Toda a ferida tem o potencial de desenvolver infecção séria que em muitos casos podem influenciar na cronicidade da ferida, infecções ósseas, incapacidades físicas ou mesmo óbitos, nesses casos o curativo filme transparente em Rolo da Hartmann pode ajudar protegendo curativos absorventes ou fixando cânulas e catéteres.
Curativo ou medicação?
As bactérias presentes na ferida podem ter a forma planctônica ou encapsulada biofilmes e o tratamento convencional tem sido a custa de antimicrobianos tópicos ou com antibióticos sistêmicos. Há alarmante preocupação com o aumento da resistência bacteriana a patógenos mais comuns, principalmente pelo uso indevido dessa medicação. Reunião na Inglaterra de grupo internacional preocupado com o problema reviu muitos desses conceitos e apresentou sugestões como o uso de curativos não-medicamentosos, como o curativo filme transparente em Rolo da Hartmann, que por outras ações poderiam ajudar em muito na proteção dos curativos absorventes que substituirão o uso de antimicrobianos nas feridas.
Há muito debate sobre como definir biofilmes microbianos. A associação de superfície é essencial para a formação do biofilme? A maturidade ou tempo de existência do biofilme são importantes para avaliar a gravidade do problema? Os biofilmes se originam de células planctônicas e o que incita a formar o biofilme? Esses e outros tópicos são discutidos neste trabalho concluindo que as infecções nas feridas com biofilme não devem ser tratadas da mesma maneira que as infecções agudas.
Células planctônicas e o biofilme
As células sésseis ou planctônicas são componentes de microrganismos que se aderem a uma matriz e resultam em uma comunidade bacteriana fisiologicamente integrada e aderida à superfície chamada de biofilme. Sabe-se que há intensa formação de biofilme em áreas de contato entre ar e água, devido à movimentação dos líquidos e do atrito mecânico, que possibilita o desprendimento de fragmentos deste biofilme para colonizarem outros ambientes.
Dentro deste microambiente chamado biofilme, forças eletrostáticas e os nutrientes disponíveis recrutam os primeiros microrganismos, e em seguida essas células se multiplicam e produzem exopolissacarídeos, alterando assim as condições iniciais do meio, e desta forma sinalizam para a migração de outros microrganismos.
Nesse microambiente podem-se destacar duas porções facilmente distinguíveis: o interior do biofilme, em que as condições são facilmente controladas, e o exterior deste, em que o controle nutricional é dificultado. Sabendo que há células nas duas porções, denominam-se células sésseis aquelas que se localizam na porção interna, e células planctônicas as exteriorizadas flutuantes.
As células sésseis expressam genes profundamente diferentes daqueles expressos pelas células planctônicas, o que justifica parcialmente o enorme valor de sobrevivência da formação de biofilme.
As células sésseis ganham importância à medida que, devido ao microambiente controlado que as protegem de agentes agressores externos como medicamentos, resultam na razão da resistência inata à antimicrobianos.
Feridas complexas
O tratamento de toda essa gama de feridas complexas, feridas difíceis, e que exigem corpo médico, multidisciplinar e de enfermagem especializados, é, muitas vezes, subdividido em diferentes especialidades médicas, mas têm padrão de condutas que podem ser estendidas para todas as feridas complexas. Um centro médico para elas é sempre o ideal, embora ainda não exista na maioria dos hospitais brasileiros. A ação do grupo multidisciplinar é fundamental.
Fases do tratamento
As fases principais do tratamento da ferida complexa implicam sempre em primeiro lugar na limpeza da ferida, remoção cirúrgica de necroses e tecidos desvitalizados. Uma segunda fase muitas vezes chamado “preparo do leito da ferida”, pode ser conseguido seja com curativos especiais, seja com o uso da terapia por pressão negativa. A terceira fase, frequente nas lesões mais extensas, é reconstrução da perda cutânea feita pela cirurgia plástica reconstrutiva usando transplantes de pele ou com tecidos compostos.
Consegue-se assim melhor resolução das feridas complexas, em tempo menor que o habitual, com um resultado melhor da qualidade de vida para o paciente e, comparativamente com outros tratamentos, melhor custo/benefício.
Como usar o curativo transparente em Rolo Hartmann
O curativo transparente em rolo é um autoadesivo não estéril, possui adesivo hipoalergênico, e é composto por poliuretano permeável ao vapor e a umidade, impermeável à água e protegido contra a penetração de bactérias. Utilize com a pele sempre limpa e seca destacando o papel protetor no local indicado com o número 1, conforme imagem abaixo. Aplique sobre a ferida e remova a segunda proteção conforme indicado com o número 2. Pressione gentilmente as bordas para fixação. Proporciona excelente capacidade de proteção contra infecções secundárias das lesões, podendo ser recortado no tamanho desejado e removido de forma indolor, sem deixar resíduos. O desenho planimétrico facilita a medição e o controle na utilização.
Para quais casos é indicado?
Indicado para cobertura de curativos absorventes, para fixação de cânulas e catéteres, e pode ser utilizado como barreira à prova de água.
Informações Adicionais
- Fabricante Paul Hartmann AG – Alemanha.
- Composição: Poliuretano e Acrilato.
- Disponível nos tamanhos, 15cm x 10m, 10cm x 10m ou 5cm x 10m.
Onde encontrar o curativo transparente em Rolo
- 50+ saúde
- Cuidado e Nutrição
- Curativos Express
Referências:
Hartmann Brasil
Wikipédia