II Jornada Interdisciplinar em Envelhecimento

pR0gaZabB2 GWbjxxkOCILvjLXmgraWs2j0N9buSBwilOekj5PeP7rDiYjzf OYX1Atvf53Tyi5X9TMidL8YkE2aHRxerPwNaWL 1MvblWKCaj4WtCIU 3RSwPBkL2 YDLa4j 2k
Evento foi realizado no último dia 30 de março, em São Paulo

Que a população está envelhecendo e que o tempo, esperamos, passa para todo mundo, você já sabe.

Mas quais são e serão os desafios que vamos enfrentar para envelhecermos bem como sociedade, em família e pessoalmente?

O que fazer e como olhar para um futuro que todos vamos viver (e cada vez mais anos)?

É para isso que a InterAção – Projeto e Consultoria organizou a II Jornada Interdisciplinar em Envelhecimento no último dia 30 de março, em São Paulo.

Com o tema “Longevidade: Novos Olhares?” o evento trouxe uma gama diversa e capacitada de especialistas em envelhecimento, cidadania e cuidados para que possamos discutir e aprender como viver mais e melhor.

Confira alguns dos destaques da II Jornada Interdisciplinar em Envelhecimento:


O Futuro da Longevidade

A primeira palestra do dia começou em grande estilo com o Dr. Marcelo Valente, geriatra da Santa Casa e presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do Estado de São Paulo (SBGG-SP).


Dr. Marcelo Valente, geriatra da Santa Casa e presidente da SBGG-SP

Ele falou sobre as diferenças de expectativa de vida durante as décadas no Brasil, tanto regionalmente como nacionalmente, e em outros países.

Disse ainda que até 2040 – ou seja, daqui a 20 anos -, de 13% da população, a porcentagem de idosos projeta um aumento para 23% da população no Brasil.

Dr. Marcelo destacou também as projeções para as idades médias e proporções populacionais até 2100, garantindo que a expectativa de vida no Brasil atingirá 88 anos até lá.

E encerrou falando dos hábitos que fazem das Blue Zones, ou Zonas Azuis – regiões do mundo onde há maior concentração de centenários vivos -, e como podemos adaptar às nossas rotinas para vivermos mais e com melhor qualidade de vida.

Conversa de Sofá – Longevidade: novos olhares?

Um bate papo animado e divertido com três convidados e intermediado por Lilian Lang, jornalista da Revista Aptare.

Debate animado sobre envelhecimento intermediado pela jornalista Lilian Lang (à direita)

Os convidados foram a Profª Marli Feitosa – presidente do grande conselho municipal do idoso, a senhora Vera Caovilla – membro fundadora da ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer) e o Dr. Helio Nogueira – Urologista e ex-reitor da UNIFESP.

Em uma roda de amigos, os três debateram como o idoso é ou não respeitado na sociedade pelos parentes, amigos, médicos e políticos.

Dr. Helio destacou: “Os médicos também têm que lembrar que do outro lado existe um ser humano”, arrancando aplausos da platéia.

A autocrítica também não ficou de lado: “Nós temos que aprender a mexer com as novas tecnologias, nos celulares, mandar coraçõezinhos para as nossas amigas no WhatsApp”, disse Marli.

Além disso, o preconceito e a falta de paciência entre as pessoas mais velhas também foi lembrado.

O debate ainda falou de políticas públicas como forma de evitar o isolamento e criar atividades para idosos, especialmente os já aposentados.


Estereótipos: até quando?

Já a Profª Dra. Valmari C Aranha  – docente do Centro Universitário São Camilo e especialista em gerontologia – trouxe uma grande reflexão sobre os problemas que os estereótipos trazem ao envelhecer.

Ótimas reflexões trazidas pela Profª Dra. Valmari Aranha sobre esteriótipos no envelhecimento

Começou analisando o que sustenta um clichê direcionado aos idosos:

  • Medos, doenças, fragilidade, perda, mudanças físicas e sociais;
  • Solidão e carência
  • Negação
  • Fragilidade
  • Descuido e Negligência
  • Rigidez e Não adaptação

Também falou sobre a diferença entre o Ageism – processo de estereotipagem e discriminação sistemáticos contra as pessoas devido à sua idade (Butler, 1969) – e o Velhicismo – conjunto de atitudes negativas, socialmente estereotipadas, que trazem prejuízo:

O Ageism é, portanto, algo contra o envelhecimento do corpo, quase um inimigo (“não se combate o que é natural”). Já o Velhicismo é quando os idosos têm comportamentos que prejudicam os outros, não sendo necessário (furar fila, ser mal educado etc).

Antigamente o idoso era visto como sábio, experiente, professor, guardião das tradições, da história de da cultura do seu povo.

A professora Valmari destaca que um dos motivos pelos quais o estereótipo ainda existe é porque não temos conhecimento complexo, flexível e crítico do envelhecimento.

Para finalizar, a professora aconselha para a nova geração de velhos:

  • Se sentir confortável no mundo e se faz ouvir
  • Reinventando a forma de viver e perceber a velhice
  • Saber que é um processo individual e com múltiplas oportunidades
  • Resiliência
  • Autocuidado
  • Um envelhecimento ativo e atuante (além das aparências)

E ainda dá exemplos: Xuxa (56 anos) e Paul McCartney (76 anos).


Outros destaques da II Jornada

A Dra. Cláudia M. Beré, promotora de justiça, deu a palestra “O Futuro da Políticas Públicas” e deu alguns bons exemplos dos desafios na esfera pública para idosos. Ela contou casos, a burocracia que os projetos de lei enfrentam para se tornarem realidade e deu dicas sobre direitos dos idosos.


Dra. Myrian Najas falando sobre a importância da nutrição no envelhecer

No Painel “Longevidade bem-sucedida”, a nutricionista e coordenadora do InterAção apresentou as palestras:

  • Qual a influência da atividade física – apresentada por Neide Alessandra S. P. Nascimento, profissional de Educação Física da Gerência de Estudos e Programas Sociais (GEPROS) do SESC de São Paulo
  • Como a Nutrição pode contribuir – da Dra. Myrian Najas, nutricionista da UNIFESP e especialista em gerontologia.

Também foi destaque a palestra “Longevidade e as Promessas de vida eterna”, da geriatra da UNIFESP, Dra. Maisa Kairalla, falando sobre os possíveis avanços na medicina e até quando o ser humano pode viver.  

Além disso, o Painel: “Novas Perspectivas para o Futuro”, coordenada pela Dra. Monica Rodrigues Perracini (fisioterapeuta e especialista em gerontologia) e com as especialistas Jullyanne Marques (gerontóloga), falando sobre qualidade de vida, e a Dra. Naira Lemos (assistente social da UNIFESP – SBGG) dando mais dicas sobre o cuidado com os idosos.

A 50+ SAÚDE estava presente apresentando a empresa e produtos para qualidade de vida



Velhices e Outras Coisas – o delicioso livro de Ana Cristina Passarella Brêtas

À primeira vista, Ana Cristina Passarella Brêtas parece uma pessoa extremamente simpática e doce.

Quando fomos entrevistá-la no lançamento do livro Velhices e Outras Coisas, da editora Scortecci, e primeiro trabalho de ficção, já sabíamos que ela era referência em diversas áreas.

Afinal, ela é graduada em enfermagem, sociologia, mestre em educação, doutora em enfermagem, professora e agora, claro, escritora de ficção.

Eita!

Livro de Contos Lançado em dezembro de 2018


Mas nenhum dos adjetivos que demos aqui, alcança a doçura da pessoa que Ana Cristina é.

No lançamento com outros autores, ocorrido em dezembro passado no Espaço Scortecci, em São Paulo, a maior fila, de longe, era dela.

Ela abraçava com carinho a todos os que foram comprar seu livro, distribuía sorrisos, tirava fotos, dava autógrafos. Todos pareciam amigos e no olhar de todos dava pra sentir a admiração pela autora.

Já no auge dos seus 57 anos e com vasta experiência em gerontologia e em cuidar de idosos, parece natural que o assunto do seu primeiro livro fosse o envelhecimento.

E é mesmo!

O Velhices e Outras Coisas, “velhices, assim mesmo no plural” – como ela faz questão de destacar -, é um compilado de 15 contos ficcionais, mas sempre baseadas na realidade e na experiência.

Ou seja, a arte imita a vida. E vice versa.

Ana Cristina começou como escritora de ficção depois do 50 anos. Uma inspiração!

E o seu primeiro livro… Ah, o seu primeiro livro de contos! Que delícia de ler!

Mesmo em poucas páginas (são 72), em cada conto você sente a dor, a alegria e, principalmente, a vida de cada personagem principal.

E foi para falar do lançamento do livro – e de velhices, assim mesmo, no plural – que Ana Cristina foi solícita (e doce, como sempre) em nos conceder essa entrevista exclusiva.


Como começou a sua carreira literária?

Eu venho da vida acadêmica. Trabalhei 28 anos na universidade. Então textos acadêmicos, para mim, já faziam parte da minha vida profissional. Agora, ficção eu comecei em 2015.

Participei de cursos livres e oficinas de criação literária; cursei especialização em Formação de Escritores no Instituto Vera Cruz. Tenho lido bastante. Pedi licença para entrar na área da Literatura me preparando para aprender a escrever.

E você tinha quantos anos quando resolveu virar escritora de ficção?

Isso foi em 2015. Hoje tenho 57 anos, então eu tinha por volta de 54 anos. Realmente já tinha 50+ mesmo (risos).


E como foi o processo de criação dos seus contos?

A ideia principal é desdramatizar a questão da velhice. A velhice faz parte da vida e eu acho que ficar velho deve ser um objetivo de vida, uma meta. Quem não fica velho é porque morreu antes.

Então esse livro são velhos que me inspiram no dia a dia. Histórias que às vezes eu escuto no metrô e eu ficciono em cima. De gente que eu escuto na rua, de gente que eu escutei profissionalmente…

Tudo acabou virando ficção.

Ana Cristina Passarella Brêtas durante entrevista para o Blog 50+ SAÚDE


Como é ter mais de 50 anos pra você?

(pensando) Olha… Eu estou falando como mulher, de classe média, que habita um determinado local no mundo, com liberdade e condição  para fazer coisas que me dão prazer.

Enfim… Foram 30 anos de trabalho nas áreas da Educação e da Saúde bem vividos e agora estou aproveitando para aprender uma nova profissão.


E qual é a diferença entre ser um idoso de classe média, como você falou, e um idoso pobre, por exemplo?

Não só o idoso, né? A desigualdade social no Brasil é horrorosa. Quando a gente pensa na desigualdade de saúde, na desigualdade de habitação, na desigualdade de transporte… Isso bate na desigualdade da vida. E pode ser que você não consiga envelhecer bem. Por isso que o livro está no plural: “velhices”. Porque dependendo do local que você está no mundo, é o impacto que você vai ter da velhice.

Um dos contos, “As sombras da cidade”, é uma pessoa em situação de rua. E sem dramatizar a rua, a ideia não é essa. A ideia é mostrar que a pobreza está aí. E que a gente é responsável. Ou na literatura, ou nos textos acadêmicos. E não mascarar isso.


Como socióloga e enfermeira que trabalhou muito tempo também com idosos: Como você vê as políticas públicas para os idosos hoje? Onde começar a melhorar?

Eu começaria trabalhando com a questão da equidade social mesmo. Mas no atual cenário, eu não saberia nem dizer por onde começar. Tem muita coisa a se fazer.

Acessibilidade nas vias, por exemplo, é uma das urgências. Da mesma forma que a saúde é urgente, que a moradia é urgente. Que a velhice LGBT+ é urgente. Que a velhice em situação de rua é urgente…

As nossas urgências estão aí. Às vezes é a gente que não quer enxergar.


A solidão é um dos problemas pessoais dos idosos hoje?

Por isso que é velhices no plural. Eu não seria taxativa. De alguns idosos sim, de outros não.


O que é Envelhecimento Ativo pra você?

Envelhecer é um ajuntamento da vida. Eu me sinto no processo de envelhecimento ativo.


Num processo como o de começar a escrever ficção depois do 50 anos?

Sim, sim! Com certeza! A idade não é barreira. E também não é desculpa. E nem é privilégio.

Então fala um pouco do Velhices e Outras Coisas pra gente.

Esse livro tem 15 contos. Em cada um deles os personagens são idosos ou idosas, protagonistas ou não.

Ele fala sobre o cotidiano, fala basicamente da gente. De pessoas que envelhecem, de pessoas jovens que convivem com pessoas da minha faixa etária e com gente mais velha do que eu.

Mas nem todos os personagens são bonzinhos. Por quê?

Não é porque você é velho que você fica legal. Você é a somatória daquilo que você é na vida.

Quando eu trago o velho assediador ou o alcoolista, por exemplo, eu trago nesse contexto. São pessoas, com suas dores, vícios, problemas e felicidades.

Serviço

Livro: Velhices e Outras Coisas

Autora: Ana Cristina Passarella Brêtas

Editora: Scortecci

ISBN: 9788536657677

Número de Páginas: 72

Sinopse: VELHICES E OUTRAS COISAS não é um livro sobre velhice, versa sobre gentes que envelhecem na cidade, muitas vezes sem perceber que isso lhes acontece. Em todos os contos, velhos e/ou velhas em sua humanidade, sem as máscaras da representação social ou da sub-representação, desfilam uma velhice plural e construída. O corpo na experiência da existência tem destaque na obra; a escrita torna visível corpos em envelhecimento e posiciona-os em cena. A cada texto, uma nova voz e um novo argumento se apresentam, as histórias oscilam entre a realidade e a memória, entre a verdade e a mentira. Os personagens criados coexistem no imaginário coletivo. Pode ser que o leitor se reconheça, contudo, a autora adverte: o real foi recortado, reinventado, habita o mundo da ficção.

Onde comprar: no site Asabeça

“Preparar-se para envelhecer não é fazer lifting no rosto ou apenas praticar mais ginástica na academia”

Ex-diretora do Centro Internacional de Longevidade e consultora da OMS diz o que é envelhecimento e o que o Brasil precisa fazer em relação às políticas públicas

A canadense Louise Plouffe tem um currículo gigante na área de envelhecimento e já trabalhou no Brasil .

Entre os destaques do seu currículo, ela comandou o Centro Internacional de Longevidade (ILC) e prestou consultoria à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Aliás, ela se aposentou, mas hoje é uma das mentes por trás do programa Cidades Amigas do Idoso em Ottawa, capital de seu país natal.

Isso mostra exatamente como ela pensa (e age) sobre o envelhecimento.

Confira um trecho da entrevista ao Estadão aos repórteres do programa Especial FocasNicholas Shores e Teo Cury: 

Sobre a cidade de Ottawa e o trabalho com idosos:

Por exemplo, o município está reformando calçadas, melhorando a acessibilidade dos prédios municipais, criando parques ‘amigos do idoso’, melhorando o transporte público para pessoas com incapacidades e oferecendo exercícios nos centros comunitários de saúde para a prevenção de quedas.

Como o Brasil pode fazer políticas públicas com foco em idosos, mesmo na crise: 

Em primeiro lugar, é importante manter os serviços básicos, como os centros de saúde primária, que atendem bem a população idosa

Também programas públicos de vacinação e de medicamentos para doenças crônicas.

Retirar esses serviços poderia ter impactos fiscais negativos no longo prazo, além de aumentar o sofrimento de muitas pessoas.

Além disso, desenvolver um sistema de cuidados de longa permanência, incluindo cuidados domésticos e de centros-dia.


Esse sistema é necessário para prevenir problemas de saúde agudos que elevam os custos para o sistema público.

Os próximos desafios no Brasil:

No Brasil, um dos principais objetivos é promover o desenvolvimento das cidades amigas dos idosos – o que resultaria em cidades amigáveis para todos – e aumentar a consciência do público sobre os desafios do envelhecimento.

O Brasil já tem um Estatuto do Idoso, o que proporciona noções para basear as políticas em relação aos direitos deles.

A Reforma da Previdência no Brasil e no Mundo:

Essas mudanças são normais e necessárias. Mas é preciso criar condições de trabalho favoráveis e adaptadas aos trabalhadores mais velhos, para que eles possam contribuir com suas melhores habilidades.

Também é preciso analisar os impactos negativos dessa medida, como foi feito no Canadá.

O que é envelhecer com saúde?

Muitas pessoas focam na manutenção da saúde física, mas precisam também cultivar a mente, lidar com as mudanças na sociedade, participar nas redes sociais e abraçar desafios intelectuais.

Pessoalmente, sou aposentada, mas participo nas organizações comunitárias para manter os contatos sociais, a autoestima e a estimulação cerebral.

Tudo o que você precisa saber sobre o cartão de estacionamento para idoso

O que é o cartão de idoso?

Você já deve saber que o cartão do idoso para estacionamento é obrigatório caso alguém com mais de 60 anos seja motorista ou passageiro de um veículo.

Mas caso não saiba, você pode ter todas as informações aqui no Blog 50+ SAÚDE. 🙂

Ele é responsável com o intuito de que os idosos possam parar nas vagas de estacionamento especiais.

Cartão de Idoso como deve ser utilizado: no painel do carro

As vagas são mais próximas às portas de acesso dos locais, ou seja, das entradas do estabelecimento.

Mas não apenas isso: As calçadas e entradas também têm que ser acessíveis para facilitar para pessoas com problemas de locomoção.

A Lei

As vagas reservadas aos idosos foram sancionadas pela Lei Federal nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, desse modo também conhecida como Estatuto do Idoso.

Posteriormente, a credencial foi regulamentada pelo CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) em sua Resolução 303, de 18 de dezembro de 2008.

O Estatuto do Idoso prevê, portanto, em seu artigo 41, que “É assegurada a reserva, para os idosos, nos termos da lei local, de 5% (cinco por cento) das vagas nos estacionamentos públicos e privados, as quais deverão ser posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade ao idoso.”

Como tirar o cartão do idoso?

É importante destacar que o cartão do idoso vale em todo o Brasil, mas é emitido e certificado pela Prefeitura de cada cidade.

Desse modo, basta procurar a unidade de atendimento do Detran do seu município com os seguintes documentos:

  • Em princípio, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), ou RG, caso não tenha CNH: original e cópia simples;
  • Comprovante de endereço no nome do idoso: original e cópia simples;
  • Formulário de requisição do cartão do idoso: apenas original.
  • Algumas cidades ainda podem pedir foto ou número do NIS do solicitante ou documento do carro. Confirme com a Prefeitura da sua cidade.

A emissão do cartão de estacionamento é cobrada, mas os preços podem variar de município para município.

A saber: se você mora em alguma capital de Estado, verifique os detalhes de como solicitar o documentoo (basta clicar no nome da sua cidade para mais informações):

Como encontrar a vaga de idoso no estacionamento?

Para auxiliar na localização das vagas, é obrigatório que o espaço público (ruas, avenidas, praças, parques) ou privado (shopping centers, supermercados, lojas de departamento, igrejas etc) utilize placas regulamentadas conforme os exemplos abaixo:

Placas indicadoras das vagas especiais

É obrigatório também que o local demarque no chão as vagas especiais, sejam vagas a 45º, a 60º ou a 90º, e normalmente elas são pintadas de azul com o intuito de facilitar a identificação.

Como as vagas devem estar dispostas em 45, 60 ou 90º

Porém, apesar de ser uma Lei Federal, ela possui fiscalização municipal. 

Por isso algumas pequenas alterações podem acontecer de acordo com a agência reguladora de cada cidade.


Como utilizar a credencial?

Vale lembrar que ela é pessoal e intransferível, ou seja, o documento só pode ser utilizado pelo titular. 

Não importa se ele é o dono do automóvel ou se está ou não dirigindo.

Aliás, para utilizar o cartão, basta deixar a credencial no painel do carro virada para cima (como na foto no início do post). Desse modo, a fiscalização pode vê-la sem dificuldades.

Não é permitido emprestar o documento, isto é, utilizar o de outra pessoa com ou sem consentimento.

Também não é permitido usar uma cópia, já que somente o documento original tem validade.

Em caso de perda ou roubo, é necessário fazer um boletim de ocorrência já que se trata de um documento oficial. Importante deixar sempre claro que o cartão de idoso foi roubado para que seja cancelado.

Uma vez que esteja com a ocorrência em mãos, você pode solicitar um novo com a Prefeitura ou Detran da sua cidade.

No entanto, é importante lembrar que o cartão de estacionamento para idosos não necessariamente isenta de pagamento de zona azul.

Nesse caso, é possível verificar com o órgão responsável da sua cidade se há isenção dessa cobrança para idosos.

Multa

Certamente o descumprimento de um ou alguns dos itens acima pode acarretar em multa, seja em local público ou privado.

A saber: mesmo em shoppings centers ou supermercados, é necessária a utilização do cartão. De fato, as multas nestes locais estão sendo aplicadas desde setembro de 2017.

Quem descumprir as determinações está sujeito a multa mesmo em locais privados

Assim, a multa para quem desrespeitar a vaga de idosos é gravíssima, custa R$ 293,47. O motorista ainda leva, portanto, sete pontos na carteira.

Entretanto já há um projeto inspirado na Lei Seca para aumentar a penalização para R$ 1.467,00. Além de agravante em caso de reincidência.

Para motoristas que não estão no perfil preferencial – composto por idosos e deficientes – é fundamental respeitar o direito, não parando em vagas exclusivas. 

Isso evitará não apenas que os idosos e cadeirantes tenham seu direito garantido, mas também multas e pontos na carteira. 

Portanto, se você tem mais de 60 anos, entre em contato com o departamento responsável da sua cidade e peça o seu.

E se você não se encaixa nos termos da lei, lembre-se:

Não use as vagas exclusivas nem mesmo por cinco minutinhos! 😉

O imperador do Japão continua publicando artigos científicos aos 84 anos

No dia 30 de abril de 2019, Akihito – sua majestade o imperador japonês – vai abdicar do trono em favor de seu filho, Naruhito.

E provavelmente vai usar de sua aposentadoria para continuar o que faz desde 1989:

Continuar publicando artigos científicos.

Sua Majestade o imperador (Imperial Household Agency)

Na prática, o imperador tem um papel ilustrativo. Desde a constituição japonesa de 1947, pós segunda guerra, os monarcas são, portanto, apenas cerimoniais. 

Por isso Akihito, que aliás sempre é chamado de sua majestade o imperador, deve dar seguimento ao seu hobby: pesquisar e publicar artigos científicos sobre gobis.

Os gobis são um tipo de peixe, encontrado em águas salobras em regiões do Pacífico. 

Mas não apenas isso!

Em 2009, por exemplo, ele publicou um artigo na revista Nature – uma das revistas mais conceituadas do mundo científico -, intitulado “Linnaeus e a Taxonomia no Japão”

Neste artigo ele fala sobre a importância de Linnaeus, um botânico sueco, considerado o pai da taxinomia moderna do país asiático.

A taxinomia é uma disciplina biológica que define os grupos de organismos biológicos com base em características comuns.

Gobis (da família Gobiidae)


Pterogobius elapoides (Wikipedia)

Em 2016, no entanto, ele publicou como primeiro autor um estudo sobre os seu assunto favorito: os Gobis.

Mais especificamente os Pterogobius elapoides e os Pterogobius zonoleucus.

Não entendemos muito bem disso – a nossa paixão é qualidade de vida e envelhecimento ativo -, ou mesmo o porquê da paixão do imperador.

Mas as fotos estão acima e abaixo, caso você seja um biólogo marinho ou entusiasta de peixes. 🙂


Pterogobius zonoleucus (Wikipedia)

Akihito, o pesquisador

Os trabalhos cientifícos do imperador japonês já renderam a ele diversos prêmios e títulos de membro honorário de sociedades importantes como: 

E agora, aos 84 anos, ainda continua suas pesquisas e publicando artigos científicos. 

Isso nos lembra que não há um limite de idade para você exercer a sua paixão.

Mesmo que você não seja um imperador japonês. 

Bolsonaro e a Reconstrução do Trânsito Intestinal – o que significa?

Temos lido e ouvido relatos sobre a necessidade da retirada da bolsa coletora de fezes, utilizada pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, e muitas dúvidas têm surgido sobre este tema.

Reprodução: Facebook

Para entender melhor: vamos recordar que em setembro de 2018, o então candidato à presidência do Brasil, foi submetido a uma cirurgia, consequência de um trauma abdominal. Fato amplamente divulgado pela imprensa.

Como resultado desse procedimento cirúrgico de emergência, realizado na Santa Casa de Juiz de Fora, em Minas Gerais, foi criado um estoma intestinal.

Ou seja, a exteriorização no abdômen de uma parte do intestino grosso, chamado de colostomia, e que tem a função de desvio do trânsito intestinal, para eliminação de fezes.

A bolsa de colostomia é então adaptada à pele, em volta do estoma, para armazenar as fezes eliminadas pelo intestino.

 

Para que serve a bolsa para colostomia?

É importante esclarecer que a bolsa de colostomia é um equipamento utilizado por pacientes submetidos à cirurgias do intestino grosso, que resultaram na criação de um estoma intestinal, que recebe o nome de colostomia.

A bolsa de colostomia é aderida à pele em volta do estoma intestinal, por meio de uma placa amigável à pele.
A função da bolsa coletora é o armazenamento das fezes eliminadas pelo intestino.

Para maior praticidade e segurança do ostomizado, diferentes tipos de bolsa de colostomia e ileostomia estão disponíveis no mercado. 

Elas podem variar entre drenável ou fechada, opaca ou transparente, uma peça ou duas peças.

Para o uso, a orientação por uma enfermeira(o) especialista na área é imprescindível.

Ele (a) vai ajudar a selecionar o equipamento mais adequado para cada usuário e orientar cuidados com a pele em volta do estoma.

Além disso, vai definir a frequência de troca das bolsas coletoras, bem como evitar complicações locais.

É possível o Fechamento da Colostomia?


 Fonte: Cirurgião Antonio Macedo e Pubmed (Folha de São Paulo)

Nos casos em que há a possibilidade de novamente “ligar” as alças intestinais, a colostomia é considerada temporária.

E há a previsão de um novo procedimento cirúrgico chamado Reconstrução do Trânsito Intestinal ou Fechamento da Colostomia, ou Cirurgia de Reversão da Colostomia.

É este procedimento cirúrgico que está previsto para ser realizado no presidente eleito Jair Bolsonaro, em 2019. Será realizada pela equipe médica do Hospital Israelita Albert Einstein.

(foto de capa: Mauro Pimentel / AFP)