Como a Medicina Integrativa pode melhorar sua saúde e qualidade de vida

Você sabe o que é Medicina Integrativa?

Medicina Integrativa é uma especialidade que visa estudar o metabolismo de cada indivíduo como um todo, para que a saúde seja a melhor possível e doenças sejam evitadas.

Quando já instaladas, o tratamento pode ajudar a reduzir a quantidade de medicações, uma vez que a causa dos problemas está sendo investigada, não apenas a consequência final.

“Ela propõe um resgate das práticas mais antigas sem negar os avanços da medicina convencional”, define o médico Paulo de Tarso Lima, coordenador do Grupo de Medicina Integrativa do Hospital Israelita Albert Einstein.

“A medicina integrativa é um tratamento além da doença. Tratamos o paciente como um todo, desde o seu estilo de vida, até a forma como ele se relaciona com o ambiente. A interação com o paciente é muito importante. Vemos hoje muitos médicos que sequer olham nos olhos de seus pacientes. Acredito que se conseguirmos agir preventivamente, antes da doença levar a pessoa ao hospital, então teríamos mais o que fazer para melhorar a medicina”, disse o Prof. Dr. Chin An Lin, chefe do Ambulatório Geral Didático do HCMFUSP.

A Dra. Paula Bandeira de Mello fez um vídeo (transcrito abaixo) para mostrar a importância da ciência na vida das pessoas.

Confira a explicação e preencha o formulário para verificar como a Medicina Integrativa pode ajudar você a ter mais energia:

Veja o vídeo da Dra. Paula Bandeira de Mello sobre Medicina Integrativa

Oi, tudo bem com você?

Tô aqui para falar um pouco sobre Medicina Integrativa e de que forma e ela pode ajudar você a melhorar a sua saúde.

A Medicina Integrativa é uma abordagem médica que visa deixar o seu metabolismo em níveis ideais.

O melhor que o seu metabolismo pode ser por você:

Com os nutrientes adequados, com os hormônios em níveis ótimos, para que sua saúde seja a melhor possível e você consiga até prevenir doenças para quais a sua genética não te deixava favorável.

Vamos ver como é isso?

Prevenção

O primeiro conceito da Medicina Integrativa é que a prevenção é melhor do que a cura.

E a gente vê hoje em dia algumas doenças sendo tratadas para todo o sempre, certo?

Medicação diária, de uso contínuo, para sempre.

Será que não existe uma outra forma de tratar isso?

Será que a gente não consegue dar ao organismo aquilo que ele realmente precisa?

O nutriente que o organismo precisa para que aquela doença seja curada (ou nem apareça) e tratada na sua causa?

Melhore o terreno

O outro conceito é: melhorar o seu terreno.

Cuidar do corpo como se cuida da terra: nutrir e hidratar

Nosso organismo precisa estar bem nutrido, bem hidratado, precisamos pensar no que a gente está comendo para que seja algo funcional.

Precisamos que a alimentação dê os nutrientes que a gente precisa para construir os hormônios, os neurotransmissores e substâncias essenciais para a nossa saúde.

Não adianta a gente esperar que em um terreno seco e sem nutrientes, por exemplo, surjam frutos e flores, certo?

Você precisa adubar, expor ao sol e regar para que as coisas aconteçam.

Melhorar o metabolismo

A etapa seguinte é otimizar o seu metabolismo.

Não adianta você ver só a glicose (no sangue) ano após ano.

Às vezes a pessoa já está até acima do peso ideal, sabe disso, mas apenas dosa a glicemia e isso não é o suficiente para você se manter saudável.

Exemplo de medidas de glicose

Como na imagem, apenas um resultado de glicemia saiu do considerado normal.

Será que isso quer dizer que o corpo está funcionando tranquilamente?

Ou será que a insulina dessa mesma pessoa, que o laboratório diz que está dentro dos níveis normais, quer dizer que a pessoa está dentro da saúde ideal?

Esses níveis da imagem abaixo, são todos níveis de pré-diabetes.

Niveis de Insulina durante 2016 e 2017

Apenas o “Resultado atual” que não, já que teve uma melhora na alimentação.

Então será que a gente não tem uma forma melhor de cuidar da gente do que só esperar o diagnóstico de doença?

A melhor solução

Como a gente pode fazer isso?

Nutrindo o organismo.

Dando para a tireóide os nutrientes que ela precisa para fazer o hormônio;

Dando para os rins: ÁGUA.

Água não é chá, não é suco, não é refrigerante.

Água!

Tomar de duas em duas horas.

Não beba dois litros de uma vez que vai tudo para o xixi. Você tem que se hidratar ao longo do dia

Você também precisa de magnésio para não ser hipertenso.

Então será que antes de tomar um remédio para pressão, que tal emagrecer e fazer uma suplementação de magnésio com um profissional capacitado?

Antes de tomar um antidepressivo, será que não é melhor deixar o seu intestino apto a captar os nutrientes que você precisa para fazer o que o seu cérebro necessita para não entrar em depressão?

A importância dos hormônios

Qual hormônio, por exemplo, que ajudaria você a ter uma boa saúde sexual, boa saúde óssea – tanto nos dentes como prevenindo Osteopenia e Osteoporose?

Você é capaz de fazer exercício para ganhar e manter massa magra, prevenir câncer de próstata (no caso dos homens), prevenção de depressão

Afinal, que hormônio é esse?

Aqui foram listados apenas alguns dos benefícios da testosterona.

Ela não é um hormônio apenas de homem.

A testosterona é importante para todo mundo. É preciso que a testosterona esteja em níveis ideais para prevenir tudo isso.

É importante também para a saúde cardiovascular (coração).

E é por isso que homens, a partir dos 50 anos, tem mais chance de infarto. Porque a testosterona cai de uma forma mais relevante.

Não precisa ter medo de hormônios.

Se forem orientados por um profissional capacitado e não forem usados derivados intéticos, que realmente trazem riscos para a saúde, você estará previnindo problemas que o avançar da idade naturalmente lhe trariam.

A gente realmente precisa de hormônios, vitaminas e nutrientes para alcançar a melhor saúde possível.

Você precisa apenas de um profissional capacitado para te ajudar a chegar nesse nível.

Hábitos para evitar doenças

Então eu convido você a melhorar os seus hábitos para “descontruir” doenças:

  • Respeitar o horário de sono;
  • Escolher com carinho o que comer – não pense apenas em não ter fome, pense em nutrir o seu corpo;
  • Praticar exercícios físicos.

Os dois primeiros são essenciais para que você seja capaz e possa nutrir o seu corpo para o terceiro: fazer exercícios físicos.

Com tudo isso – e eu não disse que ia ser fácil -, você pode ter um caminho para uma nova vida e um novo estilo de vida.

Saiba mais sobre a sua saúde

Eu formulei um questionário para que você possa entender um pouco mais da sua saúde e saber por onde começar a melhorar.

Entre no formulário, responda as perguntas e comece a mudar a sua saúde e a sua vida.

Dra. Paula Bandeira de Mello

Dra. Paula Bandeira de Mello, médica pós-graduada pela Escola Paulista de Medicina, em Nutrologia e Estética Avançada. Atende atualmente em São Paulo.

Você pode saber mais sobre Medicina Integrativa e sobre a Dra. Paula Bandeira de Mello em sua página no Facebook ou no Instagram.

Ou ainda pelos telefones: (11) 96747-7777 e (11) 3865-0200

Porque o exercício físico é bom para o seu cérebro

A atividade física tem benefícios duradouros para o corpo e para a mente

A conversa em torno dos cuidados de saúde torna-se clara e evidente a cada dia, à medida que os especialistas analisam as suas previsões para as grandes tendências do próximo ano.

Um dos principais tópicos: Será este o ano em que finalmente veremos um medicamento de sucesso para a doença de Alzheimer?

Mas, em vez de jogar um jogo de adivinhação, por que não olhamos para o que sabemos que realmente impede a demência, como o Alzheimer – melhorando o seu estilo de vida?

Corpo Saudável, Mente Saudável

O Governo Federal Estadunidense publicou pela primeira vez as Diretrizes de Atividade Física para Americanos em 2008.

Usando orientações científicas, essas diretrizes fornecem uma visão geral de quanto exercício físico os americanos (e brasileiros) devem realizar a cada semana.

Ou seja, pelo menos dois dias de atividade de fortalecimento muscular combinada com pelo menos 150 minutos de exercício de intensidade moderada ou 75 minutos de exercício de intensidade vigorosa.

Essas diretrizes abordam indivíduos saudáveis e aqueles com risco aumentado de doença crônica, enfatizando como o exercício pode prevenir os efeitos de certas doenças crônicas, como Diabetes Mellitus,  Hipertensão Arterial e inclusive, as chamadas demências, como a Doença de Alzheimer.

Uma edição atualizada das Diretrizes de Atividade Física foi lançada no final de 2018. A principal atualização foi uma seção dedicada à relação entre atividade física e saúde do cérebro.

Infográfico baseado nas Diretrizes de Atividade Física do site do governo estadunidense Health.gov

Esta seção explica os benefícios da atividade física para cognição, sono, depressão, ansiedade e qualidade de vida geral.

O reconhecimento do governo sobre a saúde do cérebro finalmente divulga seu papel integral na saúde geral e destaca como o exercício físico beneficia não apenas seu corpo, mas também sua mente.

Como o exercício melhora a saúde do cérebro

Há muitas maneiras pelas quais o exercício físico melhora a saúde cognitiva.

O exercício aeróbico (também conhecido como cardio) aumenta a frequência cardíaca e aumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro. Sua frequência cardíaca aumentada é acompanhada por respiração mais forte e rápida, dependendo da intensidade do seu treino.

À medida que sua respiração aumentada bombeia mais oxigênio para a corrente sanguínea, mais oxigênio é liberado para o cérebro.

Isso leva à neurogênese – ou à produção de neurônios – em certas partes do cérebro que controlam a memória e o pensamento.

A neurogênese aumenta o volume cerebral, e acredita-se que essa reserva cognitiva ajude a amortecer os efeitos da demência.

Outro fator que media a ligação entre a cognição e o exercício são as neurotrofinas, proteínas que auxiliam a sobrevivência e a função dos neurônios.

Observou-se que o exercício promove a produção de neurotrofinas, levando a uma maior plasticidade cerebral e, portanto, melhor memória e aprendizado.

Além delas, o exercício também resulta em um aumento de neurotransmissores no cérebro, especificamente serotonina e norepinefrina, que aumentam o processamento da informação e o humor.

O que é atividade física moderada?

Efeitos duradouros do exercício na cognição

Em 2017, o Lancet lançou sua comissão de pesquisa sobre prevenção, intervenção e cuidados de demência que demonstrou que 35% dos fatores de risco para o desenvolvimento de demência podem ser atribuídos a traços de estilo de vida modificáveis.

Um componente significativo: exercício físico.

Em um estudo longitudinal realizado pelo Dr. Zhu, da Universidade de Minnesota, testes foram administrados a um grupo de participantes para determinar seus níveis de aptidão física e cognitiva.

Estas pessoas foram acompanhadas e reavaliadas após 25 anos:

Aqueles que eram os mais ativos em 1985 tiveram também o melhor desempenho em testes físicos e cognitivos décadas mais tarde.

Além disso, o exercício dá esperança a pessoas com uma mutação genética rara que as programa para o início precoce da doença de Alzheimer.

Embora o exercício não possa neutralizar completamente sua predisposição genética, as pessoas que se exercitaram por pelo menos 150 minutos por semana tiveram melhores resultados cognitivos em comparação com aqueles que não o fizeram.

Incrivelmente, o exercício poderia atrasar o início da demência em até 15 anos.

O tipo de treino é importante?

Tanto o tipo de treino como o método de manter-se em forma são importantes para ter ou não benefícios cognitivos.

Não basta apenas contar calorias para ficar magro, você ainda precisa se exercitar.

Na verdade, há um termo (em inglês) na medicina para pessoas que não são saudáveis em geral, mas conseguem ficar magras: TOFI (Thin Outside Fat Inside).

Traduzindo para o português: Magro por Fora, Gordo por Dentro.

Em vez de exibirem gordura externamente e parecerem acima do peso, esses indivíduos carregam peso visceralmente, em torno de seus órgãos internos.

Isso é prejudicial para a saúde geral – incluindo a saúde do cérebro.

Entre três grupos de pessoas – indivíduos que perderam peso por meio da alimentação restritiva, pessoas que perderam peso através de exercícios e um grupo que usou uma combinação dos dois – apenas os grupos que fizeram exercícios como parte de seu regime de perda de peso notaram uma melhora na cognição.

Tai Chi aumenta significativamente a cognição.

É mais importante concentrar-se no tipo de exercício que você realiza se seu objetivo é maximizar sua saúde cognitiva.

Uma rotina de múltiplos componentes focada em equilíbrio, flexibilidade e condicionamento aeróbico é melhor do que focar apenas em um tipo de exercício.

Por exemplo, o tai chi foi anunciado como uma forma de uma rotina de exercícios abrangente que aumenta significativamente a cognição.

Uma meta-análise da pesquisa sobre tai chi e cognição descobriu que o exercício exibiu um efeito maior sobre a função cognitiva do que outros tipos de exercício.

No entanto, qualquer exercício é melhor para o cérebro do que nenhum.

Então, escolha o seu exercício!

Vá andando, correndo, nadando, caminhando ou andando de bicicleta.

Aproveite o ar fresco. Entre em contato com a natureza. E colha os muitos benefícios para a saúde do exercício físico e mental.

Esse post foi escrito originalmente por Mylea Charvat, Ph.D., psicóloga clínica, neurocientista translacional e CEO e fundadora da empresa de avaliação cognitiva digital Savonix, na Califórnia, nos Estados Unidos.

O texto foi e postado no site Psychology Today, em janeiro de 2019.

O conteúdo foi traduzido e adaptado pelo Blog 50+ SAÚDE com objetivo de clareza.

Tire as suas dúvidas sobre Infecção Urinária na Mulher

Você sabia que metade das mulheres poderá ter, pelo menos, um episódio de Infecção Urinária em algum momento da vida?  

Entre as principais causas, está a anatomia feminina: a uretra feminina é reta e mais curta que a uretra masculina, facilitando a entrada e migração de bactérias para a bexiga urinária.

Além disso, a uretra – canal que leva a urina da bexiga até o meio externo, na mulher, é exteriorizada na região da vulva, próximo à vagina e ao ânus.

A curta distância entre a uretra e o ânus, facilita que bactérias entrem pela uretra e se instalem na bexiga.  

A bactéria mais comum da Infecção Urinária na Mulher é a Escherichia coli, que é um microrganismo comum no intestino, mas que, quando se instala na bexiga, produz a Infecção Urinária.    

O que é Infecção Urinária?

A Infecção Urinária, também chamada de Infecção do Trato Urinário – ITU, é um quadro infeccioso que pode ocorrer nos órgãos do trato urinário, principalmente bexiga e rins.

Quando a bexiga é afetada, o que ocorre com mais frequência, a infecção urinária é chamada de Cistite, e quando os rins também são afetados, ocorre a Pielonefrite, que é um tipo de infecção urinária mais grave.

Como posso saber se estou com infecção urinária?

Existem alguns sinais e sintomas que podem alertar a mulher sobre a possibilidade de estar com uma infecção urinária.

Sinais e sintomas mais frequentes da infecção urinária:

dor ou ardência ao urinar;

– sensação de urgência para urinar;

– aumento do número de vezes que vai ao banheiro urinar;

– urina escura;

– urina com odor forte;

– dor no “pé da barriga”;

– incontinência urinária.

Vale ressaltar que, no caso da Pielonefrite, surgem também outros sintomas como dor lombar, febre, calafrios, náuseas e vômitos.  

Como são o diagnóstico e o tratamento da Infecção Urinária?

Caso ocorram algum destes sinais e sintomas, você deve procurar imediatamente um serviço de saúde para o correto diagnóstico e tratamento.

O diagnóstico médico consiste na avaliação dos sinais e sintomas, e dos exames laboratoriais como exame de urina e sangue, que podem confirmar a presença de uma infecção.

Destaque para a Uretra


Além disso, um exame de imagem como Tomografia ou Ultrassonografia pode ser solicitado, para identificar possíveis anormalidades no Sistema Urinário.

No tratamento da Cistite, antibióticos, analgésicos e hidratação, frequentemente resolvem o quadro.

O médico vai indicar qual o antibiótico adequado para cada caso.

Quando o diagnóstico for de Pielonefrite, o tratamento é mais prolongado e pode ser necessário a internação hospitalar.

É possível prevenir a Infecção Urinária?

Sim, é possível prevenir a Infecção Urinária na mulher. Você pode começar com:

1) Hidratação

Beba água com frequência, contribui para a saúde como um todo.

Além disso, faz com que a mulher urine com mais frequência, o que ajuda a expelir bactérias que possam ter alcançado a bexiga.

2)    Não segurar o xixi:

Muitas mulheres têm o hábito de segurar a urina.

Ou seja, demorar para ir ao banheiro urinar, mesmo que esteja com a bexiga cheia.

Este hábito deve ser evitado, porque o xixi parado por muito tempo na bexiga facilita a proliferação de bactérias.

Por outro lado, urinar funciona como uma lavagem da bexiga, e auxilia na eliminação das bactérias.

3)    Higiene íntima:

Lembre-se sempre que a higiene da mulher, após urinar ou evacuar, deve ser feita de frente para trás, ou seja, iniciar a limpeza na região da vulva e terminar na região do ânus, nunca o contrário.

Esta medida evita que, durante a higiene, bactérias do intestino sejam “carregadas” para a região da uretra feminina, o que poderia facilitar a infecção urinária.

Portanto, comece agora!

Beber água, não segurar a urina e fazer higiene íntima no sentido correto, são algumas medidas simples que podem ser incluídas no seu dia-a-dia.

Sobre a grandeza dos avós

Pesquisas mostram o que torna os avós tão especiais

Como muitos dos meus amigos, eu fui para a faculdade fora do meu Estado de origem e fiquei fora por um tempo depois de me formar.

Vários anos atrás, consegui um emprego perto dos meus pais que vivem a cerca de 45 minutos de distância.

Eu me considerava com bastante sorte por conseguir um emprego onde eu poderia viver tão perto de onde cresci, mas eu não sabia o quão sortuda eu era até que eu tive filhos.

Quando meu primeiro filho nasceu, há três anos, meus pais adotaram plenamente seus novos papéis de avós da maneira mais proveitosa possível.

Eles participam do cuidado semanalmente, eles trocam as fraldas com cocô (pelo menos avó faz), eles ficam no chão para brincar com os netos, eles brincam de esconde-esconde, e eles não têm medo de ficar na sujeira.

Eles fazem tudo isso, independentemente do fato de já terem feito isso como pais (e fazem questão de me lembrar disso o máximo possível).

Seu apoio não é apenas útil para mim como mãe, mas também é benéfico para meus filhos, que amam seus avós.

Eu posso deixar as crianças com meus pais sem estresse e preocupações, sabendo que eles entendem completamente as necessidades de meus filhos, e sabendo que meus filhos estão mais do que felizes por eu deixá-los com seus companheiros favoritos.

Embora nem todos os avós sejam parecidos, a pesquisa apoia a ideia de que manter um relacionamento próximo entre os avós e seus netos é bom para todos os envolvidos.

Na verdade, os netos adultos que têm uma relação próxima com os avós são menos propensos a ter sintomas de depressão do que os adultos que não têm esse tipo de relacionamento (Moorman & Stokes, 2014).

Isto também é verdade para os avós, que também são menos propensos a ter sintomas depressivos se tiverem relacionamentos próximos com seus netos.

De fato, pesquisas sugerem que fornecer algum tipo de cuidado para um neto – cuidá-los nos finais de semana, por exemplo – está relacionado à maior expectativa de vida do avô quando comparado aos avós que não cuidam de seus netos pequenos ou adultos (Hilbrand, Coall, Gerstorf, & Hertwig, 2017).

Hipótese da Avó e Alloparenting

imagem por sasint/pixabay

Antropólogos e psicólogos evolucionistas até sugeriram que os avós – e as avós especificamente – têm desempenhado um papel importante na sobrevivência humana ao longo da evolução.

A “Hipótese da Avó” propõe que a ajuda da avó levaria a maiores recursos para a criança, uma maior taxa de sobrevivência e, em última análise, maior expectativa de vida para os seres humanos em geral.

Na mesma linha, vários pesquisadores sugeriram que a forma mais vantajosa de criar filhos é envolvê-los com um sistema de cuidadores (como os avós) que fornecem amor e apoio às crianças (e à mãe).

Esse tipo de sistema é chamado de alloparenting (em inglês), e envolve situações em que várias pessoas estão relacionadas no cuidado de uma criança além dos pais biológicos da criança (Hrdy, 2011).

A ideia, semelhante à “Hipótese da Avó”, é que quanto mais crianças e mães recebem apoio – particularmente de pessoas como avós que já têm experiência em criar os filhos -, melhor as crianças se sairão.

De fato, pesquisas sugerem que quanto maior o número de relacionamentos próximos e cuidadosos que se tem, melhor será a saúde e o bem-estar da pessoa ao longo da vida (por exemplo, Feeney & Collins, 2014).

Claro, é bastante intuitivo que uma mão amiga de um avô possa ser benéfica para a vida cotidiana de seus netos.

O que não é tão intuitivo é o papel duradouro e potencialmente vital que os avós podem ter desempenhado na criação de crianças ao longo da história humana.

E estamos falando apenas de avós que ajudam a criar seus netos.

Não podemos nos esquecer que há cerca de 2,9 milhões de avós, apenas nos EUA – chamados avós de custódia -, que criam seus netos por conta própria, muitas vezes à custa de sua própria saúde e bem-estar (Hayslip & Kaminski, 2005).

Então, aparentemente, temos muito a agradecer aos avós, o que eu tenho certeza que eles ficarão felizes em nos lembrar nos próximos anos.


Esse post foi escrito originalmente por Vanessa LoBue, Ph.D. e professora associada de psicologia na Rutgers University-Newark, especializada em desenvolvimento infantil, além de ser diretora do Child Study Center (Centro de Estudos da Criança) em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Ela também é mãe. Você pode segui-la no Twitter, ou confira mais posts no seu site: The Baby Scientist.

O texto foi e postado no site Psychology Today, em novembro de 2018.

O conteúdo foi traduzido e adaptado pelo Blog 50+ SAÚDE com objetivo de clareza.

ANVISA proibe venda de termômetros de mercúrio

Entenda o porquê da lei e conheça os termômetros digitais que os substituem

“Ih! Está quente…”  As mãos experientes de avós e mães na testa de uma criança já acusam que a temperatura corporal aumentou, ou seja, ela está com febre.

Mas quando chegam ao consultório, a pergunta é inevitável:

Mediu a febre? E é aí que entra a importância de utilizar o termômetro, que traduz em detalhes, o que já foi detectado pelas mãos experientes.

Portanto, para a medida precisa da temperatura, é importante entender como funcionam os termômetros digitais e porque não utilizar os termômetros de mercúrio.

Para que serve o termômetro?

O termômetro é um aparelho utilizado para medir a temperatura, claro.

Existem diversos tipos de termômetros, utilizados em diferentes especialidades da indústria, nas empresas do ramo de alimentação, entre outros.

Os termômetros que medem a temperatura corporal são chamados de termômetros clínicos.

No Brasil, o Grau Celsius (ºC) é a unidade de medida utilizada para leitura da temperatura.

A faixa de leitura para a temperatura corporal varia de 35 à 42 ºC, com divisões de 0,1 ºC.

Quais são os tipos de termômetros clínicos?

O termômetro clínico é utilizado em casa ou nas instituições de saúde, como consultórios, Unidades Básicas de Saúde – UBS, hospitais e Instituições de Longa Permanência para Idosos – ILPI.

O Termômetro Digital Flexível (do tipo clínico digital)

Atualmente, os modelos indicados para medir a temperatura com segurança, são os termômetros digitais.

Os termômetros de mercúrio são também conhecidos como termômetros analógicos e foram amplamente utilizados no passado.

Porém não são mais recomendados, porque o mercúrio é considerado uma substância tóxica.

Entenda melhor:

Termômetro Clínico Analógico

Este é um modelo de termômetro de vidro.

Dentro dele, um tubo de vidro menor, armazena uma quantidade de fluido sensível ao calor,  o mercúrio.

Ele é a substância geralmente utilizada, por isso ficou também conhecido como termômetro de mercúrio.

Mas atenção!!!!

Este modelo não pode mais ser fabricado no Brasil e em mais 140 países, que assinaram a Convenção de Minamata.

A Convenção tem como principal objetivo “proteger a saúde humana e o meio ambiente dos efeitos adversos de emissões e liberações de mercúrio e seus compostos”.

Por isso, a diretoria da ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, aprovou medidas para retirar do mercado, a partir de 1º de janeiro de 2019, materiais de saúde que utilizam o mercúrio em sua composição, entre estes, o termômetro de mercúrio.

Portanto, se você ainda tem um termômetro de mercúrio em casa, em caso de quebra do produto, precisa seguir as seguintes recomendações da ANVISA:


Você tem termômetro de mercúrio em casa?

Os termômetros digitais vêm substituindo os termômetros com mercúrio há alguns anos. Apenas dois produtos desse tipo ainda têm registro no Brasil.

No entanto, como é um produto sem prazo de validade, é possível que algumas pessoas ainda tenham este tipo de artigo em casa.

A quantidade de mercúrio presente em termômetros de uso caseiro não chega a ser comprometedora.

Mas em caso de acidentes é importante tomar as seguintes precauções:

  •      Não permita que crianças brinquem com as bolinhas de mercúrio;
  •      Utilize luvas de procedimentos e máscara descartável e recolha com cuidado os restos de vidro em toalha de papel e coloque em recipiente resistente à ruptura, para evitar ferimento e feche hermeticamente;
  •      Localize as “bolinhas” de mercúrio e junte-as com cuidado utilizando um papel cartão ou similar. Recolha as gotas de mercúrio com uma seringa sem agulha. As gotas menores podem ser recolhidas com uma fita adesiva;
  •      Transfira o mercúrio recolhido para o recipiente de plástico duro e resistente, feche hermeticamente e cole um rótulo indicando o que há no recipiente;
  •      Recipientes que acondicionem mercúrio líquido ou seus resíduos contaminados devem estar armazenados com certa quantidade de água (selo hídrico) que cubra esses resíduos, para minimizar a formação de vapores de mercúrio;
  •      Identifique o recipiente, escrevendo na parte externa “Resíduos tóxicos contendo mercúrio”;
  •      Não use aspirador, pois isso vai acelerar a evaporação do mercúrio, assim como contaminar outros resíduos contidos no aspirador;
  •      Coloque o recipiente em uma sacola fechada;
  •      Entre em contato com o serviço de limpeza urbana do seu município ou órgão ambiental (Estadual ou Municipal) para saber como proceder a entrega do material recolhido.

Termômetro Clínico Digital

Portanto, os termômetros digitais são os indicados para uso seguro tanto no ambiente doméstico como em instituições de saúde.

Os modelos mais simples de termômetro clínico digital possuem um circuito eletrônico alimentado por uma pequena bateria.

O sensor de temperatura fica na extremidade mais fina do aparelho.

Esta tecnologia é protegida por um estojo plástico com formato desenhado para facilitar a sua utilização e com um visor que permite a leitura aferida da temperatura corporal.

Após o usuário apertar o botão de início da medida, um cronômetro interno é ativado e, assim, um sinal sonoro avisa que a leitura da temperatura já foi realizada.

Geralmente esse procedimento leva em torno de 3 minutos.

É importante ressaltar que estes modelos de termômetros digitais são mais utilizados para medida de temperatura axilar. Um método amplamente divulgado no Brasil.

Contudo, é necessário atentar para a maneira correta de utilização:

A ponta do termômetro deve ser colocada no centro da axila e em contato direto com a pele, porém nunca com a roupa.

O braço do adulto ou criança que necessita da medida de temperatura, deverá ficar dobrado sobre o tórax,até que o alarme sonoro dispare indicando assim que a temperatura já foi aferida.

Se a criança ou o adulto não puder auxiliar, uma pessoa deverá segurar o seu braço para manter o termômetro no lugar e permitir a medida correta da temperatura corporal.

Os termômetros podem ser encontrados nos modelos: Termômetro Digital Rígido  e Termômetro Digital Flexível.

O Termômetro Digital Rígido

Termômetro Clínico Digital Infravermelho

Os termômetros digitais com tecnologia infravermelho possuem um sistema que, de acordo com a temperatura medida, altera a cor da tela.

Ela fica verde para uma temperatura normal e vermelho para uma condição de febre.

O sensor infravermelho capta a temperatura emitida pela pessoa e um sinal elétrico é levado para um chip programado para, dessa maneira, emitir o valor real da temperatura corporal na tela LCD.

O aparelho pode ser programado para leitura em Grau Celsius (ºC) ou Fahrenheit (ºF).

Convém relembrar que no Brasil, da mesma forma que na Europa, a referência para temperatura corporal é o Grau Celsius (ºC).

Uma vez que, nos Estados Unidos, a unidade de medida é em Fahrenheit (ºF).

Além disso, alguns modelos armazenam um histórico de medidas realizadas.

Seu design é mais robusto e anatômico e são alimentados principalmente por baterias de longa duração que podem ser substituídas.   

Alguns possuem a funcionalidade de leitura da temperatura do ouvido ou da testa.

Porém, o mais comum e fácil de realizar é a leitura da temperatura da testa, que é instantânea.

Para utilizar, basta pressionar o botão iniciar e mirar o sensor infravermelho com uma distância aproximada de 3 cm da testa da pessoa.

Muitos conhecem este aparelho como Termômetro Digital de Testa.

Apesar do maior custo dos termômetros digitais com tecnologia infravermelho, estes têm maior durabilidade.

Além disso, oferecem a possibilidade de leitura da temperatura do ambiente e de diferentes superfícies.

Como a temperatura do leite na mamadeira do bebê, por exemplo.

Os termômetros de testa são confiáveis?

A tecnologia do chamado termômetro digital infravermelho de testa pode trazer vantagens ao usuário.

É possível, por exemplo, medir a temperatura sem necessariamente, tocar a pele da pessoa.

Este dado é importante como naquele momento em que a criança está dormindo e os pais estão em dúvida se “a febre baixou”.

Neste exemplo, é possível aproximar o aparelho e fazer a medida, sem incomodar a criança.

Outra vantagem é que a medida é feita instantaneamente, em tempo aproximado de 1 a 2 segundos.

Embora ser um produto de tecnologia superior, é necessário que o usuário leia e siga atentamente as instruções de uso e conservação.

Recomenda-se que o aparelho seja testado algumas vezes. Justamente para que haja segurança no modo de uso, quando, realmente, for necessário medir a temperatura corporal.

É importante salientar, que este aparelho necessita de registro na ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Verifique sempre esta informação. 

Como fazer a limpeza dos termômetros digitais?

Lembre-se:

A limpeza e desinfecção dos termômetros digitais é mais um tema que necessita de atenção às instruções do fabricante.

De uma maneira geral, recomenda-se o uso de gaze umedecida em álcool isopropílico a 70%.

Nunca mergulhe o termômetro em água ou qualquer outro líquido. Posto que este procedimento pode danificar o aparelho.

Velhices e Outras Coisas – o delicioso livro de Ana Cristina Passarella Brêtas

À primeira vista, Ana Cristina Passarella Brêtas parece uma pessoa extremamente simpática e doce.

Quando fomos entrevistá-la no lançamento do livro Velhices e Outras Coisas, da editora Scortecci, e primeiro trabalho de ficção, já sabíamos que ela era referência em diversas áreas.

Afinal, ela é graduada em enfermagem, sociologia, mestre em educação, doutora em enfermagem, professora e agora, claro, escritora de ficção.

Eita!

Livro de Contos Lançado em dezembro de 2018


Mas nenhum dos adjetivos que demos aqui, alcança a doçura da pessoa que Ana Cristina é.

No lançamento com outros autores, ocorrido em dezembro passado no Espaço Scortecci, em São Paulo, a maior fila, de longe, era dela.

Ela abraçava com carinho a todos os que foram comprar seu livro, distribuía sorrisos, tirava fotos, dava autógrafos. Todos pareciam amigos e no olhar de todos dava pra sentir a admiração pela autora.

Já no auge dos seus 57 anos e com vasta experiência em gerontologia e em cuidar de idosos, parece natural que o assunto do seu primeiro livro fosse o envelhecimento.

E é mesmo!

O Velhices e Outras Coisas, “velhices, assim mesmo no plural” – como ela faz questão de destacar -, é um compilado de 15 contos ficcionais, mas sempre baseadas na realidade e na experiência.

Ou seja, a arte imita a vida. E vice versa.

Ana Cristina começou como escritora de ficção depois do 50 anos. Uma inspiração!

E o seu primeiro livro… Ah, o seu primeiro livro de contos! Que delícia de ler!

Mesmo em poucas páginas (são 72), em cada conto você sente a dor, a alegria e, principalmente, a vida de cada personagem principal.

E foi para falar do lançamento do livro – e de velhices, assim mesmo, no plural – que Ana Cristina foi solícita (e doce, como sempre) em nos conceder essa entrevista exclusiva.


Como começou a sua carreira literária?

Eu venho da vida acadêmica. Trabalhei 28 anos na universidade. Então textos acadêmicos, para mim, já faziam parte da minha vida profissional. Agora, ficção eu comecei em 2015.

Participei de cursos livres e oficinas de criação literária; cursei especialização em Formação de Escritores no Instituto Vera Cruz. Tenho lido bastante. Pedi licença para entrar na área da Literatura me preparando para aprender a escrever.

E você tinha quantos anos quando resolveu virar escritora de ficção?

Isso foi em 2015. Hoje tenho 57 anos, então eu tinha por volta de 54 anos. Realmente já tinha 50+ mesmo (risos).


E como foi o processo de criação dos seus contos?

A ideia principal é desdramatizar a questão da velhice. A velhice faz parte da vida e eu acho que ficar velho deve ser um objetivo de vida, uma meta. Quem não fica velho é porque morreu antes.

Então esse livro são velhos que me inspiram no dia a dia. Histórias que às vezes eu escuto no metrô e eu ficciono em cima. De gente que eu escuto na rua, de gente que eu escutei profissionalmente…

Tudo acabou virando ficção.

Ana Cristina Passarella Brêtas durante entrevista para o Blog 50+ SAÚDE


Como é ter mais de 50 anos pra você?

(pensando) Olha… Eu estou falando como mulher, de classe média, que habita um determinado local no mundo, com liberdade e condição  para fazer coisas que me dão prazer.

Enfim… Foram 30 anos de trabalho nas áreas da Educação e da Saúde bem vividos e agora estou aproveitando para aprender uma nova profissão.


E qual é a diferença entre ser um idoso de classe média, como você falou, e um idoso pobre, por exemplo?

Não só o idoso, né? A desigualdade social no Brasil é horrorosa. Quando a gente pensa na desigualdade de saúde, na desigualdade de habitação, na desigualdade de transporte… Isso bate na desigualdade da vida. E pode ser que você não consiga envelhecer bem. Por isso que o livro está no plural: “velhices”. Porque dependendo do local que você está no mundo, é o impacto que você vai ter da velhice.

Um dos contos, “As sombras da cidade”, é uma pessoa em situação de rua. E sem dramatizar a rua, a ideia não é essa. A ideia é mostrar que a pobreza está aí. E que a gente é responsável. Ou na literatura, ou nos textos acadêmicos. E não mascarar isso.


Como socióloga e enfermeira que trabalhou muito tempo também com idosos: Como você vê as políticas públicas para os idosos hoje? Onde começar a melhorar?

Eu começaria trabalhando com a questão da equidade social mesmo. Mas no atual cenário, eu não saberia nem dizer por onde começar. Tem muita coisa a se fazer.

Acessibilidade nas vias, por exemplo, é uma das urgências. Da mesma forma que a saúde é urgente, que a moradia é urgente. Que a velhice LGBT+ é urgente. Que a velhice em situação de rua é urgente…

As nossas urgências estão aí. Às vezes é a gente que não quer enxergar.


A solidão é um dos problemas pessoais dos idosos hoje?

Por isso que é velhices no plural. Eu não seria taxativa. De alguns idosos sim, de outros não.


O que é Envelhecimento Ativo pra você?

Envelhecer é um ajuntamento da vida. Eu me sinto no processo de envelhecimento ativo.


Num processo como o de começar a escrever ficção depois do 50 anos?

Sim, sim! Com certeza! A idade não é barreira. E também não é desculpa. E nem é privilégio.

Então fala um pouco do Velhices e Outras Coisas pra gente.

Esse livro tem 15 contos. Em cada um deles os personagens são idosos ou idosas, protagonistas ou não.

Ele fala sobre o cotidiano, fala basicamente da gente. De pessoas que envelhecem, de pessoas jovens que convivem com pessoas da minha faixa etária e com gente mais velha do que eu.

Mas nem todos os personagens são bonzinhos. Por quê?

Não é porque você é velho que você fica legal. Você é a somatória daquilo que você é na vida.

Quando eu trago o velho assediador ou o alcoolista, por exemplo, eu trago nesse contexto. São pessoas, com suas dores, vícios, problemas e felicidades.

Serviço

Livro: Velhices e Outras Coisas

Autora: Ana Cristina Passarella Brêtas

Editora: Scortecci

ISBN: 9788536657677

Número de Páginas: 72

Sinopse: VELHICES E OUTRAS COISAS não é um livro sobre velhice, versa sobre gentes que envelhecem na cidade, muitas vezes sem perceber que isso lhes acontece. Em todos os contos, velhos e/ou velhas em sua humanidade, sem as máscaras da representação social ou da sub-representação, desfilam uma velhice plural e construída. O corpo na experiência da existência tem destaque na obra; a escrita torna visível corpos em envelhecimento e posiciona-os em cena. A cada texto, uma nova voz e um novo argumento se apresentam, as histórias oscilam entre a realidade e a memória, entre a verdade e a mentira. Os personagens criados coexistem no imaginário coletivo. Pode ser que o leitor se reconheça, contudo, a autora adverte: o real foi recortado, reinventado, habita o mundo da ficção.

Onde comprar: no site Asabeça

“Preparar-se para envelhecer não é fazer lifting no rosto ou apenas praticar mais ginástica na academia”

Ex-diretora do Centro Internacional de Longevidade e consultora da OMS diz o que é envelhecimento e o que o Brasil precisa fazer em relação às políticas públicas

A canadense Louise Plouffe tem um currículo gigante na área de envelhecimento e já trabalhou no Brasil .

Entre os destaques do seu currículo, ela comandou o Centro Internacional de Longevidade (ILC) e prestou consultoria à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Aliás, ela se aposentou, mas hoje é uma das mentes por trás do programa Cidades Amigas do Idoso em Ottawa, capital de seu país natal.

Isso mostra exatamente como ela pensa (e age) sobre o envelhecimento.

Confira um trecho da entrevista ao Estadão aos repórteres do programa Especial FocasNicholas Shores e Teo Cury: 

Sobre a cidade de Ottawa e o trabalho com idosos:

Por exemplo, o município está reformando calçadas, melhorando a acessibilidade dos prédios municipais, criando parques ‘amigos do idoso’, melhorando o transporte público para pessoas com incapacidades e oferecendo exercícios nos centros comunitários de saúde para a prevenção de quedas.

Como o Brasil pode fazer políticas públicas com foco em idosos, mesmo na crise: 

Em primeiro lugar, é importante manter os serviços básicos, como os centros de saúde primária, que atendem bem a população idosa

Também programas públicos de vacinação e de medicamentos para doenças crônicas.

Retirar esses serviços poderia ter impactos fiscais negativos no longo prazo, além de aumentar o sofrimento de muitas pessoas.

Além disso, desenvolver um sistema de cuidados de longa permanência, incluindo cuidados domésticos e de centros-dia.


Esse sistema é necessário para prevenir problemas de saúde agudos que elevam os custos para o sistema público.

Os próximos desafios no Brasil:

No Brasil, um dos principais objetivos é promover o desenvolvimento das cidades amigas dos idosos – o que resultaria em cidades amigáveis para todos – e aumentar a consciência do público sobre os desafios do envelhecimento.

O Brasil já tem um Estatuto do Idoso, o que proporciona noções para basear as políticas em relação aos direitos deles.

A Reforma da Previdência no Brasil e no Mundo:

Essas mudanças são normais e necessárias. Mas é preciso criar condições de trabalho favoráveis e adaptadas aos trabalhadores mais velhos, para que eles possam contribuir com suas melhores habilidades.

Também é preciso analisar os impactos negativos dessa medida, como foi feito no Canadá.

O que é envelhecer com saúde?

Muitas pessoas focam na manutenção da saúde física, mas precisam também cultivar a mente, lidar com as mudanças na sociedade, participar nas redes sociais e abraçar desafios intelectuais.

Pessoalmente, sou aposentada, mas participo nas organizações comunitárias para manter os contatos sociais, a autoestima e a estimulação cerebral.

Tudo o que você precisa saber sobre o cartão de estacionamento para idoso

O que é o cartão de idoso?

Você já deve saber que o cartão do idoso para estacionamento é obrigatório caso alguém com mais de 60 anos seja motorista ou passageiro de um veículo.

Mas caso não saiba, você pode ter todas as informações aqui no Blog 50+ SAÚDE. 🙂

Ele é responsável com o intuito de que os idosos possam parar nas vagas de estacionamento especiais.

Cartão de Idoso como deve ser utilizado: no painel do carro

As vagas são mais próximas às portas de acesso dos locais, ou seja, das entradas do estabelecimento.

Mas não apenas isso: As calçadas e entradas também têm que ser acessíveis para facilitar para pessoas com problemas de locomoção.

A Lei

As vagas reservadas aos idosos foram sancionadas pela Lei Federal nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, desse modo também conhecida como Estatuto do Idoso.

Posteriormente, a credencial foi regulamentada pelo CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) em sua Resolução 303, de 18 de dezembro de 2008.

O Estatuto do Idoso prevê, portanto, em seu artigo 41, que “É assegurada a reserva, para os idosos, nos termos da lei local, de 5% (cinco por cento) das vagas nos estacionamentos públicos e privados, as quais deverão ser posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade ao idoso.”

Como tirar o cartão do idoso?

É importante destacar que o cartão do idoso vale em todo o Brasil, mas é emitido e certificado pela Prefeitura de cada cidade.

Desse modo, basta procurar a unidade de atendimento do Detran do seu município com os seguintes documentos:

  • Em princípio, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), ou RG, caso não tenha CNH: original e cópia simples;
  • Comprovante de endereço no nome do idoso: original e cópia simples;
  • Formulário de requisição do cartão do idoso: apenas original.
  • Algumas cidades ainda podem pedir foto ou número do NIS do solicitante ou documento do carro. Confirme com a Prefeitura da sua cidade.

A emissão do cartão de estacionamento é cobrada, mas os preços podem variar de município para município.

A saber: se você mora em alguma capital de Estado, verifique os detalhes de como solicitar o documentoo (basta clicar no nome da sua cidade para mais informações):

Como encontrar a vaga de idoso no estacionamento?

Para auxiliar na localização das vagas, é obrigatório que o espaço público (ruas, avenidas, praças, parques) ou privado (shopping centers, supermercados, lojas de departamento, igrejas etc) utilize placas regulamentadas conforme os exemplos abaixo:

Placas indicadoras das vagas especiais

É obrigatório também que o local demarque no chão as vagas especiais, sejam vagas a 45º, a 60º ou a 90º, e normalmente elas são pintadas de azul com o intuito de facilitar a identificação.

Como as vagas devem estar dispostas em 45, 60 ou 90º

Porém, apesar de ser uma Lei Federal, ela possui fiscalização municipal. 

Por isso algumas pequenas alterações podem acontecer de acordo com a agência reguladora de cada cidade.


Como utilizar a credencial?

Vale lembrar que ela é pessoal e intransferível, ou seja, o documento só pode ser utilizado pelo titular. 

Não importa se ele é o dono do automóvel ou se está ou não dirigindo.

Aliás, para utilizar o cartão, basta deixar a credencial no painel do carro virada para cima (como na foto no início do post). Desse modo, a fiscalização pode vê-la sem dificuldades.

Não é permitido emprestar o documento, isto é, utilizar o de outra pessoa com ou sem consentimento.

Também não é permitido usar uma cópia, já que somente o documento original tem validade.

Em caso de perda ou roubo, é necessário fazer um boletim de ocorrência já que se trata de um documento oficial. Importante deixar sempre claro que o cartão de idoso foi roubado para que seja cancelado.

Uma vez que esteja com a ocorrência em mãos, você pode solicitar um novo com a Prefeitura ou Detran da sua cidade.

No entanto, é importante lembrar que o cartão de estacionamento para idosos não necessariamente isenta de pagamento de zona azul.

Nesse caso, é possível verificar com o órgão responsável da sua cidade se há isenção dessa cobrança para idosos.

Multa

Certamente o descumprimento de um ou alguns dos itens acima pode acarretar em multa, seja em local público ou privado.

A saber: mesmo em shoppings centers ou supermercados, é necessária a utilização do cartão. De fato, as multas nestes locais estão sendo aplicadas desde setembro de 2017.

Quem descumprir as determinações está sujeito a multa mesmo em locais privados

Assim, a multa para quem desrespeitar a vaga de idosos é gravíssima, custa R$ 293,47. O motorista ainda leva, portanto, sete pontos na carteira.

Entretanto já há um projeto inspirado na Lei Seca para aumentar a penalização para R$ 1.467,00. Além de agravante em caso de reincidência.

Para motoristas que não estão no perfil preferencial – composto por idosos e deficientes – é fundamental respeitar o direito, não parando em vagas exclusivas. 

Isso evitará não apenas que os idosos e cadeirantes tenham seu direito garantido, mas também multas e pontos na carteira. 

Portanto, se você tem mais de 60 anos, entre em contato com o departamento responsável da sua cidade e peça o seu.

E se você não se encaixa nos termos da lei, lembre-se:

Não use as vagas exclusivas nem mesmo por cinco minutinhos! 😉

3 Dicas Muito Fáceis para Manter a Saúde no Ano Novo

Muitos preparativos envolvem as festas de final de ano!

Afinal, queremos presentear amigos e família, planejar uma viagem, e decidir o local onde vamos celebrar o Natal e o Ano Novo.

Naturalmente, junto com estes preparativos, começamos a pensar e planejar todos os objetivos que queremos alcançar no próximo ano.

Manter boa saúde, sem dúvidas, é um desejo de todos.

Além disso, é uma condição essencial para viabilizar cada um dos nossos novos projetos.

Por isso, vamos apresentar 3 dicas simples e fáceis, para manter a saúde no Ano Novo:

1. Praticar alguma atividade física

Não precisa de muito: escolha uma atividade física e pratique.

O movimento é fundamental para manter as funções do nosso corpo. Por outro lado, o sedentarismo é considerado uma doença pela Organização Mundial de Saúde.

Estudos mostram que pessoas que não praticam atividade física tem chance maior de desenvolver doenças como Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus (DM), Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Acidente Vascular Cerebral e alguns tipos de Câncer.

Por isso, mexa-se

Portanto, comece a caminhar, andar de bicicleta, fazer musculação, exercícios aeróbicos, subir e descer escadas ou nadar…

Você pode participar de algum grupo que faz exercícios em um parque ou em um condomínio, por exemplo.

Geralmente, estes grupos são orientados por um profissional de Educação Física, o que, certamente vai te ajudar a fazer os exercícios corretamente.

Estas diferentes opções podem te ajudar a abandonar o sedentarismo e incluir a atividade física no seu dia-a-dia.

A boa notícia é que toda movimentação ajuda, e você pode escolher a que é mais adequada à sua rotina de vida.

2. Acrescentar frutas, verduras e legumes na sua alimentação diária

Claro que alimentação é MUITO importante na nossa saúde!

Já aprendemos que aumentar a ingestão de frutas, verduras e legumes está entre as principais recomendações para adotar hábitos de vida saudáveis.
Na teoria, tudo ok. O difícil é praticar.

Muitas pessoas têm dificuldades em incorporar estes alimentos em suas refeições, algumas vezes porque não gosta, ou porque não está acostumado.

Mas é importante lembrar que estes alimentos contém vitaminas e minerais que vão contribuir para sua saúde.

Uma dica é adquirir os produtos da época, ou seja, no período de safra, quando a colheita é bem maior.

Estes alimentos estão em seu melhor estado nutricional, por ter vitaminas e minerais em maiores proporções, portanto, melhor resultado para sua saúde.

Além disso, os produtos da época são mais baratos e contribuem também para a sua saúde financeira!

Procure fazer receitas fáceis e rápidas com os legumes e verduras e introduza gradativamente estes alimentos nas suas refeições.

Algumas frutas, como a maçã ou a banana, podem ser incluídas como o lanche entre as refeições.

Lembre-se sempre, que optar por alimentos saudáveis, também auxilia na prevenção de doenças crônicas como Diabetes e Hipertensão.

3. Beber líquidos durante o dia

A água pode ser pura, aromatizada ou mesmo substituida por chá e sucos (mas água é melhor!)

A água traz inúmeros benefícios para a saúde. Afinal, a água é o meio nobre onde as células vivem e realizam suas funções.

Você sabia que a maior parte do peso de uma pessoa corresponde à água? No nosso corpo, ela fica distribuída em dois grandes compartimentos: o intracelular, ou seja, dentro das células, e o extracelular.

A água que fica no interior das células, corresponde a cerca de 40% do total do peso de um adulto, enquanto a água do líquido que fica entre as células, líquido extracelular, representa 20% do peso.

Portanto, com esta participação predominante no nosso corpo, fica fácil entender porque precisamos de água diariamente.

Quando falta água em nosso organismo, uma das principais consequências para nossa saúde é a desidratação. Mas, como perdemos água?

Nosso corpo perde água diariamente por meio da transpiração, da urina e das fezes, e também em algumas formas que não percebemos, como durante a respiração.

Por isso, precisamos repor a água diariamente.

Portanto, para manter a saúde, é importante que você beba líquidos com frequência. Os especialistas recomendam que os adultos bebam cerca de 2 litros de líquidos por dia.

Inclua na sua rotina a ingestão de água e se quiser variar, pode algumas vezes substituir por chá, como o chá de camomila ou erva-doce.

A água também pode ser aromatizada: para isso, você pode utilizar folhas de hortelã, ou rodelas de laranja, limão ou morangos.

O suco de frutas também pode ser incluído nesta ingestão diária de líquidos. É saboroso e nutritivo.

Percebeu como estas dicas são possíveis de ser praticadas?

Portanto, 1, 2, 3 e programe-se:

Mais atividade física, mais frutas, verduras e legumes no cardápio e mais água diariamente.

Feliz Ano Novo com mais Saúde.

O imperador do Japão continua publicando artigos científicos aos 84 anos

No dia 30 de abril de 2019, Akihito – sua majestade o imperador japonês – vai abdicar do trono em favor de seu filho, Naruhito.

E provavelmente vai usar de sua aposentadoria para continuar o que faz desde 1989:

Continuar publicando artigos científicos.

Sua Majestade o imperador (Imperial Household Agency)

Na prática, o imperador tem um papel ilustrativo. Desde a constituição japonesa de 1947, pós segunda guerra, os monarcas são, portanto, apenas cerimoniais. 

Por isso Akihito, que aliás sempre é chamado de sua majestade o imperador, deve dar seguimento ao seu hobby: pesquisar e publicar artigos científicos sobre gobis.

Os gobis são um tipo de peixe, encontrado em águas salobras em regiões do Pacífico. 

Mas não apenas isso!

Em 2009, por exemplo, ele publicou um artigo na revista Nature – uma das revistas mais conceituadas do mundo científico -, intitulado “Linnaeus e a Taxonomia no Japão”

Neste artigo ele fala sobre a importância de Linnaeus, um botânico sueco, considerado o pai da taxinomia moderna do país asiático.

A taxinomia é uma disciplina biológica que define os grupos de organismos biológicos com base em características comuns.

Gobis (da família Gobiidae)


Pterogobius elapoides (Wikipedia)

Em 2016, no entanto, ele publicou como primeiro autor um estudo sobre os seu assunto favorito: os Gobis.

Mais especificamente os Pterogobius elapoides e os Pterogobius zonoleucus.

Não entendemos muito bem disso – a nossa paixão é qualidade de vida e envelhecimento ativo -, ou mesmo o porquê da paixão do imperador.

Mas as fotos estão acima e abaixo, caso você seja um biólogo marinho ou entusiasta de peixes. 🙂


Pterogobius zonoleucus (Wikipedia)

Akihito, o pesquisador

Os trabalhos cientifícos do imperador japonês já renderam a ele diversos prêmios e títulos de membro honorário de sociedades importantes como: 

E agora, aos 84 anos, ainda continua suas pesquisas e publicando artigos científicos. 

Isso nos lembra que não há um limite de idade para você exercer a sua paixão.

Mesmo que você não seja um imperador japonês.