Sobre a grandeza dos avós

Pesquisas mostram o que torna os avós tão especiais

Como muitos dos meus amigos, eu fui para a faculdade fora do meu Estado de origem e fiquei fora por um tempo depois de me formar.

Vários anos atrás, consegui um emprego perto dos meus pais que vivem a cerca de 45 minutos de distância.

Eu me considerava com bastante sorte por conseguir um emprego onde eu poderia viver tão perto de onde cresci, mas eu não sabia o quão sortuda eu era até que eu tive filhos.

Quando meu primeiro filho nasceu, há três anos, meus pais adotaram plenamente seus novos papéis de avós da maneira mais proveitosa possível.

Eles participam do cuidado semanalmente, eles trocam as fraldas com cocô (pelo menos avó faz), eles ficam no chão para brincar com os netos, eles brincam de esconde-esconde, e eles não têm medo de ficar na sujeira.

Eles fazem tudo isso, independentemente do fato de já terem feito isso como pais (e fazem questão de me lembrar disso o máximo possível).

Seu apoio não é apenas útil para mim como mãe, mas também é benéfico para meus filhos, que amam seus avós.

Eu posso deixar as crianças com meus pais sem estresse e preocupações, sabendo que eles entendem completamente as necessidades de meus filhos, e sabendo que meus filhos estão mais do que felizes por eu deixá-los com seus companheiros favoritos.

Embora nem todos os avós sejam parecidos, a pesquisa apoia a ideia de que manter um relacionamento próximo entre os avós e seus netos é bom para todos os envolvidos.

Na verdade, os netos adultos que têm uma relação próxima com os avós são menos propensos a ter sintomas de depressão do que os adultos que não têm esse tipo de relacionamento (Moorman & Stokes, 2014).

Isto também é verdade para os avós, que também são menos propensos a ter sintomas depressivos se tiverem relacionamentos próximos com seus netos.

De fato, pesquisas sugerem que fornecer algum tipo de cuidado para um neto – cuidá-los nos finais de semana, por exemplo – está relacionado à maior expectativa de vida do avô quando comparado aos avós que não cuidam de seus netos pequenos ou adultos (Hilbrand, Coall, Gerstorf, & Hertwig, 2017).

Hipótese da Avó e Alloparenting

imagem por sasint/pixabay

Antropólogos e psicólogos evolucionistas até sugeriram que os avós – e as avós especificamente – têm desempenhado um papel importante na sobrevivência humana ao longo da evolução.

A “Hipótese da Avó” propõe que a ajuda da avó levaria a maiores recursos para a criança, uma maior taxa de sobrevivência e, em última análise, maior expectativa de vida para os seres humanos em geral.

Na mesma linha, vários pesquisadores sugeriram que a forma mais vantajosa de criar filhos é envolvê-los com um sistema de cuidadores (como os avós) que fornecem amor e apoio às crianças (e à mãe).

Esse tipo de sistema é chamado de alloparenting (em inglês), e envolve situações em que várias pessoas estão relacionadas no cuidado de uma criança além dos pais biológicos da criança (Hrdy, 2011).

A ideia, semelhante à “Hipótese da Avó”, é que quanto mais crianças e mães recebem apoio – particularmente de pessoas como avós que já têm experiência em criar os filhos -, melhor as crianças se sairão.

De fato, pesquisas sugerem que quanto maior o número de relacionamentos próximos e cuidadosos que se tem, melhor será a saúde e o bem-estar da pessoa ao longo da vida (por exemplo, Feeney & Collins, 2014).

Claro, é bastante intuitivo que uma mão amiga de um avô possa ser benéfica para a vida cotidiana de seus netos.

O que não é tão intuitivo é o papel duradouro e potencialmente vital que os avós podem ter desempenhado na criação de crianças ao longo da história humana.

E estamos falando apenas de avós que ajudam a criar seus netos.

Não podemos nos esquecer que há cerca de 2,9 milhões de avós, apenas nos EUA – chamados avós de custódia -, que criam seus netos por conta própria, muitas vezes à custa de sua própria saúde e bem-estar (Hayslip & Kaminski, 2005).

Então, aparentemente, temos muito a agradecer aos avós, o que eu tenho certeza que eles ficarão felizes em nos lembrar nos próximos anos.


Esse post foi escrito originalmente por Vanessa LoBue, Ph.D. e professora associada de psicologia na Rutgers University-Newark, especializada em desenvolvimento infantil, além de ser diretora do Child Study Center (Centro de Estudos da Criança) em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Ela também é mãe. Você pode segui-la no Twitter, ou confira mais posts no seu site: The Baby Scientist.

O texto foi e postado no site Psychology Today, em novembro de 2018.

O conteúdo foi traduzido e adaptado pelo Blog 50+ SAÚDE com objetivo de clareza.

ANVISA proibe venda de termômetros de mercúrio

Entenda o porquê da lei e conheça os termômetros digitais que os substituem

“Ih! Está quente…”  As mãos experientes de avós e mães na testa de uma criança já acusam que a temperatura corporal aumentou, ou seja, ela está com febre.

Mas quando chegam ao consultório, a pergunta é inevitável:

Mediu a febre? E é aí que entra a importância de utilizar o termômetro, que traduz em detalhes, o que já foi detectado pelas mãos experientes.

Portanto, para a medida precisa da temperatura, é importante entender como funcionam os termômetros digitais e porque não utilizar os termômetros de mercúrio.

Para que serve o termômetro?

O termômetro é um aparelho utilizado para medir a temperatura, claro.

Existem diversos tipos de termômetros, utilizados em diferentes especialidades da indústria, nas empresas do ramo de alimentação, entre outros.

Os termômetros que medem a temperatura corporal são chamados de termômetros clínicos.

No Brasil, o Grau Celsius (ºC) é a unidade de medida utilizada para leitura da temperatura.

A faixa de leitura para a temperatura corporal varia de 35 à 42 ºC, com divisões de 0,1 ºC.

Quais são os tipos de termômetros clínicos?

O termômetro clínico é utilizado em casa ou nas instituições de saúde, como consultórios, Unidades Básicas de Saúde – UBS, hospitais e Instituições de Longa Permanência para Idosos – ILPI.

O Termômetro Digital Flexível (do tipo clínico digital)

Atualmente, os modelos indicados para medir a temperatura com segurança, são os termômetros digitais.

Os termômetros de mercúrio são também conhecidos como termômetros analógicos e foram amplamente utilizados no passado.

Porém não são mais recomendados, porque o mercúrio é considerado uma substância tóxica.

Entenda melhor:

Termômetro Clínico Analógico

Este é um modelo de termômetro de vidro.

Dentro dele, um tubo de vidro menor, armazena uma quantidade de fluido sensível ao calor,  o mercúrio.

Ele é a substância geralmente utilizada, por isso ficou também conhecido como termômetro de mercúrio.

Mas atenção!!!!

Este modelo não pode mais ser fabricado no Brasil e em mais 140 países, que assinaram a Convenção de Minamata.

A Convenção tem como principal objetivo “proteger a saúde humana e o meio ambiente dos efeitos adversos de emissões e liberações de mercúrio e seus compostos”.

Por isso, a diretoria da ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, aprovou medidas para retirar do mercado, a partir de 1º de janeiro de 2019, materiais de saúde que utilizam o mercúrio em sua composição, entre estes, o termômetro de mercúrio.

Portanto, se você ainda tem um termômetro de mercúrio em casa, em caso de quebra do produto, precisa seguir as seguintes recomendações da ANVISA:


Você tem termômetro de mercúrio em casa?

Os termômetros digitais vêm substituindo os termômetros com mercúrio há alguns anos. Apenas dois produtos desse tipo ainda têm registro no Brasil.

No entanto, como é um produto sem prazo de validade, é possível que algumas pessoas ainda tenham este tipo de artigo em casa.

A quantidade de mercúrio presente em termômetros de uso caseiro não chega a ser comprometedora.

Mas em caso de acidentes é importante tomar as seguintes precauções:

  •      Não permita que crianças brinquem com as bolinhas de mercúrio;
  •      Utilize luvas de procedimentos e máscara descartável e recolha com cuidado os restos de vidro em toalha de papel e coloque em recipiente resistente à ruptura, para evitar ferimento e feche hermeticamente;
  •      Localize as “bolinhas” de mercúrio e junte-as com cuidado utilizando um papel cartão ou similar. Recolha as gotas de mercúrio com uma seringa sem agulha. As gotas menores podem ser recolhidas com uma fita adesiva;
  •      Transfira o mercúrio recolhido para o recipiente de plástico duro e resistente, feche hermeticamente e cole um rótulo indicando o que há no recipiente;
  •      Recipientes que acondicionem mercúrio líquido ou seus resíduos contaminados devem estar armazenados com certa quantidade de água (selo hídrico) que cubra esses resíduos, para minimizar a formação de vapores de mercúrio;
  •      Identifique o recipiente, escrevendo na parte externa “Resíduos tóxicos contendo mercúrio”;
  •      Não use aspirador, pois isso vai acelerar a evaporação do mercúrio, assim como contaminar outros resíduos contidos no aspirador;
  •      Coloque o recipiente em uma sacola fechada;
  •      Entre em contato com o serviço de limpeza urbana do seu município ou órgão ambiental (Estadual ou Municipal) para saber como proceder a entrega do material recolhido.

Termômetro Clínico Digital

Portanto, os termômetros digitais são os indicados para uso seguro tanto no ambiente doméstico como em instituições de saúde.

Os modelos mais simples de termômetro clínico digital possuem um circuito eletrônico alimentado por uma pequena bateria.

O sensor de temperatura fica na extremidade mais fina do aparelho.

Esta tecnologia é protegida por um estojo plástico com formato desenhado para facilitar a sua utilização e com um visor que permite a leitura aferida da temperatura corporal.

Após o usuário apertar o botão de início da medida, um cronômetro interno é ativado e, assim, um sinal sonoro avisa que a leitura da temperatura já foi realizada.

Geralmente esse procedimento leva em torno de 3 minutos.

É importante ressaltar que estes modelos de termômetros digitais são mais utilizados para medida de temperatura axilar. Um método amplamente divulgado no Brasil.

Contudo, é necessário atentar para a maneira correta de utilização:

A ponta do termômetro deve ser colocada no centro da axila e em contato direto com a pele, porém nunca com a roupa.

O braço do adulto ou criança que necessita da medida de temperatura, deverá ficar dobrado sobre o tórax,até que o alarme sonoro dispare indicando assim que a temperatura já foi aferida.

Se a criança ou o adulto não puder auxiliar, uma pessoa deverá segurar o seu braço para manter o termômetro no lugar e permitir a medida correta da temperatura corporal.

Os termômetros podem ser encontrados nos modelos: Termômetro Digital Rígido  e Termômetro Digital Flexível.

O Termômetro Digital Rígido

Termômetro Clínico Digital Infravermelho

Os termômetros digitais com tecnologia infravermelho possuem um sistema que, de acordo com a temperatura medida, altera a cor da tela.

Ela fica verde para uma temperatura normal e vermelho para uma condição de febre.

O sensor infravermelho capta a temperatura emitida pela pessoa e um sinal elétrico é levado para um chip programado para, dessa maneira, emitir o valor real da temperatura corporal na tela LCD.

O aparelho pode ser programado para leitura em Grau Celsius (ºC) ou Fahrenheit (ºF).

Convém relembrar que no Brasil, da mesma forma que na Europa, a referência para temperatura corporal é o Grau Celsius (ºC).

Uma vez que, nos Estados Unidos, a unidade de medida é em Fahrenheit (ºF).

Além disso, alguns modelos armazenam um histórico de medidas realizadas.

Seu design é mais robusto e anatômico e são alimentados principalmente por baterias de longa duração que podem ser substituídas.   

Alguns possuem a funcionalidade de leitura da temperatura do ouvido ou da testa.

Porém, o mais comum e fácil de realizar é a leitura da temperatura da testa, que é instantânea.

Para utilizar, basta pressionar o botão iniciar e mirar o sensor infravermelho com uma distância aproximada de 3 cm da testa da pessoa.

Muitos conhecem este aparelho como Termômetro Digital de Testa.

Apesar do maior custo dos termômetros digitais com tecnologia infravermelho, estes têm maior durabilidade.

Além disso, oferecem a possibilidade de leitura da temperatura do ambiente e de diferentes superfícies.

Como a temperatura do leite na mamadeira do bebê, por exemplo.

Os termômetros de testa são confiáveis?

A tecnologia do chamado termômetro digital infravermelho de testa pode trazer vantagens ao usuário.

É possível, por exemplo, medir a temperatura sem necessariamente, tocar a pele da pessoa.

Este dado é importante como naquele momento em que a criança está dormindo e os pais estão em dúvida se “a febre baixou”.

Neste exemplo, é possível aproximar o aparelho e fazer a medida, sem incomodar a criança.

Outra vantagem é que a medida é feita instantaneamente, em tempo aproximado de 1 a 2 segundos.

Embora ser um produto de tecnologia superior, é necessário que o usuário leia e siga atentamente as instruções de uso e conservação.

Recomenda-se que o aparelho seja testado algumas vezes. Justamente para que haja segurança no modo de uso, quando, realmente, for necessário medir a temperatura corporal.

É importante salientar, que este aparelho necessita de registro na ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Verifique sempre esta informação. 

Como fazer a limpeza dos termômetros digitais?

Lembre-se:

A limpeza e desinfecção dos termômetros digitais é mais um tema que necessita de atenção às instruções do fabricante.

De uma maneira geral, recomenda-se o uso de gaze umedecida em álcool isopropílico a 70%.

Nunca mergulhe o termômetro em água ou qualquer outro líquido. Posto que este procedimento pode danificar o aparelho.

“Preparar-se para envelhecer não é fazer lifting no rosto ou apenas praticar mais ginástica na academia”

Ex-diretora do Centro Internacional de Longevidade e consultora da OMS diz o que é envelhecimento e o que o Brasil precisa fazer em relação às políticas públicas

A canadense Louise Plouffe tem um currículo gigante na área de envelhecimento e já trabalhou no Brasil .

Entre os destaques do seu currículo, ela comandou o Centro Internacional de Longevidade (ILC) e prestou consultoria à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Aliás, ela se aposentou, mas hoje é uma das mentes por trás do programa Cidades Amigas do Idoso em Ottawa, capital de seu país natal.

Isso mostra exatamente como ela pensa (e age) sobre o envelhecimento.

Confira um trecho da entrevista ao Estadão aos repórteres do programa Especial FocasNicholas Shores e Teo Cury: 

Sobre a cidade de Ottawa e o trabalho com idosos:

Por exemplo, o município está reformando calçadas, melhorando a acessibilidade dos prédios municipais, criando parques ‘amigos do idoso’, melhorando o transporte público para pessoas com incapacidades e oferecendo exercícios nos centros comunitários de saúde para a prevenção de quedas.

Como o Brasil pode fazer políticas públicas com foco em idosos, mesmo na crise: 

Em primeiro lugar, é importante manter os serviços básicos, como os centros de saúde primária, que atendem bem a população idosa

Também programas públicos de vacinação e de medicamentos para doenças crônicas.

Retirar esses serviços poderia ter impactos fiscais negativos no longo prazo, além de aumentar o sofrimento de muitas pessoas.

Além disso, desenvolver um sistema de cuidados de longa permanência, incluindo cuidados domésticos e de centros-dia.


Esse sistema é necessário para prevenir problemas de saúde agudos que elevam os custos para o sistema público.

Os próximos desafios no Brasil:

No Brasil, um dos principais objetivos é promover o desenvolvimento das cidades amigas dos idosos – o que resultaria em cidades amigáveis para todos – e aumentar a consciência do público sobre os desafios do envelhecimento.

O Brasil já tem um Estatuto do Idoso, o que proporciona noções para basear as políticas em relação aos direitos deles.

A Reforma da Previdência no Brasil e no Mundo:

Essas mudanças são normais e necessárias. Mas é preciso criar condições de trabalho favoráveis e adaptadas aos trabalhadores mais velhos, para que eles possam contribuir com suas melhores habilidades.

Também é preciso analisar os impactos negativos dessa medida, como foi feito no Canadá.

O que é envelhecer com saúde?

Muitas pessoas focam na manutenção da saúde física, mas precisam também cultivar a mente, lidar com as mudanças na sociedade, participar nas redes sociais e abraçar desafios intelectuais.

Pessoalmente, sou aposentada, mas participo nas organizações comunitárias para manter os contatos sociais, a autoestima e a estimulação cerebral.

Bolsa de Colostomia e Ileostomia: entenda como funciona

Nos procedimentos cirúrgicos do intestino, algumas vezes é necessário o desvio do trânsito intestinal e a criação de um estoma.

Ou seja, uma abertura artificial no abdome por onde serão eliminadas as fezes.

Nestes casos, a pessoa precisará utilizar uma bolsa coletora adaptada ao corpo, que receberá as fezes eliminadas.

O estoma recebe o nome de ileostomia, quando a alça intestinal utilizada para criação do estoma é o íleo (intestino delgado).

E recebe o nome de colostomia, quando a alça intestinal utilizada é uma das regiões do colon (intestino grosso).

A bolsa de colostomia ou bolsa de ileostomia, foi desenvolvida para facilitar a eliminação e descarte das fezes.

Também chamada de bolsa coletora, surgiu como forma de facilitar a vida de quem precisou passar por uma cirurgia envolvendo o intestino. E por consequência está, claro, impedido de defecar naturalmente.

Para entender melhor o funcionamento desse saco coletor, vamos explicar as situações em que a bolsa coletora de fezes é recomendada:

Seus principais tipos, além de esclarecer algumas dúvidas sobre seu uso no dia a dia, assim como conservá-la adequadamente.

Confira!

Situações em que a bolsa coletora é recomendada

Existem diversas situações que o médico coloproctologista – cirurgião especializado em tratamentos de origem cirúrgica e não cirúrgica de doenças do intestino delgado, grosso, reto e ânus – vai orientar o paciente para a necessidade de um procedimento cirúrgico e a possibilidade de utilizar a bolsa de colostomia.

O seu uso pode variar entre permanente ou temporário, dependendo da condição clínica que se encontra o paciente.

Quando há a amputação do reto, derivada de tumores malignos de baixa ou alta complexidade ou traumas extensos do reto, por exemplo. Neste caso, a bolsa para colostomia precisa ser utilizada definitivamente pelo paciente.

Já nos casos de traumas abdominais e de tumores localizados em outros segmentos do intestino, pode ser possível o uso temporário da bolsa para colostomia. E assim realizado um procedimento cirúrgico posterior para reconstrução do trânsito intestinal.

Tipos de bolsa coletora

Para oferecer praticidade e segurança, diferentes tipos de bolsa de colostomia e ileostomia estão disponíveis no mercado, se adequando ao perfil do usuário, e podem ser:

Drenável ou Fechada; Opaca ou Transparente; Uma peça ou duas peças, conforme descrito abaixo.

Bolsas de Colostomia e Ileostomia (50+ SAÚDE)

Drenável ou Fechada

A pessoa pode escolher entre o modelo drenável: com abertura na parte inferior da bolsa para saída das fezes.

Ou pelo modelo fechado: sem abertura na parte inferior.

A bolsa coletora drenável tem um sistema de fechamento manual. O usuário pode abrir para retirada das fezes e higienização da bolsa após a evacuação, sem retirar a bolsa do corpo.

Na bolsa coletora fechada, não há abertura na parte inferior para saída das fezes. Portanto, o usuário precisará retirar a bolsa para descartar as fezes.

Algumas pessoas utilizam esta bolsa como um bolsa de colostomia descartável. Uma vez que jogam fora a bolsa a cada episódio de evacuação.

Uma vantagem adicional na bolsa drenável e na bolsa fechada está no filtro integrado. Ele minimiza o odor e impede o surgimento de abaulamentos pela eliminação de gases intestinais.

Transparente ou Opaca

A bolsa de colostomia e ileostomia transparente, permite a visualização mais fácil do conteúdo depositado. Ou seja, auxilia no acompanhamento em tempo real do enchimento da bolsa coletora.

Já para quem prefere que o conteúdo não fique visível, a opção mais recomendada é a bolsa para colostomia e ileostomia opaca.

Uma peça ou Duas peças

Para que a bolsa coletora de fezes fique adaptada ao corpo de forma segura, é utilizada uma base adesiva de hidrocolóide.

A placa ou base adesiva é adaptada em volta do estoma e é possível selecionar a medida adequada para cada paciente.

Na bolsa de estomia de uma peça, a base adesiva ou placa adesiva está integrada a bolsa coletora. Ou seja, placa e bolsa formam uma única peça, e quando necessária a troca, o usuário precisa trocar todo o sistema.

Na bolsa de estomia de duas peças, a base adesiva e a bolsa coletora são adquiridas separadamente. Então a bolsa coletora é fixada à placa adesiva por meio de um sistema de acople mecânico.

Quando necessário a troca, a bolsa pode ser removida da base adesiva. Portanto, a troca da bolsa pode ser mais frequente do que a troca da base adesiva.

A placa ou base adesiva é adaptada em volta do estoma e é possível selecionar a medida adequada para cada paciente.


Como escolher a bolsa coletora

As diferentes opções disponíveis no mercado, permitem que a pessoa faça a escolha da bolsa coletora de colostomia e ileostomia de forma individualizada, de acordo com as suas necessidades e preferências:

Bolsa de uma peça, drenável, transparente
Bolsa de uma peça, drenável, opaca
Bolsa de uma peça, fechada, transparente
Bolsa de uma peça, fechada, opaca

Bolsa de duas peças, drenável, transparente
Bolsa de duas peças, drenável, opaca
Bolsa de duas peças, fechada, transparente
Bolsa de duas peças, fechada, opaca

Dicas para escolha da bolsa coletora

A escolha da bolsa coletora depende das condições cirúrgicas individuais e das preferências do paciente.

Como exemplo, no pós-operatório imediato e durante a internação hospitalar, recomenda-se o uso da bolsa drenável e transparente.

A característica transparente da bolsa coletora permite aos cirurgiões e enfermeiros realizar avaliação imediata das condições do estoma. 

Além de avaliação do volume, frequência e característica das fezes eliminadas.

A função drenável facilita o manuseio pela equipe de enfermagem – para avaliação e retirada das fezes eliminadas no pós-operatório.

Após um período de adaptação no domicílio, posterior à alta hospitalar, algumas pessoas preferem o uso da bolsa coletora opaca, que proporciona maior discrição.

É sempre recomendado a avaliação de um enfermeiro estomaterapeuta, especialista nesta área, que pode elucidar as dúvidas sobre os cuidados necessários com o estoma.

Além disso, o profissional avalia a pele peri-estoma, orienta cuidados com a bolsa coletora de colostomia e ileostomia, e também de recomenda os modelos que melhor se adaptam a cada caso.

É normal urinar várias vezes ao dia?

Quantas vezes você já viveu uma situação como esta?

Está com seus amigos, está trabalhando ou caminhando pelas ruas da cidade, quando percebe que a vontade de urinar é realmente forte e você precisa chegar ao banheiro…

Certamente, esta sensação é natural, pois há uma comunicação entre a bexiga urinária e o cérebro.

O cérebro interpreta que a bexiga está cheia e que, portanto, precisamos esvaziá-la.

Em condições habituais, esvaziamos a bexiga entre 5 a 8 vezes em 24h. Ou seja, urinar, ou fazer xixi, é uma função orgânica essencial no nosso dia-a-dia.

Como funciona o Sistema Urinário

Vamos entender melhor como ocorre este processo. 

Os órgãos do sistema urinário compreendem os rins, os ureteres, a bexiga e a uretra.

Em resumo, os rins produzem a urina, que é transportada para a bexiga pelos ductos chamados ureteres.

Os ureteres são uma espécie de tubos que ligam os rins à bexiga.

A bexiga armazena a urina e periodicamente a expele para fora do organismo pela uretra. 

A uretra é um ducto que comunica a bexiga com o meio externo.  

A urina é produzida pelos rins, como resultado da filtração do sangue.

Este processo acontece nos néfrons – unidade funcional dos rins – e envolve diferentes etapas que garantem a eliminação dos produtos indesejáveis para o organismo.

A bexiga urinária é responsável pelo armazenamento e pela eliminação da urina. É um órgão oco e flexível, e suas paredes são formadas pelo músculo detrusor.

O músculo detrusor permanece relaxado durante o enchimento da bexiga.

Por outro lado, para eliminar a urina da bexiga, o músculo detrusor realiza uma contração e a urina é conduzida para fora, pela uretra. 

Na parte inferior da bexiga, chamada de colo vesical e na extremidade da uretra ligada à bexiga, encontram-se os músculos que formam o esfíncter urinário, estrutura muscular que controla a saída da urina.

Sistema Urinário

Durante o enchimento da bexiga o esfíncter urinário permanece contraído, o que impede a saída da urina. Durante a micção, ou seja, no ato de urinar, o esfíncter urinário relaxa, permitindo a passagem da urina.

E na prática, como funciona?

Em resumo, enquanto a bexiga armazena a urina, o músculo detrusor está relaxado e o esfíncter urinário está contraído.

Para que possamos urinar, o músculo detrusor contrai e o esfíncter urinário relaxa. 

Este movimento coordenado permite a passagem da urina pela uretra e, consequente esvaziamento da bexiga.

Como controlamos o ato de urinar?

Ufa! Parecia simples, mas deu para perceber que o simples ato de urinar envolve estruturas de funcionamento complexo.

Mas afinal, como controlamos o ato de urinar e o número de vezes que vamos ao banheiro?

É importante ressaltar que os bebês não têm nenhum controle sobre quando fazem xixi e, portanto, urinam por um reflexo.

Portanto, quando a bexiga do bebê se enche até um volume específico, o músculo da bexiga contrai e o esfíncter urinário relaxa automaticamente para esvaziar a bexiga.

Ainda bem que existem as fraldas!! 😀

No entanto, na infância, o sistema nervoso amadurece.

Nesta fase, adquirimos a capacidade de reconhecer o armazenamento de urina na bexiga e a capacidade de controlar a micção.

Isso envolve interação entre o Trato Urinário Inferior (bexiga e uretra) e o Sistema Nervoso Central

Estão envolvidos nesta interação, não apenas a bexiga e o esfíncter urinário, como também a medula espinhal e o cérebro.

Em síntese, os nervos existentes na bexiga, enviam informações ao cérebro, através da medula espinhal, sobre a necessidade de urinar.

Mas, e se não tiver um banheiro por perto?

Se não pudermos ir até o banheiro neste momento, o cérebro envia mensagens para inibir a micção, ou seja, mensagens que evitam que urinemos naquele momento.

Conforme aumenta o volume de urina armazenado na bexiga, são enviados mais sinais ao cérebro e o desejo de urinar se intensifica.

Quando chegamos ao banheiro e estamos prontos para urinar, o cérebro envia sinais simultâneos ao músculo da bexiga para que haja a contração detrusora e ao esfíncter urinário para o relaxamento esfincteriano. 

Finalmente, podemos urinar e ficamos aliviados!

Portanto, nosso organismo tem a capacidade de reconhecer o desejo de urinar e de inibir o ato de urinar, caso socialmente não possamos esvaziar a bexiga naquele momento.

Por outro lado, quando já estamos em um local adequado para urinar, de preferência com assento sanitário limpinho e pronto para nos receber, nosso cérebro pode emitir o comando adequado para o esvaziamento da bexiga.

Como já registramos no início deste texto, em condições habituais, esvaziamos a bexiga entre 5 a 8 vezes em 24h.  

Porém, algumas pessoas precisam urinar 10, 15 ou mais de 20 vezes ao dia!! 

As pessoas que vivem esta condição, sentem vontade urgente de fazer xixi, mesmo que não estejam com a bexiga cheia, e algumas vezes, tem escapes de urina.

Para saber mais sobre estas situações, acompanhe nossos textos sobre bexiga hiperativa e incontinência urinária, que publicaremos em breve aqui no Blog 50+ SAÚDE.  

Consumo de vegetais verdes escuros mostra ação protetora na saúde cerebral

O hábito de consumir folhas verdes diariamente ajuda a reduzir a taxa de perda cognitiva associada à idade e pode adiar por até 11 anos o envelhecimento cerebral, segundo estudo do Rush Memory and Aging Project, recém-publicado na revista científica “Neurology”.

Os vegetais de folhas verdes são ricos em:

  • Fibras, importante componente que ajuda na saciedade, regulação do trânsito intestinal, e controle da glicemia e colesterol;
  • Vitamina K (filoquinona), importante na coagulação do sangue e cicatrização;
  • Luteína, um poderoso antioxidante que tem ação antiinflamatória, o qual alguns estudos apontam eficácia sobre a capacidade cognitiva;
  • Ricos em Ferro, mineral que previne anemia.
  • Ácido fólico que atua na prevenção de anemia e como protetor cardiovascular e cerebral;

Ainda mais, é importante lembrar que a deficiência do ácido fólico está relacionada a um maior risco de prejuízos na memória e demência, como a Doença de Alzheimer.

Geralmente as folhas mais escuras têm como característica um sabor mais amargo. Isso se deve a um componente que estimula a função hepática, promovendo também a desintoxicação do fígado.

No entanto, não quer dizer que quanto mais escuro for o verde do vegetal será melhor para a saúde, pois cada cor ou tom dos vegetais traz uma característica nutricional.

Ou seja, é rica em determinados nutrientes, todos importantes para a saúde, devendo fazer parte de uma alimentação balanceada.

Lembrando que aqueles vegetais que possuem a cor arroxeada, como o repolho roxo ou alface roxa, além das propriedades do vegetais verdes, ainda possuem em sua composição a antocianina.

Esse nutriente é responsável pela cor, que tem alto poder antioxidante.

A recomendação diária do consumo de vegetais é de pelo menos 400g ao dia, incluindo todo tipo de vegetais. Orientando que quanto mais coloridas forem as refeições, melhor, pois assim diversificamos a ingestão de nutrientes.

Não há uma recomendação apenas para vegetais verde-escuros, o importante é fazerem parte da alimentação do dia-a-dia.

Mas lembre-se: tudo em excesso faz mal!

E não é diferente mesmo com alimentos que possuem muitos benefícios.

Qualidades dos vegetais verdes

Veja, os vegetais verdes são ricos em fibras, e o excesso de fibras pode ocasionar em diminuição na absorção de outros nutrientes presentes na alimentação. Como Ferro e vitaminas, por exemplo.

Além de haver restrições para algumas doenças ou condições de saúde, como ferritina alta ou uso de anticoagulantes.

Também é sempre importante ressaltar que utilizar partes não convencionais dos alimentos pode trazer mais benefícios!

Na maioria das vezes o caule das plantas possuem um teor de nutrientes maior do que a parte que costumamos consumir.

Por exemplo, o talo de agrião, brócolis, beterraba e da cenoura são ricos em fibras e vitamina C.

Para isso podemos realizar inúmeras receitas em nosso dia-a-dia, basta conhecer melhor esses alimentos e usar a imaginação para agregá-los nas preparações.

Por exemplo, podemos fazer uma torta de liquidificador com talos de espinafre. Além de usar os talos de agrião em sopas e pães.

Assim como utilizar o talo da beterraba do mesmo modo que usamos a couve. Até mesmo para incorporar em omeletes e recheios de panquecas ou crepiocas.

Os Sucos Detox

Mas cuidado!

Outro engano é o consumo desenfreado dos chamados “sucos verdes” ou “sucos detox”.

Não é recomendado ingerir este tipo de sucos por muitos dias seguidos. Pelo fato de que geralmente são adicionadas uma grande variedade de vegetais e ervas podendo trazer uma combinação ineficaz ou até mesmo prejudicial.

Além disso, pode haver uma quantidade de vegetais equivalente ao que consumiríamos em 2 ou até 3 dias na alimentação! Podendo, dessa forma, causar um excesso de fibras que pode resultar em diarréia, ou em diminuição da absorção de outros nutrientes a longo prazo.

Além disso, o nosso organismo tem um limite de absorção de cada nutriente, por mais que consumimos em grandes quantidades, boa parte poderá ser eliminada.

Como Consumir os Vegetais

Os vegetais verdes podem ser consumidos crus, cozidos ou refogados. Ao submetermos ao calor abrandamos as fibras e permitimos uma maior absorção dos outros nutrientes.

Alguns tipos de vitaminas podem ser diminuídos no processo de cozimento.

Algumas dicas para não perder muito dos nutrientes dos vegetais são:

Não utilizar muita água para o cozimento, nem deixar por muito tempo no fogo e sempre que possível manter a casca dos alimentos durante o cozimento para evitar uma perda maior.  

Reutilizar a água do cozimento para o preparo de outros alimentos, como arroz e sopas. Ou cozinhe no vapor, em que a perda de nutrientes também diminui consideravelmente.

Corte os vegetais somente no momento em que for preparar, e utilize pedaços maiores.

E quando falamos em vegetais crucíferos, como repolho, couve, couve-flor e brócolis, sabemos que são vegetais que possuem grande quantidade de enxofre e nitrogênio. Por isso podem causar desconforto abdominais com os gases, e isto pode ser reduzido se consumidos cozidos em água.

Sempre que possível, adquira produtos orgânicos, analise os produtores e verifique se há uma certificação. Não se esqueça de realizar a higiene utilizando água corrente e uma escova macia se necessário.

Caso for consumir cru, usar solução clorada (1 colher de sopa de água sanitária ou 10 gotas de Hipoclorito de Sódio em 1 litro de água). Então mergulhar todos os vegetais por completo durante 15 minutos e enxaguar novamente em água corrente.

É importante ressaltar também, que deve-se levar em consideração a ingestão de outros alimentos.

Por exemplo, alto consumo de gorduras, sódio e bebidas alcoólicas não terão sua nocividade reduzida apenas pelo consumo desses vegetais.

É necessário adotar hábitos de vida saudáveis, dos quais faz parte a alimentação equilibrada.

 

Sobre a autora: 

Flávia Kurebayashi Fonte

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