Doença de chagas, parasita causador sequestra proteína essencial no núcleo de célula infectada

Doença de chagas, pela primeira vez em mais de 110 anos, a ciência consegue evidências de uma relação complexa e íntima entre o protozoário Trypanosoma cruzi e o núcleo da célula hospedeira

Mais de um século após de ter sido descrita pela ciência e com cerca de 7 milhões de pessoas infectadas atualmente no mundo, cientistas conseguem resultados importantes que podem ajudar no controle da doença de Chagas. A equipe liderada pela professora Munira M. A. Baqui, do Departamento de Biologia Celular e Molecular e Bioagentes Patogênicos da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, descobriu que o Trypanosoma cruzi, protozoário causador da doença, toma o controle de uma proteína essencial no núcleo da célula infectada para favorecer a continuidade do seu ciclo de vida no hospedeiro.

Foto: Camila Gachet de Castro/Arquivo pessoal

Essa é a primeira vez, garantem os pesquisadores, que se obtém “evidências de uma relação complexa e íntima entre T. cruzi e o núcleo da célula hospedeira durante a infecção”. O grupo observou que o parasita sequestra a proteína U2AF35, essencial para o início do processamento do RNA –  o que impacta diretamente nos RNAs maduros da célula hospedeira e em suas funções.

A invasão e manipulação das células do organismo infectado é uma estratégia comum dos protozoários, mas, segundo a professora Munira, até hoje pouco se sabe o que ocorre no núcleo e, principalmente, como fica a “regulação da atividade transcricional da célula hospedeira quando infectada pelo T. cruzi”.

Entrada do parasita (P) na célula (C), microscopia de varredura – Foto: Camila Gachet de Castro/Arquivo pessoal

Os resultados do estudo foram obtidos durante a pesquisa de doutorado de Camila Gachet de Castro, sob orientação da professora Munira, e publicados pela Frontiers in Cellular and Infection Microbiology. Os autores deixaram evidente que o T. cruzi pode alterar funções nucleares complexas como a modulação da transcrição e splicing do RNA, molécula essencial para a manutenção das funções biológicas da célula. Conta a professora que o parasita causador da doença de Chagas consegue “alterar a expressão das proteínas que são importantes para copiar informações do DNA, diminuindo a atividade dessas proteínas e afetando as novas que seriam geradas ao final do processo”.

O processo envolve uma complexa maquinaria molecular chamada spliceossomo, formada por um conjunto de proteínas que existe nas células responsáveis pelo processamento do RNA. Ao final do processo de splicing, se tem o RNA maduro que será traduzido em proteínas com diversas funções na célula.

Para a pesquisa, os autores estudaram células em cultura infectadas com o T. cruzi, através de ensaios celulares, bioquímicos e de biologia molecular em que puderam acompanhar as mudanças que ocorriam nas proteínas nucleares das células infectadas.

Esperança para controle da doença de chagas negligenciada

A descoberta da equipe da USP deve ser comemorada pela comunidade científica, pois abre caminho para novos tratamentos de uma doença tropical silenciosa e negligenciada. “Os medicamentos existentes são poucos, causam muitos efeitos colaterais e não funcionam em todas as fases da doença”, informa a pesquisadora.

Na verdade, a doença de Chagas só tem cura na fase inicial, que, em geral, passa despercebida e continua fazendo vítimas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) são relatados 30 mil novos casos por ano de pessoas infectadas com o parasita.

Descoberta em 1909 pelo médico sanitarista brasileiro Carlos Chagas, a doença é endêmica em 21 países do continente americano, com destaque para o Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia e México. No Brasil, é a quarta causa de morte entre as infecções parasitárias, conforme dados do boletim especial do Ministério da Saúde de abril do ano passado.

Com o peso da negligência, afetando regiões mais pobres do planeta, a doença de Chagas só possui tratamento curativo em suas primeiras fases, até 12 semanas após a infecção, e ainda conta com o agravante de não apresentar nenhum sintoma em muitas pessoas, que só vão descobrir a doença décadas depois em um exame de rotina ou ao apresentarem comprometimento mais grave, como o do coração.

Diante do quadro de vulnerabilidade social e falta de opção de medicamento, os achados da pesquisa podem “auxiliar no descobrimento de novas vias celulares usadas pelo parasita que ainda não se conheciam”, informa Munira, antevendo novas e mais efetivas formas de tratamento para a doença. De toda forma, a professora adianta que “mais pesquisas são necessárias para descobrir vias específicas que o parasita utiliza e entender o seu ciclo intracelular”.

Mais informações: e-mail munira@fmrp.usp.br, com a professora Munira Baqui

Por Rita Stella

FONTE: Jornal da USP

Pequena proteína reduz níveis de açúcar, gera patente e pode ser aliada no combate à diabete

Sintetizado a partir de substância produzida no sangue, o peptídeo Ric4 reduz níveis de açúcar no organismo, e, futuramente, poderá ser usado em medicamentos para controle da diabete

Uma pequena proteína cuja origem são as células do corpo humano pode ter um grande papel no controle da diabete. Em pesquisa com participação do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, cientistas descobriram que o peptídeo Ric4, sintetizado a partir de uma proteína produzida pelas células sanguíneas, aumentou a sensibilidade à insulina e reduziu a glicemia, ou seja, o nível de açúcar no sangue. Os estudos sobre a estrutura e as propriedades do Ric4, realizados em animais, geraram uma patente que, no futuro, poderá dar origem a medicamentos para tratar a diabete, e que sirvam de alternativa à terapia com insulina.

Os resultados do trabalho são mostrados em artigo publicado no site da revista científica Pharmaceuticals, no último dia 16 de dezembro. A diabete tipo 2 acontece quando o corpo desenvolve resistência à insulina, responsável por processar o açúcar no organismo e levá-lo às células, o que aumenta a concentração de açúcar na corrente sanguínea.

“Há alguns anos, nosso laboratório desenvolveu um teste em modelo animal que encontrou alterações em um grupo de peptídeos intracelulares (InPeps), que são pequenas proteínas produzidas no interior das células, normalmente a partir de proteínas maiores”, explica ao Jornal da USP o professor Emer Ferro, do ICB, coordenador do estudo. “Os animais testados apresentaram maior sensibilidade à insulina e, consequentemente, maior captação de glicose e glicemia reduzida. Nossa hipótese era de que isso aconteceu devido às alterações nos níveis de InPeps.”

Emer Suavinho Ferro – Foto: Cecília Bastos/USP Imagem

Em seguida, os pesquisadores sintetizaram quimicamente em laboratório quatro peptídeos, que foram denominados Ric1, Ric2 e Ric3 e Ric4. “O Ric 1 e o Ric2 foram identificados no músculo gastrocnêmio (batata da perna) e são derivados da proteína troponina I; o Ric3 foi encontrado no tecido adiposo epididimal (na região do púbis), produzido a partir da proteína de ligação acil-CoA, e o Ric4 é derivado da subunidade alfa da hemoglobina, proteína existente no sangue”, descreve o professor. “Nosso objetivo foi identificar se algum desses peptídeos poderia reproduzir farmacologicamente a maior sensibilidade à insulina e à glicemia reduzida observada nos animais.”

Captação de Glicose

“Caso isso acontecesse, poderíamos identificar um novo peptídeo que poderia ser usado no tratamento de pacientes diagnosticados com pré-diabete ou diabete tipo 2, que possuem elevados níveis de glicose e não respondem à insulina”, relata Ferro. “Foram realizados testes de viabilidade celular em cultura de células, de avaliação do efeito dos peptídeos nos níveis de expressão de proteínas específicas (Western Blotting), de estabilidade enzimática, de expressão gênica (PCR), de captação de glicose em tecidos animais e culturas de células de camundongos, e de tolerância e transporte de glicose, em células e modelos animais.”

Pesquisas sobre a estrutura e as propriedades do peptídeo Ric4 e seus derivados geraram uma patente que pode ser aproveitada futuramente na pesquisa e criação de  novos medicamentos para tratar a diabete tipo 2, e que sirvam de alternativa à terapia com insulina; na imagem, profissional da saúde medindo glicose de paciente – Foto: Marcos Santos/ USP Imagens

A pesquisa verificou que dois derivados do peptídeo Ric4 (Ric4-2 e Ric4-15) possuem ação hipoglicemiante, isto é, induzem a captação de glicose e reduzem a glicemia em animais após administração oral. “As análises sugerem que o peptídeo se liga ao receptor de insulina para induzir a captação de glicose, de forma independente da insulina, esta última também um peptídeo, aumentando sua sensibilidade”, aponta o professor do ICB. “Modificações estruturais do Ric4 natural, que geraram o Ric4-2 e o Ric4-15, reduziram sua degradação por enzimas digestivas, sem prejudicar a ação farmacológica. Em resumo, peptídeos como o Ric4 podem exercer ação similar à insulina e podem ser úteis no tratamento de pacientes com diabete tipo 2.”

De acordo com Ferro, apesar da significância biológica e farmacológica, as possíveis aplicações clínicas do Ric4 ainda merecem mais investigações. “O estudo indica que pacientes com pré-diabete ou diabete tipo 2, que têm hiperglicemia resistente à insulina, poderiam ser tratados com Ric4 ou com seus análogos, Ric4-2 e Ric4-15. Porém, ensaios adicionais precisam ser realizados para avaliar a potência do peptídeo em reduzir a glicemia de portadores de diabete tipo 2”, destaca Ferro. “Nosso trabalho reforça a perspectiva que os peptídeos podem manter sua atividade farmacológica após administração oral, ‘quebrando’ o dogma que dentro do corpo eles são imediatamente degradados por enzimas digestivas.”

Além da publicação do artigo, um pedido de patente do peptídeo Ric4 foi depositado junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) pela Agência USP de Inovação (Auspin) e pela INOVA, Agência de Inovação da Unicamp. “Embora o pedido tenha sido depositado em maio de 2018, nenhuma empresa até o momento se interessou em licenciar a patente do Ric4 para desenvolvimento de um fármaco alternativo à insulina para o tratamento da diabete tipo 2”, conclui o professor.

O trabalho teve a participação dos pesquisadores Renée Silva, Ricardo Llanos, Rosangela Eichler e do professor Emer Ferro, do Departamento de Farmacologia do ICB,  do pesquisador Thiago Oliveira e do professor William Festuccia, do Departamento de Fisiologia do ICB, e do professor Fabio Gozzo, do Instituto de Química da Unicamp.

Mais informações: e-mail eferro@usp.br, com o professor Emer Ferro

Por: Júlio Bernardes

Arte: Ana Júlia

FONTE: Jornal da USP

Como saber que estou tendo um infarto?

Você sabia que existem sintomas de alerta que ajudam você a perceber que está tendo um infarto e ser socorrido mais rápido?

O infarto acontece por conta de um bloqueio do sangue quando ele está a caminho do coração, o que pode causar danos ao músculo cardíaco. É muito importante que você entenda os sintomas do infarto para que possa ser socorrido ou chamar o socorro.

Além disso, nesse texto, vamos mostrar várias maneiras de prevenir que você sofra um infarto e cuide melhor da sua saúde e do seu coração.

Continue lendo o texto para saber melhor sobre o assunto.

O que é o infarto?

O infarto, ou ataque cardíaco, acontece quando o fluxo do sangue que está indo para o coração é bloqueado. Esse bloqueio acontece com mais frequência por acúmulos de gordura, colesterol ou outras substâncias que acabam formando placas nas artérias responsáveis por levar o sangue até o coração, chamadas de artérias coronárias.

Existe a possibilidade dessa placa se romper e formar um coágulo, dificultando ainda mais o fluxo sanguíneo.

O tratamento para o infarto melhorou muito ao longo os anos, mas ainda é algo grave que deve ser prevenido e que, quando ocorre, o paciente precisa ser socorrido com rapidez.

Alguns infartos podem acontecer repentinamente, mas é comum que muitas pessoas apresentem sinais de alerta e alguns sintomas com dias e até semanas antes de realmente terem o infarto.

Os sintomas e a gravidade podem variar de acordo com cada organismo e hábitos de cada pessoa, também há casos em que as pessoas não apresentam sintomas.

De acordo com um estudo da American Heart Association, 20% dos infartos são silenciosos e descobertos somente depois, quando o paciente realiza exames de rotina.

Sintomas de infarto

Como dito antes, o infarto pode gerar alguns avisos dias e até semanas antes ou pode aparecer de forma repentina.

Assim como, em uma música, você precisa da melodia junto com a letra para conseguir identificá-la, no infarto saber os sintomas e conhecer o seu corpo pode te ajudar a percebê-lo e a tomar providencias o mais rápido que conseguir.

Alguns sinais de alerta podem ser:

  • Pressão, aperto ou dor no peito e nos braços que podem se espalhar pelo pescoço, mandíbula e costas;
  • Náuseas e vômitos;
  • Indigestão;
  • Azia;
  • Dor abdominal;
  • Falta de ar;
  • Suor frio;
  • Fadiga;
  • Tontura;
  • Formigamento no braço esquerdo e pescoço;

Alguns sinais podem variar de homem para mulher, fique atento:

Infarto em homens

A dor do infarto nos homens é, geralmente, percebida como uma pressão no peito, podendo ser acompanhada de suor sem estar sentindo calor, o famoso suor frio. Além disso, os homens também podem sentir dor nos braços, dor na boca do estômago e até na mandíbula. Tonturas e desmaios durante a dor também podem acontecer.

Infarto em mulheres

Nas mulheres, os sinais de infarto acabam variando mais. Elas também sentem dores, mas as descrevem como um tipo de queimação ou sensação de pontadas na região do peito.

Como agir se sentir esses sintomas?

Se você sentir esses sintomas ou presenciar alguém sentindo, é importante agir imediatamente. Algumas pessoas esperam muito tempo porque não reconhecem os sinais e sintomas importantes, por isso, fique sempre atento e ligue para ajuda médica de emergência.

ATENÇÃO: não dirija sozinho, apenas se não houver outras opções, você pode acabar colocando pessoas e a si próprio em risco.

Fatores de risco para o infarto

Os fatores de risco para o infarto podem variar muito de pessoa para pessoa, mas no geral eles estão relacionados a:

  • Idade: homens com 45 anos ou mais e mulheres com 55 anos ou mais;
  • Tabaco;
  • Pressão alta;
  • Níveis elevados de colesterol ou triglicérides;
  • Obesidade;
  • Diabetes;
  • Síndrome metabólica;
  • Histórico familiar;
  • Sedentarismo;
  • Estresse constante.

Como prevenir o infarto?

Prevenir o infarto é a parte fundamental para não ter complicações futuras, por isso, temos algumas informações para melhorar seu estilo de vida e ajudar você a cuidar melhor do seu coração, prevenindo não só o infarto, mas também outras doenças no músculo cardíaco.

Manter consultas regulares ao cardiologista, ter um peso saudável para seu corpo, fazer atividade física com frequência e manter uma alimentação balanceada são atitudes que ajudam a preservar toda a sua saúde e prevenir diversas doenças.

Se você já toma algum medicamento para reduzir o risco de infarto e ajudar a melhorar o funcionamento do coração e, só por isso, acredita que está livre de fazer atividades físicas e manter uma alimentação saudável, está enganado. O medicamento controla o problema, mas sozinho tem sua eficácia reduzida.

Além disso, outras formas de prevenir o infarto é não fumar, controlar o estresse, controlar doenças crônicas como pressão alta, diabetes e o colesterol.

Essas são mudanças de hábitos simples que podem ajudar você a evitar que a saúde do coração fique prejudicada e gere problemas futuros. Nesse mês, no dia 29/09, é o Dia Mundial do Coração e, por isso, esse mês é representado com a cor vermelha.

Aqui no FazBem queremos ajudar você a melhorar a saúde do seu coração e entender a importância que esse músculo tem para a sua saúde e o funcionamento de todo o seu organismo.

Pensando nisso, estamos aproveitando o Setembro Vermelho e realizando uma campanha para ajudar você com todo esse processo de cuidado com esse órgão tão importante.

Saiba mais sobre essa campanha em nosso site!

CTA: Conheça a campanha!

 

Referências:
BR-13435. Material destinado a pacientes. Out/2021

Como dormir bem com refluxo gastresofágico

Se você tem refluxo, sabe como encontrar uma posição na hora de dormir pode ser difícil. Sono e refluxo nunca foi uma relação muito simples, mas isso não quer dizer que quem convive com essa doença não possa ter noites tranquilas.

Se você tem refluxo e está passando por dificuldades na hora de dormir, preparamos esse conteúdo para ajudá-lo. Leia até o final para descobrir como dormir bem com o refluxo.

O refluxo

O refluxo é uma doença crônica que afeta muitas pessoas. Ele pode acontecer a partir do momento que o conteúdo ingerido, que já está no estômago, retorna ao esôfago e gera sintomas desagradáveis. 1

Suas causas podem ser diversas, desde o relaxamento do músculo esfíncter, que separa o esôfago do estômago, até hernia de hiato. 1, 2

Os fatores de risco também podem aumentar as chances de desenvolvê-lo, como a obesidade, cigarro, álcool, refeições volumosas, aumento da pressão intra-abdominal e outros. 2, 3

Para saber mais sobre a doença do refluxo, leia Doença do refluxo gastroesofágico: a importância do controle para evitar crises

O refluxo tem tratamento e pode ser evitado com algumas atitudes simples, como:4

  • Comer em menores quantidades a cada 2 ou 3 horas;
  • Aumentar o consumo de frutas e legumes;
  • Evitar beber líquidos durante as refeições;
  • Fazer as refeições devagar e mastigar bem os alimentos;
  • Beber chá de camomila, pois ele acalma o intestino e o estômago;
  • Perder peso ou impedir ganho adicional;
  • Evitar roupas apertadas.

Sono e refluxo

É comum algumas pessoas se queixarem de que o refluxo piora e atrapalha o sono quando vão se deitar. Existem várias explicações para isso, por exemplo, quando você se deita, a gravidade já não está mais ajudando a manter o líquido estomacal para baixo, o que pode aumentar as crises de refluxo.3

Outro exemplo é a saliva, que ajuda a neutralizar o ácido no estômago, mas nos estágios mais profundos de sono, a produção de saliva diminui.3

O aumento de sintomas do refluxo após se deitar, pode acabar gerando, além da perda de sono, azia, dores no peito e tosse.3

O refluxo também pode estar relacionado com a apneia do sono, causada por um bloqueio nas vias aéreas que pausa a respiração durante o sono. É provável que o refluxo também acabe afetando as vias aéreas e piore a apneia do sono.3

Algumas atitudes simples podem ajudar a melhorar a sua noite de sono, mas para isso é importante que você adote mudanças no seu estilo de vida também.3

Para reduzir os gatilhos do refluxo, antes de tudo, é importante que você procure um médico e converse com ele sobre suas noites de sono ruins. Converse com ele sobre as dicas para dormir melhor que vamos dar agora e veja se ele concorda e pode acrescentar outros pontos importantes também.3

Algumas dicas para dormir melhor são:3

  • evitar comer muito tarde: não durante as 3h antes de ir dormir, dessa forma, o estômago consegue fazer a digestão melhor até a hora que você for se deitar.3
  • estudos mostram que dormir do lado esquerdo é a melhor posição para pessoas com refluxo, isso porque, dormir desse lado reduz a exposição do esôfago ao ácido gástrico, diminuindo as chances de refluxo.3
  • Dormir de costas pode causar mais crises de refluxo que o normal.3
  • Levante a cabeceira da cama: manter a cabeceira da cama mais elevada, ajuda a evitar o refluxo. Mas estamos falando da cama mesmo, ok? Não apenas do seu travesseiro. Elevar a cabeceira da cama em pelo menos 15 centímetros ajuda a reduzir o refluxo durante a noite. Uma dica é, se você tiver condições, compre uma cama com cabeceira ajustável.3

Lembre-se: é importante que você sempre trabalhe com o seu médico para tomar decisões que façam a diferença no seu tratamento. Ele é a pessoa mais apropriada para ajudar você nesse aspecto. Nós damos dicas que você pode levar para discutir com ele e entender se vão ser mais benéficas para o seu tratamento ou não.

Aqui, no FazBem, tentamos da melhor forma, informar você sobre a sua patologia e ajudá-lo a manter um estilo de vida saudável para melhorar os resultados do seu tratamento.

Faça seu cadastro no programa e saiba mais!

Referências:
 BR-13440. Material destinado a paciente. Dez/2021

Não telefone para a sua mãe: faça uma ligação por vídeo


Conversas de vídeo com a família podem ajudar a reduzir o risco de depressão em adultos mais velhos

Claro, você envia textos para seus pais, responde aos e-mails deles e talvez até mesmo seja “amigo” deles no Facebook ou Instagram para que eles possam ver a sua vida em fotos.

Mas com freqüência você comunica com eles por Skype, WhatApp ou Facetime?

Enquanto todos os tipos de interação social podem ajudar pessoas mais velhas a permanecerem conectadas a familiares e amigos, um novo estudo de pesquisadores da
Oregon Health & Science University e da University of California Davis descobriu que participar de bate-papos de vídeo reduz a probabilidade pela metade de desenvolver síntomas depressivos, comparado com outras formas de comunicação.

Os investigadores compararam os dados por meio de questionários realizados em 2012 com dados de acompanhamento de 2 anos.

Em 2014, com mais de 1400 participantes do
Health and Retirement Study (HRS), a pesquisa de acompanhamento incluiu dados sobre sintomas depressivos.

Eles descobriram que, mais que outras tecnologias de comunicação, como e-mail, redes sociais e mensagens instantâneas, os chats de vídeo têm o potencial de prevenir ou retardar os sintomas da depressão.

Na verdade, a pesquisa descobriu que as outras tecnologias como e-mail e mensagens de textos não têm qualquer influência no risco de depressão.

As mulheres e homens que utilizam esses meios (texto) tiveram o mesmo índice de depressão do que as pessoas que não usam nenhuma das tecnologias de comunicação.

As publicações mostram que mais e mais idosos usam a internet.

E até casas de repouso e outras residências para o dia-a-dia estão começando a oferecer acesso à internet para os residentes.

Os estudos mais recentes sobre os chats de vídeo com com a família duram mais do que conversas por telefone.

E, embora não sejam cientificamente comprovados, sugerem que conversas cara a cara (mesmo que por vídeo) podem ajudar a reduzir os sintomas de agitação e explosões verbais em paciêntes com demência.

O que é melhor do que um bate-papo por vídeo?

Interação face a face regular e real, é claro.

Mas em um mundo onde isso não é possível para tantas pessoas, o vídeo de bate-papo parece ajudar a superar melhor a tristeza do idoso do que qualquer outra tecnologia disponível.

Referências

Teo AR, Markwardt S, Hinton L. Using Skype to Beat the Blues: Longitudinal Data from a National Representative Sample. The American Journal of Geriatric Psychiatry. Published online 29 Oct 2018.

Van der Ploeg ES, Epingstall B, O’Connor DW. Internet Video Chat (Skype) Family Conversations as a treatment of Agitation in Nursing Home Residents with Dementia. International Psychogeriatrics. April 2016; 28(4):697-698.

Esse post foi escrito originalmente por Susan McQuillan MS., 2018, todos os direitos reservados.

O texto foi postado no site Psychology Today, em dezembro de 2018.

O conteúdo foi traduzido e adaptado pelo Blog 50+ SAÚDE com objetivo de clareza.

8 dicas para se comunicar com pessoas com demência

Princípios simples para estar com aqueles que têm comprometimento cognitivo

Aqui estão alguns princípios de comunicação, ação e compreensão que aprendi com meus pacientes.

Espero que sejam úteis para você e seus entes queridos.

1. A verdade é relativa e devemos considerá-la a partir da perspectiva do indivíduo

Pense em um homem idoso modesto com doença de Alzheimer de moderada a grave.

De acordo com a ABRAz – Associação Brasileira de Alzheimer:

“A demência é uma doença mental caracterizada por prejuízo cognitivo que pode incluir alterações de memória, desorientação em relação ao tempo e ao espaço, raciocínio, concentração, aprendizado, realização de tarefas complexas, julgamento, linguagem e habilidades visuais-espaciais. Essas alterações podem ser acompanhadas por mudanças no comportamento ou na personalidade. Entre as várias causas conhecidas, a Doença de Alzheimer é a mais frequente”.

Sua família contratou um auxiliar de saúde em casa para ajudar nos cuidados pessoais.

Ele fica agitado toda vez que ela tenta dar-lhe um banho.

Considere sua perspectiva.

Por causa de sua perda de memória , ele não se lembra de que ela esteve lá toda semana no último ano.

Ele só acha que há uma mulher estranha que ele nunca conheceu que está pedindo para ele tirar a roupa.

2. Devemos estar calmos, relaxados e reconfortantes

Aqueles com demência, muitas vezes, absorvem o nosso humor, percebendo inconscientemente a nossa linguagem corporal e tom de voz.

Assim, podemos inadvertidamente criar agitação se ficarmos irritados quando uma pergunta for feita pela 34ª vez ou ficarmos chateados quando o açucareiro cair acidentalmente no chão.

3. A distração pode ser uma ferramenta útil

Álbum de fotos pode ser uma boa maneira de distrair
Crédito: Klimkin – Pixabay

A maioria de nós aprendeu que não ajuda a tentar raciocinar ou argumentar quando um indivíduo com demência diz às oito horas da noite que eles precisam sair de casa para “ir para casa”.

O que normalmente funciona, é os distrair com uma atividade que eles gostam como:

Olhar para álbuns de fotos, ouvir música, assistir a um filme favorito, fazer um lanche ou simplesmente dar um passeio.

4. É importante estar ocupado

Ninguém realmente deseja ficar ocioso.

O que pode ser difícil é encontrar uma atividade que o indivíduo possa fazer e gostar.

Aqui simplesmente encorajamos você a pensar fora da caixa.

Por exemplo, um colecionador de moedas pode não ser mais capaz de detectar as variedades raras e moedas especiais que ele já fez, mas ele pode passar duas horas felizmente arrumando um pote de moedas em centavos, centavos e moedas.

O que você pode fazer no dia seguinte?

Misture-os de volta e deixe-o fazer de novo.

Da mesma forma, se sua mãe gosta de dobrar a roupa, deixe-a dobrá-la. Ela já terminou? Agite e deixe-a dobrar novamente.

5. Envolva familiares e amigos

Mohamed Hassan – Pixabay

A demência acaba se tornando um esporte de equipe.

Muitos cônjuges sentem que devem ser capazes de cuidar de sua esposa ou marido sozinhos, mas cuidar de pessoas com demência é mais do que qualquer pessoa pode fazer sozinha.

6. Viva no momento

Aqueles com perda significativa de memória podem não ser capazes de discutir ou apreciar políticas, eventos atuais, esportes ou até mesmo o clima.

Mas muitos ainda podem desfrutar de coisas que estão diretamente na frente deles.

Tente passear por uma galeria em um museu, uma exposição em um zoológico ou um caminho em um jardim.

7. Aceite que algumas coisas não podem ser consertadas

Há muitas mudanças e perdas na demência que devem ser aceitas.

Além de perder a capacidade de trabalhar, dirigir ou dedicar-se a hobbies, há também a perda do relacionamento – pelo menos como costumava ser – entre marido e mulher, pai e filho.

A demência está sempre mudando e, portanto, a aceitação deve se tornar uma atividade recorrente.

8. Busque alegria

Procure atividades que tragam alegria
Crédito: Alterio Felines – Pixabay

Procure atividades apropriadas que tragam alegria para as pessoas que você ama.

Dê um passeio em um parque.

Visite com a família e amigos.

Jogar um jogo.

Ou, talvez, apenas dê as mãos.

Pois sem alegria, a vida – com ou sem demência – dificilmente valeria a pena.

Esse post foi escrito originalmente por Andrew E. Budson, MD, 2018, todos os direitos reservados.

Andrew é professor de neurologia na Universidade de Boston e na Harvard Medical School. Você pode saber mais sobre o seu trabalho no seu último livro, Seven Steps to Managing Your Memory: What’s normal, what’s not, and what to do about it (em inglês), e no livro Perda da Memória, Doença de Alzheimer e Demência (em português).

O texto foi postado no site Psychology Today, em novembro de 2018.

O conteúdo foi traduzido e adaptado pelo Blog 50+ SAÚDE com objetivo de clareza.

II Jornada Interdisciplinar em Envelhecimento

Evento foi realizado no último dia 30 de março, em São Paulo

Que a população está envelhecendo e que o tempo, esperamos, passa para todo mundo, você já sabe.

Mas quais são e serão os desafios que vamos enfrentar para envelhecermos bem como sociedade, em família e pessoalmente?

O que fazer e como olhar para um futuro que todos vamos viver (e cada vez mais anos)?

É para isso que a InterAção – Projeto e Consultoria organizou a II Jornada Interdisciplinar em Envelhecimento no último dia 30 de março, em São Paulo.

Com o tema “Longevidade: Novos Olhares?” o evento trouxe uma gama diversa e capacitada de especialistas em envelhecimento, cidadania e cuidados para que possamos discutir e aprender como viver mais e melhor.

Confira alguns dos destaques da II Jornada Interdisciplinar em Envelhecimento:


O Futuro da Longevidade

A primeira palestra do dia começou em grande estilo com o Dr. Marcelo Valente, geriatra da Santa Casa e presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do Estado de São Paulo (SBGG-SP).


Dr. Marcelo Valente, geriatra da Santa Casa e presidente da SBGG-SP

Ele falou sobre as diferenças de expectativa de vida durante as décadas no Brasil, tanto regionalmente como nacionalmente, e em outros países.

Disse ainda que até 2040 – ou seja, daqui a 20 anos -, de 13% da população, a porcentagem de idosos projeta um aumento para 23% da população no Brasil.

Dr. Marcelo destacou também as projeções para as idades médias e proporções populacionais até 2100, garantindo que a expectativa de vida no Brasil atingirá 88 anos até lá.

E encerrou falando dos hábitos que fazem das Blue Zones, ou Zonas Azuis – regiões do mundo onde há maior concentração de centenários vivos -, e como podemos adaptar às nossas rotinas para vivermos mais e com melhor qualidade de vida.

Conversa de Sofá – Longevidade: novos olhares?

Um bate papo animado e divertido com três convidados e intermediado por Lilian Lang, jornalista da Revista Aptare.

Debate animado sobre envelhecimento intermediado pela jornalista Lilian Lang (à direita)

Os convidados foram a Profª Marli Feitosa – presidente do grande conselho municipal do idoso, a senhora Vera Caovilla – membro fundadora da ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer) e o Dr. Helio Nogueira – Urologista e ex-reitor da UNIFESP.

Em uma roda de amigos, os três debateram como o idoso é ou não respeitado na sociedade pelos parentes, amigos, médicos e políticos.

Dr. Helio destacou: “Os médicos também têm que lembrar que do outro lado existe um ser humano”, arrancando aplausos da platéia.

A autocrítica também não ficou de lado: “Nós temos que aprender a mexer com as novas tecnologias, nos celulares, mandar coraçõezinhos para as nossas amigas no WhatsApp”, disse Marli.

Além disso, o preconceito e a falta de paciência entre as pessoas mais velhas também foi lembrado.

O debate ainda falou de políticas públicas como forma de evitar o isolamento e criar atividades para idosos, especialmente os já aposentados.


Estereótipos: até quando?

Já a Profª Dra. Valmari C Aranha  – docente do Centro Universitário São Camilo e especialista em gerontologia – trouxe uma grande reflexão sobre os problemas que os estereótipos trazem ao envelhecer.

Ótimas reflexões trazidas pela Profª Dra. Valmari Aranha sobre esteriótipos no envelhecimento

Começou analisando o que sustenta um clichê direcionado aos idosos:

  • Medos, doenças, fragilidade, perda, mudanças físicas e sociais;
  • Solidão e carência
  • Negação
  • Fragilidade
  • Descuido e Negligência
  • Rigidez e Não adaptação

Também falou sobre a diferença entre o Ageism – processo de estereotipagem e discriminação sistemáticos contra as pessoas devido à sua idade (Butler, 1969) – e o Velhicismo – conjunto de atitudes negativas, socialmente estereotipadas, que trazem prejuízo:

O Ageism é, portanto, algo contra o envelhecimento do corpo, quase um inimigo (“não se combate o que é natural”). Já o Velhicismo é quando os idosos têm comportamentos que prejudicam os outros, não sendo necessário (furar fila, ser mal educado etc).

Antigamente o idoso era visto como sábio, experiente, professor, guardião das tradições, da história de da cultura do seu povo.

A professora Valmari destaca que um dos motivos pelos quais o estereótipo ainda existe é porque não temos conhecimento complexo, flexível e crítico do envelhecimento.

Para finalizar, a professora aconselha para a nova geração de velhos:

  • Se sentir confortável no mundo e se faz ouvir
  • Reinventando a forma de viver e perceber a velhice
  • Saber que é um processo individual e com múltiplas oportunidades
  • Resiliência
  • Autocuidado
  • Um envelhecimento ativo e atuante (além das aparências)

E ainda dá exemplos: Xuxa (56 anos) e Paul McCartney (76 anos).


Outros destaques da II Jornada

A Dra. Cláudia M. Beré, promotora de justiça, deu a palestra “O Futuro da Políticas Públicas” e deu alguns bons exemplos dos desafios na esfera pública para idosos. Ela contou casos, a burocracia que os projetos de lei enfrentam para se tornarem realidade e deu dicas sobre direitos dos idosos.


Dra. Myrian Najas falando sobre a importância da nutrição no envelhecer

No Painel “Longevidade bem-sucedida”, a nutricionista e coordenadora do InterAção apresentou as palestras:

  • Qual a influência da atividade física – apresentada por Neide Alessandra S. P. Nascimento, profissional de Educação Física da Gerência de Estudos e Programas Sociais (GEPROS) do SESC de São Paulo
  • Como a Nutrição pode contribuir – da Dra. Myrian Najas, nutricionista da UNIFESP e especialista em gerontologia.

Também foi destaque a palestra “Longevidade e as Promessas de vida eterna”, da geriatra da UNIFESP, Dra. Maisa Kairalla, falando sobre os possíveis avanços na medicina e até quando o ser humano pode viver.  

Além disso, o Painel: “Novas Perspectivas para o Futuro”, coordenada pela Dra. Monica Rodrigues Perracini (fisioterapeuta e especialista em gerontologia) e com as especialistas Jullyanne Marques (gerontóloga), falando sobre qualidade de vida, e a Dra. Naira Lemos (assistente social da UNIFESP – SBGG) dando mais dicas sobre o cuidado com os idosos.

A 50+ SAÚDE estava presente apresentando a empresa e produtos para qualidade de vida



Como a Medicina Integrativa pode melhorar sua saúde e qualidade de vida

Você sabe o que é Medicina Integrativa?

Medicina Integrativa é uma especialidade que visa estudar o metabolismo de cada indivíduo como um todo, para que a saúde seja a melhor possível e doenças sejam evitadas.

Quando já instaladas, o tratamento pode ajudar a reduzir a quantidade de medicações, uma vez que a causa dos problemas está sendo investigada, não apenas a consequência final.

“Ela propõe um resgate das práticas mais antigas sem negar os avanços da medicina convencional”, define o médico Paulo de Tarso Lima, coordenador do Grupo de Medicina Integrativa do Hospital Israelita Albert Einstein.

“A medicina integrativa é um tratamento além da doença. Tratamos o paciente como um todo, desde o seu estilo de vida, até a forma como ele se relaciona com o ambiente. A interação com o paciente é muito importante. Vemos hoje muitos médicos que sequer olham nos olhos de seus pacientes. Acredito que se conseguirmos agir preventivamente, antes da doença levar a pessoa ao hospital, então teríamos mais o que fazer para melhorar a medicina”, disse o Prof. Dr. Chin An Lin, chefe do Ambulatório Geral Didático do HCMFUSP.

A Dra. Paula Bandeira de Mello fez um vídeo (transcrito abaixo) para mostrar a importância da ciência na vida das pessoas.

Confira a explicação e preencha o formulário para verificar como a Medicina Integrativa pode ajudar você a ter mais energia:

Veja o vídeo da Dra. Paula Bandeira de Mello sobre Medicina Integrativa

Oi, tudo bem com você?

Tô aqui para falar um pouco sobre Medicina Integrativa e de que forma e ela pode ajudar você a melhorar a sua saúde.

A Medicina Integrativa é uma abordagem médica que visa deixar o seu metabolismo em níveis ideais.

O melhor que o seu metabolismo pode ser por você:

Com os nutrientes adequados, com os hormônios em níveis ótimos, para que sua saúde seja a melhor possível e você consiga até prevenir doenças para quais a sua genética não te deixava favorável.

Vamos ver como é isso?

Prevenção

O primeiro conceito da Medicina Integrativa é que a prevenção é melhor do que a cura.

E a gente vê hoje em dia algumas doenças sendo tratadas para todo o sempre, certo?

Medicação diária, de uso contínuo, para sempre.

Será que não existe uma outra forma de tratar isso?

Será que a gente não consegue dar ao organismo aquilo que ele realmente precisa?

O nutriente que o organismo precisa para que aquela doença seja curada (ou nem apareça) e tratada na sua causa?

Melhore o terreno

O outro conceito é: melhorar o seu terreno.

Cuidar do corpo como se cuida da terra: nutrir e hidratar

Nosso organismo precisa estar bem nutrido, bem hidratado, precisamos pensar no que a gente está comendo para que seja algo funcional.

Precisamos que a alimentação dê os nutrientes que a gente precisa para construir os hormônios, os neurotransmissores e substâncias essenciais para a nossa saúde.

Não adianta a gente esperar que em um terreno seco e sem nutrientes, por exemplo, surjam frutos e flores, certo?

Você precisa adubar, expor ao sol e regar para que as coisas aconteçam.

Melhorar o metabolismo

A etapa seguinte é otimizar o seu metabolismo.

Não adianta você ver só a glicose (no sangue) ano após ano.

Às vezes a pessoa já está até acima do peso ideal, sabe disso, mas apenas dosa a glicemia e isso não é o suficiente para você se manter saudável.

Exemplo de medidas de glicose

Como na imagem, apenas um resultado de glicemia saiu do considerado normal.

Será que isso quer dizer que o corpo está funcionando tranquilamente?

Ou será que a insulina dessa mesma pessoa, que o laboratório diz que está dentro dos níveis normais, quer dizer que a pessoa está dentro da saúde ideal?

Esses níveis da imagem abaixo, são todos níveis de pré-diabetes.

Niveis de Insulina durante 2016 e 2017

Apenas o “Resultado atual” que não, já que teve uma melhora na alimentação.

Então será que a gente não tem uma forma melhor de cuidar da gente do que só esperar o diagnóstico de doença?

A melhor solução

Como a gente pode fazer isso?

Nutrindo o organismo.

Dando para a tireóide os nutrientes que ela precisa para fazer o hormônio;

Dando para os rins: ÁGUA.

Água não é chá, não é suco, não é refrigerante.

Água!

Tomar de duas em duas horas.

Não beba dois litros de uma vez que vai tudo para o xixi. Você tem que se hidratar ao longo do dia

Você também precisa de magnésio para não ser hipertenso.

Então será que antes de tomar um remédio para pressão, que tal emagrecer e fazer uma suplementação de magnésio com um profissional capacitado?

Antes de tomar um antidepressivo, será que não é melhor deixar o seu intestino apto a captar os nutrientes que você precisa para fazer o que o seu cérebro necessita para não entrar em depressão?

A importância dos hormônios

Qual hormônio, por exemplo, que ajudaria você a ter uma boa saúde sexual, boa saúde óssea – tanto nos dentes como prevenindo Osteopenia e Osteoporose?

Você é capaz de fazer exercício para ganhar e manter massa magra, prevenir câncer de próstata (no caso dos homens), prevenção de depressão

Afinal, que hormônio é esse?

Aqui foram listados apenas alguns dos benefícios da testosterona.

Ela não é um hormônio apenas de homem.

A testosterona é importante para todo mundo. É preciso que a testosterona esteja em níveis ideais para prevenir tudo isso.

É importante também para a saúde cardiovascular (coração).

E é por isso que homens, a partir dos 50 anos, tem mais chance de infarto. Porque a testosterona cai de uma forma mais relevante.

Não precisa ter medo de hormônios.

Se forem orientados por um profissional capacitado e não forem usados derivados intéticos, que realmente trazem riscos para a saúde, você estará previnindo problemas que o avançar da idade naturalmente lhe trariam.

A gente realmente precisa de hormônios, vitaminas e nutrientes para alcançar a melhor saúde possível.

Você precisa apenas de um profissional capacitado para te ajudar a chegar nesse nível.

Hábitos para evitar doenças

Então eu convido você a melhorar os seus hábitos para “descontruir” doenças:

  • Respeitar o horário de sono;
  • Escolher com carinho o que comer – não pense apenas em não ter fome, pense em nutrir o seu corpo;
  • Praticar exercícios físicos.

Os dois primeiros são essenciais para que você seja capaz e possa nutrir o seu corpo para o terceiro: fazer exercícios físicos.

Com tudo isso – e eu não disse que ia ser fácil -, você pode ter um caminho para uma nova vida e um novo estilo de vida.

Saiba mais sobre a sua saúde

Eu formulei um questionário para que você possa entender um pouco mais da sua saúde e saber por onde começar a melhorar.

Entre no formulário, responda as perguntas e comece a mudar a sua saúde e a sua vida.

Dra. Paula Bandeira de Mello

Dra. Paula Bandeira de Mello, médica pós-graduada pela Escola Paulista de Medicina, em Nutrologia e Estética Avançada. Atende atualmente em São Paulo.

Você pode saber mais sobre Medicina Integrativa e sobre a Dra. Paula Bandeira de Mello em sua página no Facebook ou no Instagram.

Ou ainda pelos telefones: (11) 96747-7777 e (11) 3865-0200

Porque o exercício físico é bom para o seu cérebro

A atividade física tem benefícios duradouros para o corpo e para a mente

A conversa em torno dos cuidados de saúde torna-se clara e evidente a cada dia, à medida que os especialistas analisam as suas previsões para as grandes tendências do próximo ano.

Um dos principais tópicos: Será este o ano em que finalmente veremos um medicamento de sucesso para a doença de Alzheimer?

Mas, em vez de jogar um jogo de adivinhação, por que não olhamos para o que sabemos que realmente impede a demência, como o Alzheimer – melhorando o seu estilo de vida?

Corpo Saudável, Mente Saudável

O Governo Federal Estadunidense publicou pela primeira vez as Diretrizes de Atividade Física para Americanos em 2008.

Usando orientações científicas, essas diretrizes fornecem uma visão geral de quanto exercício físico os americanos (e brasileiros) devem realizar a cada semana.

Ou seja, pelo menos dois dias de atividade de fortalecimento muscular combinada com pelo menos 150 minutos de exercício de intensidade moderada ou 75 minutos de exercício de intensidade vigorosa.

Essas diretrizes abordam indivíduos saudáveis e aqueles com risco aumentado de doença crônica, enfatizando como o exercício pode prevenir os efeitos de certas doenças crônicas, como Diabetes Mellitus,  Hipertensão Arterial e inclusive, as chamadas demências, como a Doença de Alzheimer.

Uma edição atualizada das Diretrizes de Atividade Física foi lançada no final de 2018. A principal atualização foi uma seção dedicada à relação entre atividade física e saúde do cérebro.

Infográfico baseado nas Diretrizes de Atividade Física do site do governo estadunidense Health.gov

Esta seção explica os benefícios da atividade física para cognição, sono, depressão, ansiedade e qualidade de vida geral.

O reconhecimento do governo sobre a saúde do cérebro finalmente divulga seu papel integral na saúde geral e destaca como o exercício físico beneficia não apenas seu corpo, mas também sua mente.

Como o exercício melhora a saúde do cérebro

Há muitas maneiras pelas quais o exercício físico melhora a saúde cognitiva.

O exercício aeróbico (também conhecido como cardio) aumenta a frequência cardíaca e aumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro. Sua frequência cardíaca aumentada é acompanhada por respiração mais forte e rápida, dependendo da intensidade do seu treino.

À medida que sua respiração aumentada bombeia mais oxigênio para a corrente sanguínea, mais oxigênio é liberado para o cérebro.

Isso leva à neurogênese – ou à produção de neurônios – em certas partes do cérebro que controlam a memória e o pensamento.

A neurogênese aumenta o volume cerebral, e acredita-se que essa reserva cognitiva ajude a amortecer os efeitos da demência.

Outro fator que media a ligação entre a cognição e o exercício são as neurotrofinas, proteínas que auxiliam a sobrevivência e a função dos neurônios.

Observou-se que o exercício promove a produção de neurotrofinas, levando a uma maior plasticidade cerebral e, portanto, melhor memória e aprendizado.

Além delas, o exercício também resulta em um aumento de neurotransmissores no cérebro, especificamente serotonina e norepinefrina, que aumentam o processamento da informação e o humor.

O que é atividade física moderada?

Efeitos duradouros do exercício na cognição

Em 2017, o Lancet lançou sua comissão de pesquisa sobre prevenção, intervenção e cuidados de demência que demonstrou que 35% dos fatores de risco para o desenvolvimento de demência podem ser atribuídos a traços de estilo de vida modificáveis.

Um componente significativo: exercício físico.

Em um estudo longitudinal realizado pelo Dr. Zhu, da Universidade de Minnesota, testes foram administrados a um grupo de participantes para determinar seus níveis de aptidão física e cognitiva.

Estas pessoas foram acompanhadas e reavaliadas após 25 anos:

Aqueles que eram os mais ativos em 1985 tiveram também o melhor desempenho em testes físicos e cognitivos décadas mais tarde.

Além disso, o exercício dá esperança a pessoas com uma mutação genética rara que as programa para o início precoce da doença de Alzheimer.

Embora o exercício não possa neutralizar completamente sua predisposição genética, as pessoas que se exercitaram por pelo menos 150 minutos por semana tiveram melhores resultados cognitivos em comparação com aqueles que não o fizeram.

Incrivelmente, o exercício poderia atrasar o início da demência em até 15 anos.

O tipo de treino é importante?

Tanto o tipo de treino como o método de manter-se em forma são importantes para ter ou não benefícios cognitivos.

Não basta apenas contar calorias para ficar magro, você ainda precisa se exercitar.

Na verdade, há um termo (em inglês) na medicina para pessoas que não são saudáveis em geral, mas conseguem ficar magras: TOFI (Thin Outside Fat Inside).

Traduzindo para o português: Magro por Fora, Gordo por Dentro.

Em vez de exibirem gordura externamente e parecerem acima do peso, esses indivíduos carregam peso visceralmente, em torno de seus órgãos internos.

Isso é prejudicial para a saúde geral – incluindo a saúde do cérebro.

Entre três grupos de pessoas – indivíduos que perderam peso por meio da alimentação restritiva, pessoas que perderam peso através de exercícios e um grupo que usou uma combinação dos dois – apenas os grupos que fizeram exercícios como parte de seu regime de perda de peso notaram uma melhora na cognição.

Tai Chi aumenta significativamente a cognição.

É mais importante concentrar-se no tipo de exercício que você realiza se seu objetivo é maximizar sua saúde cognitiva.

Uma rotina de múltiplos componentes focada em equilíbrio, flexibilidade e condicionamento aeróbico é melhor do que focar apenas em um tipo de exercício.

Por exemplo, o tai chi foi anunciado como uma forma de uma rotina de exercícios abrangente que aumenta significativamente a cognição.

Uma meta-análise da pesquisa sobre tai chi e cognição descobriu que o exercício exibiu um efeito maior sobre a função cognitiva do que outros tipos de exercício.

No entanto, qualquer exercício é melhor para o cérebro do que nenhum.

Então, escolha o seu exercício!

Vá andando, correndo, nadando, caminhando ou andando de bicicleta.

Aproveite o ar fresco. Entre em contato com a natureza. E colha os muitos benefícios para a saúde do exercício físico e mental.

Esse post foi escrito originalmente por Mylea Charvat, Ph.D., psicóloga clínica, neurocientista translacional e CEO e fundadora da empresa de avaliação cognitiva digital Savonix, na Califórnia, nos Estados Unidos.

O texto foi e postado no site Psychology Today, em janeiro de 2019.

O conteúdo foi traduzido e adaptado pelo Blog 50+ SAÚDE com objetivo de clareza.

Tire as suas dúvidas sobre Infecção Urinária na Mulher

Você sabia que metade das mulheres poderá ter, pelo menos, um episódio de Infecção Urinária em algum momento da vida?  

Entre as principais causas, está a anatomia feminina: a uretra feminina é reta e mais curta que a uretra masculina, facilitando a entrada e migração de bactérias para a bexiga urinária.

Além disso, a uretra – canal que leva a urina da bexiga até o meio externo, na mulher, é exteriorizada na região da vulva, próximo à vagina e ao ânus.

A curta distância entre a uretra e o ânus, facilita que bactérias entrem pela uretra e se instalem na bexiga.  

A bactéria mais comum da Infecção Urinária na Mulher é a Escherichia coli, que é um microrganismo comum no intestino, mas que, quando se instala na bexiga, produz a Infecção Urinária.    

O que é Infecção Urinária?

A Infecção Urinária, também chamada de Infecção do Trato Urinário – ITU, é um quadro infeccioso que pode ocorrer nos órgãos do trato urinário, principalmente bexiga e rins.

Quando a bexiga é afetada, o que ocorre com mais frequência, a infecção urinária é chamada de Cistite, e quando os rins também são afetados, ocorre a Pielonefrite, que é um tipo de infecção urinária mais grave.

Como posso saber se estou com infecção urinária?

Existem alguns sinais e sintomas que podem alertar a mulher sobre a possibilidade de estar com uma infecção urinária.

Sinais e sintomas mais frequentes da infecção urinária:

dor ou ardência ao urinar;

– sensação de urgência para urinar;

– aumento do número de vezes que vai ao banheiro urinar;

– urina escura;

– urina com odor forte;

– dor no “pé da barriga”;

– incontinência urinária.

Vale ressaltar que, no caso da Pielonefrite, surgem também outros sintomas como dor lombar, febre, calafrios, náuseas e vômitos.  

Como são o diagnóstico e o tratamento da Infecção Urinária?

Caso ocorram algum destes sinais e sintomas, você deve procurar imediatamente um serviço de saúde para o correto diagnóstico e tratamento.

O diagnóstico médico consiste na avaliação dos sinais e sintomas, e dos exames laboratoriais como exame de urina e sangue, que podem confirmar a presença de uma infecção.

Destaque para a Uretra


Além disso, um exame de imagem como Tomografia ou Ultrassonografia pode ser solicitado, para identificar possíveis anormalidades no Sistema Urinário.

No tratamento da Cistite, antibióticos, analgésicos e hidratação, frequentemente resolvem o quadro.

O médico vai indicar qual o antibiótico adequado para cada caso.

Quando o diagnóstico for de Pielonefrite, o tratamento é mais prolongado e pode ser necessário a internação hospitalar.

É possível prevenir a Infecção Urinária?

Sim, é possível prevenir a Infecção Urinária na mulher. Você pode começar com:

1) Hidratação

Beba água com frequência, contribui para a saúde como um todo.

Além disso, faz com que a mulher urine com mais frequência, o que ajuda a expelir bactérias que possam ter alcançado a bexiga.

2)    Não segurar o xixi:

Muitas mulheres têm o hábito de segurar a urina.

Ou seja, demorar para ir ao banheiro urinar, mesmo que esteja com a bexiga cheia.

Este hábito deve ser evitado, porque o xixi parado por muito tempo na bexiga facilita a proliferação de bactérias.

Por outro lado, urinar funciona como uma lavagem da bexiga, e auxilia na eliminação das bactérias.

3)    Higiene íntima:

Lembre-se sempre que a higiene da mulher, após urinar ou evacuar, deve ser feita de frente para trás, ou seja, iniciar a limpeza na região da vulva e terminar na região do ânus, nunca o contrário.

Esta medida evita que, durante a higiene, bactérias do intestino sejam “carregadas” para a região da uretra feminina, o que poderia facilitar a infecção urinária.

Portanto, comece agora!

Beber água, não segurar a urina e fazer higiene íntima no sentido correto, são algumas medidas simples que podem ser incluídas no seu dia-a-dia.