Microplásticos da poluição podem contaminar o sangue por meio da alimentação e respiração

Pela primeira vez, um estudo holandês detectou a presença de microplásticos no sangue humano, que chega até o organismo através do consumo de alimentos embalados e da inalação do ar

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O impacto do plástico como poluidor já é um assunto recorrente em pautas ambientais, mas a presença do componente no organismo humano vem ganhando cada vez mais relevância. Pela primeira vez, um estudo holandês detectou a presença de microplástico no sangue humano, que chega até o organismo através do consumo de alimentos embalados e de carnes de animais contaminados, além da inalação do ar e da água que bebemos, por conta da poluição do material no meio ambiente. A análise é do hematologista José Roberto Ortega Júnior, do Curso de Medicina da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP.

Em estudo internacional, publicado recentemente, foram coletadas 22 amostras de sangue de doadores anônimos, todos adultos saudáveis, e a presença do microplástico foi detectada em 17 amostras, ou seja, 80% dos participantes.

E, no início deste ano, pesquisadores da USP apresentaram resultados de pesquisa que também identificou a presença do material no organismo humano, desta vez no tecido pulmonar, com 20 casos analisados e 13 tecidos contaminados.

Nos dois estudos, os tipos de plásticos encontrados foram os mais consumidos mundialmente, como o polipropileno, polietileno e o PET, usados na fabricação de embalagens plásticas, sacolas de mercado e garrafas plásticas. As partículas encontradas variaram entre 1,6 a 5,5 micrômetros.

Impactos na saúde

Identificado recentemente, o impacto na saúde causado pela presença do microplástico no organismo “ainda é uma pergunta a ser respondida pela ciência”, conta Ortega. O hematologista conta que algumas testagens em animais já foram concluídas, mas ainda não é possível definir as consequências à saúde humana.

Estudos iniciais, baseados em estudos de modelos de cultura celular, mostram que a presença de microplásticos do nylon no tecido pulmonar pode afetar o desenvolvimento de células tronco pulmonares, prejudicando pulmões em desenvolvimento e a cicatrização das vias aéreas, diz Luís Fernando Amato, pós-graduando e pesquisador do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, autor da pesquisa brasileira.

Consumo consciente

De acordo com Amato, o consumo consciente de materiais como plásticos é a melhor solução a curto prazo, evitando utilizações desnecessárias e de uso único como copos, canudos e sacolas plásticas de mercado, por exemplo.  “O uso do plástico na sociedade é inevitável, mas filtrar esse consumo em situações de necessidades reais, evitando desperdícios e descartes irregulares, pode ser a chave para uma melhora no cenário de poluição pelo plástico, seja no meio ambiente ou no organismo humano”, enfatiza Amato.

Por Vinicius Botelho

FONTE: Jornal da USP

Método traça perfil mais detalhado dos tipos de gordura presentes no sangue

Análise mostra que mulheres jovens não obesas apresentaram grande acúmulo de gordura no sangue após as refeições

Pessoas saudáveis, mas com um metabolismo mais lento, acumulam mais gordura no sangue após as refeições, o que pode servir como marcador de problemas metabólicos e cardiovasculares. A conclusão é de uma pesquisa realizada na USP em mulheres com menos de 40 anos de idade, não obesas, submetidas a uma dieta rica em gorduras. A análise feita no estudo, que identificou um perfil mais preciso dos tipos de gordura existentes no sangue em relação aos testes clínicos tradicionais, tem potencial para ajudar a prever, detectar e monitorar doenças. As conclusões do trabalho são descritas em artigo do The Journal of Nutritional Biochemistry.

Os pesquisadores estudaram a lipemia pós-prandial, que é o acúmulo de gordura no sangue decorrente de uma refeição. “Ela aumenta o número de lipídeos plasmáticos, especialmente lipoproteínas ricas em triglicerídeos (TG). Entre os fatores de risco para doenças cardiovasculares está a tríade de lipídeos, ou seja, altos níveis de TG, de LDL e concentrações reduzidas de HDL-C”, relata o pesquisador Marcos Yoshinaga, do Instituto de Química (IQ) da USP, que participou do estudo. “Portanto, a lipemia pós-prandial prolongada pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares por um aumento exacerbado de TG plasmático combinado ao catabolismo acentuado de HDL, que implica menores concentrações de HDL-C.”

De acordo com o professor Marcelo Rogero, da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, que também integra o grupo de pesquisadores, o objetivo geral do trabalho foi estudar os efeitos de uma refeição enriquecida em gorduras saturadas sobre os lipídeos plasmáticos, em um grupo selecionado de pacientes saudáveis. “O alvo da pesquisa eram mulheres com menos de 40 anos de idade e não obesas”, aponta. “O objetivo específico do trabalho era examinar como o lipidoma plasmático ou as diferentes espécies moleculares de lipídeos plasmáticos se comportam no período pós-prandial em mulheres jovens e saudáveis.”

Os pesquisadores realizaram uma análise lipidômica para descrever e quantificar as espécies moleculares de lipídeos no plasma humano. “Abordando cerca de 300 moléculas, as análises lipidômicas aumentam o potencial de se encontrar biomarcadores, se comparadas ao perfil lipídico clínico de rotina, como triglicérides, colesterol total, LDL, HDL”, descreve Yoshinaga. “Por exemplo, o perfil lipídico clínico fornece informação sobre os TG totais, enquanto a análise lipidômica permite quantificar centenas de espécies moleculares de TG, com informações precisas sobre a natureza e a composição de ácidos graxos, sejam eles saturados, monoinsaturados ou poli-insaturados.”

Os lanches de fast food, embora muito populares, são refeições altamente gordurosas
Foto: Unsplash

 

Metabolismo

O estudo também analisou parâmetros clínicos das pacientes, como perfil lipídico, insulina, glicose, marcadores inflamatórios e medidas antropométricas. Ao todo, 274 lipídeos plasmáticos distribuídos em 18 classes lipídicas foram comparados com parâmetros clínicos do sangue. “Identificamos, como esperado, um enriquecimento em inúmeras espécies moleculares de TG entre uma e três horas após a refeição”, aponta o pesquisador. “Depois de cinco horas, porém, pudemos classificar dois grupos distintos entre as pacientes, um com metabolismo rápido, que voltou aos níveis em jejum, e outro com metabolismo lento, que mantinha níveis elevados de TG.”

A comparação entre os dois grupos revelou que as diferenças no metabolismo de TG estavam relacionadas ao incremento de insulina pós-prandial, bem como às classes lipídicas TG e fosfatidilinositol (PI). “As análises lipidômicas realizadas em fração rica em TG (LDL e VLDL) e em fração enriquecida em HDL revelaram que a fração HDL de pacientes de metabolismo lento continha maiores concentrações de PI e TG”, destaca Yoshinaga. “Verificamos assim uma assinatura da lipemia pós-prandial prolongada relacionada não somente ao enriquecimento de TG plasmático, mas particularmente um aumento das concentrações de TG e PI em HDL.”

O pesquisador aponta que, no aspecto nutricional, após serem confirmadas em estudos de larga escala, as ferramentas analíticas utilizadas no estudo têm potencial para identificar como indivíduos jovens e saudáveis lidam com dietas ricas em gordura, principalmente com relação ao risco de acúmulo de lipídeos específicos. “A análise lipidômica identificou distintas respostas pós-prandiais em indivíduos saudáveis com maior precisão se comparadas ao perfil lipídico clínico de rotina, e pode potencialmente ajudar na detecção, monitoramento e predição de doenças metabólicas.”

 

Frituras possuem altas concentrações de VLDL
Foto: Unsplash

“No aspecto clínico, o acúmulo de PI e TG em HDL durante a lipemia pós-prandial prolongada traz perspectivas futuras para avançarmos no entendimento do lipidoma de HDL durante o metabolismo intravascular em relação à insulina”, observa Yoshinaga. “Em especial, será possível compreender o papel do lipidoma de HDL influenciando suas funções antiaterogênica e anti-inflamatória, bem como as concentrações de HDL-C, que são um fator de risco independente para doenças cardiovasculares.”

O estudo foi realizado por pesquisadores do IQ e da Faculdade de Saúde Pública (FSP), que integram os projetos Centro de Pesquisa de Processos Redox em Biomedicina (Redoxoma) e Food Research Center (FoRC), dois Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Além de Yoshinaga, que realiza pesquisa de pós-doutoramento com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o trabalho teve a participação de Adriano Britto Chaves-Filho, cujo pós doutorado é financiado pela Fapesp; Bruna Jardim Quintanilha, doutoranda da FSP; além dos professores Marcelo Rogero, da FSP e do FoRC, e Sayuri Miyamoto, do IQ e do Redoxoma.

Mais informações: e-mail marcosyukio@gmail.com, com Marcos Yoshinaga

Por Júlio Bernardes

FONTE: Jornal da USP

Pequena proteína reduz níveis de açúcar, gera patente e pode ser aliada no combate à diabete

Sintetizado a partir de substância produzida no sangue, o peptídeo Ric4 reduz níveis de açúcar no organismo, e, futuramente, poderá ser usado em medicamentos para controle da diabete

Uma pequena proteína cuja origem são as células do corpo humano pode ter um grande papel no controle da diabete. Em pesquisa com participação do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, cientistas descobriram que o peptídeo Ric4, sintetizado a partir de uma proteína produzida pelas células sanguíneas, aumentou a sensibilidade à insulina e reduziu a glicemia, ou seja, o nível de açúcar no sangue. Os estudos sobre a estrutura e as propriedades do Ric4, realizados em animais, geraram uma patente que, no futuro, poderá dar origem a medicamentos para tratar a diabete, e que sirvam de alternativa à terapia com insulina.

Os resultados do trabalho são mostrados em artigo publicado no site da revista científica Pharmaceuticals, no último dia 16 de dezembro. A diabete tipo 2 acontece quando o corpo desenvolve resistência à insulina, responsável por processar o açúcar no organismo e levá-lo às células, o que aumenta a concentração de açúcar na corrente sanguínea.

“Há alguns anos, nosso laboratório desenvolveu um teste em modelo animal que encontrou alterações em um grupo de peptídeos intracelulares (InPeps), que são pequenas proteínas produzidas no interior das células, normalmente a partir de proteínas maiores”, explica ao Jornal da USP o professor Emer Ferro, do ICB, coordenador do estudo. “Os animais testados apresentaram maior sensibilidade à insulina e, consequentemente, maior captação de glicose e glicemia reduzida. Nossa hipótese era de que isso aconteceu devido às alterações nos níveis de InPeps.”

Emer Suavinho Ferro – Foto: Cecília Bastos/USP Imagem

Em seguida, os pesquisadores sintetizaram quimicamente em laboratório quatro peptídeos, que foram denominados Ric1, Ric2 e Ric3 e Ric4. “O Ric 1 e o Ric2 foram identificados no músculo gastrocnêmio (batata da perna) e são derivados da proteína troponina I; o Ric3 foi encontrado no tecido adiposo epididimal (na região do púbis), produzido a partir da proteína de ligação acil-CoA, e o Ric4 é derivado da subunidade alfa da hemoglobina, proteína existente no sangue”, descreve o professor. “Nosso objetivo foi identificar se algum desses peptídeos poderia reproduzir farmacologicamente a maior sensibilidade à insulina e à glicemia reduzida observada nos animais.”

Captação de Glicose

“Caso isso acontecesse, poderíamos identificar um novo peptídeo que poderia ser usado no tratamento de pacientes diagnosticados com pré-diabete ou diabete tipo 2, que possuem elevados níveis de glicose e não respondem à insulina”, relata Ferro. “Foram realizados testes de viabilidade celular em cultura de células, de avaliação do efeito dos peptídeos nos níveis de expressão de proteínas específicas (Western Blotting), de estabilidade enzimática, de expressão gênica (PCR), de captação de glicose em tecidos animais e culturas de células de camundongos, e de tolerância e transporte de glicose, em células e modelos animais.”

Pesquisas sobre a estrutura e as propriedades do peptídeo Ric4 e seus derivados geraram uma patente que pode ser aproveitada futuramente na pesquisa e criação de  novos medicamentos para tratar a diabete tipo 2, e que sirvam de alternativa à terapia com insulina; na imagem, profissional da saúde medindo glicose de paciente – Foto: Marcos Santos/ USP Imagens

A pesquisa verificou que dois derivados do peptídeo Ric4 (Ric4-2 e Ric4-15) possuem ação hipoglicemiante, isto é, induzem a captação de glicose e reduzem a glicemia em animais após administração oral. “As análises sugerem que o peptídeo se liga ao receptor de insulina para induzir a captação de glicose, de forma independente da insulina, esta última também um peptídeo, aumentando sua sensibilidade”, aponta o professor do ICB. “Modificações estruturais do Ric4 natural, que geraram o Ric4-2 e o Ric4-15, reduziram sua degradação por enzimas digestivas, sem prejudicar a ação farmacológica. Em resumo, peptídeos como o Ric4 podem exercer ação similar à insulina e podem ser úteis no tratamento de pacientes com diabete tipo 2.”

De acordo com Ferro, apesar da significância biológica e farmacológica, as possíveis aplicações clínicas do Ric4 ainda merecem mais investigações. “O estudo indica que pacientes com pré-diabete ou diabete tipo 2, que têm hiperglicemia resistente à insulina, poderiam ser tratados com Ric4 ou com seus análogos, Ric4-2 e Ric4-15. Porém, ensaios adicionais precisam ser realizados para avaliar a potência do peptídeo em reduzir a glicemia de portadores de diabete tipo 2”, destaca Ferro. “Nosso trabalho reforça a perspectiva que os peptídeos podem manter sua atividade farmacológica após administração oral, ‘quebrando’ o dogma que dentro do corpo eles são imediatamente degradados por enzimas digestivas.”

Além da publicação do artigo, um pedido de patente do peptídeo Ric4 foi depositado junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) pela Agência USP de Inovação (Auspin) e pela INOVA, Agência de Inovação da Unicamp. “Embora o pedido tenha sido depositado em maio de 2018, nenhuma empresa até o momento se interessou em licenciar a patente do Ric4 para desenvolvimento de um fármaco alternativo à insulina para o tratamento da diabete tipo 2”, conclui o professor.

O trabalho teve a participação dos pesquisadores Renée Silva, Ricardo Llanos, Rosangela Eichler e do professor Emer Ferro, do Departamento de Farmacologia do ICB,  do pesquisador Thiago Oliveira e do professor William Festuccia, do Departamento de Fisiologia do ICB, e do professor Fabio Gozzo, do Instituto de Química da Unicamp.

Mais informações: e-mail eferro@usp.br, com o professor Emer Ferro

Por: Júlio Bernardes

Arte: Ana Júlia

FONTE: Jornal da USP

Hipertensão: como lidar com as mudanças na rotina?

Vamos conversar sobre o cotidiano de pacientes com hipertensão arterial?

Ser diagnosticado com qualquer doença crônica é um momento difícil para muitos pacientes, isso porque ter que lidar com o fato de ter uma doença que necessita de cuidados especiais para o resto da vida pode ser muito assustador. 1

Por isso, é muito comum que, diante de um diagnóstico de uma doença crônica como a hipertensão arterial, os pacientes vivenciem muitos sentimentos até que haja a compreensão sobre a doença, como tratá-la e as mudanças necessárias no estilo de vida. 1

Aliás, você sabe o que é Hipertensão Arterial? A hipertensão arterial, usualmente chamada de pressão alta, é a elevação dos níveis de pressão sanguínea nas artérias. 2

A pressão arterial é a força exercida pelo sangue bombeado pelo coração dentro vasos sanguíneos. Quando as artérias oferecem algum tipo de resistência à passagem do sangue, essa força é aumentada, caracterizando um quadro de pressão alta. 2

Os estudos revelam que a hipertensão arterial é considerada, atualmente, um sério problema de saúde pública no Brasil e levanta preocupações pela sua expressiva prevalência, por ser assintomáticas e pelas graves complicações que ele pode causar, levando a incapacidades permanentes. 3

Uma vez diagnosticados com a hipertensão arterial é comum que os pacientes tenham que utilizar medicamentos escritos por especialistas, mas também necessite de mudanças no estilo de vida. 1

Quer saber mais detalhes sobre algumas dessas mudanças? Acompanhe o texto!

A vida após a descoberta da hipertensão arterial

Uma das coisas mais importantes que um paciente diagnosticado com pressão alta precisa ter em mente é que tomar atitudes para conter a evolução da doença é evitar riscos maiores a longo prazo, como doenças cardíacas e problemas renais. 1,2

Lembre-se: uma doença crônica como a hipertensão arterial, não tem cura, mas tem tratamento.  Por sua vez, o tratamento é muito mais que um método para controlar sintomas, é lidar com incapacidades, adaptações do estilo de vida, mudanças psicológicas e sociais que uma doença incurável a longo prazo traz para a vida do paciente e seus familiares. 1,3,4

Os estudos revelam que muitos pacientes, após o diagnóstico da doença, passam por um período de irritabilidade e autodepreciação. Apresentando, muitas vezes, sentimentos de desamparo, desesperança, raiva, depressão, tristeza e solidão, que podem gerar angústia.

Esse é um processo de mudança muito complicado, mas completamente possível. Com comprometimento às mudanças no estilo de vida é possível ter uma doença controlada com uma rotina de saúde, qualidade de vida e bem-estar. 1

Algumas dessas mudanças podem incluir:

  • Redução do peso corporal;
  • Quantidade de ingestão do sal;
  • Redução do consumo de bebidas alcoólicas;
  • Adoção de prática de exercícios físicos com regularidade. 1

Mas, calma, algumas dessas mudanças não ocorrem do dia para a noite. Você passará por todo um processo de adaptação para um novo estilo de vida.

Muitas vezes, esse período requer calma, paciência e ajuda da sua equipe médica. Todos os profissionais estão ali para ajudá-lo a enfrentar esses problemas e alcançar uma qualidade de vida. Confie no seu médico e no seu tratamento.1,3,4

O tratamento da hipertensão é o controle diário. Esse controle pode ser feito por meio de remédios e adoção de alguns hábitos que ajudam a controlar a doença. 5

O mais importante é lembrar que apenas um médico pode orientá-lo sobre quais remédios e hábitos adotar à sua rotina para ajudar no controle da hipertensão. 5

Outro ponto importante para esclarecermos sobre a pressão alta e como ela funciona na prática no dia a dia. 5

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a pressão arterial pode variar durante o dia. A tendência é que ela diminua quando estamos dormindo e aumente quando realizamos esforços físicos. Para pessoas que possuem a doença, essa pressão pode variar não apenas nessas ocasiões. 5

Como perceber que a pressão está alta?

Muitas pessoas acreditam que a pressão arterial só sofre alterações quando ficamos ruborizados, com raiva, tensos, animados demais, mas isso é tabu. Ainda segundo a SBEM embora seja possível isso acontecer, a hipertensão pode não estar relacionado apenas a essas situações. 5

A recomendação da SBEM é que o paciente com hipertensão verifique os níveis de sua pressão de 2 a 4 vezes por dia. Isso porque a hipertensão é considerada uma doença silenciosa, ou seja, que não costuma provocar sintomas nas maiorias dos pacientes. 6,7

Na maior parte dos casos, os sintomas aparecem apenas quando o paciente manifesta uma crise hipertensiva, ou seja, um pico na regulação arterial. 6,7

Segundo o InformaSUS-UFSCar, os sintomas que costumam aparecer quando a pressão está muito alta são:8

Como realizar esse controle?

Controlar os fatores de risco, adotar novos hábitos e fazer o acompanhamento médico correto são os principais caminhos para prevenir a hipertensão e viver com qualidade de vida. 9

O tratamento da hipertensão requer uma mudança no estilo de vida e abandono de antigos hábitos e novos devem ser inseridos, entre os principais a medição da pressão de forma regular. 9

Como vimos, a pressão pode variar durante o dia. Por isso, uma das melhores formas de controlá-la é fazer a medicação ao longo do dia.

O seu médico pode pedir que você registre sua pressão arterial em casa para, posteriormente, fornecer as informações para a verificação do efeito do tratamento.9

O monitoramento residencial é uma forma importante de acompanhar se o tratamento da pressão arterial está funcionando ou de diagnosticar o agravamento. Monitores de pressão arterial domésticos são amplamente disponíveis e baratos e você não precisa de receita para comprá-los. 9

É importante fazer a medição diariamente, anotar informações que você acha pertinentes para informar ao médico na sua próxima visita. 9

Sobre outras mudanças de hábitos, você pode conversar com o seu médico, pois ele é o profissional mais indicado para oferecer orientações sobre o que pode ajudar o seu tratamento.

Você também pode contar com a ajuda do FazBem. No blog, você encontra conteúdos incríveis para ajudar a manter a saúde em dia. Acesse e confira!

Referências:
  1. https://www.scielo.br/j/reeusp/a/NJbvY7wrCfnNdxqbCZccnxM/?lang=pt
  2. https://blog.programafazbem.com.br/post/voce-sabe-o-que-e-pressao-alta-e-como-controla-la
  3. http://reme.org.br/artigo/detalhes/270
  4. https://repositorio.unip.br/wp-content/uploads/tainacan-items/34088/53004/V26_N3_2008_p304-309.pdf
  5. https://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-hipertensao/
  6. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_pressao_fe_vida.pdf
  7. https://www.mdsaude.com/hipertensao/pressao-arterial-muito-alta/
  8. https://www.informasus.ufscar.br/controlar-a-pressao-arterial-no-dia-a-dia-o-que-fazer-alem-dos-remedios/
  9. https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/high-blood-pressure/diagnosis-treatment/drc-20373417

FONTE: Blog Programa FazBem

Como está seu xixi? Descubra o que a cor da urina diz sobre a sua saúde

Você é uma daquelas pessoas que dá descarga sem nem dar uma discreta conferida na urina?

Bem, saiba que vale a pena dar uma espiadinha na cor do seu xixi, pois ele pode revelar algumas informações sobre a sua saúde.

Para ajudar a entender a importância da cor da nossa urina, o FazBem criou um conteúdo completo para falar sobre o tema. Acompanhe!

A cor da urina pode revelar informações importantes sobre a nossa saúde

Produzida pelos rins a partir da filtragem do sangue, a urina é um dos principais mecanismos do corpo para eliminar as substâncias desnecessárias para o nosso metabolismo.1

Mais de 60% do corpo humano adulto é composto de água. Ela é fundamental para o funcionamento do organismo, visto que ela transporta nutrientes para a regular a temperatura corporal, entre outras funções.2

Certamente, você já dever ter ouvido por aí que o ideal é beber 2 litros de água diariamente, mas essa informação não está de toda certa nem errada. Na verdade, a quantidade de água a ser ingerida depende de uma série de fatores que podem incluir quantidade de exercício realizado até a temperatura do ambiente em que estamos.2

Nem água de mais, nem água de menos. Para manter-se hidratado da forma correta, o ideal é perguntar para o seu médico a quantidade ideal de consumo de água para você.1,2

Agora que esclarecemos a relação da água com o nosso corpo, vamos voltar a falar sobre como ela é eliminada.

Segundo matéria publicada no portal de notícias da Secretária de Saúde do Estado de São Paulo, diariamente, os rins, após filtrarem o sangue, produzem entre 1,5 e 2 litros de urina para eliminar as toxinas do nosso organismo.3

A água corresponde a 95% da composição da urina, enquanto 5% são de minerais e outras substâncias. Dependendo da quantidade de ingestão de líquidos, consumo de determinados alimentos, medicamento ou da presença de algum problema de saúde, a cor e aspecto da urina pode sofrer alterações. 3

Por isso, é importante ficar atento as mudanças de cor.

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Confira o que as 8 cores do xixi indicam

Segundo orientações do médico Nefrologista Dr. Marco Alexandre Vieira, da fundação Pró-Rim, é importante observar a cor da urina. Esse ato pode prevenir e detectar, de forma precoce, problemas de saúde.4

A urina pode apresentar variações de amarelo citrino e amarelo-claro, até cores mais escuras, como marrom. Confira o que elas podem significar. 4

1. Urina Transparente

A urina transparente pode ser um sinal de que você está tomando bastante água. Falando nisso, você sabia que beber água em excesso também pode fazer mal à saúde? Embora a hidratação seja fundamental para saúde, o exagero do consumo de água pode alterar a concentração dos íons do corpo e causar inchaço e mal-estar. 4,5,6

2. Amarelo-Claro

Essa é a cor ideal da urina, entre amarelo-claro e amarelo dourado. Se você não estiver sentindo nenhum sintoma como ardência, dor ou dificuldade para urinar, significa que seu organismo está bem hidratado. 4,5,6

3. Amarelo-Intenso

Esse tom de amarelo indica que a urina está mais concentrada, uma situação muito comum para a primeira urina da manhã, uma vez que passamos várias horas sem ir ao banheiro e sem tomar água.

Dessa forma, caso essa tonalidade apareça durante o dia ainda é considerada normal, mas é importante ressaltar que caso essa tonalidade aparece durante o dia, ela está indicando que seu corpo está funcionando corretamente, mas que você precisa ingerir mais água, pois o corpo está com um leve grau de desidratação. 4,5,6

Dessa forma, você deve começar a pensar em beber mais água.

4. Âmbar ou mel

A urina de coloração amarelo-escuro pode indicar níveis altos de desidratação, o que pode ser facilmente resolvido com o aumento de ingestão de água. É importante beber mais água. 4,5,6

Caso esse tom permaneça por vários dias ou passe do amarelo-escuro para cor de mel, pode ser sinal de desidratação profunda ou de um problema no fígado.

Nesse caso, vale a pena procurar um médico para realizar um check-up e tirar todas as dúvidas. 4,5,6

5. Laranja

A cor da urina alaranjada pode indicar a falta de água, a presença de pigmentos alimentares com corantes, concentração de vitamina C, assim como de alguns medicamentos. 4,5,6

No entanto, é necessário ficar atento pois, caso a cor persista, pode ser uma indicação de problemas, como na vesícula ou doenças do fígado. Por isso, se a situação não se normalizar, consulte um profissional da saúde, realize um check-up e tire todas as dúvidas. 4,5,6

6. Rosa ou avermelhado

A urina de cor rosa ou avermelhada pode ser ocasionada por quatro elementos: pigmentos de alimentos, medicamentos, sangue ou toxinas. 4,5,6

Uma das causas mais comuns da urina rosa ou avermelhada é a grande ingestão de beterraba, mirtilo, amoras ou ruibarbo, o que não causa nenhuma ameaça para o organismo. 4,5,6

Essa tonalidade também pode indicar a presença de sangue, principalmente para as mulheres em período menstrual. Essa é uma alteração temporária que ocorre pela mistura de fluidos depois da eliminação e não apresenta problemas. Se esse não for o caso, é preciso investigar a causa da presença do sangue na urina. 4,5,6

Outro fator que também pode ocasionar essa coloração na urina é devido a toxinas como chumbo e mercúrio. Nesse caso, é importante ficar atento, pois as toxinas devem ser monitoradas cuidadosamente para evitar problemas à saúde. 4,5,6

Lembre-se: sempre que achar necessário procure um médico para realizar um check-up e tirar todas as dúvidas.

7. Acastanhada ou amarronzada

No caso de a urina apresentar uma coloração acastanhada ou amarronzada pode indicar desidratação grave ou problemas nos rins. 4,5,6

Alimentos e medicações também podem alterar a cor da urina, por exemplo, dietas ricas em favas, ruibarbo e babosa podem ocasionar uma urina marrom escura.  4,5,6

Mas é importante ficar atento, pois essa coloração pode indicar problemas de saúde. Caso a sua urina apresente essa cor, se a situação não se normalizar em alguns dias, consulte um profissional da saúde, realize um check-up e tire todas as dúvidas. 4,5,6

8. Azulada ou esverdeada

A cor azulada/esverdeada pode indicar o uso de medicação, alimentos ou indício de infecção bacteriana. 4,5,6

Geralmente, essas cores de urina são resultadas da ingestão de alimentos que contêm azul de metileno, um corante excretado pelos rins e que, quando misturado com a urina, acaba ocasionando essa tonalidade. 4,5,6

No entanto, essa cor também pode indicar problemas de saúde como infecção bacteriana. Em todo caso, se a situação não se normalizar em alguns dias, consulte um profissional da saúde, realize um check-up e tire todas as dúvidas. 4,5,6

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Quando procurar um médico?

Os cuidados com a saúde não são brincadeira.

Muitas vezes, ignoramos os sinais sutis que o nosso corpo envia para falar do que ele está precisando, seja fazer melhorias na hidratação ou até entender que está na hora de procurar ajuda dos profissionais da saúde. 4,5,6

Lembre-se que muitos problemas podem ser evitados com a realização de exames de rotina. 4,5,6

Você pode começar a cuidar melhor da saúde, desenvolvendo o hábito de observar a cor da sua urina. 4,5,6

Vimos, aqui, que a urina pode indicar como está o funcionamento do nosso organismo. Então, esse é um bom começo. Se você perceber qualquer alteração persistente na cor da urina, lembre-se de que ela deve ser investigada por um médico. 4,5,6

Sintomas como ardência, dificuldade ou dor ao urinar, aumento ou redução da frequência urinária também são motivos para buscar ajuda profissional. 4,5,6

Não espere apresentar um problema para ir ao médico. Faça visitas regulares e acompanhe a sua saúde de perto. 4,5,6

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Referências:
  1. https://www.spdm.org.br/imprensa/noticias/item/3030-voce-olha-seu-xixi-cor-da-urina-pode-indicar-problemas-na-saude
  2. https://drauziovarella.uol.com.br/alimentacao/quanta-agua-precisamos-beber-por-dia/
  3. https://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-noticias/o-que-a-cor-da-urina-pode-revelar-sobre-a-saude-dos-cidadaos/
  4. https://www.prorim.org.br/blog-artigos/a-cor-da-urina-pode-revelar-doencas/
  5. http://www.saude.ba.gov.br/temasdesaude/cordaurina/
  6. https://drauziovarella.uol.com.br/nefrologia/cor-da-urina-pode-indicar-doencas-renais/
BR-15408. Material destinado a todos os públicos. Nov/2021