De acordo com o pesquisador, o estudo descobriu ainda que os pacientes possuem alterações semelhantes às encontradas em imunodeficiências congênitas. “Entre elas, está o baixo número de linfócitos naïve, responsáveis pela resposta a novos patógenos, como vírus e bactérias”, destaca. “Outros subtipos estão proporcionalmente reduzidos ou aumentados, o que sugere que o sistema imune dos pacientes tem características diferentes das pessoas saudáveis.”
“Se encontrarmos qual a relação entre as alterações imunes e o desenvolvimento das complicações que ocorrem nas doenças dos telômeros, poderemos encontrar maneiras de evitar ou reduzir o aparecimento desses problemas”, salienta Gomes. “No entanto, ainda é preciso investigar mais a fundo o papel que estas células imunes têm na doença.”
A pesquisa foi orientada pelo professor Rodrigo Calado, da FMRP. O artigo baseado no estudo, Immune Dysregulation in Human Telomere Diseases, foi publicado na revista científica Blood, editada pela American Society Of Hematology, dos Estados Unidos.
Mais informações: e-mail williangomes@usp.br, com Willian Robert Gomes
FONTE: Jornal da USP