O Ministério da Saúde (MS) decidiu incorporar na lista de medicamentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) o ácido zoledrônico. Medicamento é usado para o tratamento de pacientes com osteoporose que apresentam intolerância ou dificuldades de deglutição dos bisfosfonatos orais. A portaria foi publicada hoje (21) no Diário Oficial da União (DOU).
A incorporação do medicamento atende a uma recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) do MS. Segundo a portaria, o medicamento deverá ser oferecido à população no SUS no prazo máximo de 180 dias.
A osteoporose atinge o metabolismo dos ossos, diminuindo a massa óssea e comprometendo a estrutura dos tecidos responsáveis pela formação dos ossos. A doença é a principal causa de fratura em pessoas acima de 50 anos.
O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do MS já disponibiliza no âmbito do SUS o uso de Vitamina D e Cálcio, raloxifeno, estrógenos conjugados, calcitonina (spray nasal) e os bisfosfonatos orais (alendronato e risedronato) para o tratamento de pacientes com osteoporose.
De acordo com a Conitec, a incorporação do ácido zoledrônico se deve, entre outras razões, a sua alta capacidade de se ligar ao osso mineralizado. Ao ser administrado, o medicamento age rapidamente no osso, inibindo o desequilíbrio entre a reabsorção de cálcio e a remodelação óssea.
or Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil – Brasília
Um guia do Ministério da Saúde (MS) traz recomendações para a alimentação das crianças após o período de amamentação. Entre elas, a principal é evitar o consumo de alimentos ultraprocessados, como biscoitos recheados, salgadinhos, achocolatados, etc. É que a partir do segundo ano de vida, as crianças passam a ter mais contato com o mundo externo e sofrem maior exposição à publicidade desse tipo de produto, seja por meio da televisão, das mídias sociais, na escola ou na convivência com outras crianças.
O material, chamado de Guia Alimentar para a População Brasileira, visa auxiliar os pais na tarefa de estimular uma alimentação mais saudável para as crianças e ressalta que a alimentação saudável é importante em todos os momentos da vida.
Segundo dados do Relatório Público do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional, das crianças acompanhadas na Atenção Primária à Saúde em 2020, 15,9% dos menores de 5 anos e 31,8% das crianças entre 5 e 9 anos tinham excesso de peso. Dessas, 7,4% e 15,8%, respectivamente, apresentavam obesidade, segundo o Índice de Massa Corporal (IMC) para a idade.
Os bons hábitos de alimentação devem começar a partir dos 6 meses, quando as crianças começam a ingerir outros alimentos além do leite materno. De acordo com o guia, é importante os adultos estimularem desde cedo as crianças a ingerirem alimentos in natura.
A partir dessa etapa, a alimentação deve ser composta por comida de verdade, isto é, refeições feitas com alimentos in natura ou minimamente processados, de diferentes grupos, como feijões, cereais, raízes e tubérculos, frutas, legumes e verduras, além de carnes.
Também é preciso evitar o consumo de bebidas adoçadas, ou seja, refrigerantes, sucos de caixinha, sucos em pó, refrescos, bebidas lácteas e achocolatados. O mesmo serve para lanches como hambúrgueres já prontos, embutidos (linguiças, salsicha, presunto, mortadela e salames), macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote, biscoitos e guloseimas.
Exclusivo para gestantes
Outra lembrança importante do guia é que antes dos dois anos é recomendado o aleitamento materno, que proporciona todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento do bebê. O leite materno de forma exclusiva para a criança até os seis meses de vida, sendo desnecessária a oferta de qualquer outro tipo de alimento ou bebida, como papinha, mingau, chás, suco e outros.
Além de ser importante para a saúde do bebê, a amamentação também traz benefícios para a mulher, como a redução do risco de desenvolver câncer de mama, ovário e endométrio. A explicação é que, durante o período de aleitamento materno, as taxas de determinados hormônios que favorecem o desenvolvimento desse tipo de doença reduzem.
Em relação às gestantes, o guia lembra que nessa fase, o consumo de água, alimentos in natura diversos e minimamente processados são importantes para suprir a necessidade de nutrientes fundamentais, como ferro, ácido fólico, cálcio, vitaminas A e D, entre outros.
Para esse público específico, o MS possui um Guia Alimentar para Gestantes. A alimentação saudável na gestação favorece o bom desenvolvimento fetal, a saúde e o bem-estar da mulher, além de prevenir o surgimento de agravos, como diabetes gestacional, hipertensão e ganho de peso excessivo.
Entre outras recomendações, o material afirma que uma alimentação mais saudável ajuda a evitar sintomas como náuseas, vômitos e tonturas, azia, plenitude gástrica, constipação intestinal, fraqueza, desmaios, entre outros.
Para tanto basta modificar a consistência dos alimentos, ingerindo opções mais macias e pastosas, não consumir líquidos durante as refeições, evitar o consumo de alimentos gordurosos, doces, picantes e com cheiros fortes e não deitar após as refeições também são hábitos que podem ajudar a aliviar esses sintomas.
É importante buscar uma orientação alimentar adequada, com o auxílio de um profissional de saúde e que considere fatores como vulnerabilidade social e renda, rede de apoio, idade e condições de trabalho de cada gestante.