“O zumbido é a percepção consciente de um som nos ouvidos e na cabeça na ausência de uma fonte sonora externa. É uma situação de hipersensibilidade das vias auditivas que pode ser desencadeada por diversos fatores e, por essa razão, há uma dificuldade de estabelecer um tratamento padronizado”, afirma ao Jornal da USP o médico otorrinolaringologista Ítalo de Medeiros, diretor técnico de serviço do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). “Entre os tratamentos existentes, há as terapias sonoras, com uso de aparelhos, e a terapia cognitiva comportamental (TCC). Quando há outros problemas de saúde associados, medicamentos podem ser usados.”
Comentando sobre a pesquisa, o médico aponta que a terapia com laser é mais um instrumento para tratar o zumbido. “A resposta ao tratamento depende da condição de cada paciente. Por exemplo, em casos associados a depressão podem ser usados medicamentos antidepressivos; quando a causa está ligada aos músculos, há possibilidade de usar um relaxante muscular; a gingko biloba é um fitoterápico usado para melhorar a circulação, porém apresenta efeitos colaterais, como sangramentos”, relata. “No caso do laser, é possível que pacientes com mais dores e processos inflamatórios respondam melhor ao tratamento, por isso há a necessidade de realizar estudos com um número maior de participantes, para saber quais pacientes serão mais beneficiados.”