Conversas de vídeo com a família podem ajudar a reduzir o risco de depressão em adultos mais velhos
Claro, você envia textos para seus pais, responde aos e-mails deles e talvez até mesmo seja “amigo” deles no Facebook ou Instagram para que eles possam ver a sua vida em fotos.
Mas com freqüência você comunica com eles por Skype, WhatApp ou Facetime?
Enquanto todos os tipos de interação social podem ajudar pessoas mais velhas a permanecerem conectadas a familiares e amigos, um novo estudo de pesquisadores da Oregon Health & Science University e da University of California Davis descobriu que participar de bate-papos de vídeo reduz a probabilidade pela metade de desenvolver síntomas depressivos, comparado com outras formas de comunicação.
Os investigadores compararam os dados por meio de questionários realizados em 2012 com dados de acompanhamento de 2 anos.
Em 2014, com mais de 1400 participantes do Health and Retirement Study (HRS), a pesquisa de acompanhamento incluiu dados sobre sintomas depressivos.
Eles descobriram que, mais que outras tecnologias de comunicação, como e-mail, redes sociais e mensagens instantâneas, os chats de vídeo têm o potencial de prevenir ou retardar os sintomas da depressão.
Na verdade, a pesquisa descobriu que as outras tecnologias como e-mail e mensagens de textos não têm qualquer influência no risco de depressão.
As mulheres e homens que utilizam esses meios (texto) tiveram o mesmo índice de depressão do que as pessoas que não usam nenhuma das tecnologias de comunicação.
As publicações mostram que mais e mais idosos usam a internet.
E até casas de repouso e outras residências para o dia-a-dia estão começando a oferecer acesso à internet para os residentes.
Os estudos mais recentes sobre os chats de vídeo com com a família duram mais do que conversas por telefone.
E, embora não sejam cientificamente comprovados, sugerem que conversas cara a cara (mesmo que por vídeo) podem ajudar a reduzir os sintomas de agitação e explosões verbais em paciêntes com demência.
O que é melhor do que um bate-papo por vídeo?
Interação face a face regular e real, é claro.
Mas em um mundo onde isso não é possível para tantas pessoas, o vídeo de bate-papo parece ajudar a superar melhor a tristeza do idoso do que qualquer outra tecnologia disponível.
“A demência é uma doença mental caracterizada por prejuízo cognitivo que pode incluir alterações de memória, desorientação em relação ao tempo e ao espaço, raciocínio, concentração, aprendizado, realização de tarefas complexas, julgamento, linguagem e habilidades visuais-espaciais. Essas alterações podem ser acompanhadas por mudanças no comportamento ou na personalidade. Entre as várias causas conhecidas, a Doença de Alzheimer é a mais frequente”.
Sua família contratou um auxiliar de saúde em casa para ajudar nos cuidados pessoais.
Ele fica agitado toda vez que ela tenta dar-lhe um banho.
Considere sua perspectiva.
Por causa de sua perda de memória , ele não se lembra de que ela esteve lá toda semana no último ano.
Ele só acha que há uma mulher estranha que ele nunca conheceu que está pedindo para ele tirar a roupa.
2. Devemos estar calmos, relaxados e reconfortantes
Aqueles com demência, muitas vezes, absorvem o nosso humor, percebendo inconscientemente a nossa linguagem corporal e tom de voz.
Assim, podemos inadvertidamente criar agitação se ficarmos irritados quando uma pergunta for feita pela 34ª vez ou ficarmos chateados quando o açucareiro cair acidentalmente no chão.
3. A distração pode ser uma ferramenta útil
A maioria de nós aprendeu que nãoajuda a tentar raciocinar ou argumentar quando um indivíduo com demência diz às oito horas da noite que eles precisam sair de casa para “ir para casa”.
O que normalmente funciona, é os distrair com uma atividade que eles gostam como:
Olhar para álbuns de fotos, ouvir música, assistir a um filme favorito, fazer um lanche ou simplesmente dar um passeio.
4. É importante estar ocupado
Ninguém realmente deseja ficar ocioso.
O que pode ser difícil é encontrar uma atividade que o indivíduo possa fazer e gostar.
Aqui simplesmente encorajamos você a pensar fora da caixa.
Por exemplo, um colecionador de moedas pode não ser mais capaz de detectar as variedades raras e moedas especiais que ele já fez, mas ele pode passar duas horas felizmente arrumando um pote de moedas em centavos, centavos e moedas.
O que você pode fazer no dia seguinte?
Misture-os de volta e deixe-o fazer de novo.
Da mesma forma, se sua mãe gosta de dobrar a roupa, deixe-a dobrá-la. Ela já terminou? Agite e deixe-a dobrar novamente.
5. Envolva familiares e amigos
A demência acaba se tornando um esporte de equipe.
Muitos cônjuges sentem que devem ser capazes de cuidar de sua esposa ou marido sozinhos, mas cuidar de pessoas com demência é mais do que qualquer pessoa pode fazer sozinha.
6. Viva no momento
Aqueles com perda significativa de memória podem não ser capazes de discutir ou apreciar políticas, eventos atuais, esportes ou até mesmo o clima.
Mas muitos ainda podem desfrutar de coisas que estão diretamente na frente deles.
Tente passear por uma galeria em um museu, uma exposição em um zoológico ou um caminho em um jardim.
7. Aceite que algumas coisas não podem ser consertadas
Há muitas mudanças e perdas na demência que devem ser aceitas.
Além de perder a capacidade de trabalhar, dirigir ou dedicar-se a hobbies, há também a perda do relacionamento – pelo menos como costumava ser – entre marido e mulher, pai e filho.
A demência está sempre mudando e, portanto, a aceitação deve se tornar uma atividade recorrente.
8. Busque alegria
Procure atividades apropriadas que tragam alegria para as pessoas que você ama.
Dê um passeio em um parque.
Visite com a família e amigos.
Jogar um jogo.
Ou, talvez, apenas dê as mãos.
Pois sem alegria, a vida – com ou sem demência – dificilmente valeria a pena.
Esse post foi escrito originalmente porAndrew E. Budson, MD, 2018, todos os direitos reservados.
O novo (ou primeiro) amor pode despertar sentimentos e experiências estimulantes
A gerontologista Amanda Smith Barusch observou em 2008 que, o amor romântico nos ‘últimos anos’ (em oposição aos primeiros anos) é:
“Uma força para a mudança: as experiências românticas definem o caráter de maneiras sutis; amor abre portas para os nossos potenciais, forma o que nos tornamos”.
No entanto, representações de amor perpetuam “o mito de que apenas os jovens e os que não tem rugas podem gostar de romance”.
E, pior, que “romance de fim de vida é cômico ou repugnante”.
Na verdade, namoro numa idade mais avançada é uma tendência crescente, provavelmente relacionada ao crescente número de solteiros mais velhos.
Por exemplo, de acordo com dados de 2012, um terço dos baby boomers (nascidos entre 1946 e 1964) nos Estados Unidos eram solteiros.
Histórias de amor nesta fase da vida não são apenas possíveis, mas são comuns.
Em uma amostra nacional de idosos – entre 57 e 85 anos – foram relatadas as seguintes estatísticas entre os estadounidenses:
Aproximadamente 14% dos adultos mais velhos que não estavam casados estavam em relacionamentos de namoro;
Mais homens mais velhos estavam namorando (quase 25%) do que mulheres mais velhas (10%);
Namorados mais velhos que tinham mais recursos econômicos, estavam em melhor estado de saúde;
Homens e mulheres com maiores laços sociais são mais propensos a namorar.
Os Eus Possíveis
O romance nesta fase representa oportunidades de crescimento, não apenas para os baby boomers, em seus cinquenta a setenta anos, mas também para os que estão em seus 80 anos ou mais.
Os romances posteriores da vida, ao contrário do amor da juventude, têm uma base de experiência – amores passados que podem ajudar na navegação bem-sucedida do amor atual.
Este romance oferece uma oportunidade para perceber o que Markus e Nurius (1986) definiram como “eus possíveis“.
Os eus possíveis abrangem as idéias de si mesmos e são dirigidos por duas questões centrais: “O que eu gostaria de ser?” O que tenho medo de me tornar?”
No final da meia-idade e em diante, diferentemente do início da idade adulta, um processo de revisão de vida e auto-reflexão através das questões de possíveis eus pode se tornar mais premente.
O tempo é, afinal de contas, curto. E essa percepção de envelhecimento pode ser um grande ímpeto para a mudança.
Os romances do passado
Quando se examina os romances passados através das lentes dos possíveis eus, a auto-reflexão pode revelar muito sobre como alguém escolheu e manteve relacionamentos românticos passados.
Suas experiências românticas anteriores podem ter sido positivas, como um cônjuge que era uma alma gêmea; ou, negativas, como uniões íntimas que terminaram mal, em amargura ou traição.
Esses relacionamentos podem ter sido dirigidos consciente ou inconscientemente por versões juvenis idealizadas do parceiro.
Alguns exemplos de romances idealizados são:
Alma gêmea (Romeu e Julieta);
Herói romântico (cavaleiro de armadura);
Heroína vulnerável (donzela em perigo);
Um desejo de intimidade e amor incondicional que não estava presente na infância (figuras de pai ou mãe);
Status social (casar por riqueza / prestígio social).
Além disso, eles podem ter sido promovidos por impulsos de desenvolvimento psíquico; tal como o desejo de uma família (relógio biológico) ou um desejo de ser como os outros no grupo etário (casado com filhos).
Esses impulsos podem ter levado a escolhas românticas baseadas em possíveis eus daquilo que se tem medo de se tornar (sozinho, sem filhos, fora de sintonia com nossos pares).
Os romances nas fases mais madura ou idosa permitem um “reajuste” de possíveis eus guiados pelo que alguém gostaria de se tornar, e não movido pelo medo, mas pela possibilidade.
Ao contrário dos romances na juventude, é pouco provável que as necessidades idealizadas tenham potência.
Isso pode dar novos olhares para si mesmo.
Os possíveis problemas de um romance posterior
Mas esse tipo de relacionamento na fase mais madura ou avançada da vida também pode trazer problemas ou desconfortos:
Sair de uma zona de conforto que perturba rotinas e amizades. Por exemplo, estilo de vida estabelecido como divorciado e morando sozinho;
Complicações com filhos adultos, que podem não concordar com o envolvimento romântico de seus pais. Por exemplo, por razões financeiras; fidelidade ao pai ou mãe, se vivo, ou em memória se falecido;
Culpa. Por exemplo, que o amor na viuvez desrespeita a memória do cônjuge falecido;
Vergonha em relação à intimidade sexual. Por exemplo, relacionado a estereótipos e mitos negativos que promovem a dormência sexual como o que é “normal” para pessoas mais velhas.
Por outro lado, tais romances podem fomentar o autocrescimento positivo através de um despertar de sentimentos e/ou experiências que são novos e estimulantes.
Assim como na juventude, o amor romântico na vida adulta pode ser intenso; embora, também possa ser mais emocionalmente complexo e sutil em suas notas.
Os sonhos invernais dos romances da velhice podem oferecer a oportunidade de se conectar com outra pessoa de maneira gratificante e amorosa.
Romances posteriores da vida podem levar alguém a olhar para dentro e perguntar: “Como posso crescer com essa pessoa?”
O romance da vida posterior pode, muito bem, despertar o melhor eu possível.
Que a população está envelhecendo e que o tempo, esperamos, passa para todo mundo, você já sabe.
Mas quais são e serão os desafios que vamos enfrentar para envelhecermos bem como sociedade, em família e pessoalmente?
O que fazer e como olhar para um futuro que todos vamos viver (e cada vez mais anos)?
É para isso que a InterAção – Projeto e Consultoria organizou a II Jornada Interdisciplinar em Envelhecimento no último dia 30 de março, em São Paulo.
Com o tema “Longevidade: Novos Olhares?” o evento trouxe uma gama diversa e capacitada de especialistas em envelhecimento, cidadania e cuidados para que possamos discutir e aprender como viver mais e melhor.
Confira alguns dos destaques da II Jornada Interdisciplinar em Envelhecimento:
Ele falou sobre as diferenças de expectativa de vida durante as décadas no Brasil, tanto regionalmente como nacionalmente, e em outros países.
Disse ainda que até 2040 – ou seja, daqui a 20 anos -, de 13% da população, a porcentagem de idosos projeta um aumento para 23% da população no Brasil.
Dr. Marcelo destacou também as projeções para as idades médias e proporções populacionais até 2100, garantindo que a expectativa de vida no Brasil atingirá 88 anos até lá.
E encerrou falando dos hábitos que fazem das Blue Zones, ou Zonas Azuis – regiões do mundo onde há maior concentração de centenários vivos -, e como podemos adaptar às nossas rotinas para vivermos mais e com melhor qualidade de vida.
Conversa de Sofá – Longevidade: novos olhares?
Um bate papo animado e divertido com três convidados e intermediado por Lilian Lang, jornalista da Revista Aptare.
Os convidados foram a Profª Marli Feitosa – presidente do grande conselho municipal do idoso, a senhora Vera Caovilla – membro fundadora da ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer) e o Dr. Helio Nogueira – Urologista e ex-reitor da UNIFESP.
Em uma roda de amigos, os três debateram como o idoso é ou não respeitado na sociedade pelos parentes, amigos, médicos e políticos.
Dr. Helio destacou: “Os médicos também têm que lembrar que do outro lado existe um ser humano”, arrancando aplausos da platéia.
A autocrítica também não ficou de lado: “Nós temos que aprender a mexer com as novas tecnologias, nos celulares, mandar coraçõezinhos para as nossas amigas no WhatsApp”, disse Marli.
Além disso, o preconceito e a falta de paciência entre as pessoas mais velhas também foi lembrado.
O debate ainda falou de políticas públicas como forma de evitar o isolamento e criar atividades para idosos, especialmente os já aposentados.
Estereótipos: até quando?
Já a Profª Dra. Valmari C Aranha – docente do Centro Universitário São Camilo e especialista em gerontologia – trouxe uma grande reflexão sobre os problemas que os estereótipos trazem ao envelhecer.
Começou analisando o que sustenta um clichê direcionado aos idosos:
Medos, doenças, fragilidade, perda, mudanças físicas e sociais;
Solidão e carência
Negação
Fragilidade
Descuido e Negligência
Rigidez e Não adaptação
Também falou sobre a diferença entre o Ageism – processo de estereotipagem e discriminação sistemáticos contra as pessoas devido à sua idade (Butler, 1969) – e o Velhicismo – conjunto de atitudes negativas, socialmente estereotipadas, que trazem prejuízo:
O Ageism é, portanto, algo contra o envelhecimento do corpo, quase um inimigo (“não se combate o que é natural”). Já o Velhicismo é quando os idosos têm comportamentos que prejudicam os outros, não sendo necessário (furar fila, ser mal educado etc).
Antigamente o idoso era visto como sábio, experiente, professor, guardião das tradições, da história de da cultura do seu povo.
A professora Valmari destaca que um dos motivos pelos quais o estereótipo ainda existe é porque não temos conhecimento complexo, flexível e crítico do envelhecimento.
Para finalizar, a professora aconselha para a nova geração de velhos:
Se sentir confortável no mundo e se faz ouvir
Reinventando a forma de viver e perceber a velhice
Saber que é um processo individual e com múltiplas oportunidades
Resiliência
Autocuidado
Um envelhecimento ativo e atuante (além das aparências)
E ainda dá exemplos: Xuxa (56 anos) e Paul McCartney (76 anos).
Outros destaques da II Jornada
A Dra. Cláudia M. Beré, promotora de justiça, deu a palestra “O Futuro da Políticas Públicas” e deu alguns bons exemplos dos desafios na esfera pública para idosos. Ela contou casos, a burocracia que os projetos de lei enfrentam para se tornarem realidade e deu dicas sobre direitos dos idosos.
No Painel “Longevidade bem-sucedida”, a nutricionista e coordenadora do InterAção apresentou as palestras:
Qual a influência da atividade física – apresentada por Neide Alessandra S. P. Nascimento, profissional de Educação Física da Gerência de Estudos e Programas Sociais (GEPROS) do SESC de São Paulo
Como a Nutrição pode contribuir – da Dra. Myrian Najas, nutricionista da UNIFESP e especialista em gerontologia.
Também foi destaque a palestra “Longevidade e as Promessas de vida eterna”, da geriatra da UNIFESP, Dra. Maisa Kairalla, falando sobre os possíveis avanços na medicina e até quando o ser humano pode viver.
Além disso, o Painel: “Novas Perspectivas para o Futuro”, coordenada pela Dra. Monica Rodrigues Perracini (fisioterapeuta e especialista em gerontologia) e com as especialistas Jullyanne Marques (gerontóloga), falando sobre qualidade de vida, e a Dra. Naira Lemos (assistente social da UNIFESP – SBGG) dando mais dicas sobre o cuidado com os idosos.
Medicina Integrativa é uma especialidade que visa estudar o metabolismo de cada indivíduo como um todo, para que a saúde seja a melhor possível e doenças sejam evitadas.
Quando já instaladas, o tratamento pode ajudar a reduzir a quantidade de medicações, uma vez que a causa dos problemas está sendo investigada, não apenas a consequência final.
“Ela propõe um resgate das práticas mais antigas sem negar os avanços da medicina convencional”, define o médico Paulo de Tarso Lima, coordenador do Grupo de Medicina Integrativa do Hospital Israelita Albert Einstein.
“A medicina integrativa é um tratamento além da doença. Tratamos o paciente como um todo, desde o seu estilo de vida, até a forma como ele se relaciona com o ambiente. A interação com o paciente é muito importante. Vemos hoje muitos médicos que sequer olham nos olhos de seus pacientes. Acredito que se conseguirmos agir preventivamente, antes da doença levar a pessoa ao hospital, então teríamos mais o que fazer para melhorar a medicina”, disse o Prof. Dr. Chin An Lin, chefe do Ambulatório Geral Didático do HCMFUSP.
A Dra. Paula Bandeira de Mello fez um vídeo (transcrito abaixo) para mostrar a importância da ciência na vida das pessoas.
Confira a explicação e preencha o formulário para verificar como a Medicina Integrativa pode ajudar você a ter mais energia:
Oi, tudo bem com você?
Tô aqui para falar um pouco sobre Medicina Integrativa e de que forma e ela pode ajudar você a melhorar a sua saúde.
A Medicina Integrativa é uma abordagem médica que visa deixar o seu metabolismo em níveis ideais.
O melhor que o seu metabolismo pode ser por você:
Com os nutrientes adequados, com os hormônios em níveis ótimos, para que sua saúde seja a melhor possível e você consiga até prevenir doenças para quais a sua genética não te deixava favorável.
Vamos ver como é isso?
Prevenção
O primeiro conceito da Medicina Integrativa é que a prevenção é melhor do que a cura.
E a gente vê hoje em dia algumas doenças sendo tratadas para todo o sempre, certo?
Medicação diária, de uso contínuo, para sempre.
Será que não existe uma outra forma de tratar isso?
Será que a gente não consegue dar ao organismo aquilo que ele realmente precisa?
O nutriente que o organismo precisa para que aquela doença seja curada (ou nem apareça) e tratada na sua causa?
Melhore o terreno
O outro conceito é: melhorar o seu terreno.
Nosso organismo precisa estar bem nutrido, bem hidratado, precisamos pensar no que a gente está comendo para que seja algo funcional.
Precisamos que a alimentação dê os nutrientes que a gente precisa para construir os hormônios, os neurotransmissores e substâncias essenciais para a nossa saúde.
Não adianta a gente esperar que em um terreno seco e sem nutrientes, por exemplo, surjam frutos e flores, certo?
Você precisa adubar, expor ao sol e regar para que as coisas aconteçam.
Melhorar o metabolismo
A etapa seguinte é otimizar o seu metabolismo.
Não adianta você ver só a glicose (no sangue) ano após ano.
Às vezes a pessoa já está até acima do peso ideal, sabe disso, mas apenas dosa a glicemia e isso não é o suficiente para você se manter saudável.
Como na imagem, apenas um resultado de glicemia saiu do considerado normal.
Será que isso quer dizer que o corpo está funcionando tranquilamente?
Ou será que a insulina dessa mesma pessoa, que o laboratório diz que está dentro dos níveis normais, quer dizer que a pessoa está dentro da saúde ideal?
Esses níveis da imagem abaixo, são todos níveis de pré-diabetes.
Apenas o “Resultado atual” que não, já que teve uma melhora na alimentação.
Então será que a gente não tem uma forma melhor de cuidar da gente do que só esperar o diagnóstico de doença?
A melhor solução
Como a gente pode fazer isso?
Nutrindo o organismo.
Dando para a tireóide os nutrientes que ela precisa para fazer o hormônio;
Dando para os rins: ÁGUA.
Água não é chá, não é suco, não é refrigerante.
Água!
Tomar de duas em duas horas.
Não beba dois litros de uma vez que vai tudo para o xixi. Você tem que se hidratar ao longo do dia
Você também precisa de magnésio para não ser hipertenso.
Então será que antes de tomar um remédio para pressão, que tal emagrecer e fazer uma suplementação de magnésio com um profissional capacitado?
Antes de tomar um antidepressivo, será que não é melhor deixar o seu intestino apto a captar os nutrientes que você precisa para fazer o que o seu cérebro necessita para não entrar em depressão?
A importância dos hormônios
Qual hormônio, por exemplo, que ajudaria você a ter uma boa saúde sexual, boa saúde óssea – tanto nos dentes como prevenindo Osteopenia e Osteoporose?
Você é capaz de fazer exercício para ganhar e manter massa magra, prevenir câncer de próstata (no caso dos homens), prevenção de depressão…
Afinal, que hormônio é esse?
Aqui foram listados apenas alguns dos benefícios da testosterona.
Ela não é um hormônio apenas de homem.
A testosterona é importante para todo mundo. É preciso que a testosterona esteja em níveis ideais para prevenir tudo isso.
É importante também para a saúde cardiovascular (coração).
E é por isso que homens, a partir dos 50 anos, tem mais chance de infarto. Porque a testosterona cai de uma forma mais relevante.
Não precisa ter medo de hormônios.
Se forem orientados por um profissional capacitado e não forem usados derivados intéticos, que realmente trazem riscos para a saúde, você estará previnindo problemas que o avançar da idade naturalmente lhe trariam.
A gente realmente precisa de hormônios, vitaminas e nutrientes para alcançar a melhor saúde possível.
Você precisa apenas de um profissional capacitado para te ajudar a chegar nesse nível.
Hábitos para evitar doenças
Então eu convido você a melhorar os seus hábitos para “descontruir” doenças:
Respeitar o horário de sono;
Escolher com carinho o que comer – não pense apenas em não ter fome, pense em nutrir o seu corpo;
Praticar exercícios físicos.
Os dois primeiros são essenciais para que você seja capaz e possa nutrir o seu corpo para o terceiro: fazer exercícios físicos.
Com tudo isso – e eu não disse que ia ser fácil -, você pode ter um caminho para uma nova vida e um novo estilo de vida.
Saiba mais sobre a sua saúde
Eu formulei um questionário para que você possa entender um pouco mais da sua saúde e saber por onde começar a melhorar.
Entre no formulário, responda as perguntas e comece a mudar a sua saúde e a sua vida.
Dra. Paula Bandeira de Mello, médica pós-graduada pela Escola Paulista de Medicina, em Nutrologia e Estética Avançada. Atende atualmente em São Paulo.
Você pode saber mais sobre Medicina Integrativa e sobre a Dra. Paula Bandeira de Mello em sua página no Facebook ou no Instagram.
Ou ainda pelos telefones: (11) 96747-7777 e (11) 3865-0200
A atividade física tem benefícios duradouros para o corpo e para a mente
A conversa em torno dos cuidados de saúde torna-se clara e evidente a cada dia, à medida que os especialistas analisam as suas previsões para as grandes tendências do próximo ano.
Um dos principais tópicos: Será este o ano em que finalmente veremos um medicamento de sucesso para a doença de Alzheimer?
Mas, em vez de jogar um jogo de adivinhação, por que não olhamos para o que sabemos que realmente impede a demência, como o Alzheimer – melhorando o seu estilo de vida?
Corpo Saudável, Mente Saudável
O Governo Federal Estadunidense publicou pela primeira vez as Diretrizes de Atividade Física para Americanos em 2008.
Usando orientações científicas, essas diretrizes fornecem uma visão geral de quanto exercício físico os americanos (e brasileiros) devem realizar a cada semana.
Ou seja, pelo menos dois dias de atividade de fortalecimento muscular combinada com pelo menos 150 minutos de exercício de intensidade moderada ou 75 minutos de exercício de intensidade vigorosa.
Essas diretrizes abordam indivíduos saudáveis e aqueles com risco aumentado de doença crônica, enfatizando como o exercício pode prevenir os efeitos de certas doenças crônicas, como Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial e inclusive, as chamadas demências, como a Doença de Alzheimer.
Uma edição atualizada das Diretrizes de Atividade Física foi lançada no final de 2018. A principal atualização foi uma seção dedicada à relação entre atividade física e saúde do cérebro.
Esta seção explica os benefícios da atividade física para cognição, sono, depressão, ansiedade e qualidade de vida geral.
O reconhecimento do governo sobre a saúde do cérebro finalmente divulga seu papel integral na saúde geral e destaca como o exercício físico beneficia não apenas seu corpo, mas também sua mente.
Como o exercício melhora a saúde do cérebro
Há muitas maneiras pelas quais o exercício físico melhora a saúde cognitiva.
O exercício aeróbico (também conhecido como cardio) aumenta a frequência cardíaca e aumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro. Sua frequência cardíaca aumentada é acompanhada por respiração mais forte e rápida, dependendo da intensidade do seu treino.
À medida que sua respiração aumentada bombeia mais oxigênio para a corrente sanguínea, mais oxigênio é liberado para o cérebro.
Isso leva à neurogênese – ou à produção de neurônios – em certas partes do cérebro que controlam a memória e o pensamento.
A neurogênese aumenta o volume cerebral, e acredita-se que essa reserva cognitiva ajude a amortecer os efeitos da demência.
Outro fator que media a ligação entre a cognição e o exercício são as neurotrofinas, proteínas que auxiliam a sobrevivência e a função dos neurônios.
Observou-se que o exercício promove a produção de neurotrofinas, levando a uma maior plasticidade cerebral e, portanto, melhor memória e aprendizado.
Além delas, o exercício também resulta em um aumento de neurotransmissores no cérebro, especificamente serotonina e norepinefrina, que aumentam o processamento da informação e o humor.
Efeitos duradouros do exercício na cognição
Em 2017, o Lancet lançou sua comissão de pesquisa sobre prevenção, intervenção e cuidados de demência que demonstrou que 35% dos fatores de risco para o desenvolvimento de demência podem ser atribuídos a traços de estilo de vida modificáveis.
Um componente significativo: exercício físico.
Em um estudo longitudinal realizado pelo Dr. Zhu, da Universidade de Minnesota, testes foram administrados a um grupo de participantes para determinar seus níveis de aptidão física e cognitiva.
Estas pessoas foram acompanhadas e reavaliadas após 25 anos:
Aqueles que eram os mais ativos em 1985 tiveram também o melhor desempenho em testes físicos e cognitivos décadas mais tarde.
Além disso, o exercício dá esperança a pessoas com uma mutação genética rara que as programa para o início precoce da doença de Alzheimer.
Embora o exercício não possa neutralizar completamente sua predisposição genética, as pessoas que se exercitaram por pelo menos 150 minutos por semana tiveram melhores resultados cognitivos em comparação com aqueles que não o fizeram.
Tanto o tipo de treino como o método de manter-se em forma são importantes para ter ou não benefícios cognitivos.
Não basta apenas contar calorias para ficar magro, você ainda precisa se exercitar.
Na verdade, há um termo (em inglês) na medicina para pessoas que não são saudáveis em geral, mas conseguem ficar magras: TOFI (Thin Outside Fat Inside).
Traduzindo para o português: Magro por Fora, Gordo por Dentro.
Em vez de exibirem gordura externamente e parecerem acima do peso, esses indivíduos carregam peso visceralmente, em torno de seus órgãos internos.
Isso é prejudicial para a saúde geral – incluindo a saúde do cérebro.
Entre três grupos de pessoas – indivíduos que perderam peso por meio da alimentação restritiva, pessoas que perderam peso através de exercícios e um grupo que usou uma combinação dos dois – apenas os grupos que fizeram exercícios como parte de seu regime de perda de peso notaram uma melhora na cognição.
É mais importante concentrar-se no tipo de exercício que você realiza se seu objetivo é maximizar sua saúde cognitiva.
Uma rotina de múltiplos componentes focada em equilíbrio, flexibilidade e condicionamento aeróbico é melhor do que focar apenas em um tipo de exercício.
Por exemplo, o tai chi foi anunciado como uma forma de uma rotina de exercícios abrangente que aumenta significativamente a cognição.
Uma meta-análise da pesquisa sobre tai chi e cognição descobriu que o exercício exibiu um efeito maior sobre a função cognitiva do que outros tipos de exercício.
No entanto, qualquer exercício é melhor para o cérebro do que nenhum.
Então, escolha o seu exercício!
Vá andando, correndo, nadando, caminhando ou andando de bicicleta.
Aproveite o ar fresco. Entre em contato com a natureza. E colha os muitos benefícios para a saúde do exercício físico e mental.
Esse post foi escrito originalmente por Mylea Charvat, Ph.D., psicóloga clínica, neurocientista translacional e CEO e fundadora da empresa de avaliação cognitiva digital Savonix, na Califórnia, nos Estados Unidos.
O texto foi e postado no site Psychology Today, em janeiro de 2019.
O conteúdo foi traduzido e adaptado pelo Blog 50+ SAÚDE com objetivo de clareza.
Você sabia que metade das mulheres poderá ter, pelo menos, um episódio de Infecção Urinária em algum momento da vida?
Entre as principais causas, está a anatomia feminina: a uretra feminina é reta e mais curta que a uretra masculina, facilitando a entrada e migração de bactérias para a bexiga urinária.
Além disso, a uretra – canal que leva a urina da bexiga até o meio externo, na mulher, é exteriorizada na região da vulva, próximo à vagina e ao ânus.
A curta distância entre a uretra e o ânus, facilita que bactérias entrem pela uretra e se instalem na bexiga.
A bactéria mais comum da Infecção Urinária na Mulher é a Escherichia coli, que é um microrganismo comum no intestino, mas que, quando se instala na bexiga, produz a Infecção Urinária.
O que é Infecção Urinária?
A Infecção Urinária, também chamada de Infecção do Trato Urinário – ITU, é um quadro infeccioso que pode ocorrer nos órgãos do trato urinário, principalmente bexiga e rins.
Quando a bexiga é afetada, o que ocorre com mais frequência, a infecção urinária é chamada de Cistite, e quando os rins também são afetados, ocorre a Pielonefrite, que é um tipo de infecção urinária mais grave.
Como posso saber se estou com infecção urinária?
Existem alguns sinais e sintomas que podem alertar a mulher sobre a possibilidade de estar com uma infecção urinária.
Sinais e sintomas mais frequentes da infecção urinária:
– dor ou ardência ao urinar;
– sensação de urgência para urinar;
– aumento do número de vezes que vai ao banheiro urinar;
– urina escura;
– urina com odor forte;
– dor no “pé da barriga”;
– incontinência urinária.
Vale ressaltar que, no caso da Pielonefrite, surgem também outros sintomas como dor lombar, febre, calafrios, náuseas e vômitos.
Como são o diagnóstico e o tratamento da Infecção Urinária?
Caso ocorram algum destes sinais e sintomas, você deve procurar imediatamente um serviço de saúde para o correto diagnóstico e tratamento.
O diagnóstico médico consiste na avaliação dos sinais e sintomas, e dos exames laboratoriais como exame de urina e sangue, que podem confirmar a presença de uma infecção.
Além disso, um exame de imagem como Tomografia ou Ultrassonografia pode ser solicitado, para identificar possíveis anormalidades no Sistema Urinário.
No tratamento da Cistite, antibióticos, analgésicos e hidratação, frequentemente resolvem o quadro.
O médico vai indicar qual o antibiótico adequado para cada caso.
Quando o diagnóstico for de Pielonefrite, o tratamento é mais prolongado e pode ser necessário a internação hospitalar.
É possível prevenir a Infecção Urinária?
Sim, é possível prevenir a Infecção Urinária na mulher. Você pode começar com:
Ou seja, demorar para ir ao banheiro urinar, mesmo que esteja com a bexiga cheia.
Este hábito deve ser evitado, porque o xixi parado por muito tempo na bexiga facilita a proliferação de bactérias.
Por outro lado, urinar funciona como uma lavagem da bexiga, e auxilia na eliminação das bactérias.
3) Higiene íntima:
Lembre-se sempre que a higiene da mulher, após urinar ou evacuar, deve ser feita de frente para trás, ou seja, iniciar a limpeza na região da vulva e terminar na região do ânus, nunca o contrário.
Esta medida evita que, durante a higiene, bactérias do intestino sejam “carregadas” para a região da uretra feminina, o que poderia facilitar a infecção urinária.
Portanto, comece agora!
Beber água, não segurar a urina e fazer higiene íntima no sentido correto, são algumas medidas simples que podem ser incluídas no seu dia-a-dia.
Pesquisas mostram o que torna os avós tão especiais
Como muitos dos meus amigos, eu fui para a faculdade fora do meu Estado de origem e fiquei fora por um tempo depois de me formar.
Vários anos atrás, consegui um emprego perto dos meus pais que vivem a cerca de 45 minutos de distância.
Eu me considerava com bastante sorte por conseguir um emprego onde eu poderia viver tão perto de onde cresci, mas eu não sabia o quão sortuda eu era até que eu tive filhos.
Quando meu primeiro filho nasceu, há três anos, meus pais adotaram plenamente seus novos papéis de avós da maneira mais proveitosa possível.
Eles participam do cuidado semanalmente, eles trocam as fraldas com cocô (pelo menos avó faz), eles ficam no chão para brincar com os netos, eles brincam de esconde-esconde, e eles não têm medo de ficar na sujeira.
Eles fazem tudo isso, independentemente do fato de já terem feito isso como pais (e fazem questão de me lembrar disso o máximo possível).
Seu apoio não é apenas útil para mim como mãe, mas também é benéfico para meus filhos, que amam seus avós.
Eu posso deixar as crianças com meus pais sem estresse e preocupações, sabendo que eles entendem completamente as necessidades de meus filhos, e sabendo que meus filhos estão mais do que felizes por eu deixá-los com seus companheiros favoritos.
Embora nem todos os avós sejam parecidos, a pesquisa apoia a ideia de que manter um relacionamento próximo entre os avós e seus netos é bom para todos os envolvidos.
Na verdade, os netos adultos que têm uma relação próxima com os avós são menos propensos a ter sintomas de depressão do que os adultos que não têm esse tipo de relacionamento (Moorman & Stokes, 2014).
Isto também é verdade para os avós, que também são menos propensos a ter sintomas depressivos se tiverem relacionamentos próximos com seus netos.
De fato, pesquisas sugerem que fornecer algum tipo de cuidado para um neto – cuidá-los nos finais de semana, por exemplo – está relacionado à maior expectativa de vida do avô quando comparado aos avós que não cuidam de seus netos pequenos ou adultos (Hilbrand, Coall, Gerstorf, & Hertwig, 2017).
Hipótese da Avó e Alloparenting
Antropólogos e psicólogos evolucionistas até sugeriram que os avós – e as avós especificamente – têm desempenhado um papel importante na sobrevivência humana ao longo da evolução.
A “Hipótese da Avó” propõe que a ajuda da avó levaria a maiores recursos para a criança, uma maior taxa de sobrevivência e, em última análise, maior expectativa de vida para os seres humanos em geral.
Na mesma linha, vários pesquisadores sugeriram que a forma mais vantajosa de criar filhos é envolvê-los com um sistema de cuidadores (como os avós) que fornecem amor e apoio às crianças (e à mãe).
Esse tipo de sistema é chamado de alloparenting (em inglês), e envolve situações em que várias pessoas estão relacionadas no cuidado de uma criança além dos pais biológicos da criança (Hrdy, 2011).
A ideia, semelhante à “Hipótese da Avó”, é que quanto mais crianças e mães recebem apoio – particularmente de pessoas como avós que já têm experiência em criar os filhos -, melhor as crianças se sairão.
De fato, pesquisas sugerem que quanto maior o número de relacionamentos próximos e cuidadosos que se tem, melhor será a saúde e o bem-estar da pessoa ao longo da vida (por exemplo, Feeney & Collins, 2014).
Claro, é bastante intuitivo que uma mão amiga de um avô possa ser benéfica para a vida cotidiana de seus netos.
O que não é tão intuitivo é o papel duradouro e potencialmente vital que os avós podem ter desempenhado na criação de crianças ao longo da história humana.
E estamos falando apenas de avós que ajudam a criar seus netos.
Não podemos nos esquecer que há cerca de 2,9 milhões de avós, apenas nos EUA – chamados avós de custódia -, que criam seus netos por conta própria, muitas vezes à custa de sua própria saúde e bem-estar (Hayslip & Kaminski, 2005).
Então, aparentemente, temos muito a agradecer aos avós, o que eu tenho certeza que eles ficarão felizes em nos lembrar nos próximos anos.
Esse post foi escrito originalmente por Vanessa LoBue, Ph.D. e professora associada de psicologia na Rutgers University-Newark, especializada em desenvolvimento infantil, além de ser diretora do Child Study Center (Centro de Estudos da Criança) em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Ela também é mãe. Você pode segui-la no Twitter, ou confira mais posts no seu site: The Baby Scientist.
O texto foi e postado no site Psychology Today, em novembro de 2018.
O conteúdo foi traduzido e adaptado pelo Blog 50+ SAÚDE com objetivo de clareza.
Entenda o porquê da lei e conheça os termômetros digitais que os substituem
“Ih! Está quente…” As mãos experientes de avós e mães na testa de uma criança já acusam que a temperatura corporal aumentou, ou seja, ela está com febre.
Mas quando chegam ao consultório, a pergunta é inevitável:
Mediu a febre? E é aí que entra a importância de utilizar o termômetro, que traduz em detalhes, o que já foi detectado pelas mãos experientes.
Portanto, para a medida precisa da temperatura, é importante entender como funcionam os termômetros digitais e porque não utilizar os termômetros de mercúrio.
Para que serve o termômetro?
O termômetro é um aparelho utilizado para medir a temperatura, claro.
Existem diversos tipos de termômetros, utilizados em diferentes especialidades da indústria, nas empresas do ramo de alimentação, entre outros.
Os termômetros que medem a temperatura corporal são chamados de termômetros clínicos.
No Brasil, o Grau Celsius (ºC) é a unidade de medida utilizada para leitura da temperatura.
A faixa de leitura para a temperatura corporal varia de 35 à 42 ºC, com divisões de 0,1 ºC.
Quais são os tipos de termômetros clínicos?
O termômetro clínico é utilizado em casa ou nas instituições de saúde, como consultórios, Unidades Básicas de Saúde – UBS, hospitais e Instituições de Longa Permanência para Idosos – ILPI.
Atualmente, os modelos indicados para medir a temperatura com segurança, são os termômetros digitais.
Os termômetros de mercúrio são também conhecidos como termômetros analógicos e foram amplamente utilizados no passado.
Porém não são mais recomendados, porque o mercúrio é considerado uma substância tóxica.
Entenda melhor:
– Termômetro Clínico Analógico
Este é um modelo de termômetro de vidro.
Dentro dele, um tubo de vidro menor, armazena uma quantidade de fluido sensível ao calor, o mercúrio.
Ele é a substância geralmente utilizada, por isso ficou também conhecido como termômetro de mercúrio.
Mas atenção!!!!
Este modelo não pode mais ser fabricado no Brasil e em mais 140 países, que assinaram a Convenção de Minamata.
A Convenção tem como principal objetivo “proteger a saúde humana e o meio ambiente dos efeitos adversos de emissões e liberações de mercúrio e seus compostos”.
Por isso, a diretoria da ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, aprovou medidas para retirar do mercado, a partir de 1º de janeiro de 2019, materiais de saúde que utilizam o mercúrio em sua composição, entre estes, o termômetro de mercúrio.
Portanto, se você ainda tem um termômetro de mercúrio em casa, em caso de quebra do produto, precisa seguir as seguintes recomendações da ANVISA:
Você tem termômetro de mercúrio em casa?
Os termômetros digitais vêm substituindo os termômetros com mercúrio há alguns anos. Apenas dois produtos desse tipo ainda têm registro no Brasil.
No entanto, como é um produto sem prazo de validade, é possível que algumas pessoas ainda tenham este tipo de artigo em casa.
A quantidade de mercúrio presente em termômetros de uso caseiro não chega a ser comprometedora.
Mas em caso de acidentes é importante tomar as seguintes precauções:
Não permita que crianças brinquem com as bolinhas de mercúrio;
Utilize luvas de procedimentos e máscara descartável e recolha com cuidado os restos de vidro em toalha de papel e coloque em recipiente resistente à ruptura, para evitar ferimento e feche hermeticamente;
Localize as “bolinhas” de mercúrio e junte-as com cuidado utilizando um papel cartão ou similar. Recolha as gotas de mercúrio com uma seringa sem agulha. As gotas menores podem ser recolhidas com uma fita adesiva;
Transfira o mercúrio recolhido para o recipiente de plástico duro e resistente, feche hermeticamente e cole um rótulo indicando o que há no recipiente;
Recipientes que acondicionem mercúrio líquido ou seus resíduos contaminados devem estar armazenados com certa quantidade de água (selo hídrico) que cubra esses resíduos, para minimizar a formação de vapores de mercúrio;
Identifique o recipiente, escrevendo na parte externa “Resíduos tóxicos contendo mercúrio”;
Não use aspirador, pois isso vai acelerar a evaporação do mercúrio, assim como contaminar outros resíduos contidos no aspirador;
Coloque o recipiente em uma sacola fechada;
Entre em contato com o serviço de limpeza urbana do seu município ou órgão ambiental (Estadual ou Municipal) para saber como proceder a entrega do material recolhido.
– Termômetro Clínico Digital
Portanto, os termômetros digitais são os indicados para uso seguro tanto no ambiente doméstico como em instituições de saúde.
Os modelos mais simples determômetro clínico digital possuem um circuito eletrônico alimentado por uma pequena bateria.
O sensor de temperatura fica na extremidade mais fina do aparelho.
Esta tecnologia é protegida por um estojo plástico com formato desenhado para facilitar a sua utilização e com um visor que permite a leitura aferida da temperatura corporal.
Após o usuário apertar o botão de início da medida, um cronômetro interno é ativado e, assim, um sinal sonoro avisa que a leitura da temperatura já foi realizada.
Geralmente esse procedimento leva em torno de 3 minutos.
É importante ressaltar que estes modelos de termômetros digitais são mais utilizados para medida de temperatura axilar. Um método amplamente divulgado no Brasil.
Contudo, é necessário atentar para a maneira correta de utilização:
A ponta do termômetro deve ser colocada no centro da axila e em contato direto com a pele, porém nunca com a roupa.
O braço do adulto ou criança que necessita da medida de temperatura, deverá ficar dobrado sobre o tórax,até que o alarme sonoro dispare indicando assim que a temperatura já foi aferida.
Se a criança ou o adulto não puder auxiliar, uma pessoa deverá segurar o seu braço para manter o termômetro no lugar e permitir a medida correta da temperatura corporal.
Os termômetros digitais com tecnologia infravermelho possuem um sistema que, de acordo com a temperatura medida, altera a cor da tela.
Ela fica verde para uma temperatura normal e vermelho para uma condição de febre.
O sensor infravermelho capta a temperatura emitida pela pessoa e um sinal elétrico é levado para um chip programado para, dessa maneira, emitir o valor real da temperatura corporal na tela LCD.
O aparelho pode ser programado para leitura em Grau Celsius (ºC) ou Fahrenheit (ºF).
Convém relembrar que no Brasil, da mesma forma que na Europa, a referência para temperatura corporal é o Grau Celsius (ºC).
Uma vez que, nos Estados Unidos, a unidade de medida é em Fahrenheit (ºF).
Além disso, alguns modelos armazenam um histórico de medidas realizadas.
Seu design é mais robusto e anatômico e são alimentados principalmente por baterias de longa duração que podem ser substituídas.
Alguns possuem a funcionalidade de leitura da temperatura do ouvido ou da testa.
Porém, o mais comum e fácil de realizar é a leitura da temperatura da testa, que é instantânea.
Para utilizar, basta pressionar o botão iniciar e mirar o sensor infravermelho com uma distância aproximada de 3 cm da testa da pessoa.
Apesar do maior custo dos termômetros digitais com tecnologia infravermelho, estes têm maior durabilidade.
Além disso, oferecem a possibilidade de leitura da temperatura do ambiente e de diferentes superfícies.
Como a temperatura do leite na mamadeira do bebê, por exemplo.
Os
termômetros de testa são confiáveis?
A tecnologia do chamado termômetro digital infravermelho de testa pode trazer vantagens ao usuário.
É possível, por exemplo, medir a temperatura sem necessariamente, tocar a pele da pessoa.
Este dado é importante como naquele momento em que a criança está dormindo e os pais estão em dúvida se “a febre baixou”.
Neste exemplo, é possível aproximar o aparelho e fazer a medida, sem incomodar a criança.
Outra vantagem é que a medida é feita instantaneamente, em tempo aproximado de 1 a 2 segundos.
Embora ser um produto de tecnologia superior, é necessário que o usuário leia e siga atentamente as instruções de uso e conservação.
Recomenda-se que o aparelho seja testado algumas vezes. Justamente para que haja segurança no modo de uso, quando, realmente, for necessário medir a temperatura corporal.
É importante salientar, que este aparelho necessita de registro na ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Verifique sempre esta informação.
Como fazer a limpeza dos termômetros digitais?
Lembre-se:
A limpeza e desinfecção dos termômetros digitais é mais um tema que necessita de atenção às instruções do fabricante.
De uma maneira geral, recomenda-se o uso de gaze umedecida
em álcool isopropílico a 70%.
Nunca mergulhe o termômetro em água ou qualquer outro líquido. Posto que este procedimento pode danificar o aparelho.
À primeira vista, Ana Cristina Passarella Brêtas parece uma pessoa extremamente simpática e doce.
Quando fomos entrevistá-la no lançamento do livro Velhices e Outras Coisas, da editora Scortecci, e primeiro trabalho de ficção, já sabíamos que ela era referência em diversas áreas.
Afinal, ela é graduada em enfermagem, sociologia, mestre em educação, doutora em enfermagem, professora e agora, claro, escritora de ficção.
Eita!
Mas nenhum dos adjetivos que demos aqui, alcança a doçura da pessoa que Ana Cristina é.
No lançamento com outros autores, ocorrido em dezembro passado no Espaço Scortecci, em São Paulo, a maior fila, de longe, era dela.
Ela abraçava com carinho a todos os que foram comprar seu livro, distribuía sorrisos, tirava fotos, dava autógrafos. Todos pareciam amigos e no olhar de todos dava pra sentir a admiração pela autora.
Já no auge dos seus 57 anos e com vasta experiência em gerontologia e em cuidar de idosos, parece natural que o assunto do seu primeiro livro fosse o envelhecimento.
E é mesmo!
O Velhices e Outras Coisas, “velhices, assim mesmo no plural” – como ela faz questão de destacar -, é um compilado de 15 contos ficcionais, mas sempre baseadas na realidade e na experiência.
Ou seja, a arte imita a vida. E vice versa.
Ana Cristina começou como escritora de ficção depois do 50 anos. Uma inspiração!
E o seu primeiro livro… Ah, o seu primeiro livro de contos! Que delícia de ler!
Mesmo em poucas páginas (são 72), em cada conto você sente a dor, a alegria e, principalmente, a vida de cada personagem principal.
E foi para falar do lançamento do livro – e de velhices, assim mesmo, no plural – que Ana Cristina foi solícita (e doce, como sempre) em nos conceder essa entrevista exclusiva.
Como começou a sua carreira literária?
Eu venho da vida acadêmica. Trabalhei 28 anos na universidade. Então textos acadêmicos, para mim, já faziam parte da minha vida profissional. Agora, ficção eu comecei em 2015.
Participei de cursos livres e oficinas de criação literária; cursei especialização em Formação de Escritores no Instituto Vera Cruz. Tenho lido bastante. Pedi licença para entrar na área da Literatura me preparando para aprender a escrever.
E você tinha quantos anos quando resolveu virar escritora de ficção?
Isso foi em 2015. Hoje tenho 57 anos, então eu tinha por volta de 54 anos. Realmente já tinha 50+ mesmo (risos).
E como foi o processo de criação dos seus contos?
A ideia principal é desdramatizar a questão da velhice. A velhice faz parte da vida e eu acho que ficar velho deve ser um objetivo de vida, uma meta. Quem não fica velho é porque morreu antes.
Então esse livro são velhos que me inspiram no dia a dia. Histórias que às vezes eu escuto no metrô e eu ficciono em cima. De gente que eu escuto na rua, de gente que eu escutei profissionalmente…
Tudo acabou virando ficção.
Como é ter mais de 50 anos pra você?
(pensando) Olha… Eu estou falando como mulher, de classe média, que habita um determinado local no mundo, com liberdade e condição para fazer coisas que me dão prazer.
Enfim… Foram 30 anos de trabalho nas áreas da Educação e da Saúde bem vividos e agora estou aproveitando para aprender uma nova profissão.
E qual é a diferença entre ser um idoso de classe média, como você falou, e um idoso pobre, por exemplo?
Não só o idoso, né? A desigualdade social no Brasil é horrorosa. Quando a gente pensa na desigualdade de saúde, na desigualdade de habitação, na desigualdade de transporte… Isso bate na desigualdade da vida. E pode ser que você não consiga envelhecer bem. Por isso que o livro está no plural: “velhices”. Porque dependendo do local que você está no mundo, é o impacto que você vai ter da velhice.
Um dos contos, “As sombras da cidade”, é uma pessoa em situação de rua. E sem dramatizar a rua, a ideia não é essa. A ideia é mostrar que a pobreza está aí. E que a gente é responsável. Ou na literatura, ou nos textos acadêmicos. E não mascarar isso.
Como socióloga e enfermeira que trabalhou muito tempo também com idosos: Como você vê as políticas públicas para os idosos hoje? Onde começar a melhorar?
Eu começaria trabalhando com a questão da equidade social mesmo. Mas no atual cenário, eu não saberia nem dizer por onde começar. Tem muita coisa a se fazer.
Acessibilidade nas vias, por exemplo, é uma das urgências. Da mesma forma que a saúde é urgente, que a moradia é urgente. Que a velhice LGBT+ é urgente. Que a velhice em situação de rua é urgente…
As nossas urgências estão aí. Às vezes é a gente que não quer enxergar.
A solidão é um dos problemas pessoais dos idosos hoje?
Por isso que é velhices no plural. Eu não seria taxativa. De alguns idosos sim, de outros não.
O que é Envelhecimento Ativo pra você?
Envelhecer é um ajuntamento da vida. Eu me sinto no processo de envelhecimento ativo.
Num processo como o de começar a escrever ficção depois do 50 anos?
Sim, sim! Com certeza! A idade não é barreira. E também não é desculpa. E nem é privilégio.
Então fala um pouco do Velhices e Outras Coisas pra gente.
Esse livro tem 15 contos. Em cada um deles os personagens são idosos ou idosas, protagonistas ou não.
Ele fala sobre o cotidiano, fala basicamente da gente. De pessoas que envelhecem, de pessoas jovens que convivem com pessoas da minha faixa etária e com gente mais velha do que eu.
Mas nem todos os personagens são bonzinhos. Por quê?
Não é porque você é velho que você fica legal. Você é a somatória daquilo que você é na vida.
Quando eu trago o velho assediador ou o alcoolista, por exemplo, eu trago nesse contexto. São pessoas, com suas dores, vícios, problemas e felicidades.
Serviço
Livro: Velhices e Outras Coisas
Autora: Ana Cristina Passarella Brêtas
Editora: Scortecci
ISBN: 9788536657677
Número de Páginas: 72
Sinopse: VELHICES E OUTRAS COISAS não é um livro sobre velhice, versa sobre gentes que envelhecem na cidade, muitas vezes sem perceber que isso lhes acontece. Em todos os contos, velhos e/ou velhas em sua humanidade, sem as máscaras da representação social ou da sub-representação, desfilam uma velhice plural e construída. O corpo na experiência da existência tem destaque na obra; a escrita torna visível corpos em envelhecimento e posiciona-os em cena. A cada texto, uma nova voz e um novo argumento se apresentam, as histórias oscilam entre a realidade e a memória, entre a verdade e a mentira. Os personagens criados coexistem no imaginário coletivo. Pode ser que o leitor se reconheça, contudo, a autora adverte: o real foi recortado, reinventado, habita o mundo da ficção.