequada, a filtragem do sangue fica afetada. Se eles não estão conseguindo filtrar a creatinina, provavelmente não estão conseguindo filtrar outras substâncias e toxinas também. 

Bom, é por isso que as taxas de creatinina elevadas podem significar uma doença renal aguda ou crônica, que são silenciosas. Quanto mais alto o nível da creatinina, mais grave a doença renal, por isso, dosar a creatinina nos exames de rotina são fundamentais para um diagnóstico precoce e evitar as complicações de uma possível patologia. 

ATENÇÃO: se você tem risco de desenvolver uma doença renal, o teste de creatinina é ainda mais importante. Pessoas com hipertensão, diabetes, algum outro problema renal, infecção urinária de repetição e sangramento pela urina devem fazer esse exame de rotina com mais frequência, sempre consultando um médico. 

O exame de creatinina  

Esse exame mede a quantidade de creatinina pelo sangue ou pela urina, mas para avaliação da função renal, o exame de sangue é o mais indicado. 

Ele é geralmente pedido para: 

  • Diagnosticar doenças renais; 
  • Monitorar o tratamento ou progressão de doença renal; 
  • Monitorar os efeitos colaterais de medicamentos que podem danificar os rins; 
  • Monitorar a função renal de um rim transplantado.  

Preparo  

Não tomar nenhum suplemento de creatina e, talvez, seu médico possa pedir para que você evite alguns alimentos antes do teste, mas converse sempre com ele sobre esse assunto e siga suas orientações.

Para o exame de sangue pode ser necessário, ou não, o jejum durante a noite anterior ao teste e o de urina é uma coleta de 24h na sua própria casa.

Resultados  

O resultado do exame vai mostrar vários índices: 

  • Nível de creatinina sérica; 
  • Taxa de filtração glomerular; 

Assim que receber os resultados, retorne ao médico. Não tente decifrá-los sozinho e com pesquisas na internet, apenas seu médico pode interpretá-lo de forma correta para o seu caso e histórico clínico.  

FONTE: Blog Programa FazBem

 

Saúde dos rins e envelhecimento

Com o avanço da idade da população em diversos países, a saúde dos rins precisa ganhar visibilidade para que as pessoas consigam saber sobre o que se trata, como são causadas, quais são sintomas e o tratamento.  

Um exemplo é a Doença Renal Crônica, a qual o risco de desenvolvimento varia entre 30% e 50% para pessoas com mais de 65 anos. No Brasil, atinge 10% da população. Existe muito trabalho de conscientização a ser feito, principalmente para que o diagnóstico aconteça nos primeiros estágios e que a doença seja controlada. 

O envelhecimento aumenta as chances de alguma doença renal se desenvolver e evoluir para Insuficiência Renal Crônica (IRC). Porém, existem atitudes simples que podem prevenir essas doenças e/ou mantê-las controladas. 

Esse texto vai abordar exatamente quais são essas atitudes e como implementá-las no seu dia a dia, vamos lá?  

O que é Doença Renal?  

A doença renal crônica (DRC) se caracteriza por alterações que afetam a função dos rins. As causas e fatores são diversos e o processo de progressão é lento, o que faz com que os pacientes sintam os sintomas apenas quando a doença e está em estágio avançado. 

A função dos rins  

Os rins têm a função de filtrar o sangue e eliminar substâncias que nosso corpo produz como resultado da atividade celular (como ácido úrico, creatinina e ureia), sendo assim, ele tem uma função reguladora que contribui para a manutenção de água e sais minerais no sangue. 

Os fatores que mais estão associados à manifestação da doença renal, são a hipertensão, a diabetes e a idade avançada.  Juntos, esses três fatores trazem grande risco de problemas nos rins. 

O tratamento dessas doenças bases é essencial para a prevenção de problemas nos rins e o desenvolvimento de doença renal crônica. Principalmente porque essas duas doenças têm uma incidência maior conforme a idade avança

A doença renal tem cinco estágios, são eles:   

Estágio 1: a filtração e a taxa de filtração glomerular (TFG), um importante indicador na avaliação e detecção de DRC, permanece com taxas normais, entre 90 ou mais. Existe risco de evolução caso os fatores de risco não sejam tratados.
Estágio 2: nesse estágio, os rins começam a ter um leve comprometimento na função (que pode estar associado ao envelhecimento), mas ainda não há sintomas e esse leve. Existe uma leve queda na TFG, ficando entre 60 e 89.
Estágio 3: os primeiros sintomas aparecem, como anemia e doença óssea leve. O tratamento geralmente se inicia nesse estágio e objetivo dele é controlar fatores de risco para que não se perca totalmente a função renal. A taxa de TFG fica em torno de 30 a 59.
Estágio 4: esse estágio é chamado de pré-dialítico, o tratamento deve ser mantido, ao passo que a substituição renal deve ser preparada. A taxa TFG fica entre 15 e 29 nesse estágio.
Estágio 5: no estágio final, a insuficiência renal está estabelecida. Os sintomas são náuseas, vômitos e perda de peso do paciente. A anemia se intensifica, assim como o acúmulo de líquido. É nesse estágio que a substituição renal ocorre, quando a taxa de TFG está entre 15 ou menos.

Sintomas da Doença Renal Crônica  

  • Perda de apetite
  • Perda de peso
  • Inchaço
  • Descontrole da pressão arterial
  • Mudanças na urina
  • Vômitos e náuseas

Prevenção  

A prevenção de doenças nos rins pode ser feita através de atitudes no estilo de vida, como redução do consumo de açúcar, sal, parar de fumar, realizar atividades físicas regularmente, realizar o controle de diabetes e hipertensão. Além disso, aumentar a ingestão de água ao longo do dia. 

Estar com os exames em dia é essencial. Exames como de urina, de sangue, de glicemia e de creatinina, que podem detectar a doença renal em seus estágios iniciais, que não apresentam sintomas! 

Tratamento  

É inegável que a população está envelhecendo na maioria dos países, graças ao avanço de tratamento para doenças que antes eram vistas como fatais. É inegável também que a doença renal crônica está associada ao envelhecimento, conforme vimos ao longo do texto. 

Por isso, a detecção precoce ajuda que o tratamento adequado seja iniciado o mais rápido possível para que as complicações e mortalidade sejam reduzidas. 

O chamado Tratamento Conservador é realizado quando a doença é encontrada na fase inicial. Em fases mais avançadas, em que a insuficiência renal é total ou parcial, o tratamento é feito por diálise (hemodiálise ou diálise peritoneal), no qual ocorre um filtro feito por uma máquina (que faz o papel do rim). Ou então, feito com o transplante renal. 

Na hemodiálise, o paciente comparece cerca de três vezes na semana para a realização do procedimento. A diálise peritoneal é realizada em domicílio. Junto ao médico nefrologista, que cuida da saúde dos rins, o melhor tratamento será escolhido, de acordo com a fase que o paciente está. 

FONTE: Blog Programa FazBem

Diabetes pode ser hereditária?

Você tem diabetes e quer saber se ela pode ser hereditária? Ou você tem alguém na família com diabetes e está preocupado com a possibilidade de desenvolver essa doença? Nesse texto, podemos trazer algumas respostas para as suas dúvidas!

Antes de tudo, vamos só explicar brevemente o que é o diabetes para que, caso você ainda não saiba muito bem, entenda melhor e não se sinta confuso durante a leitura.

O diabetes

O diabetes é uma síndrome metabólica que acontece por conta da falta de insulina ou pela incapacidade de a insulina exercer seus efeitos no organismo. Isso causa altas taxas de açúcar no sangue de forma permanente. 1

A insulina é produzida no seu pâncreas e é responsável pela manutenção do metabolismo, permitindo que você tenha energia suficiente para manter o seu organismo todo funcionando. 1

Apenas 5 a 10% dos casos de diabetes correspondem ao tipo 1, que é aquele em que o sistema imunológico ataca as células que produzem insulina. Já o tipo 2 ocorre, principalmente, em pessoas com excesso de peso, sedentarismo, hábitos não saudáveis e histórico familiar. 1

Como o diabetes é uma doença silenciosa, é importante entender melhor sobre ele. Saiba mais nesse link.

Diabetes e hereditariedade

Existem alguns fatores de risco relacionados ao diabetes e a hereditariedade é um deles. O histórico familiar dessa doença coloca você em maior risco de desenvolvê-la em qualquer um dos tipos. O que não significa que você vai obrigatoriamente ter diabetes, ok? 2

O fator genético é mais determinante no diabetes tipo 2. Para o tipo 1, o fator com mais impacto são as infecções virais. 2

Nós nascemos com um conjunto de informações que dão instruções às nossas células de como elas devem funcionar. Essas informações são armazenadas em genes que formam o nosso DNA. Pesquisadores já identificaram vários tipos diferentes de genes que podem trazer mais risco de as pessoas desenvolverem a doença. 2

Esses genes são chamados de “suscetíveis ao diabetes”. Entretanto, essa ainda não é a resposta final, já que 45% das pessoas que possuem essas variantes não desenvolveram a doença. Comprovando o que dissemos no começo desse tópico: não é porque você tem o histórico familiar que desenvolverá o diabetes.  2

Além de ser mais impactante no diabetes tipo 2 do que no tipo 1, o fator genético tem seus números alterados nos dois. Se um portador de diabetes tipo 1 tiver um irmão gêmeo idêntico, há de 30 a 40% de chances de o irmão também desenvolver a doença. Já com o diabetes tipo 2, há de 60 a 75% do irmão desenvolver a doença. 2

Prevenção do diabetes

Mesmo sendo um fator hereditário, existem formas de prevenir o diabetes com hábitos saudáveis como alimentação, atividade física e outros. 3

Evitar ou cuidar de outras doenças crônicas também são formas de prevenir o diabetes, já que existem doenças que são fatores de risco para ele, como a obesidade. 3

Manter uma alimentação saudável de acordo com a dieta recomendada para o seu médico, além de manter o acompanhamento com um profissional, é um dos pontos importantes para cuidar da sua saúde e evitar o diabetes. Existe um Guia Alimentar disponibilizado pelo Ministério da Saúde que podem ajudar no seu dia a dia. 1, 3

Atividades físicas também são importantes para a sua saúde como um todo, não apenas no combate ao diabetes. Por isso, sua prática nunca deve ficar de lado. Faça atividades que goste, comece devagar, siga as orientações médicas e entenda seus limites. Para auxiliar você nessa jornada, também tem um Guia de Atividade Física disponibilizado pelo Ministério da saúde e vale a pena conferir. 1, 3

Nunca esqueça de manter o acompanhamento médico frequente e cuidar de outras doenças crônicas caso você já tenha alguma. Em nosso blog, tem diversos conteúdos sobre esse assunto. Se você já tem diabetes e está preocupado com a hereditariedade de alguém próximo, recomende essas dicas para essa pessoa e conheça mais algumas maneiras de controlar o seu diabetes.

Referências:  
  1. Secretaria da Saúde – Estado do Paraná. Diabetes (diabetes mellitus) [Internet]. [cited 2022 Oct 13]. Available from: https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Diabetes-diabetes-mellitus#:~:text=A%20melhor%20forma%20de%20prevenir,f%C3%ADsicas%20devem%20ser%20uma%20prioridade 
  2. LIGIA – Liga Interdisciplinar de Diabetes. Meus filhos terão diabetes? [Internet]. UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2017 Sep 10 [cited 2022 Oct 13]. Available from: https://www.ufrgs.br/lidia-diabetes/2017/09/10/meus-filhos-terao-diabetes/
  3. Secretaria da Saúde – Estado da Goiás. Diabetes [Internet]. 2019 Nov 21 [cited 2022 Oct 13]. Available from: https://www.saude.go.gov.br/biblioteca/7592-diabetes  
BR-20449. Material destinado a todos os públicos

FONTE: Programa Blog FazBem

3 direitos garantidos por lei à pacientes com câncer

Pacientes acometidos de doenças consideradas graves pela legislação brasileira possuem alguns direitos e garantias especiais que, de alguma forma, buscam aliviar o sofrimento do paciente em questão.  

O câncer (neoplasia maligna) é uma dessas doenças. Vamos te mostrar, de forma simples, como adquirir os principais diretos (FGTS, PIS/PASES e AUXÍLIO-DOENÇA) da forma mais objetiva possível, pois sabemos que seu tempo é precioso.  

O primeiro passo 

Organize uma pasta com diversos documentos (inclusive os laudos comprovando diagnóstico com CID) para tê-los facilmente em mãos quando necessário. Isso vai facilitar bastante sua jornada para adquirir seus direitos.  

1 – FGTS 

É previsto por lei que pacientes com câncer possam fazer saque de seu FGTS. Também é possível sacar ao comprovar ser responsável por um dependente com a patologia. 

A solicitação pode ser feita em qualquer Caixa Econômica Federal (CEF) e, após validação dos documentos, o dinheiro é liberado no prazo de cinco dias úteis, a partir da solicitação.  

O que levar quando for solicitar (via original e cópia): 

  • Carteira de Trabalho ou documento de identificação do trabalhador ou diretor não empregado 
  • PIS/PASEP ou Inscrição de Contribuinte Individual junto ao INSS 
  • Atestado médico com validade de 30 dias, contendo as seguintes informações:  

– Diagnóstico expresso da doença  

– Estágio clínico atual da doença/paciente  

– CID – Classificação Internacional de Doenças.  

– Data, nome, carimbo e CRM do médico com a devida assinatura 

  • Cópia do laudo do exame histopatológico ou anatomopatológico que serviu de base para a elaboração do atestado médico  
  • Comprovante de dependência, no caso de saque para o dependente do titular da conta acometida por neoplasia maligna (câncer)  
  • Atestado de óbito do dependente, caso este tenha vindo a falecer em consequência da doença

2 – PIS/ PASEP 

Se você possuir saldo no Fundo PIS/PASEP, você tem direito a sacar e o dinheiro é liberado em até cinco dias úteis. 

Como saber se tem saldo? 

  • Se você for trabalhador da iniciativa privada, procure a Caixa Econômica Federal e informe-se sobre saldos.  
  • Se você for servidor público, procure pelo Banco do Brasil e informe-se sobre saldos.  

Para solicitação, tenha os documentos já citados para o saque do FGTS e vá até uma Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil.   

3 – Auxílio-doença 

Ao ficar incapacitado de trabalhar em virtude da doença por mais de 15 dias, é seu direito receber auxílio-doença. 

O auxílio-doença é garantido depois da confirmação da patologia pela perícia médica realizada pela Previdência Social.  

Como fazer a solicitação?  

Você tem 3 opções:  

  1. Ligar para o telefone da Previdência Social 135  
  1. Solicitar pelo site (https://meu.inss.gov.br/#/login 
  1. Dirigir-se a uma agência de Previdência Social com os documentos requeridos: 
  • Carteira de Trabalho original ou documentos que comprovem a contribuição à Previdência Social 
  • Número de Identificação do Trabalhador – NIT (PIS/Pasep)  
  • Relatório médico original com as seguintes informações: diagnóstico da doença, histórico clínico do paciente, CID (Classificação Internacional de Doenças), eventuais sequelas provocadas pela doença, justificativa da incapacidade temporária para o trabalho. O relatório deve conter data, assinatura, carimbo e CRM do médico  
  • Exames que comprovem a existência da doença 

 Para ler os outros 6 direitos, baixe nossa cartilha completa! 

 Fonte: Manual dos direitos do paciente com câncer – Instituto Oncoguia  

BR-18659. Material destinado a todos os públicos. Jul/2022

FONTE: Blog Programa FazBem

Asma no verão: saiba como evitar crises

O ano já começou, o solzão está aí e as tão esperadas viagens de férias com a família e amigos em um lugar incrível também. Você também já está animado com tudo isso? Sabemos que essa época do ano é amada e esperada por muitas pessoas, mas não podemos esquecer de todos os cuidados que precisamos manter e carregar na mala para onde for. No calor as crises de asma podem se tornar frequentes por conta do uso de ventiladores e ar-condicionado.1 Precisando tomar ainda mais cuidado, afinal, ninguém quer que a viagem seja atrapalhada por conta disso.

Se você está nessa turma que não quer ter as férias interrompidas por conta da asma, hoje vamos ajudar você a entender melhor como evitar crises de asma no verão.

Por que eu posso ter crise de asma no verão? 

A asma é uma doença pulmonar crônica com milhões de portadores no mundo, e o Brasil não está fora dessa. Pode aparecer em crianças, ao longo da vida e até em idosos. Ou seja, ela não escolhe idade. 2

É possível controlar a asma e os seus sintomas com o tratamento e orientações do seu médico. Comparecer em suas consultas de rotina é muito importante para que você possa estar sempre administrando cada vez melhor a sua respiração.

Mas a pergunta que não quer calar é: por que a asma pode piorar no verão? A resposta é mais simples do que você pensa e vamos explicar.

No calor, algumas pessoas costumam reclamar de crises mais frequentes de asma. Isso acontece porque usamos, com mais frequência, aparelhos como ventiladores e ar-condicionado para refrescar o ambiente. 1

Além disso, as variações de temperatura nessa época, a diminuição da umidade do ar e a maior quantidade de poeira e outros componentes que poluem o ar, podem causar crises de asma por aumentarem os riscos de inflamação nos brônquios. 1

Como se cuidar e evitar as crises no verão?

Para aproveitar o verão sem que a asma atrapalhe os seus planos, vamos dar algumas dicas de como você pode se cuidar ainda mais nessa época do ano.

A melhor opção para manter sua asma controlada é continuar usando corretamente a sua medicação e se hidratar MUITO bem. A hidratação já é muito importante diariamente e, durante o verão, nem se fala, mas se você tem asma, capriche ainda mais nesse aspecto. 3

Se você usa ar-condicionado é essencial que o filtro esteja com a manutenção em dia porque pode acumular bactérias e fungos. Caso contrário, é melhor suspender o seu uso. Os ventiladores são bem-vindos, mas o ambiente precisa estar limpo e sem poeira, evitando que a mesma entre pelas vias aéreas. 3

Caso você vá praticar esportes, escolha um horário e um ambiente com menos exposição ao sol, roupas finas e confortáveis. A prática de esportes e atividades físicas aumenta a frequência respiratória, podendo gerar falta de ar e uma nova crise. 4

Claro que além de todos esses cuidados específicos, é importante que você siga as orientações médicas, mantenha uma boa alimentação e uso correto da medicação. Se precisar de ajuda médica, não hesite em buscá-la onde estiver.

Respire sem crise

Depois de todas essas dicas, ainda temos mais uma para ajudar você com a asma não só no verão, mas ao longo da vida também!

Além dos conteúdos que disponibilizamos em nosso blog, o FazBem tem um podcast exclusivo para falar sobre asma, inclusive com a participação do embaixador da Campanha Respire Sem Crise, Diego Hypólito, ginasta olímpico e portador de asma.

O intuito do podcast é ajudar você a lidar cada vez melhor com a asma e a receber dicas para controlar melhor. Além disso, os episódios contam com a participação de especialistas para trazem informações confiáveis e enfatizar a importância de sempre seguir o seu tratamento.

Ouça aqui!

Conseguiu entender o porquê é importante tomar ainda mais cuidado com a asma no verão? Se proteger contra as crises é a melhor forma de tomar cuidado nessa época do ano. Além disso, é, também, a melhor maneira de aproveitar as festas, as férias e o sol sem imprevistos.

Aproveite suas férias e se cuide!

Referências:
BR-15977. Material destinado a todos os públicos. Dez/2021

Saúde após os 60: a importância do acompanhamento médico no envelhecimento

Você já pensou sobre o envelhecimento?

Para muitas pessoas o envelhecimento é um tabu. Temos a ideia de que, chegados os 60 anos, a vida acaba ficando mais monótona. Entretanto, cada vez mais, os 60 são considerados os novos 40 e se você chegou ou está chegando a essa idade, definitivamente, não é velho.

Certamente, você está experimentando aquela sensação de que é cedo demais para ser rotulado como idoso e aderir ao time da terceira idade. Isso porque a terceira idade ainda possui muitos estigmas e rótulos que já não cabem para a população do século XXI.

Basta lembrar que a expectativa de vida dos brasileiros aumentou em 31,1 anos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma pessoa nascida no Brasil em 2019 tem uma expectativa de vida de em média, até 76,6 anos. 1

Vale ressaltar, também, que segundo os dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) publicado no portal de notícias Agência Brasil, dos 210 milhões brasileiros 37,7 milhões são pessoas idosas, ou seja, que têm 60 anos ou mais. Dessa população 15% ainda trabalham e 75% contribuem para a renda da casa. 2

Os dados mostram que a população acima de 60 anos está saudável é independente e continua contribuindo para o bem-estar da família e da comunidade. O envelhecimento saudável é um processo contínuo que requer mudanças de hábitos para melhorar a saúde física, mental e social. 3

Quer saber como cuidar da sua saúde após os 60 anos? Então, você está no lugar certo. Confira algumas informações sobre a importância dos hábitos saudáveis e acompanhamento médico na terceira idade.

Envelhecimento: Saúde após os 60 anos

Preservar a saúde é uma das principais preocupação das pessoas, principalmente quando chegam na terceira idade. Isso porque ela é fundamental para mantermos uma vida saudável, com qualidade de vida e bem-estar. 4

O processo de envelhecimento, naturalmente, provoca mudanças no corpo e na mente. Por mais que a gente não queira, com o passar dos anos, nosso corpo já não responde aos estímulos da mesma forma que nos nossos 20 anos. 4

Segundo Caderno de Atenção Básica Sobre o Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa, parte das dificuldades encontradas nessa fase da vida estão relacionadas a uma cultura que desvaloriza e limita pessoas na terceira idade. Isso sem falar das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) que também podem afetar a funcionalidade dos idosos. 4

Mas isso não quer dizer que não há como ter saúde após os 60 anos. Uma vida saudável não tem a ver com idade, mas, sim, com os hábitos que adotamos no dia a dia. Manter-se ativo fisicamente e mentalmente é um desafio grande para muitos idosos, mas completamente possível. 4

O mais importante é saber que é possível lidar com essas limitações, ter um envelhecimento saudável e quebrar alguns tabus que a sociedade possui em relação à terceira idade.

Confira alguns dos tabus que precisamos começar a quebrar!

Envelhecimento: Pessoas idosas são todas iguais

Certamente, ao longo da vida você deve ter ouvido que somos todos iguais. Em parte, isso é verdade, possuímos os mesmo direitos e deveres na sociedade, mas isso não quer dizer que como seres humanos individuais somos iguais.5

Cada pessoa tem sua personalidade, individualidade, ou seja, características que fazem dela única, como forma de agir, pensar, sentir, valores morais, traços emocionais entre outros aspectos. Agora, se vivemos com essas características únicas a vida toda, por que temos a ideia de que ao chegar aos 60 anos perdemos essa individualidade? 5

Pensar que pessoas idosas são todas iguais é um equívoco muito comum. O erro está em ter uma visão homogênea sobre a velhice, quando, na verdade, ocorre justamente ao contrário. Essa é uma das fases da vida mais diversa que existe, já que a velhice envolve múltiplos aspectos e variáveis que resultam em indivíduos com características, necessidades e objetivos de vida diferentes.5

Ao rotularmos as pessoas idosas, contribuímos para a criação e fortalecimento de estereótipos que tornam a rotina desses indivíduos mais difícil. 5

Pessoas com mais de 60 anos não fazem sexo

Sexo é um tema que causa reações diversas nas pessoas. Alguns encaram com naturalidade, já outros ficam envergonhados ou agem com repulsa só de ouvir falar sobre. 5,6

Se apenas o tema sozinho causa diversas reações, imagina se inserimos ao tema faixa etárias, como sexo na terceira idade. Algumas pessoas certamente se perguntam: existe isso?

O fato é que sexo na terceira idade existe e falamos pouco sobre esse tema. Enxergar a pessoa idosa como um ser humano que não possui mais desejos sexuais também é um estereótipo amplamente difundido na sociedade, mas é importante ter em mente que amor e desejo não têm idade. 5,6

O desejo existe enquanto há vida e pode ser (re)descoberto ao longo das fases da vida. Viver a sexualidade independentemente da idade melhora a autoestima, o bem-estar, a qualidade de vida e a saúde. 6

Por isso, quebrar esse estereótipo de que idosos não fazem sexo é importante para que o tema seja discutido e fique cada vez mais naturalizado para toda a sociedade. 5,6

A importância do acompanhamento médico

Outro tabu muito difundido para a população da terceira idade é de que velhice é sinônimo de doença. Esse é um grande equívoco.

Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, o envelhecimento está associado a mudanças nos processos biológicos, fisiológicos, ambientais, psicológicos, comportamentais e sociais do ser humano. 7

Mas é importante ressaltar que o envelhecimento não é sinônimo de doença, muito menos, um processo igual para todos. Para algumas pessoas, as mudanças relacionadas a idade são positivas, já outras resultam em declínio em função dos sentidos e atividades da vida cotidiana. 7

O avanço da idade é um fator de risco para o surgimento de doenças crônicas e degenerativas, mas isso não quer dizer que todos teremos doenças ou até mesmo que não haverá qualidade de vida caso desenvolva uma doença crônica como pressão alta, por exemplo. 7

Com mudanças de hábitos, é possível ter um envelhecimento saudável. Uma boa saúde proporciona mais qualidade de vida aos anos. Esses anos adicionais com boa saúde contribuem para que a pessoa continue participando e sendo parte integrante de suas famílias e comunidades.8,9

Por isso, o acompanhamento médico é tão importante para essa fase da vida. Após os 60 anos, o corpo passa por mudanças e fazer o acompanhamento médico especializado é uma forma de ajudar seu corpo e mente a passar por esse processo e garantir saúde e qualidade de vida. 8,9

Não deixe para amanhã o que você pode começar hoje. Faça acompanhamento médico regular e garanta mais saúde e bem-estar para sua vida. 8,9

Que tal, daqui para frente, começarmos a quebrar alguns desses estereótipos? Você pode ajudar outras pessoas a se conscientizarem sobre a importância da quebra dos tabus e cuidados com a saúde compartilhando esse conteúdo. 8,9

Aqui, no blog, temos diversos conteúdos sobre alimentação e exercícios para diversas patologias, além de dicas e informações importantes para o seu tratamento. Fique por aqui e confira outros conteúdos incríveis.

Referências:
  1. https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/29502-em-2019-expectativa-de-vida-era-de-76-6-anos7
  2. https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2021-10/dia-nacional-do-idoso-conheca-politicas-publicas-para-essa-populacao
  3. https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/saude-da-pessoa-idosa
  4. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/evelhecimento_saude_pessoa_idosa.pdf
  5. https://institutodelongevidademag.org/longevidade-e-saude/autonomia/master-mitos-e-verdades-60-anos
  6. https://www.em.com.br/app/noticia/bem-viver/2019/09/26/interna_bem_viver,1087673/desejo-na-terceira-idade-existe-e-precisa-ser-encarado-de-forma-natura.shtml
  7. https://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2020/10/D%C3%A9cada-do-Envelhecimento-Saud%C3%A1vel-2020-2030.pdf
  8. https://sbgg.org.br/envelhecimento-e-longevidade/
  9. https://sbgg.org.br/confira-3-mitos-sobre-o-envelhecimento/
BR-16049. Material destinado a pacientes. Dez/2021