Cartilha orienta a mobilidade urbana de idosos

Cartilha orienta a mobilidade urbana de idosos

A professora Karin Regina Marins comenta que a cartilha é voltada para gestores públicos municipais e está disponível gratuitamente no Portal de Livros Abertos da USP 

Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, a professora Karin Regina de Castro Marins, do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica (Poli) da USP, destrincha os principais pontos por trás da criação da cartilha orientadora, que visa a um melhor deslocamento de idosos nas áreas urbanas.

A valorização da condição das pessoas enquanto pedestres é premissa para a sustentabilidade urbana e saúde das pessoas. Pensando nisso, o Portal de Livros Abertos da USP criou uma cartilha com orientações para a melhoria do deslocamento da população idosa nas cidades. A intenção é repensar o desenho urbano para essa população, que cada vez mais tem sido uma parcela representativa da população mundial.

A relação entre o deslocamento nos centros urbanos e a população idosa é explicada pela professora Karin, que diz ser um conceito envolvendo o preparo de um determinado local, em que se estabelecem as condições necessárias para caminhar e aproveitar o espaço enquanto pedestre. Para ela, essas condições na população idosa são algo extremamente fundamental, uma vez que tratam da autonomia e da qualidade de vida do idoso.

Por ser benéfica para essa parcela da população, a reformulação das áreas pensadas na caminhabilidade atenderia bem também outras faixas etárias, porque os cuidados que são feitos nesse espaço também beneficiam outros. Pensando nisso, a professora ressalta alguns atributos que podem ser feitos para tornar o ambiente mais acessível e seguro: “Para ter uma travessia segura, você tem que ter sinalização de vários tipos, agregados à própria iluminação pública”.

Desenvolvimento da cartilha

Para atender a essas demandas, a cartilha inclui o trabalho de duas mestrandas de Engenharia Civil e é pensada na melhoria em políticas públicas, voltada não somente para pesquisadores nesse campo, como para gestores e usuários das cidades. “Portanto, é uma cartilha que a gente teve um cuidado de tentar trazê-la de uma forma mais didática, com elementos que facilitem a sua apropriação em projetos e planos de políticas públicas”, comenta Karin.

Ao elucidarem as estratégias a serem utilizadas pela cartilha, os pesquisadores trouxeram recortes técnicos e instrumentos específicos. Esses elementos trazem para a realidade urbana mecanismos diretos para os pontos que precisam ser melhorados em diversas cidades, na intenção de aprimorar a mobilidade urbana e a caminhabilidade da população.

Texto: Redação
Arte: Rebeca Fonseca

FONTE: Jornal da USP