Infertilidade masculina é tabu e precisa ser investigada, diz médico

No mundo, estima-se que entre 10% e 15% dos casais em idade reprodutiva enfrentem alguma dificuldade para engravidar, o que é definido quando uma gravidez não ocorre após um ano de tentativas. Esse tempo diminui em seis meses para casais quando a mulher tem mais de 35 anos. Em um terço destes casos, a infertilidade é causada por fatores exclusivamente relacionados ao homem.ebc

Apesar disso, a infertilidade masculina ainda é tabu, disse o médico Guilherme Wood, especialista em reprodução assistida na Huntington Medicina Reprodutiva, em entrevista à Agência Brasil. “Quando se compara os exames que a mulher tem que fazer com os do homem para começar a investigação de infertilidade, o exame do homem é bem mais simples, que é basicamente o espermograma. Mesmo assim, não é raro o casal chegar na clínica de reprodução depois de focar muito tempo na saúde da mulher, na investigação e nos exames mais difíceis e, muitas vezes, mais caros e mais chatos de serem feitos e até mesmo dolorosos. A mulher chega ao consultório já tendo feito toda a investigação e o homem demora a fazer isso porque achava que não tinha nenhum problema”, explicou.

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Entre as principais causas da infertilidade masculina estão a varicocele e o uso de anabolizantes, mas ela pode ocorrer também pelo hábito de deixar o notebook no colo ou por exageros nas bebidas alcoólicas. “Entre as causas mais graves estão as genéticas, que podem causar a azoospermia, quando não tem nenhum espermatozoide no fluido ejaculado; e o uso de alguns medicamentos, principalmente anabolizantes, que traz diminuição ou até pode zerar a produção de espermatozoides. Há também as doenças hormonais e a varicocele, que é uma das principais causas e que é basicamente as varizes nos testículos”, disse.

Até mesmo a utilização de plásticos pode trazer implicações na produção do espermatozoide. “O que a gente recomenda sempre é evitar o consumo de alimentos em plásticos quentes porque pode liberar alguma substância que tenha um efeito prejudicial principalmente no balanço hormonal, que pode prejudicar a produção de espermatozoide”.

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Um dos exames que pode ajudar no diagnóstico da infertilidade é o espermograma. “O espermograma é reflexo da saúde do homem. Tudo o que você faz que não seja saudável, vai piorar a produção de espermatozoide. Pacientes obesos, tabagistas, sedentários, tudo isso pode prejudicar a saúde do homem e consequentemente diminuir a produção de espermatozoide”, explicou Wood.

O espermograma é um exame simples e o mais comum de ser feito nesta situação. “É um exame que é feito com coleta de sêmen por masturbação. É feito nas clínicas ou laboratórios. Ele vai te dar a quantidade e qualidade do sêmen. É um exame base, o primeiro a ser feito e que pode te guiar ou aprofundar a investigação [sobre a fertilidade]”, explicou Wood. “Espermograma é um exame simples. Pode ser um pouco constrangedor porque o homem vai ter que ejacular no laboratório, mas é um exame rápido. E é muito importante para a investigação”.

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Depois de identificada a causa e o grau da infertilidade, o médico pode então avaliar as possibilidades de tratamento para o homem. Mas se este tratamento não for efetivo, os métodos de reprodução assistida, tais como inseminação artificial e fertilização in vitro, poderão ser aplicados.

“Se há uma causa genética, geralmente ela não é reversível. Mas mesmo nas causas genéticas, você pode fazer um tratamento de reprodução assistida. Mas nas outras causas, como as hormonais e o uso de anabolizantes, você pode reverter esse uso e voltar a estimular a produção de espermatozoide. E, no caso da varicocele, você pode operar e aguardar a melhora espontânea no espermograma também”, falou.

O ideal, segundo o médico, é que as causas relacionadas à infertilidade sejam diagnosticadas o quanto antes. “O diagnóstico precoce ajuda muito. Não demorar para procurar um especialista faz muita diferença [nesses casos]”, observou.

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FONTE: Agência Brasil

Em SP, campanha pede para cortar elástico de máscara antes do descarte

Uma campanha da prefeitura de São Paulo, com divulgação em estações de metrô, pede que a população corte o elástico das máscaras antes de jogá-las no lixo. A ideia é evitar que animais, especialmente as aves, fiquem enroscados ou que, ao ingerir o item descartado, os bichos sejam asfixiados. A iniciativa teve início no Reino Unido e é apoiada na capital paulista pelas concessionárias do Metrô Via Quatro e Via Mobilidade.

Foram colocados cartazes nas estações para a conscientização dos usuários das linhas amarela e lilás do Metrô. Segundo a organização britânica RSPCA (sigla em inglês para Sociedade Real para a Prevenção de Crueldade com os Animais), que encabeça a ação, em um mês, foram atendidas 900 chamadas sobre animais presos nos elásticos das máscaras, especialmente aves que enroscam bicos e patas.

Em nota, a prefeitura destacou que, por causa da pandemia de covid-19, quase 7 bilhões de máscaras descartáveis são utilizadas diariamente no mundo. Pela impossibilidade de reciclar o material, diante do risco de contaminação, a maioria delas é despejada em aterros sanitários. A organização aponta que o risco é maior para animais selvagens e aves.

A organização britânica orienta ainda outras ações que podem prevenir acidentes com animais em decorrência do descarte de lixo: cortar as alças de sacolas plásticas, cortar o suporte para latas de plásticos, cortar balões antes de colocá-los no lixo, cortar luvas descartáveis, limpar e esvaziar recipientes após o uso ou cortá-los ao meio.

Por Camila Maciel – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

FONTE: Agência Brasil

Inca retoma Terapia Assistida por Animais com a cadela Hope

Pacientes e funcionários da Seção de Pediatria do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) comemoraram a volta ao trabalho de uma de suas terapeutas. Hope, a cadelinha que ajuda a promover a Terapia Assistida por Animais no instituto, retomou as atividades este mês, após quase dois anos afastada, devido aos cuidados com a segurança hospitalar durante a pandemia de covid-19. Hope fará atendimento semanal às crianças e adolescentes que estão em tratamento oncológico, depois da autorização da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Inca.

Joana Katelin Silva de Souza, mãe do pequeno Levi Emanuel, contou que ele conheceu a cadelinha em 2019, quando se internou no Inca pela primeira vez, com um ano e três meses de idade, para se tratar de uma má formação linfática. “Ele ficou apaixonado pela Hope e eu acredito que seja assim com todas as crianças. Ela traz um benefício maravilhoso para as crianças em tratamento; eu acredito nisso. Traz alegria para o hospital. Ela é maravilhosa, é linda. Encanta todo mundo, não só os pacientes, como os pais também. A vinda dela, o retorno, vai ajudar as crianças que estão aqui, que permanecem e precisam de todo esse carinho, de todo esse suporte”, afirmou Joana.

A Terapia Assistida por Animais foi implementada na Seção de Pediatria do instituto em abril de 2019 e, desde então, vem sendo importante auxílio no desenvolvimento emocional dos pacientes e na promoção do bem-estar. Hope é da raça Golden Retrivier e tem três anos.

Ações essenciais

A médica oncopediatra Bianca Santana, tutora e responsável pelo trabalho do animal no Inca, informou que,  durante o período em que ficou longe das atividades, a cadela continuou cumprindo ações essenciais para manter a rotina saudável, entre as quais passeios e aulas de adestramento diários e sessões de fisioterapia na hidroesteira, uma vez por semana.

“Além de muito dócil, Hope recebe adestramento específico para o trabalho desde os primeiros meses de vida. Tanto empenho e cuidado na criação é recompensado quando observamos que a presença dela ajuda a aliviar o estresse e traz mais leveza para o ambiente do hospital”, disse Bianca.

As visitas de Hope seguem rigorosas normas de higiene, como vacinação e vermifugação em dia, consultas periódicas ao veterinário. Além disso, antes de ir ao hospital, a cadelinha toma banho, faz limpeza das patas e escova os dentes. O adestrador André Donza, que acompanha o animal, também cumpre regras sanitárias como apresentar comprovante da vacina contra a covid-19, usar máscara N95 e, o mais importante, evitar o contato físico com os pacientes e os funcionários.

A chefe da Seção de Pediatria, Sima Ferman, afirmou que o projeto de pet terapia é um trabalho bem elaborado e com todos os cuidados necessários. “A visita da Hope é uma experiência enriquecedora e importante dentro da estratégia de atendimento integral aos pacientes”, afirmou.

Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

FONTE: Agência Brasil

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Estudo revela desigualdades no acesso a tratamento do câncer de mama

Estudo realizado pela Fundação do Câncer revela desigualdades encontradas pelas mulheres no acesso ao tratamento do câncer de mama, tanto em hospitais públicos quanto privados. Com base em dados dos Registros Hospitalares de Câncer do Brasil (RHC) disponibilizados pelo Ministério da Saúde e consolidados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), o levantamento abrange um período de 13 anos, compreendidos entre 2006 e 2018. Suas conclusões foram divulgadas hoje (15), no Rio de Janeiro.

Os registros mostram que a origem do encaminhamento da mulher ao hospital para o tratamento do câncer de mama é classificada como SUS (Sistema Único de Saúde) e não SUS. Em geral, os registros têm defasagem de cerca de dois anos do ano-calendário, disse a bióloga epidemiologista da Fundação do Câncer Rejane Reis, uma das responsáveis pelo estudo.

Segundo o epidemiologista Alfredo Scaff, consultor médico da Fundação do Câncer, foram analisadas as variáveis relativas ao estadiamento do câncer de mama ao diagnóstico, o tempo decorrido entre o diagnóstico e o tratamento e a escolaridade das pacientes. “Dessa forma, evidenciamos que o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento está longe do ideal para os dois grupos estudados. Ainda assim, as pacientes que vieram pelo SUS levaram mais tempo do que as pacientes encaminhadas pelo setor privado”. Cerca de 34% das pacientes de origem SUS iniciaram o tratamento antes dos 60 dias, contra 48% do setor privado.

Não  não há como dizer por que isso ocorre, afirmou Scaff. A hipótese é que, ao procurar o hospital do SUS para o tratamento, muitas vezes novos exames são solicitados. “E quem dispõe de algum recurso consegue fazer os exames de forma particular e, aí, inicia o tratamento, como cirurgia ou quimioterapia, mais rapidamente, mais oportunamente.”

Para Scaff, o processo de acesso ao tratamento não é oportuno e, como consequência provável, a sobrevida das pacientes de origem SUS deverá ser menor. “Quando a origem é via plano de saúde, ou particular, o diagnóstico acaba sendo mais rápido. É a iniquidade que perdura.”

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Estádios

O estádio, ou estágio, do câncer é uma classificação do grau de comprometimento da doença na paciente. Estádios menores, como 0 ou 1, indicam doença inicial localizada, enquanto os maiores, como 3 e 4, indicam doença avançada e metastática. Metástese é quando o câncer se espalha para outros órgãos do corpo.

De acordo com o estudo, as pacientes do SUS chegam ao tratamento em estádios mais avançados do que as pacientes do setor privado. “Essa diferença é tamanha que somente 19% das pacientes SUS chegam ao tratamento em estádios iniciais 0 ou 1, contra 31% das pacientes não SUS”, informou Scaff.

O ideal é que a maioria dos casos chegue em estágios precoces (0 e 1) porque, dessa forma, o tratamento é mais efetivo, o prognóstico é muito melhor e a sobrevida, muito maior, com melhores resultados, afirmou Rejane Reis.

“O que fica claro é que o tempo entre a suspeita diagnóstica e o início do tratamento é crucial: tem relação com o agravamento da doença e, consequentemente, com o tratamento necessário. Quanto maior o tempo, mais agressivo será o tratamento; câncer é uma doença tempo-dependente”, complementou Scaff.

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Escolaridade

Em termos de escolaridade, Alfredo Scaff apontou uma diferença significativa. Entre as mulheres encaminhadas pelo SUS, 51% não têm ensino fundamental completo, contra 29% das pacientes que chegam para tratamento de forma particular. “Essas diferenças evidenciam a iniquidade ao acesso oportuno ao tratamento do câncer de mama. As pacientes encaminhadas para tratamento nos hospitais do SUS, a partir de serviços privados de saúde, apresentam maior escolaridade, iniciam mais rapidamente o tratamento e em estádios mais precoces, em comparação às pacientes diagnosticadas e encaminhadas pelo SUS”.

Scaff disse que a correção dessas disparidades passa pela organização da Rede SUS para diagnóstico precoce. Para ele, é fundamental também a implementação de um sistema de navegação que acelere o atendimento para essas mulheres com diagnóstico de câncer. Tal sistema acompanharia a paciente desde o diagnóstico, ajudando a acelerar o atendimento, considerando o estadiamento da doença, impedindo atrasos, burocracias e a falta de orientação.

O diretor executivo da Fundação do Câncer, cirurgião oncológico Luiz Augusto Maltoni, destacou que mulheres com menos acesso aos estudos estão entre as que mais vêm da Rede SUS. “É o retrato de uma saúde desigual, com acesso diferenciado, que reforça a necessidade do investimento social maciço em educação e saúde e ações atreladas nessas duas áreas.”

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Fonte: Agência Brasil

Publicado em 15/12/2021 – 16:39 Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Conselho lança site com orientações sobre cuidado com a visão

O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) lançou um site voltado à população brasileira defendendo a importância de procurar profissionais qualificados em caso da necessidade de ajuda ou suspeitas associados à visão.

O site https://www.defesadaoftalmologia.com.br/ traz alertas sobre informações falsas ou distorcidas que circulam na internet, em redes sociais ou em sites e destaca a necessidade de buscar orientações sobre o tema com profissionais formados e fontes seguras.

A página ressalta que o cuidado dos olhos só pode ser feito por médicos oftalmologistas, profissionais formados em medicina e que se especializaram nessa área.

As informações ponderam que óticas muitas vezes oferecem procedimentos popularmente conhecidos como “exames de vista”, mas isso em geral ocorre de forma vinculada à compra de óculos no estabelecimento.

Este tipo de “venda casada”, ressalta o conselho, é ilegal e deve ser denunciada. O site institucional do CBO. As óticas também não podem vender lentes de grau sem prescrição de um médico.

Quando pessoas e estabelecimentos comerciais assumem condutas que só podem ser feitas por lei por um médico se dá uma prática denominada “exercício ilegal da medicina”, um crime previsto no Código Penal.

Isso vale também, informa o site, para o caso dos optometristas. Estes profissionais possuem formação superior, mas não são médicos e não podem assumir a condição ou atuar como um sob pena de exercício ilegal da profissão.

Optometristas podem detectar distúrbios de visão ou doenças oculares e receitar óculos e lentes, mas não pode tratar e operar doenças relacionadas aos olhos. Eles atuam como apoio aos médicos oftalmologistas, no atendimento primário.

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FONTE: Agência Brasil

Especialista dá dicas de como dormir melhor no verão

Com a chegada do verão as noites começam a ficar mais quentes e a dificuldade para dormir passa a ser comum. Conforme um estudo da Universidade de Seul, na Coreia do Sul, publicado em maio de 2021 na revista oficial da Sociedade de Pesquisa do Sono, nos Estados Unidos, o aumento do consumo de remédios indutores do sono está associado à elevação da temperatura, fato que mostra que a ciência já comprovou a dificuldade para dormir nesta época do ano.

De acordo com o Instituto do Sono, quatro anos atrás, outro estudo havia apontado a ligação entre a insuficiência de sono e as noites do verão norte-americano. Em 2016, pesquisadores holandeses revelaram que os distúrbios de sono cresceram 11% à medida que os termômetros subiram 1°C em áreas externas. Este porcentual chegou a 24% nos ambientes internos.

Um estudo holandês verificou que 1°C na temperatura ambiente foi associado ao aumento de 11% nos distúrbios do sono, mostrando que quando se está em ambiente com temperatura elevada há maior dificuldade para chegar à temperatura sinérgica que combina com o início do sono.

Segundo a médica e pesquisadora do Instituto do Sono, Sandra Doria, o sono é um dos ritmos que respeitam o período de 24 horas para ocorrer novamente. Concomitante com esse ritmo existe o da temperatura corporal e a combinação entre esses dois, faz o sono ocorrer mais ou menos facilmente. “Para que o sono ocorra de forma adequada precisamos ter a temperatura corporal diminuindo no início do sono. No calor quando há aumento da temperatura externa do corpo há a dificuldade maior em equilibrar a temperatura interna para que seja ideal para o sono”.

Ela explicou ainda que o ciclo vigília-sono está vinculado ao sistema de regulação de temperatura corporal, que é influenciado pela temperatura externa. Para o sono começar, o organismo precisa dissipar o calor. “No verão, o corpo tem de fazer um esforço redobrado para realizar esta tarefa. Assim é mais difícil adormecer. Além disso, o tempo de sono profundo e o tempo total de sono podem ficar mais reduzidos”, explicou.

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Além disso, no Brasil, o período se soma à quebra da rotina devido às confraternizações, festas, férias e viagens. Como o sono requer regularidade, se há uma mudança de rotina, é preciso se adaptar aos novos horários para não haver dificuldade de conciliar o sono. “Pior que a alteração de rotina, é dormir e acordar cada dia em um horário diferente, o que prejudica a qualidade de sono”, disse Sandra.

Com a falta de regularidade no horário de dormir e descansar, parte da população utiliza recursos para ficar desperta durante o dia, como café, chás e energéticos. À noite, o excesso de consumo desses produtos pode levar à insônia e então muitos ingerem bebidas alcoólicas para reverter o processo.

“Embora facilite o ato de adormecer, o álcool proporciona uma qualidade de sono ruim. A pessoa acorda cansada e, para melhorar o rendimento, toma uma bebida estimulante, entrando assim num círculo vicioso perigoso”, afirmou a especialista.

Dicas para dormir bem no verão

Segundo a médica, uma boa ducha antes de dormir pode ajudar a reduzir a temperatura do corpo, fazendo com que o indivíduo sinta menos calor antes de pegar no sono. É indicado ainda que se mantenha as janelas abertas para facilitar a ventilação e usar o ar-condicionado ou ventilador para diminuir o calor no ambiente. Além disso é imprescindível manter-se hidratado no verão e beber água fria antes de se deitar para aumentar a sensação de frescor.

Os pernilongos também podem se transformar em fragmentadores do sono por causa do ruído que fazem. Para evitar isso, o indicado é colocar telas nas janelas ou usar mosquiteiros para evitar a entrada desses insetos no quarto.

Sandra também não indica os exercícios físicos durante o período da noite, embora exista a tentação de aproveitar as noites quentes para a prática de esportes, corrida e atividades físicas poucas horas antes de ir para cama. Segundo ela, o ideal é fazer algo relaxante como meditar, ler ou ouvir música.

“É importante ainda evitar a exposição à luz azul que é a que existe no led, preferindo as luzes amareladas, alaranjadas e avermelhadas que são feixes que inibem menos a produção de melatonina. As luzes azuis são aquelas emitidas pelo celular, tablets, televisores, computadores”, disse.

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Fonte: Agência Brasil

Não telefone para a sua mãe: faça uma ligação por vídeo


Conversas de vídeo com a família podem ajudar a reduzir o risco de depressão em adultos mais velhos

Claro, você envia textos para seus pais, responde aos e-mails deles e talvez até mesmo seja “amigo” deles no Facebook ou Instagram para que eles possam ver a sua vida em fotos.

Mas com freqüência você comunica com eles por Skype, WhatApp ou Facetime?

Enquanto todos os tipos de interação social podem ajudar pessoas mais velhas a permanecerem conectadas a familiares e amigos, um novo estudo de pesquisadores da
Oregon Health & Science University e da University of California Davis descobriu que participar de bate-papos de vídeo reduz a probabilidade pela metade de desenvolver síntomas depressivos, comparado com outras formas de comunicação.

Os investigadores compararam os dados por meio de questionários realizados em 2012 com dados de acompanhamento de 2 anos.

Em 2014, com mais de 1400 participantes do
Health and Retirement Study (HRS), a pesquisa de acompanhamento incluiu dados sobre sintomas depressivos.

Eles descobriram que, mais que outras tecnologias de comunicação, como e-mail, redes sociais e mensagens instantâneas, os chats de vídeo têm o potencial de prevenir ou retardar os sintomas da depressão.

Na verdade, a pesquisa descobriu que as outras tecnologias como e-mail e mensagens de textos não têm qualquer influência no risco de depressão.

As mulheres e homens que utilizam esses meios (texto) tiveram o mesmo índice de depressão do que as pessoas que não usam nenhuma das tecnologias de comunicação.

As publicações mostram que mais e mais idosos usam a internet.

E até casas de repouso e outras residências para o dia-a-dia estão começando a oferecer acesso à internet para os residentes.

Os estudos mais recentes sobre os chats de vídeo com com a família duram mais do que conversas por telefone.

E, embora não sejam cientificamente comprovados, sugerem que conversas cara a cara (mesmo que por vídeo) podem ajudar a reduzir os sintomas de agitação e explosões verbais em paciêntes com demência.

O que é melhor do que um bate-papo por vídeo?

Interação face a face regular e real, é claro.

Mas em um mundo onde isso não é possível para tantas pessoas, o vídeo de bate-papo parece ajudar a superar melhor a tristeza do idoso do que qualquer outra tecnologia disponível.

Referências

Teo AR, Markwardt S, Hinton L. Using Skype to Beat the Blues: Longitudinal Data from a National Representative Sample. The American Journal of Geriatric Psychiatry. Published online 29 Oct 2018.

Van der Ploeg ES, Epingstall B, O’Connor DW. Internet Video Chat (Skype) Family Conversations as a treatment of Agitation in Nursing Home Residents with Dementia. International Psychogeriatrics. April 2016; 28(4):697-698.

Esse post foi escrito originalmente por Susan McQuillan MS., 2018, todos os direitos reservados.

O texto foi postado no site Psychology Today, em dezembro de 2018.

O conteúdo foi traduzido e adaptado pelo Blog 50+ SAÚDE com objetivo de clareza.

8 dicas para se comunicar com pessoas com demência

Princípios simples para estar com aqueles que têm comprometimento cognitivo

Aqui estão alguns princípios de comunicação, ação e compreensão que aprendi com meus pacientes.

Espero que sejam úteis para você e seus entes queridos.

1. A verdade é relativa e devemos considerá-la a partir da perspectiva do indivíduo

Pense em um homem idoso modesto com doença de Alzheimer de moderada a grave.

De acordo com a ABRAz – Associação Brasileira de Alzheimer:

“A demência é uma doença mental caracterizada por prejuízo cognitivo que pode incluir alterações de memória, desorientação em relação ao tempo e ao espaço, raciocínio, concentração, aprendizado, realização de tarefas complexas, julgamento, linguagem e habilidades visuais-espaciais. Essas alterações podem ser acompanhadas por mudanças no comportamento ou na personalidade. Entre as várias causas conhecidas, a Doença de Alzheimer é a mais frequente”.

Sua família contratou um auxiliar de saúde em casa para ajudar nos cuidados pessoais.

Ele fica agitado toda vez que ela tenta dar-lhe um banho.

Considere sua perspectiva.

Por causa de sua perda de memória , ele não se lembra de que ela esteve lá toda semana no último ano.

Ele só acha que há uma mulher estranha que ele nunca conheceu que está pedindo para ele tirar a roupa.

2. Devemos estar calmos, relaxados e reconfortantes

Aqueles com demência, muitas vezes, absorvem o nosso humor, percebendo inconscientemente a nossa linguagem corporal e tom de voz.

Assim, podemos inadvertidamente criar agitação se ficarmos irritados quando uma pergunta for feita pela 34ª vez ou ficarmos chateados quando o açucareiro cair acidentalmente no chão.

3. A distração pode ser uma ferramenta útil

Álbum de fotos pode ser uma boa maneira de distrair
Crédito: Klimkin – Pixabay

A maioria de nós aprendeu que não ajuda a tentar raciocinar ou argumentar quando um indivíduo com demência diz às oito horas da noite que eles precisam sair de casa para “ir para casa”.

O que normalmente funciona, é os distrair com uma atividade que eles gostam como:

Olhar para álbuns de fotos, ouvir música, assistir a um filme favorito, fazer um lanche ou simplesmente dar um passeio.

4. É importante estar ocupado

Ninguém realmente deseja ficar ocioso.

O que pode ser difícil é encontrar uma atividade que o indivíduo possa fazer e gostar.

Aqui simplesmente encorajamos você a pensar fora da caixa.

Por exemplo, um colecionador de moedas pode não ser mais capaz de detectar as variedades raras e moedas especiais que ele já fez, mas ele pode passar duas horas felizmente arrumando um pote de moedas em centavos, centavos e moedas.

O que você pode fazer no dia seguinte?

Misture-os de volta e deixe-o fazer de novo.

Da mesma forma, se sua mãe gosta de dobrar a roupa, deixe-a dobrá-la. Ela já terminou? Agite e deixe-a dobrar novamente.

5. Envolva familiares e amigos

Mohamed Hassan – Pixabay

A demência acaba se tornando um esporte de equipe.

Muitos cônjuges sentem que devem ser capazes de cuidar de sua esposa ou marido sozinhos, mas cuidar de pessoas com demência é mais do que qualquer pessoa pode fazer sozinha.

6. Viva no momento

Aqueles com perda significativa de memória podem não ser capazes de discutir ou apreciar políticas, eventos atuais, esportes ou até mesmo o clima.

Mas muitos ainda podem desfrutar de coisas que estão diretamente na frente deles.

Tente passear por uma galeria em um museu, uma exposição em um zoológico ou um caminho em um jardim.

7. Aceite que algumas coisas não podem ser consertadas

Há muitas mudanças e perdas na demência que devem ser aceitas.

Além de perder a capacidade de trabalhar, dirigir ou dedicar-se a hobbies, há também a perda do relacionamento – pelo menos como costumava ser – entre marido e mulher, pai e filho.

A demência está sempre mudando e, portanto, a aceitação deve se tornar uma atividade recorrente.

8. Busque alegria

Procure atividades que tragam alegria
Crédito: Alterio Felines – Pixabay

Procure atividades apropriadas que tragam alegria para as pessoas que você ama.

Dê um passeio em um parque.

Visite com a família e amigos.

Jogar um jogo.

Ou, talvez, apenas dê as mãos.

Pois sem alegria, a vida – com ou sem demência – dificilmente valeria a pena.

Esse post foi escrito originalmente por Andrew E. Budson, MD, 2018, todos os direitos reservados.

Andrew é professor de neurologia na Universidade de Boston e na Harvard Medical School. Você pode saber mais sobre o seu trabalho no seu último livro, Seven Steps to Managing Your Memory: What’s normal, what’s not, and what to do about it (em inglês), e no livro Perda da Memória, Doença de Alzheimer e Demência (em português).

O texto foi postado no site Psychology Today, em novembro de 2018.

O conteúdo foi traduzido e adaptado pelo Blog 50+ SAÚDE com objetivo de clareza.

(Re)Encontrando a alegria do romance após a meia-idade

O novo (ou primeiro) amor pode despertar sentimentos e experiências estimulantes

A gerontologista Amanda Smith Barusch observou em 2008 que, o amor romântico nos ‘últimos anos’ (em oposição aos primeiros anos) é:

“Uma força para a mudança: as experiências românticas definem o caráter de maneiras sutis; amor abre portas para os nossos potenciais, forma o que nos tornamos”.

No entanto, representações de amor perpetuam “o mito de que apenas os jovens e os que não tem rugas podem gostar de romance”.

E, pior, que “romance de fim de vida é cômico ou repugnante”.

Na verdade, namoro numa idade mais avançada é uma tendência crescente, provavelmente relacionada ao crescente número de solteiros mais velhos.

Por exemplo, de acordo com dados de 2012, um terço dos baby boomers (nascidos entre 1946 e 1964) nos Estados Unidos eram solteiros.

Histórias de amor nesta fase da vida não são apenas possíveis, mas são comuns.

Em uma amostra nacional de idosos – entre 57 e 85 anos – foram relatadas as seguintes estatísticas entre os estadounidenses:

  • Aproximadamente 14% dos adultos mais velhos que não estavam casados ​​estavam em relacionamentos de namoro;
  • Mais homens mais velhos estavam namorando (quase 25%) do que mulheres mais velhas (10%);
  • Namorados mais velhos que tinham mais recursos econômicos, estavam em melhor estado de saúde;
  • Homens e mulheres com maiores laços sociais são mais propensos a namorar.

Os Eus Possíveis

O romance nesta fase representa oportunidades de crescimento, não apenas para os baby boomers, em seus cinquenta a setenta anos, mas também para os que estão em seus 80 anos ou mais.

Os romances posteriores da vida, ao contrário do amor da juventude, têm uma base de experiência – amores passados ​​que podem ajudar na navegação bem-sucedida do amor atual.

Este romance oferece uma oportunidade para perceber o que Markus e Nurius (1986) definiram como “eus possíveis“.

Os eus possíveis abrangem as idéias de si mesmos e são dirigidos por duas questões centrais: O que eu gostaria de ser?O que tenho medo de me tornar?”

No final da meia-idade e em diante, diferentemente do início da idade adulta, um processo de revisão de vida e auto-reflexão através das questões de possíveis eus pode se tornar mais premente.

O tempo é, afinal de contas, curto. E essa percepção de envelhecimento pode ser um grande ímpeto para a mudança.

Os romances do passado

Quando se examina os romances passados ​​através das lentes dos possíveis eus, a auto-reflexão pode revelar muito sobre como alguém escolheu e manteve relacionamentos românticos passados.

Suas experiências românticas anteriores podem ter sido positivas, como um cônjuge que era uma alma gêmea; ou, negativas, como uniões íntimas que terminaram mal, em amargura ou traição.

Esses relacionamentos podem ter sido dirigidos consciente ou inconscientemente por versões juvenis idealizadas do parceiro.

Alguns exemplos de romances idealizados são:

  • Alma gêmea (Romeu e Julieta);
  • Herói romântico (cavaleiro de armadura);
  • Heroína vulnerável (donzela em perigo);
  • Um desejo de intimidade e amor incondicional que não estava presente na infância (figuras de pai ou mãe);
  • Status social (casar por riqueza / prestígio social).
A sacada de Julieta (aquela) – Créditos: Samuele Schirò/Pixabay

Além disso, eles podem ter sido promovidos por impulsos de desenvolvimento psíquico; tal como o desejo de uma família (relógio biológico) ou um desejo de ser como os outros no grupo etário (casado com filhos).

Esses impulsos podem ter levado a escolhas românticas baseadas em possíveis eus daquilo que se tem medo de se tornar (sozinho, sem filhos, fora de sintonia com nossos pares).

Os romances nas fases mais madura ou idosa permitem um “reajuste” de possíveis eus guiados pelo que alguém gostaria de se tornar, e não movido pelo medo, mas pela possibilidade.

Ao contrário dos romances na juventude, é pouco provável que as necessidades idealizadas tenham potência.

Isso pode dar novos olhares para si mesmo.

Os possíveis problemas de um romance posterior

Mas esse tipo de relacionamento na fase mais madura ou avançada da vida também pode trazer problemas ou desconfortos:

  • Sair de uma zona de conforto que perturba rotinas e amizades. Por exemplo, estilo de vida estabelecido como divorciado e morando sozinho;
  • Complicações com filhos adultos, que podem não concordar com o envolvimento romântico de seus pais. Por exemplo, por razões financeiras; fidelidade ao pai ou mãe, se vivo, ou em memória se falecido;
  • Culpa. Por exemplo, que o amor na viuvez desrespeita a memória do cônjuge falecido;
  • Vergonha em relação à intimidade sexual. Por exemplo, relacionado a estereótipos e mitos negativos que promovem a dormência sexual como o que é “normal” para pessoas mais velhas.

Por outro lado, tais romances podem fomentar o autocrescimento positivo através de um despertar de sentimentos e/ou experiências que são novos e estimulantes.

Assim como na juventude, o amor romântico na vida adulta pode ser intenso; embora, também possa ser mais emocionalmente complexo e sutil em suas notas.

Os sonhos invernais dos romances da velhice podem oferecer a oportunidade de se conectar com outra pessoa de maneira gratificante e amorosa.

Romances posteriores da vida podem levar alguém a olhar para dentro e perguntar: “Como posso crescer com essa pessoa?

O romance da vida posterior pode, muito bem, despertar o melhor eu possível.


Esse post foi escrito originalmente por Shoba Sreenivasan e Linda E. Weinberger, ambas Ph.Ds em Nutrição Emocional, e postado no site Psychology Today, em dezembro de 2018.

O conteúdo foi traduzido e adaptado pelo Blog 50+ SAÚDE com objetivo de clareza.

II Jornada Interdisciplinar em Envelhecimento

Evento foi realizado no último dia 30 de março, em São Paulo

Que a população está envelhecendo e que o tempo, esperamos, passa para todo mundo, você já sabe.

Mas quais são e serão os desafios que vamos enfrentar para envelhecermos bem como sociedade, em família e pessoalmente?

O que fazer e como olhar para um futuro que todos vamos viver (e cada vez mais anos)?

É para isso que a InterAção – Projeto e Consultoria organizou a II Jornada Interdisciplinar em Envelhecimento no último dia 30 de março, em São Paulo.

Com o tema “Longevidade: Novos Olhares?” o evento trouxe uma gama diversa e capacitada de especialistas em envelhecimento, cidadania e cuidados para que possamos discutir e aprender como viver mais e melhor.

Confira alguns dos destaques da II Jornada Interdisciplinar em Envelhecimento:


O Futuro da Longevidade

A primeira palestra do dia começou em grande estilo com o Dr. Marcelo Valente, geriatra da Santa Casa e presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do Estado de São Paulo (SBGG-SP).


Dr. Marcelo Valente, geriatra da Santa Casa e presidente da SBGG-SP

Ele falou sobre as diferenças de expectativa de vida durante as décadas no Brasil, tanto regionalmente como nacionalmente, e em outros países.

Disse ainda que até 2040 – ou seja, daqui a 20 anos -, de 13% da população, a porcentagem de idosos projeta um aumento para 23% da população no Brasil.

Dr. Marcelo destacou também as projeções para as idades médias e proporções populacionais até 2100, garantindo que a expectativa de vida no Brasil atingirá 88 anos até lá.

E encerrou falando dos hábitos que fazem das Blue Zones, ou Zonas Azuis – regiões do mundo onde há maior concentração de centenários vivos -, e como podemos adaptar às nossas rotinas para vivermos mais e com melhor qualidade de vida.

Conversa de Sofá – Longevidade: novos olhares?

Um bate papo animado e divertido com três convidados e intermediado por Lilian Lang, jornalista da Revista Aptare.

Debate animado sobre envelhecimento intermediado pela jornalista Lilian Lang (à direita)

Os convidados foram a Profª Marli Feitosa – presidente do grande conselho municipal do idoso, a senhora Vera Caovilla – membro fundadora da ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer) e o Dr. Helio Nogueira – Urologista e ex-reitor da UNIFESP.

Em uma roda de amigos, os três debateram como o idoso é ou não respeitado na sociedade pelos parentes, amigos, médicos e políticos.

Dr. Helio destacou: “Os médicos também têm que lembrar que do outro lado existe um ser humano”, arrancando aplausos da platéia.

A autocrítica também não ficou de lado: “Nós temos que aprender a mexer com as novas tecnologias, nos celulares, mandar coraçõezinhos para as nossas amigas no WhatsApp”, disse Marli.

Além disso, o preconceito e a falta de paciência entre as pessoas mais velhas também foi lembrado.

O debate ainda falou de políticas públicas como forma de evitar o isolamento e criar atividades para idosos, especialmente os já aposentados.


Estereótipos: até quando?

Já a Profª Dra. Valmari C Aranha  – docente do Centro Universitário São Camilo e especialista em gerontologia – trouxe uma grande reflexão sobre os problemas que os estereótipos trazem ao envelhecer.

Ótimas reflexões trazidas pela Profª Dra. Valmari Aranha sobre esteriótipos no envelhecimento

Começou analisando o que sustenta um clichê direcionado aos idosos:

  • Medos, doenças, fragilidade, perda, mudanças físicas e sociais;
  • Solidão e carência
  • Negação
  • Fragilidade
  • Descuido e Negligência
  • Rigidez e Não adaptação

Também falou sobre a diferença entre o Ageism – processo de estereotipagem e discriminação sistemáticos contra as pessoas devido à sua idade (Butler, 1969) – e o Velhicismo – conjunto de atitudes negativas, socialmente estereotipadas, que trazem prejuízo:

O Ageism é, portanto, algo contra o envelhecimento do corpo, quase um inimigo (“não se combate o que é natural”). Já o Velhicismo é quando os idosos têm comportamentos que prejudicam os outros, não sendo necessário (furar fila, ser mal educado etc).

Antigamente o idoso era visto como sábio, experiente, professor, guardião das tradições, da história de da cultura do seu povo.

A professora Valmari destaca que um dos motivos pelos quais o estereótipo ainda existe é porque não temos conhecimento complexo, flexível e crítico do envelhecimento.

Para finalizar, a professora aconselha para a nova geração de velhos:

  • Se sentir confortável no mundo e se faz ouvir
  • Reinventando a forma de viver e perceber a velhice
  • Saber que é um processo individual e com múltiplas oportunidades
  • Resiliência
  • Autocuidado
  • Um envelhecimento ativo e atuante (além das aparências)

E ainda dá exemplos: Xuxa (56 anos) e Paul McCartney (76 anos).


Outros destaques da II Jornada

A Dra. Cláudia M. Beré, promotora de justiça, deu a palestra “O Futuro da Políticas Públicas” e deu alguns bons exemplos dos desafios na esfera pública para idosos. Ela contou casos, a burocracia que os projetos de lei enfrentam para se tornarem realidade e deu dicas sobre direitos dos idosos.


Dra. Myrian Najas falando sobre a importância da nutrição no envelhecer

No Painel “Longevidade bem-sucedida”, a nutricionista e coordenadora do InterAção apresentou as palestras:

  • Qual a influência da atividade física – apresentada por Neide Alessandra S. P. Nascimento, profissional de Educação Física da Gerência de Estudos e Programas Sociais (GEPROS) do SESC de São Paulo
  • Como a Nutrição pode contribuir – da Dra. Myrian Najas, nutricionista da UNIFESP e especialista em gerontologia.

Também foi destaque a palestra “Longevidade e as Promessas de vida eterna”, da geriatra da UNIFESP, Dra. Maisa Kairalla, falando sobre os possíveis avanços na medicina e até quando o ser humano pode viver.  

Além disso, o Painel: “Novas Perspectivas para o Futuro”, coordenada pela Dra. Monica Rodrigues Perracini (fisioterapeuta e especialista em gerontologia) e com as especialistas Jullyanne Marques (gerontóloga), falando sobre qualidade de vida, e a Dra. Naira Lemos (assistente social da UNIFESP – SBGG) dando mais dicas sobre o cuidado com os idosos.

A 50+ SAÚDE estava presente apresentando a empresa e produtos para qualidade de vida